143 - Agentes Antiplaquetários, Anticoagulantes e Fibrinolíticos Flashcards

1
Q

Quais são os anticoagulantes que se podem fazer por via parentérica? E oral?

A

Anticoagulantes parentéricos:

HNF

HBPM

Lepirudina Desirudina Argatroban Bivalirudina (Inibidores directos da trombina)

Anticoagulantes orais:

Varfarina

Etexilato dabigaTRano

RivaroXAbano

ApiXAbano

EdoXAbano (à espera de ser aprovado)

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2
Q

Quais os mecanismos de acção da heparina?

A

Promove a activação da antitrombina e acelera a reacção na qual a antitrombina degrada os factores de coagulação, nomeadamente a trombina e o FXa. A heparina também favorece a libertação do inibidor da via do factor tecidual (TFPI), o que contribui para a actividade antitrombótica da heparina.

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3
Q

Qual o mecanismo pelo qual a heparina ajuda à degradação da trombina e do factor Xa?

A

Primeiro que tudo, é essencial a presença de uma cadeia pentassacarídea da heparina para activar a antitrombina.

Para a degradação da trombina, a heparina funciona como molde para promover a ligação da antitrombina à trombina, permitindo a formação de um complexo covalente estável trombina-antitrombina. Isto apenas é possível em cadeias de heparina compostas pelo menos por 18 sacarídeos (peso molecular de 5400 Da) e que tenham a cadeia pentassacarídea.

Para a degradação do factor Xa, a heparina induz uma mudança conformacional no centro reactivo da antitrombina, o que permite um aumento de 2 a 3x na taxa de eliminação de factor Xa.

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4
Q

Como varia a semi-vida da heparina consoante a dose?

A
  • Baixas doses: a heparina liga-se ao endotélio, o que faz com que o T1/2 seja curto
  • Altas doses: após saturação do endotélio, é depurada mais lentamente, o que leva a que o T1/2 seja mais longo.
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5
Q

Qual a principal via de excreção da heparina?

A

Extra-renal. Heparina liga-se aos macrófagos que degradam cadeias mais longas e secretam cadeias mais pequenas. O tempo de semi-vida varia entre 30 a 60 minutos.

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6
Q

É necessária a monitorização laboratorial com a administração de doses profiláticas de heparina? E com níveis terapêuticos?

A

Em doses profiláticas não é necessária a monitorização, sendo utilizadas doses baixas (5000 unidades 2-3x/dia via subcutânea). Já em doses terapêuticas, é fundamental a monitorização laboratorial.

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7
Q

Quais os exames laboratoriais indicados para monitorizar a actividade da heparina?

A

É o aPPT (target 2 a 3x o tempo normal)e o anti-factor Xa (0,3-0,7 unidades/mL)

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8
Q

Quais os tipos de limitações farmacológicas presentes na heparina?

A

A) Farmacocinéticas (ligação independente do pentasacarideo)

  • Endotélio – clearance dependente de dose (saturação ou não do endotélio e variação da semi-vida)
  • Proteínas plasmáticas – resposta anticoagulante variável

B) Biofísicas - Incapacidade de heparina-antitrombina inibir:

  • Factor Xa quando incorporado no complexo protrombinase (+++ nas plaquetas activadas
  • Trombina ligada a Fibrina
  • Redução da actividade na proximidade de trombos ricos em plaquetas (factor plaquetar 4 liga-se à heparina, impedindo a sua actividade)

Estas últimas limitações fazem com que mesmo com a administração de heparina seja possível o crescimento do trombo.

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9
Q

Qual o tipo de fenómeno tromboembolismo que necessita de maior quantidade de heparina?

A

Os fenómenos tromboembólicos venosos, já que os seus trombos são constituídos por maiores quantidades de fibrina. Esta liga-se à heparina, inutilizando-a.

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10
Q

Quais os principais efeitos adversos da heparina?

A

Hemorragia

Osteoporose

Transaminases (Elevação modesta)

Trombocitopenia Induzida pela Heparina (TIH)

Mnemónica: HOTT

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11
Q

Qual o mecanismo pelo qual se desenvolve osteoporose com a administração prolongada da heparina?

A

A heparina afecta a actividade dos osteoclastos (↑ reabsorção óssea) e osteoblastos (↓ formação óssea). Isto apenas acontece nas administrações prolongadas, de pelo menos 1 mês e é reportado em 30% dos doentes com tratamento prolongado com heparina.

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12
Q

Qual a percentagem de doentes a realizar heparina durante períodos prolongados que desenvolve fracturas vertebrais sintomáticas?

A

2 a 3% dos doentes.

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13
Q

Qual a razão entre anti-factor Xa:anti-factor IIa da heparina de baixo peso molecular?

A

2:1 para 4:1. Isto acontece porque a heparina de baixo peso molecular tem um peso molecular de 5000 Da (o equivalente a 17 unidades sacarídeos), o que faz com que cerca de pelo menos metade das cadeias que contém o pentassacarídeo sejam demasiado curtas para ligar a antitrombina com a trombina.

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14
Q

Quais as vantagens farmacocinéticas da heparina de baixo peso molecular vs a heparina não fraccionada?

A
  • Clearance INDEPENDENTE da dose, com T1/2 mais longo (4h), porque se liga menos às células endoteliais e proteínas plasmáticas.
  • Ao ligar-se menos às proteínas plasmáticas -> Resposta anticoagulante Previsível e Resistência RARA. Isto também permite que NÃO seja necessário MONITORIZAR.
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15
Q

Qual o exame laborarias indicado para a monitorização? Quais os valores target na HBPM?

A

Caso seja necessária a monitorização, deverá ser utilizado o anti-factor Xa, já que a HBPM tem pouco efeito sobre o aPTT. Os níveis terapêuticos são de 0,5-1,2 u/mL. Os níveis profiláticos são de 0,2 a 0,5 u/mL.

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16
Q

Em que doentes deve ser feita a monitorização com a administração de HBPM?

A
  • Insuf. Renal (Cl.Cr ≤ 50mL/min)
  • Obesidade
  • Gravidez (++3º T)
  • Válvulas mecânicas
  • Crianças
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17
Q

Quais os principais efeitos secundários da HBPM?

A

Hemorragia

Osteoporose

TIH

Mnemónica: HOT

Estes efeitos adversos ocorrem com menor frequência do que na HNF, o que faz com que a HBPM seja mais segura.

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18
Q

Quais os doentes com maior risco de hemorragia na HBPM?

A
  • Doentes que estejam a fazer Antiagregantes plaquetarios ou Fibrinoliticos
  • Cirurgia recente
  • Traumatismo recente
  • Anormalidades hemostaticas
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19
Q

Verdadeiro ou falso.

O sulfato de protamina é tão eficaz a neutralizar a HBPM como a HNF.

A

Falso.

Apesar de o sulfato de protamina poder ser utilizado como antídoto, não neutraliza completamente a actividade anticoagulante da HBPM porque:

  • Liga-se apenas às cadeias mais longas da HBPM, revertendo assim totalmente a actividade anti-IIa.
  • Reverte apenas parcialmente a actividade anti-Xa (cadeias + curtas não se ligam ao sulfato de protamina).
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20
Q

Verdadeiro ou falso.

Na TIH deve ser utilizado o HBPM como substituto da heparina.

A

Falso.

A grande maioria dos anticorpos na TIH exibe reactividade cruzada contra a HBPM.

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21
Q

Qual o mecanismo de acção do fondaparinux?

A

O fondaparinux é um análogo sintético da cadeia pentassacarídea. Como tal, o fondaparinux apenas se liga à antitrombina, activando-a e acelerando a inibição do factor Xa através da antitrombina. NÃO TEM QUALQUER EFEITO NA INIBIÇÃO DA TORMBINA.

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22
Q

Em que doentes está contra-indicada a administração de fondaparinux?

A

Nos doentes com ClCr menor que 30 mL/min. Deve ser utilizado com precaução nos doentes com ClCr menor que 50 mL/min.

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23
Q

Qual é o risco da administração isolada do fondaparinux num doente com SCA que necessite de ICP?

A

Há um risco de trombose do cateter caso o fondaparinux seja administrado de forma isolada. De forma a contornar isto, deverá ser utilizada em combinação com a heparina.

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24
Q

Qual é a dose de fondaparinux dada num síndrome coronário agudo?

A

2,5 mg, uma vez por dia.

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25
Q

O fondaparinux pode provocar trombocitopénia induzida por heparina?

A

Não, já que o fondaparinux não consegue ligar-se ao PF4.

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26
Q

O sulfato de protamina pode ser utilizado com o fondaparinux?

A

Não, já que o sulfato de protamina não se consegue ligar ao fondaparinux devido ao tamanho diminuto das suas cadeias.

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27
Q

Qual dos derivados da hirudina é que apresenta maior risco de desenvolver anticorpos?

A

A lepirudina. Apesar de se formarem anticorpos, apenas em raras situações estes causam problemas, como diminuição da clearance da lepirudina, levando assim a um aumento da sua actividade anticoagulante.

A formação de anticorpos é rara na desirudina.

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28
Q

Qual o mecanismo de acção dos derivados da hirudina?

A

São inibidores bivalentes da trombina, ligando-se ao local activo e ao exosítio 1. Este é também o mecanismo da bivalirudina, um análogo sintético da hirudina.

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29
Q

Qual o exame laboratorial utilizado para o controlo dos derivados da hirudina?

A

O aPTT é utilizado para controlo da lepirudina, com um target alvo de 1,5 a 2,5x. Caso seja utilizado para tromboprofilaxia, a desirudina não precisa de monitorização.

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30
Q

Onde é metabolizado o argatroban?

A

No fígado. Devido a isto, este fármaco é mais indicado para os doentes com insuficiência renal do que a lepirudina.

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31
Q

Qual o exame laboratorial para monitorização do argatroban?

A

É o aPTT, com um target de 1,5 a 3x o tempo, mas sem exceder os 100s. O argatroban também mexe com o INR.

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32
Q

Qual é o inibidor directo da trombina parentérico que tem o menor tempo de semi-vida?

A

É a bivalirudina, com um tempo de semi-vida de 25 minutos.

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33
Q

A varfarina interfere com que factores de coagulação?

A

II, VII, IX, X. Também interfere com a Prot. C e S, proteínas anticoagulantes.

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34
Q

Qual é a modificação pós-translação essencial nos factores de coagulação dependentes de vitamina K?

A

É necessária a γ-carboxilação para actividade dos factores de coagulação, já que isto permite a sua ligação dependente de cálcio à membrana fosfolipídica carregada negativamente.

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35
Q

Qual o mecanismo de acção da varfarina?

A

Inibição da vitamina K epóxido redutase.

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36
Q

Qual a actividade biológica dos factores de coagulação parcialmente carboxilados?

A

É extremamente reduzida ou nula, daí o efeito da varfarina na anticoagulação.

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37
Q

Qual o tempo de semi-vida do factor X e da protrombina?

A

O tempo de semi-vida do factor X é de 24h e o tempo de semi-vida da protrombina é 72h.

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38
Q

Qual a percentagem de varfarina circulante que se encontra ligada à albumina?

A

97% da varfarina encontra-se ligada à albumina. Apenas a varfarina não ligada é a que tem actividade biológica.

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39
Q

Onde é que é metabolizado a varfarina?

A

No fígado.

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40
Q

Qual é a enzima do CYP450 responsável pela metabolização do isómero S da varfarina?

A

É o CYP2C9.

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41
Q

Quais as consequências da existência de variantes do CYP2C9 no metabolismo da varfarina?

A

Existem variações do wild-type da CYP2C91, que consistem na CYP2C92 e CYP2C9*3. Estas variantes têm menor actividade metabólica, o que aumenta o valor de varfarina em circulação.

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42
Q

Em que etnia é mais comum a presença das variantes CYP2C9?

A

Na etnia caucasiana. Aproximadamente 25% destes têm pelo menos um alelo da CYP2C92 ou CYP2C93.

Estas variações são menos frequentes na população afroamericana ou asiática.

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43
Q

Qual o efeito na dose da heterozigotia e da homozigotia para as variações alélicas da enzima CYP2C9?

A

Heterozigotia-↓necessidade de dose em 20-30%

Homozigotia-↓necessidade de dose em 50-70%

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44
Q

Os polimorfismos na VKORC1 são mais ou menos prevalentes que os do CYP2C9?

A

Mais prevalentes. Os polimorfismos da VKORC1 explicam cerca de 30% da variabilidade nas doses de varfarina.

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45
Q

Qual o efeito na dose da heterozigotia e da homozigotia para o polimorfismo da VKORC1?

A

Heterozigotia (A/non-A)-↓necessidade de dose em 25%

Homozigotia (A/A) -↓necessidade de dose em 50%

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46
Q

Quais as patologias para as quais se faz anticoagulação com varfarina com um INR alvo de 2,5-3,5?

A

Próteses valvulares mecânicas, particularmente as mitrais ou válvulas bola e gaiola (mais antigas) em posição aórtica

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47
Q

O tratamento com fibrinolíticos com administração sistémica é utilizado em que situações?

A

Enfarte agudo do miocárdio, AVC isquémico e na maioria dos casos de embolia pulmonar massiva.

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48
Q

De que maneira é administrado o tratamento com fibrinolíticos nas tromboses arteriais periféricas e nas veias próximas profundas da pernas?

A

Com terapêutica fibrinolíticos direccionada com catecter.

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49
Q

Como é controlada a fibrinólise endógena?

A
  1. Inibidores do activador do plasminogénio (++ PAI-1)

2. Inibidores da plasmina (++ α2-antiplasmina)

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50
Q

Qual a diferença de concentrações plasmáticas entre o plasminogénio e a α2-antiplasmina?

A

A concentração plasmática de plasminogénio é 2x maior do que a de α2-antiplasmina.

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51
Q

Em que é que consiste o estado lítico sistémico?

A

↓ potencial hemostático do sangue e ↑ risco de hemorragia, devido a uma plasmina desregulada que degrada fibrina, mas também fibrinogénio e outros factores de coagulação.

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52
Q

Qual a diferença entre a plasmina livre e a plasmina que se encontra na superfície de fibrina?

A

Ao contrário da plasmina livre, a plasmina gerada na superfície da fibrina está relativamente protegida da inactivação pela α2-antiplasmina e isso facilita a dissolução de fibrina.

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53
Q

De forma geral, em que duas categorias se classificam os agentes fibrinolíticos?

A

Específicos – activam o plasminogénio ligado à fibrina Inespecíficos – activam o plasminogénio ligado à fibrina e o circulante, podendo desencadear um estado lítico sistémico.

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54
Q

Qual o agente fibrinolítico contra o qual se desenvolvem anticorpos?

A

É a estreptoquinase, sendo que estes anticorpos poderão levar a uma diminuição da sua actividade.

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55
Q

Qual a percentagem de doentes que desenvolve reações alérgicas com a administração da estreptoquinase?

A

Ocorre em 5% dos doentes. Caracteriza-se por rash, febre e arrepios. As reacções anafilácticas são raras.

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56
Q

Verdadeiro ou falso.

A hipotensão transitória é rara na estreptoquinase.

A

Falso.

A hipotensão transitória é COMUM (plasmina cliva o cininogénio e leva à formação bradicinina). Esta hipotensão responde à elevação dos membros inferiores, fluidos ev, doses baixas de aminas.

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57
Q

Para que tipo de patologia é que a uroquinase é normalmente utilizada?

A

Utilizada habitualmente na lise de trombos dirigida por cateter nas veias profundas ou nas artérias periféricas.

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58
Q

Qual o mecanismo que se pensa contribuir para a hemorragia induzida pela alteplase?

A

Com a degradação da fibrina pela plasmina, há a formação de produtos de degradação solúveis da fibrina, do qual o (DD)E é o principal. Estes (DD)E são tão potentes quanto a fibrina (como estimulador da activação do plasminogénio pela alteplase). Isto leva a que a plasmina gerada na superfície do (DD)E circulante degrade o fibrinogénio. A degradação do fibrinogénio leva ao aumento do fragmento X (que↑susceptibilidade dos tampões hemorrágicos à dissolução), que por sua vez contribui para a hemorragia.

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59
Q

Quais as diferenças entre o alteplase e o tenecteplase?

A

Tem maior semi-vida que o alteplase

É resistente a inactivação pelo PAI-1

É mais fibrina-específico que o alteplase

Utiliza-se como bolus único para a trombolise coronária

Apesar das taxas de hemorragia intracraniana serem semelhantes:
.Tem menos hemorragias extra-cerebrais que o alteplase

. Tem menos necessidade de transfusões associadas à hemorragia que o alteplase.

= Tem a mesma mortalidade que o alteplase

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60
Q

Qual é embriopatia característica da varfarina?

A

A embriopatia é caracterizada por Hipoplasia Nasal e Epífises Pontilhadas. Esta embriopatia é mais frequente no primeiro trimestre.

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61
Q

Em que situações se administra concentrados de complexos de protrombina em doentes anticoagulados com varfarina?

A
  1. Hemorragias life-threatening
  2. Reversão rápida dos níveis de INR em dtes com necessidade de Cx ou intervenção
  3. Doentes incapazes de tolerar o aumento de volume com PFC
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62
Q

Quais devem ser os anticoagulantes utilizados durante a gravidez para prevenção da trombose?

A

Heparina não fraccionada, heparina de baixo peso molecular e o fondaparinux.

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63
Q

Quais os valores de INR que um doente anticoagulados com varfarina e com anticoagulante lúpico deverá atingir?

A

INR de 2-3.

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64
Q

Qual é o exame laboratorial que deverá ser utilizado num doente com síndrome do anticorpo fosfolipído?

A

Deve ser utilizado o nível de factor X. O anticoagulante lúpico pode prolongar o INR.

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65
Q

Em que é que consiste os Neutrophil Extracellular Traps (NETs)?

A

Consiste em redes de DNA de neutrófilo que apanham eritrócitos, promovem a adesão e activação plaquetária e aumentam a coagulação.

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66
Q

A aspirina é igualmente eficaz nos homens e nas mulheres. V/F?

A

V

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67
Q

A aspirina reduz principalmente o risco de AVC nos homens e de EAM nas mulheres. V/F?

A

Falso
Homens - ++EAM
Mulheres - ++AVC

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68
Q

A aspirina pode ser usada como prevenção primária em doentes cujo risco anual de EAM é superior a 1%. V/F?

A

V

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69
Q

A aspirina como prevenção secundária reduz em 25% o risco de morte CV, EAM ou AVC. V/F?

A

V

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70
Q

A eficácia da aspirina é dose-dependente. V/F?

A

Falso

A partir de ~325mg/dia pode haver redução da eficácia

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71
Q

Qual a dose recomendada de aspirina para a maioria das indicações?

A

75-100mg

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72
Q

Os efeitos secundários da aspirina no tracto GI são dose-dependente. V/F?

A

V

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73
Q

A erradicação do H. pylori e administração de IBP podem reduzir o risco de hemorragia relacionada com aspirina em doentes com DUP. V/F?

A

V

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74
Q

A aspirina não deve ser administrada em doentes com história de alergia à aspirina. V/F?

A

V

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75
Q

Quais as potenciais causas de resistência à aspirina?

A
  • Fraca compliance
  • Absorção reduzida
  • Interacção com ibuprofeno
  • Sobreexpressão COX-2
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76
Q

O clopidogrel é mais eficaz do que a aspirina como prevenção secundária. V/F?

A

V

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77
Q

A combinação clopidogrel+AAS está recomendado durante pelo menos _______ após implantação de stent metal e durante pelo menos ______ após stent revestido

A

pelo menos 4 semanas - stent simples

pelo menos 1 ano - stent revestido

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78
Q

A combinação clopidogrel+AAS não demonstrou ser superior ao uso de clopidogrel isolado no tratamento de AVC isquémico. V/F?

A

V

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79
Q

Qual a % de risco de hemorragia major na terapêutica anti-plaquetária dupla?

A

2%/ano

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80
Q

Deve ser evitado o uso de prasugrel em idosos. V/F?

A

V

81
Q

O prasugrel está contra-indicado em doentes com doença cerebrovascular. V/F?

A

V

82
Q

A PTT é um efeito secundário raro das tienopiridinas. V/F?

A

V

Os efeitos secundários hematológicos são raros

83
Q

O polimorfismo genético da enzima CYP2C19 está presente em cerca de 50% dos asiáticos. V/F?

A

V
25% dos caucasianos
33% dos afro-americanos

84
Q

Os polimorfismos da enzima CYP2C19 são muito relevantes na eficacia do prasugrel. V/F?

A

Falso

Não existe associação entre estes polimorfismos e diminuição da inibição das plaquetas ou aumento dos eventos CV

85
Q

O ticagrelor produz inibição irreversível do P2Y12. V/F=

A

Falso

Inibição REVERSÍVEL

86
Q

O ticargrelor não necessita de activação metabolica. V/F?

A

V

Ao contrário das tienopiridinas

87
Q

Não existem diferenças na hemorragia major entre ticagrelor e clopidogrel. V/F?

A

V

88
Q

O ticagrelor requer ajuste em doentes com insuficiência renal. V/F?

A

Falso

Não requer (ao contrário do prasugrel)

89
Q

Além da hemorragia, quais os efeitos adversos mais comuns do ticagrelor?

A
  • Dispneia - 15% (inicio precoce, ligeira e auto-limitada)

- Pausas ventriculares assintomáticas

90
Q

Qual o mecanismo do dipiridamol?

A

Inibe a fosfodiesterase

91
Q

O abciximab é um antagonista específico da Gp IIb/IIIa. V/F?

A

Falso

Não é específico, inibe tambem αvβ3 e αMβ2, conferindo propriedades anti-inflamatórias e/ou antiproliferativas

92
Q

Quais as diferenças do Abciximab vs. Eptifibatide e Tirofiban?

A
  • Abciximab não é especifico para Gp IIb/IIIa
  • Abciximab tem semi-vida longa
  • Abciximab não tem clearance renal
93
Q

O abciximab é administrado pela via oral. V/F?

A

Falso

Todos os antagonistas Gp IIb/IIIa são dado por via IV

94
Q

A _________ é a complicação mais séria além da hemorragia com o uso de antagonistas de Gp IIb/IIIa

A

trombocitopenia

95
Q

Com o abciximab a trombocitopenia ocorre em até 5% dos doentes, sendo grave em cerca de 1%. V/F?

A

V

Com os outros agentes - trombocitopenia em 1%

96
Q

O vorapaxar, antagonista PAR-1, foi associado a aumento do risco de hemorragia intracraniana. V/F?

A

V

97
Q

A heparina activa a antitrombina, acelerando a taxa com que a antitrombina inibe a trombina e o factor Xa. V/F?

A

V

Mas tem pouco efeito na taxa de inibição da trombina

98
Q

As moléculas de heparina sem a sequência pentasaccaridica tem pouca ou nenhuma actividade anticoagulante. V/F?

A

V

99
Q

A sequência pentassacaridica é essencial para a activação da antitrombina, presente em cerca de 1/3 das moléculas de heparina comerciais. V/F?

A

V

100
Q

A mudança conformacional aumenta a taxa de inibição do factor Xa pela antitrombina em pelo menos 2 graus de magnitude. V/F?

A

V

Pouco efeito na taxa de inibição da trombina

101
Q

Apenas a heparina com pelo menos ___ unidades sacaridas conseguem ligar a trombina e antitrombina

A

18 unidades

102
Q

A heparina tem a mesma capacidade de promover a inibição do factor Xa e trombina, sendi designada antifactor Xa para antifactor IIa numa razão de 1:1. V/F’

A

V

103
Q

A heparina provoca a libertação de _____ pelo endotélio

A

TFPI (inibidor da via do factor tecidual)

104
Q

O factor plaquetário 4, libertado por plaquetas activadas, tem uma grande afinidade para a heparina. V/F?

A

V
Niveis elevados desta molecula nas proximidades dos trombos arteriais podem neutralizar a actividade anticoagulante da heparina

105
Q

A resposta anticoagulante da heparina é previsivel, não necessitando de monitorização. V/F?

A

Falso

  • Imprevisivel (devido a grande capacidade de se ligar a outras proteinas)
  • A monitorização é essencial
106
Q

Como é feita a monitorização da heparina?

A

aPTT ou anti-factor Xa

107
Q

Niveis terapêuticos de heparina são atingidos com o prolongamento de __ a ___ vezes o aPTT

A

2 a 3x

108
Q

Até 25% dos doentes tratados com heparina para TEV são resistentes à terapêutica. V/F?

A

V

109
Q

A heparina não necessita de monitorização quando dada em dose profilática. V/F?

A

V

Só quando doses terapêuticas

110
Q

Doentes com TEV parecem necessitar de doses mais altas de heparina do que doentes com SCA. V/F?

A

V

111
Q

A heparina tem um clearance dose-dependente dado que se liga ao endotélio. V/F?

A

V

112
Q

O factor Xa ligado a plaquetas activadas dentro de trombos ricos em plaquetas tem o potencial de gerar trombina, mesmo na presença de heparina. V/F?

A

V

113
Q

O sulfato de protamina potencia o efeito antitrombótico da heparina. V/F?

A

Falso

Neutraliza a heparina (1mg para 100 unidades de heparina)

114
Q

Quais os efeitos adversos da heparina?

A
  • Hemorragia
  • Osteoporose
  • Transaminases (elevação modesta)
  • TIH
115
Q

__% dos individuos tratados a longo prazo com heparina têm redução da densidade ossea

A

30%

116
Q

__ a __% ds doentes a realizar heparina a longo prazo têm fracturas vertebrais sintomáticas

A

2 a 3%

117
Q

Qual é geralmente o isotipo de anticorpos na TIH?

A

IgG

118
Q

A TIH é mais frequente em doentes cirurgicos e em mulheres. V/F?

A

V

119
Q

A TIH está associada a trombose, tanto arterial ou venosa. Qual a mais comum?

A

Trombose venosa

120
Q

A TIH é mais frequente com HBPM do que com HNF. V/F?

A

Falso

Mais frequente com HNF

121
Q

A TIH geralmente surge __ a ___ dias após inicio da terapêutica com heparina

A

5 a 14 dias

122
Q

Qual o exame de diagnóstico mais especifico para TIH?

A

Ensaio de libertação da serotonina

123
Q

Como é o tratamento da TIH?

A
  • Parar a heparina
  • Dar um anticoagulante alternativo (IDT ou fondaparinux)
  • NÃO DAR transfusões de plaquetas
  • NÃO DAR varfarina até que as plaquetas voltem ao normal
124
Q

Doentes com TIH devem ser tratados com um IDT ou fondaparinux até que as plaquetas voltem aos niveis normais. V/F?

A

V

125
Q

A HBPM cataliza mais a inibição da trombina do que a inibição do factor Xa. V/F?

A

Falso

Mais a inibição do factor Xa (razão 2-4 : 1)

126
Q

A HBPM tem um clearance independente da dose, possuindo uma resposta anticoagulante previsível. V/F?

A

V

Liga-se menos às proteinas plasmáticas

127
Q

A resistência à HBPM é rara. V/F?

A

V

128
Q

O tratamento domiciliar com HBPM em doentes com TEV foi tão eficaz e seguro quando tratamento hospitalar. V/F?

A

V

129
Q

É necessário monitorização em doentes a realizar doses terapêuticas de HBPM. V/F?

A

Falso

Não é necessária na maioria dos doentes - se necessário usar os niveis de factor Xa

130
Q

Quais as indicações para monitorização da HPBM?

A
  • Obesidade
  • IR (inferior a 50ml/min)
  • Gravidez (++ 3ºT)
  • Valvulas cardicas mecanicas
  • Crianças
131
Q

A HBPM pode ser usada para tratar doentes com TIH. V/F?

A

Falso

Não deve ser usada - reactividade cruzada

132
Q

O fondaparinux liga-se apenas à antitrombina. V/F?

A

V

Cataliza a inibição do factor Xa mas não aumenta a taxa de inibição da trombina

133
Q

O fondaparinux pode causar TIH. V/F?

A

Falso

Não causa porque não se liga ao PF4, podendo ser usado no tratamento

134
Q

Não existe antidoto para o fondaparinux. V/F?

A

V

135
Q

O fondaparinux está contra-indicado em doentes com TFG inferiores a 30 ml/min. V/F?

A

V

136
Q

O fondaparinux, como a heparina, induz libertação do inibidor da via do factor tecidual. V/F?

A

Falso

Não induz

137
Q

O fondaparinux catalisa a inibição do factor Xa e da trombina. V/F?

A

Falso

Apenas do factor Xa

138
Q

O fondaparinux é tao eficaz quanto a heparina e HBPM para o tratamento inicial de TVP ou EP. V/F?

A

V

139
Q

Uma grande percentagem de doentes tratados com desirudina desenvolve anticorpos contra o fármaco. V/F?

A

Falso

Elevada com lepirudina; Anticorpos são RAROS com a desirudina

140
Q

A desirudina não necessita de monitorização quando usada para a tromboprofilaxia. V/F?

A

V

141
Q

Como e feita a monitorização da lepirudina?

A

aPTT

142
Q

O argatroban é metabolizado no fígado. V/F?

A

V

Mais seguro na IR que a lepirudina

143
Q

A varfarina inibe a VKOR e, deta forma, bloqueia o processo de gama carboxilação. V/F?

A

V
Resulta na sintese de proteinas dependentes da vitamina K que são apenas particalmente carboxiladas, com actividade reduzida ou nula

144
Q

Qual a semi-vida do factor X? e da protrombina?

A

Factor X - 24h

Protrombina - 72h

145
Q

O efeito antitrombótico da varfarina depende da diminuição dos niveis funcionais de factor X e protrombina. V/F?

A

V

146
Q

O isómero S da varfarina é o mais activo. V/F?

A

V

147
Q

Apenas a varfarina não ligada à albumina é biologicamente activa. V/F?

A

V

97% ligada à albumina; 3% livre

148
Q

Individuos com as variantes CYP2C92 e CYP2C93 têm enzima com menor actividade, requerendo assim doses mais altas de varfarina. V/F?

A

Falso

Doses mais baixas

149
Q

Aproximadamente ___% dos caucasianos têm pelo menos uma variante alélica de CYP2C92 ou CYP2C93, tendo maior risco de hemorragia

A

25%

150
Q

Heterozigotia para CYP2C92 ou CYP2C93 diminuem a dose necessária de varfarina em 20-30%. V/F?

A

V

Homozigotia - 50 a 70%

151
Q

Os polimorfismos CYP2C9 são mais frequentes que os VKOC1. V/F?

A

Falso

VKORC1 são mais frequentes que CYP2C9

152
Q

Os polimorfismos da VKORC1 explicam 30% da variabilidade da necessidade das doses. V/F?

A

V

153
Q

Os caucasianos/afro-americanos/asiáticos têm a maior prevalência de VKORC1

A

Asiáticos, seguidos dos caucasianos e afro-americanos

154
Q

O efeito anticoagulante da varfarina é influenciado pela dieta, fármacos e doenças. V/F?

A

V

155
Q

Devem ser dadas doses iniciais mais altas de varfarina se polimorfismos genéticos da CYP2C9 e VKORC1. V/F?

A

Falso

Doses mais BAIXAS

156
Q

Para a maioria das indicações, a varfarina deve ser administrada em doses de forma a produzir um INR com um valor alvo de __ a __

A

2 a 3

157
Q

Em doentes a fazer varfarina com valvulas cardiacas mecanicas está recomendado um alvo do INR entre 2,5 e 3,5. V/F?

A

V

É a excepção! Particularmente se valvula mitral ou valvulas mais antigas na aortica

158
Q

Mesmo em doentes com doses estáveis de varfarina o INR deve ser determinado a cada __ a __ semanas

A

3 a 4 semanas

159
Q

A varfarina pode ser administrada com segurança na gravidez. V/F?

A

Falso

Contra-indicada, especialmente 1º e 3º T

160
Q

Varfarina
Em doentes assintomáticos com um INR entre 3,5 e 10, a varfarina deve ser descontinuada até o INR voltar ao alvo terapêutico. V/F?

A

V

161
Q

Varfarina

Em doentes assintomáticos com um INR superior a 10, o que fazer?

A

Vitamina K oral 2,5-5mg (apesar de não haver evidência que reduza o risco de hemorragia)

162
Q

Qual a terapêutica num doente a realizar varfarina com hemorragia grave?

A
  • 5 a 10mg de Vit K infusao lenta

- Plasma fresco congelado

163
Q

Varfarina

Em que doentes realizar concentrado de complexo protrombinico?

A
  • Hemorragias potencialmente fatais
  • Normalização do INR para intervenção urgente
  • Não toleram o volume do plasma fresco congelado
164
Q

Hemorragia GI ou GU com INR normal num doente tratado com varfarina indicam frequentemente lesão subjacente. V/F?

A

V

165
Q

A necrose cutanea é uma complicação rara da varfarina geralmente após __ a ___ dias após iniciação da terapêutica

A

2 a 5 dias

166
Q

A necrose cutanea induzida pela varfarina é vista em doentes com deficiência congénita ou adquirida da proteína C ou proteína S. V/F?

A

V

167
Q

Quais as anomalias fetais causadas pela varfarina?

A
  • Hipoplasia nasal
  • Epifises pontilhadas
  • Anomalias SNC
168
Q

A amamentação é segura em mulheres a realizar varfarina. V/F?

A

V

Não passa para o leite materno

169
Q

Concentrados de proteína C podem ser dados em individuos com deficiência da proteína C de forma a acelerar a cura da lesões cutâneas. V/F?

A

V

170
Q

O INR pode ser de dificil monitorização em doentes a realizar varfarina com anticoagulante lúpico. V/F?

A

V

Nalguns doentes o anticoagulante lúpico aumenta o INR basal - neste caso monitorização com factor X

171
Q

É necessário suspender a varfaria antes de procedimentos como cirurgia a cataratas ou extração dentária simples. V/F?

A

Falso
Não é necessário interromper varfarina antes de procedimentos com baixo risco de hemorragia (limpezas de dentes, biopsia da pele)

172
Q

Procedimentos de risco moderado a alto de hemorragia, a varfarina deve ser interrompida __ dias antes do procedimento

A

5 dias

173
Q

A monitorização por rotina dos novos anticoagulantes geralmente não é necessária. V/F’

A

V

174
Q

O apixabano tem um efeito limitado no tempo de protrombina. V/F?

A

V

Deve ser usado o anti-factor Xa para monitorizar (caso seja necessário)

175
Q

Os novos anticoagulantes orais estão associados a maior hemorragia intracraniana que a varfarina. V/F

A

Falso

MENOR hemorragia intracraniana; Mas têm maior risco de hemorragia GI

176
Q

Dispepsia ocorre em até 10% dos doentes tratados com dabigatrano. V/F?

A

V

É rara com os restantes novos anticoagulantes orais

177
Q

Os novos anticoagulantes orais estão contra-indicados na gravidez. V/F?

A

V

178
Q

Qual é o novo anticoagulante oral que pode ser removido da circulação por diálise?

A

Dabigatrano

179
Q

Em que patologias é que são administrados os fibrinoliticos por via sistémica?

A
  • EAM
  • AVC isquémico
  • TEP maciça
180
Q

Quando é que os fibrinoliticos podem ser aplicados por catéter directamente dentro do trombo?

A
  • Trombos venosos profundos proximais

- Trombos arteriais periféricos

181
Q

Todos os fibrinolíticos actuam convertendo ________ em ________

A

plasminogénio em plasmina

182
Q

O estado lítico sistémico reduz o potencial hemostático sanguineo e aumenta o risco hemorrágico. V/F?

A

V

Resulta de plasmina desregulada, degradando fibrina, fibrinogénio e factores de coagulação

183
Q

O sistema fibrinolítica endógeno está orientado para localizar a formação da plasmina à superficie da fibrina. V/F?

A

V

184
Q

A plasmina gerada na superfície da fibrina está relativamente protegida da inactivação pela alfa2-antiplasmina, promovendo a dissolução da fibrina. V/F?

A

V

185
Q

A estreptocinase é uma enzima que converte directamente o plasminogénio em plasmina. V/F?

A

Falso

  • A estreptocinase NÃO É uma enzima
  • A estreptocinase NÃO converte directamente
186
Q

Qual o mecanismo da estreptocinase?

A

Liga-se ao plasminogénio, induzindo alteração conformacional - este complexo converte o plasminogénio adicional em plasmina

187
Q

A estreptocinase não tem afinidade para a fibrina. V/F?

A

V

188
Q

Quais os fibrinoliticos não especificos?

A
  • Estreptocinase
  • Anistreplase
  • Urocinase

Capazes de induzir estado litico sistémico

189
Q

A estreptocinase reduz a mortalidade no EAM. V/F?

A

V

190
Q

A urocinase não é imunogénica e as reações alérgicas são raras. V/F?

A

V

Ao contrario da estreptocinase (5%)

191
Q

A alteplase activa preferencialmente o plasminogénio na presença de fibrina. V/F?

A

V

Mas não é tão selectivo quanto se pensava - especificidade para a fibrina limitada

192
Q

Os _________ são tão potentes quanto a fibrina como estimulador da activação do plasminogénio pela alteplase

A

D-dímeros

193
Q

A alteplase diminui a mortalidade quando usada para o tratamento de EAM. V/F?

A

V

194
Q

A tenecteplase tem maior especificidade para a ______ do que a alteplase, produzindo menos ____________.

A

fibrina; degradação do fibrinogenio

A tenecteplase é mais fibrina-específica, porque tem muito menos afinidade para o (DD)E. Em relação à fibrina ambos os agentes têm igual afinidade.

195
Q

Uma substituição tetra-alanina no dominio da protease da tenecteplase confere maior resistência à inibição pelo PAI-1. V/F?

A

V

196
Q

A HBPM pode ser monitorizado através do aPTT. V/F?

A

Falso

Tem pouco efeito sobre o aPTT. Deve ser monitorizada, quando necessário, pelo anti-factor Xa

197
Q

A varfarina está contra indicada na gravidez

V/F?

A

V, particularmente nos primeiro e terceiro trimestres.

198
Q

Trombos venosos raramente se formam em locais de disrupção vascular óbvia
V/F?

A

V

199
Q

Qual é o único anticoagulante oral que pode ser utilizado na gravidez?

A

É a varfarina, EM EXCLUSIVO NO SEGUNDO TRIMESTRE DA GRAVIDEZ. A varfarina não deve ser utilizada durante o 1° e 3° trimestres.