ANGINA INSTÁVEL Flashcards

(11 cards)

1
Q

ANGINA INSTÁVEL DEFINIÇÃO

A

Síndrome coronariana causada por obstrução aguda de uma artéria coronária, decorrente de trombose formada em uma placa ateromatosa que sofreu ruptura, sem IAM.
Também denominada síndrome intermediária, pré-infarto e insuficiência coronariana aguda.

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2
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
ANGINA INSTÁVEL

A

*Dor com as características da DAC estável, mas com duração acima de 15 minutos, que não se alivia totalmente ou não se altera com uso de nitratos. A dor tende ser mais intensa, prolongada e é precipitada por menos esforço ou surge mesmo em repouso
*Exame físico pode ser normal
*História de DAC prévia
*Durante o episódio de dor, podem ocorrer estertores pulmonares, 4a bulha cardíaca, sopro de insuficiência mitral, hipotensão arterial, bradicardia ou taquicardia.

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3
Q

Critérios para angina instável risco alto

A

Risco alto
Deve haver pelo menos um dos achados abaixo:

Dor prolongada em repouso (> 20 min) e contínua
Sinais de congestão pulmonar
Sopro de insuficiência mitral
4ª bulha cardíaca ou estertores pulmonares
Hipotensão arterial
Alterações dinâmicas do segmento ST > 1 mm

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4
Q

Critérios para angina instável Risco intermediário

A

Nenhum dado de alto risco, mas deve-se atentar para:*

Dor em repouso (> 20 min) ou que melhora com repouso ou nitroglicerina
Dor noturna
Dor de início recente, grau III ou IV (SCC) nas 2 últimas semanas, mas baixa probabilidade de DAC
Ondas Q ou depressão do segmento ST > 1 mm em várias derivações
Dor com alterações dinâmicas da onda T

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5
Q

Critérios para angina instável Risco Baixo

A

Nenhum achado de risco alto ou intermediário, mas deve-se atentar para:

Dor de intensidade aumentada com maior frequência, gravidade ou maior duração
Dor desencadeada com esforço de pequena intensidade
Dor de início recente no intervalo de 2 semanas a 2 meses
ECG normal ou não alterado

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6
Q

Exames Complementares na Angina Instável

A

🔹 ECG → Pode ser normal; ST alterado ou onda T invertida indicam isquemia.
🔹 Marcadores cardíacos → CK-MB e troponinas (medir na admissão e repetir após 6-9h).
🔹 Teste ergométrico → Avaliação segura para pacientes de baixo risco.
🔹 Ecocardiograma → Avalia função ventricular, valvopatias e complicações.
🔹 RM/Cintilografia → Alternativa ao teste ergométrico para casos específicos.
🔹 Angiotomografia coronária → Diagnóstico em pacientes de baixo risco.
🔹 Cineangiocoronariografia → Para alto risco e angina refratária.
🔹 Laboratoriais → Lipídios, glicemia, ureia e creatinina.

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7
Q

COMPLICAÇÕES Angina Instável

A

*IAM
*Arritmias cardíacas
*Acidente vascular cerebral
*Bloqueio atrioventricular
*Disfunção ventricular esquerda e insuficiência cardíaca
*Morte súbita.

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8
Q

Tratamento da Angina conforme Grau de gravidade

A

🔹 1️⃣ Início dos Sintomas → Paciente busca atendimento médico.
🔹 2️⃣ Diagnóstico → Avaliação médica para identificar SCA.
🔹 3️⃣ Local do Atendimento

Centro de Angioplastia 🏥 → Tratamento imediato disponível.
Centro sem Hemodinâmica 🚑 → Transferência necessária se risco elevado.
Estratificação de Risco Inicial
🔹 Muito Alto 🚨 → Transferência imediata para angioplastia.
🔹 Alto ⚠ → Transferência no mesmo dia.
🔹 Intermediário 🔄 → Avaliação e possível transferência.
🔹 Baixo ✅ → Pode realizar teste não invasivo se apropriado.

Estratégia Terapêutica
🔹 Muito Alto → Invasivo imediato (< 2h).
🔹 Alto → Invasivo precoce (< 24h).
🔹 Intermediário → Invasivo em até 72h.
🔹 Baixo → Teste não invasivo ou manejo clínico.

Fundamentos
*Fazer a estratificação do risco cardiovascular e de sangramento para definir a conduta terapêutica
*Pacientes com angina instável devem ser admitidos no hospital para monitoramento contínuo, obter acesso venoso, ECG imediato e avaliação de enzimas
*Após estabilização clínica inicial, deve-se estratificar o risco e decidir se o paciente será enviado para hemodinâmica em caráter de urgência ou não

*Oxigenoterapia: para pacientes com riscos intermediário e alto (2 a 4 ℓ/min) por 3 horas ou por tempos maiores e com dessaturação < 90%.

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9
Q

Tratamento Medicamentoso na SCA

A

🔹 Alívio da dor e sedação → Morfina e benzodiazepínicos para risco intermediário e alto.
🔹 Nitratos → Para todos os pacientes; IV se risco intermediário/alto. Retirar após 48h sem dor.
🔹 Betabloqueadores → VO para baixo risco; IV para dor recorrente, hipertensão e FC elevada.
🔹 Antagonistas do cálcio → Se betabloqueadores/nitratos não forem eficazes.
🔹 AAS → Dose inicial 150-300 mg, depois 85-325 mg/dia continuamente.
🔹 Inibidores P2Y12 (antiplaquetários):

Clopidogrel (300 mg ataque, 75 mg/dia por 12 meses)
Ticagrelor (180 mg ataque, 90 mg 2x/dia por 12 meses)
Prasugrel (60 mg ataque, 10 mg/dia, apenas se ICP e sem alto risco de sangramento)
🔹 IECA/BRA → Para risco intermediário/alto, com disfunção ventricular, hipertensão ou diabetes.
🔹 Anticoagulantes:
Heparina não fracionada (HNF) ou HBPM → Monitorar TTPA (1,5-2x controle), por 3-7 dias.
Enoxaparina → Preferível, exceto se cirurgia planejada em 24h.
Fondaparinux → 2,5 mg SC/dia por 8 dias ou até alta.
🔹 Inibidores da glicoproteína IIb/IIIa → Tirofibana/Abciximabe apenas em alto risco e ICP planejada.
🔹 Estatinas → Iniciar imediatamente, independente do lipidograma.

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10
Q

Evolução e prognóstico Angina instável

A

🔹 Bom prognóstico → Baixa mortalidade em pacientes de baixo risco.
🔹 Pior evolução → Fração de ejeção reduzida, IC, instabilidade hemodinâmica, angina recorrente.
🔹 Avaliação pós-estabilização → Determina necessidade de revascularização miocárdica.
🔹 Risco intermediário/alto → Estudo hemodinâmico precoce para definir revascularização.

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11
Q

Angina Variante (Angina de Prinzmetal): causas, caracteristicas, exames, tratamento,

A

🔹 Causa → Espasmo coronário, com ou sem obstrução arterial.
🔹 Características → Angina súbita, imprevisível, não relacionada a esforço/emocional.
🔹 Padrão → Ocorre no mesmo horário, geralmente de madrugada/manhã.
🔹 Diagnóstico diferencial → Angina instável e espasmo esofágico.

Exames Complementares
🔹 ECG → Supradesnivelamento de ST durante a dor; onda T negativa pode persistir.
🔹 Cineangiocoronariografia → Para avaliação anatômica.

Tratamento
🔹 Nitratos → Vasodilatação e alívio da dor.
🔹 Antagonistas dos canais de cálcio → Controle do espasmo coronário.

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