Anki__MEDCURSO

Question 1

(F) Como é chamado o tecido inflamatório articular na AR?

Answer 1

“Pannus.<div><i>Vai crescendo e lesando estruturas contíguas devido liberação de enzimas proteolíticas.</i></div><div><i><br></br></i></div><div><i><img></img></i></div>”

Question 2

(F) Qual a principal citocina relacionada à perpetuação do processo inflamatório na artrite reumatoide?

Answer 2

TNF-alfa.

Question 3

(Et)Qual a principal causa de morte em portadores de Artrite Reumatoide?

Answer 3

Doenças cardiovasculares.<div><br></br></div><div><i>O estado inflamatório crônico aumenta muito o risco cardiovascular.</i></div><div><i>Há aumento do estresse oxidativo e quantidade de lipídeos oxidados circulantes que se depositam nas paredes arteriais e aceleram o desenvolvimento de placas de ateroma.</i></div>

Question 4

(Et) Artrite Reumatoide aumenta o risco de quais doenças?

Answer 4

Cardiovasculares.<div>Osteoporose.</div><div>Linfoma difuso de grandes células B.</div>

Question 5

(QC) Quais os sinais semiológicos clássicos para Síndrome do Túnel do Carpo?

Answer 5

Tinel e Phalen.

Question 6

(D) Quais anticorpos se associam a maior risco de manifestações extra-articulares na AR?

Answer 6

Altos títulos de FR e anti-CCP.

Question 7

(D) Quais as características do líquido sinovial de paciente com AR?

Answer 7

Aspecto turvo.<div>Viscosidade reduzida.</div><div>Aumento proteínas.</div><div>Baixa glicose.</div><div>Leucometria 5-50.000/mm³ com PMN.</div><div>FR positivo.</div><div>anti-CCP positivo.</div><div>Complemento baixo.</div>

Question 8

(T) Qual o mecanismo de ação do <i>MTX?</i>

Answer 8

“Inibição da enzima diidrofolato redutase.<div><i>Interfere no metabolismo de purinas e pirimidias das células do sistêmia imune.</i></div><div><i>Suplementar sempre com ácido folínico ou fólico.</i></div><div><i><br></br></i></div><div><i><img></img></i></div>”

Question 9

(T)Mecanismo de ação da Cloroquina e Hidroxicloroquina: […]

Answer 9

Antimaláricos utilizados no tratamento de AR por imunomodulação.<div><i><br></br></i></div><div><i>Principal efeito adverso é toxicidade retiniana.</i></div>

Question 10

(Ep) Qual a epidemiologia do LES?

Answer 10

Mulheres jovens no<i>menacme</i>, 9M:1H, idade 15-45 anos, 3-4x mais comum em negras.

Question 11

(Et) Quais os principais fatores ambientais ligados à patologia do LES?

Answer 11

Luz ultravioleta.<div>Estrogênios.</div><div>Medicamentos.</div><div>Tabagismo.</div><div>Exposição à sílica.</div><div>Agentes microbiológicos como EBV.</div>

Question 12

(D) Quais as características do LES, em relação à atividade da doença ao longo do tempo?

Answer 12

Crônica com períodos de exacerbação.

Question 13

(QC)Principais manifestações vasculares na pele e mucosas do LES: […]

Answer 13

“Raynaud, vasculite purpúrica, urticária, alopecia, livedo, teleangectasias, úlceas cutâneas, infartos digitais e nódulos subcutâneos.<div><br></br></div><div><img></img></div>”

Question 14

(QC) Qual é a lesão cutânea aguda mais característica do LES?

Answer 14

“Rash malar.<div><br></br></div><div><img></img></div>”

Question 15

(D) Qual o autoanticorpo associado ao lúpus subagudo cutâneo e à fotossensibilidade?

Answer 15

Anti-RO.

Question 16

(D) Em que consiste o Fenômeno de Raynaud?<div><br></br></div>

Answer 16

“Vasoespasmo episódico de pequenas artérias digitais cursando com palidez-cianose-rubor.<div><br></br></div><div><i><br></br></i></div><div><i><img></img></i></div>”

Question 17

(D) O que é a artropatia de Jaccoud?

Answer 17

“Deformidade articular presente no LES.<div><i>Também pode aparecer no Sjögren e FR.</i></div><div><i>Lembra o desvio ulnar da AR mas é redutível.</i></div><div><i><br></br></i></div><div><i><img></img></i></div>”

Question 18

(D) O que é a síndrome de Evans?

Answer 18

Anemia hemolítica e trombocitopenia autoimunes.<div><i>LES é causa mais comum.</i></div>

Question 19

(D)Qual a utilidade do FAN no LES?

Answer 19

Tem alta sensibilidade de 98% para o diagnóstico.<div><i>Considero significativo >1:80.</i><div><i>*Baixa especificidade.</i></div></div>

Question 20

(T) Qual a droga sistêmica de escolha para LES cutâneo refratário a corticoides tópicos?

Answer 20

Hidroxicloroquina.

Question 21

(T)Qual o tratamento do LES Medicamentoso?

Answer 21

Retirar medicamento.<div>AINE.</div><div>Antimalárico.</div><div>Baixa dose corticoide.</div>

Question 22

(D) Qual o principal achado da Policondrite Recidivante?

Answer 22

“Condrite Auricular -dor, edema e orelha com cor vermelho-violácea.<div>Ocorre em 85% dos casos<i>.</i></div><div><i><br></br></i></div><div><i><img></img></i></div>”

Question 23

(QC) Após a telarca, a menarca irá ocorrer aproximadamente após quanto tempo?

Answer 23

2-2,5 anos.

Question 24

(F) Qual o mecanismo da NTA na Sepse?

Answer 24

Vasodilatação sistêmica pelas citocinas inflamatórias<br></br><div><br></br></div><div>Vasoconstrição renal pela lesão endotelial dos vasos intrarrenais, bloqueando a síntese de NO2 e prostaglandinas</div>

Question 25

(D) Como calcular o BUN? 

Answer 25

Ureia x 2.14

Question 26

(D) Qual o tipo da lesão renal da rabdomiólise?

Answer 26

"NTA.

"

Question 27

(Et) Qual a principal causa de morte em pacientes com Rabdomiólise?

Answer 27

PCR.

Causada pela associação Hipercalemia + LRA + acidose.

Question 28

(D) Síndrome da lise tumoral costuma ocorrer quanto tempo após a QTP?

Answer 28

48-72h.

Question 29

(T) Qual a influência da acetazolamida no pH urinário?

Answer 29

"Alcaliniza, pois é um inibidor da anidrase carbônica e age inibindo a reabsorção de bicarbonato."

Question 30

(Et) Quais as principais causas de diabetes insipidus nefrogênico? 

Answer 30

Hereditária ligado ao X.

Lítio.

Hipercalcemia.

Hipocalemia.

Sjögren.

Amiloidose.

Question 31

(Et) Quais as principais causas de LRA com hipocalemia?

Answer 31

- Leptospirose.

- Lesão por Aminoglicosídeos.

- Lesão por Anfotericina B.

- Nefroesclerose Hipertensiva Maligna.

Pode haver hipomagnesemia associada

Question 32

(Et) Quais os distúrbios eletrolíticos capazes de causar diabetes insipidus nefrogênico?

Answer 32

Hipercalcemia e hipocalemia.

Question 33

"(D) Sobre a lesão abaixo:

Também é chamada de [...]

É a lesão histológica mais comum da [...]

"

Answer 33

Glomeruloesclerose nodular.

Glomeruloesclerose diabética.

Question 34

(D) [...] está presente em 90% dos pacientes DM1 e 60% DM2.

Esta condição guarda íntima relação com nefropatia diabética.

Answer 34

Retinopatia.

Question 35

(F) Qual a relação bioquímica do folato com a vitamina B12?

Answer 35

Folato precisa da Vitamina B12 para entrar no meio intracelular.

Question 36

(F) Quais as principais funções do ácido fólico?

Answer 36

- Formação das bases nitrogenadas do DNA

- Participa do metabolismo da metionina sintase.

Lembrar que a deficiência de folato ou B12 causa aumento de homocisteína, que lesa endotélio.

Question 37

(F) Quais as principais funções da vitamina B12?

Answer 37

- Ativação do folato

- Conversão do ácido metilmalônico em succinilcolina.

- Conversão da homocisteína em metionina

Question 38

(F) Quais os mecanismos do quadro neurológico causado pela deficiência de B12?

Answer 38

B12 é cofator da reação de conversão da metilmalonil CoA em succinil CoA.

Aumento da metilmalonil CoA promove síntese de ácidos graxos não fisiológicos que incorporam-se aos lipídeos neuronais.

Deficiência na metionina sintetase.

Diminuição da produção dos fosfolipídios da mlielina.

Question 39

(F) Quais as principais drogas que levam a má absorção intestinal de folato?

Answer 39

Fenitoína e barbitúricos.

Question 40

(D) Diante da dúvida entre anemia megaloblástica por deficiência de B12 e/ou folato, quais exames devem ser solicitados?

Answer 40

Ácido metilmalônico sérico e urinário.

Homocisteína sérica.

Question 41

(D) Qual o principal risco de administrar folato em paciente com Anemia Megaloblástica?

Answer 41

Se o diagnóstico estiver incompleto e houver deficiência de B12 associada, o folato irá melhorar a parte hematológica, mas não a parte neurológica da deficiência de B12.

O paciente poderá ter neurológicas graves e irreversíveis.

Question 42

(D) Quais os melhores momentos para solicitar hemograma no pré-natal?

Answer 42

1º e 3º trimestre.

O MS preconiza apenas um hemograma.

Question 43

(D) Qual a forma adequada de solicitar Coombs indireto no pré-natal de paciente Rh negativo?

Answer 43

Mensalmente, a partir da 28a semana.

Question 44

(D) Em que momentos do pré-natal a glicemia de jejum deve ser solicitada? Qual o valor de referência?

Answer 44

Primeira consulta e terceiro trimestre.

O ponto de corte é 92mg/dL na gestação.

Question 45

(D) Em que momentos devo pedir VDRL e FTABS no pré-natal?

Answer 45

Primeira consulta e terceiro trimestre.

Question 46

(D) Em que momentos do pré-natal o anti-HIV deve ser solicitado?

Answer 46

Primeira consulta e terceiro trimestre.

Question 47

(D) Quais os momentos adequados para solicitar HbsAg no pré-natal?

Answer 47

Primeira consulta e terceiro trimestre.

Question 48

(T) Cite fatores maternos que indicam pré-natal de alto risco: 

Answer 48

Cardiopatia, pneumopatia, nefropatia, ginecopatia, endocrinopatia ou HAS.

Doenças neurológicas e distúrbios psiquiátricos.

Doenças autoimunes, antecedente de TEP ou TVP. 

Portador de HIV, toxo, sífilis terceiaria, TB.

Uso de drogas ilícitas.

Question 49

(Et) Cite fatores de gestações anteriores que indicam pré-natal de alto risco:

Answer 49

DHEG.

HELLP.

Eclampsia.

Abortamentos habituais.

Morte intrauterina ou perinatal de causa desconhecida.

Question 50

(Et) São fatores da gestação atual que indicam pré-natal de alto risco: [...]

Answer 50

Restrição de crescimento.
Poli ou oligoidrâmnio.
Gemelares.
DHEG.
ITU de repetição.
Pielonefrite.
Anemia grave não responsiva à ferro.
DM gestacional.
NIC III.
Risco psicossocial.

Question 51

(D) Como calcular uma estimativa da altura de fundo uterino da 20ª até 32ª semana?

Answer 51

Igual à IG menos 2 a 3cm.

Question 52

(D) Quando está indicada a realização do TOTG no pré-natal?

Answer 52

24ª-28ª

Question 53

(T) Qual o tratamento de bacteriúria assintomática na gestante?

Answer 53

Nitrofurantoína 100mg 6/6h por 10 dias.

Outras opções: Ampicilina, Cefalexina, Amoxicilina, SMX+TMP.

Question 54

(D) Objetivos do USG de primeiro trimestre: [...]

Answer 54

"Calcular idade gestacional, translucência nucal e atestar vitalidade.

Realizando entre 11-14 semanas.

"

Question 55

(D) Qual o objetivo do USG de segundo trimestre, realizado entre 18-24 semanas?

Answer 55

Avaliar características morfológicas.

Question 56

(D) Em que momento da gestação  é feito o screening para Streptococcus agalactiae GBS por swab retovaginal?

Answer 56

35ª-37ª semana.

*ACOG coloca 36 a 37s6d

Question 57

(T) Quais as situações que dispensam swab para realização de profilaxia contra GBS no intraparto, indicando diretamente a profilaxia?

Answer 57

GBS na urocultura.

Filho anterior com GBS.

Qualquer valor submete a paciente a profilaxia

Question 58

(T) Quando o uso profilático de ferro deve ser iniciado na gestação? 

Answer 58

20 semanas de IG até a parada lactação ou 2-3 mês pós-parto.

Question 59

(T) Paciente em pré-natal pode receber vacinação para influenza H1N1 em que momento da  gestação?

Answer 59

Qualquer momento

Question 60

(T) No planejamento familiar/pré-natal, qual o período ideal para fazer a vacina de rubéola?

Answer 60

Preferencialmente 1 mês antes de engravidar.

Question 61

(T) Cite drogas Categoria X para uso na gravidez: 

Answer 61

Atorvastatina.

iECA.

Isotretinoína.

Metotrexate.

Ribavirina.

Misoprostol.

Estrona.

Estradiol.

Clomifeno

Danazol.

Question 62

(F) Qual o mecanismo do polidrâmnio nas gestações de pacientes diabéticas?

Answer 62

Diurese osmótica do feto pela hiperglicemia.

Question 63

(D) Quais as características da HbS na anemia falciforme?

Answer 63

Baixa solubilidade - facilita a polimerização

Instabilidade molecular - facilita a oxidação

Question 64

(F) Quais as consequências da falcização para a hemácia?

Answer 64

Estresse oxidativo, liberação de substâncias que causam lesão endotelial, diminuição da fluidez da membrana (não retorna ao formato normal).

Desidratação celular (aumenta a entrada de cálcio, que causa perda de K+ e água)

Question 65

(F) Qual a função dos podócitos?

Answer 65

Formar uma barreira mecânica de filtração. Envolvem os capilares glomerulares

Question 66

(F) Qual a função do mesângio?

Answer 66

Serve como tecido de sustentação dos capilares glomerulares. 

Question 67

(F) Quem compõe o aparelho justaglomerular?

Answer 67

Mácula densa e células justaglomerulares

Question 68

(F) O que é a mácula densa e qual sua função?

Answer 68

É uma parte especializada do túbulo contorcido distal, que reabsorve NaCl na urina. Quando a TFG está diminuída, menos NaCl é absorvido, e isso faz com que a mácula densa estimule as células justaglomerulares a causarem a vasodilatação da arteríola aferente. 

Question 69

(F) Como é a ramificação das artérias renais?

Answer 69

Interlobares - arciformes - interlobulares - arteríolas aferentes

Question 70

(F) Como se dá a perfusão renal?

Answer 70

Do córtex em direção à medula, o que torna as estruturas dessa última porção mais suscetíveis à isquemia, principalmente a papila renal.

Anemia falciforme, anti-inflamatórios aumentam o risco de necrose de papila.

Question 71

(F) Quais os mecanismos de autorregulação do fluxo sanguíneo renal?

Answer 71

1.Vasoconstrição da A.E.

2. Vasodilatação da A.A. 

  

3. Feedback tubuloglomerular

4. Retenção de sódio e natriurese

Question 72

(F) Qual a função das células justaglomerulares?

Answer 72

Produção de renina

Question 73

(D) Qual o principal eletrólito reabsorvido nos túbulos renais?

Answer 73

Sódio.

A reabsorção de qualquer outro eletrólito depende da reabsorção de sódio, mesmo que indiretamente

Question 74

(F) Que outros ânions são reabsorvidos juntamente com o sódio?

Answer 74

Na primeira porção do TCP - HCO3- (precisa passar pela reação tampão)

Na segunda porção do TCP - Cl-

Question 75

(T) Qual o mecanismo de ação  da acetazolamida?

Answer 75

Inibe a anidrase carbônica, que impede a reabsorção de HCO3- no TCP, quando o sódio é reabsorvido.

A inibição da anidrase carbônica impede a reação tampão.

Além disso, diminui a reabsorção de sódio no TCP, pois o bicarbonato é reabsorvido na forma de NaHCO3

Question 76

(F) Como funciona o mecanismo de contracorrente da alça de Henle?

Answer 76

Porção descendente - reabsorção de água para o túbulo

Porção ascendente - excreção de soluto através do NaK2Cl para o interstício.

Isso torna o interstício hiperosmolar, permitindo a ação do ADH consegue no túbulo coletor, concentrando a urina.

Question 77

(F) Qual a função da aldosterona?

Answer 77

Controla a reabsorção de Na+ e, consequentemente, a secreção de K+ e H+ no túbulo coletor.

A aldosterona faz com que o sódio seja reabsorvido sem outro ânion (reabsorção eletrogênica) para compensar o potencial positivo dele, fazendo com que o lúmen fique com potencial negativo, causando a secreção do K+ e H+

Question 78

(F) Por que há hipercalemia em situações de acidose metabólica?

Answer 78

Porque a acidose aumenta a quantidade de H+, fazendo com que haja preferência na secreção desse íon, quando o sódio é reabsorvido no túbulo coletor. Isso causa o acúmulo de potássio

Question 79

(F) Quais as repercussões eletrolíticas do hipoaldosteronismo hiporreninêmico?

Answer 79

Acidose metabólica + hipercalemia

Ausência de aldosterona causa acúmulo de hidrogênio e potássio, pois o sódio para de ser reabsorvido

Question 80

(QC) Como se manifesta a GNDA?

Answer 80

Síndrome nefrítica (proteinúria <3,5g/dia, oligúria, edema e  hipertensão, hematúria (mais comum), piúria e ocasionalmente azotemia (TFG<40%)

Question 81

(D) Como diferenciar uma hematúria de origem glomerular de outras origens?

Answer 81

Pelo aspecto da hemácia. Quando a origem é glomerular, há dismorfismo eritrocitário, por conta da passagem da hemácia pelos podócitos.

Question 82

(F) Como são formados os cilindros na urina?

Answer 82

A proteína de Tomm-Horsfall causa aderência das partículas na parede dos túbulos. 

Question 83

(D) A presença dos cilindros hemáticos indica que tipo de lesão?

Answer 83

Lesão glomerular, até que se prove o contrário.

*Na prova, a principal causa é GNPE

Question 84

(F) Qual a fisiopatologia da GNDA?

Answer 84

A maioria dos casos é por deposição de imunocomplexos no glomérulo renal, causando lesão endotelial e obstrução que dão origem às manifestações da doença

Question 85

(D) Qual o aspecto dos imunocomplexos da GNDA à imunofluoresência indireta?

Answer 85

Aspecto granular (subendotelial/subepitelial)

Question 86

(D) Como é caracterizada a síndrome nefrítica sem imunocomplexos à biópsia e com >50% glomérulos com crescentes?

Answer 86

Glomerulonefrite pauci-imune. É um tipo de GNRP

Question 87

(D) Qual o anticorpo relacionado com a glomerulonefrite pauci-imune?

Answer 87

ANCA (anticorpo anticitoplasma de neutrófilo)

Question 88

(Et) Qual a principal causa de GNDA em crianças de 2 a 15 anos?

Answer 88

GNPE

Question 89

(Et) Qual a etiologia da GNPE?

Answer 89

Sequela de uma infecção pelo Streptococcus pyogenes (beta-hemolítico do grupo A)

Question 90

(F) Qual o período de incubação da GNPE por faringoamigdalite?

Answer 90

1-3 semanas

Question 91

(QC) Qual o quadro clínico da GNPE?

Answer 91

A maioria dos casos é assintomática e autolimitada.

Quando há sintomas, se manifesta como síndrome nefrítica

Question 92

(QC) Quais as possíveis complicações da GNPE?

Answer 92

- Encefalopatia hipertensiva

- Edema agudo de pulmão 

- Hipercalemia

- LRA

Question 93

(D) Como é feito o DDX da GNPE?

Answer 93

1. Teve infecção recente?

2. Período de incubação compatível?

3. A infecção realmente foi estreptocócia?

4. Hipocomplementemia <8 semanas (C3 e CH50)?

Além disso, pesquisa manifestações extrarrenais, que possam indicar outras doenças

Question 94

(F) Por que o ASLO não é utilizado para documentar infecção estreptocócicas prévias nos casos de piodermite? Qual é o exame utilizado?

Answer 94

Pois a exoenzima estreptocócica é inativada na pele, impedindo a formação do anticorpo contra ela.
O exame utilizado é o da anti-DNAse B

Question 95

(D) Que outro teste pode ser feito para documentar infecção estreptocócica, além do ASLO e anti-DNAse B?

Answer 95

Streptozyme test. Pesquisa os anticorpos contra as 5 exoenzimas estreptocócicas. 

Question 96

(D) Qual o tipo de síndrome nefrítica em que não há consumo do complemento?

Answer 96

Nefropatia por IgA (doença de Berger)

Question 97

(D) Quando está indicada a biópsia nos casos de suspeita de GNPE?

Answer 97

Hipocomplementemia >8 semanas, ou

Persistência >4 semanas de:
 - Hematúria macro
 - Função renal alterada
 - HAS
- Proteinúria nefrótica>4 semanas

Question 98

(D) Qual o DDX da GNPE?

Answer 98

Glomerulonefrites pós-infecciosas

Glomerulonefrite lúpica

Glomerulonefrite membranoproliferativa (GNMP) - mais difícil diferenciar. Normalmente tem hipocomplementemia >8 semanas e proteinúria nefrótica persistente

Question 99

(D) Como diferenciar uma exacerbação de doença renal crônica prévia de uma GNPE?

Answer 99

Quando a hematúria/proteinúria não respeitar o período de incubação, indica exacerbação, como é o caso da doença de Berger.

Question 100

"(T) Qual o ""step up"" do tratamento da GNPE?"

Answer 100

1. Restrição hidrossalina e suporte

2. Diuréticos de alça (furosemida).

3. BCC, vasodilatadores (hidralazina)

*Pode ser necessário diálise

Question 101

(T) Qual o prognóstico da GNPE?

Answer 101

Normalmente é ótimo.

Adultos têm maior risco de lesões graves, que causam glomeruloesclerose global irreversível, podendo causar GESF

Question 102

(F) Em quanto tempo a oligúria costuma regredir na GNPE?

Answer 102

72h 

*Pode ir até 7d

Question 103

(D) Quando uma glomerulonefrite é considerada GNRP?

Answer 103

Quando há evolução rápida para falência renal e, na ausência de tratamento, evolui para o estado de rim terminal em poucas semanas.

Há crescentes em >50% dos glomérulos

Question 104

(F) O que são as crescentes, que podem surgir nos glomérulos?

Answer 104

É um infiltrado monocitário que vai tomando os glomérulos, causando resposta inflamatória. Evolui com fibrose e morte do glomérulo.

Question 105

(D) Qual o exame padrão-ouro para GNRP?

Answer 105

Biópsia renal com imunofluorescência indireta. 

Question 106

(D) Quais os tipos de GNRP?

Answer 106

Tipo I - Anti-MBG 

Tipo II - Por imunocomplexos 

Tipo III - Pauci-imune 

Question 107

(QC) Qual o quadro clínico das GNRP?

Answer 107

Abrupto e mais grave. 

Oligúria pode evoluir para anúria

É comum que os únicos sintomas sejam os da síndrome urêmica, como encefalopatia, pericardite, sangramento.

Question 108

(QC) Quais valores de TFG e creatinina se relacionam com o surgimento dos sintomas da síndrome urêmica?

Answer 108

Quando TFG<20 e creatinina >5mg/mL

Question 109

(D) Que exames além da biópsia ajudam a determinar o tipo de GNRP?

Answer 109

Anticorpo anti-MBG (tipo I)

Dosagem do complemento (reduzido no tipo II)

ANCA (tipo III)

Question 110

(F) Qual a fisiopatologia da Síndrome de Goodpasture?

Answer 110

Destruição da cadeia alfa 3 do colágeno tipo IV, presente apenas nos alvéolos pulmonares e na membrana basal. 

Se o acometimento for exclusivamente renal, considera como GNRP clássica, não como Sd. de Goodpasture

Question 111

(Ep) Quais os pacientes mais acometidos pela síndrome de Goodpasture?

Answer 111

Adultos jovens (20-30 anos), 6x mais em homens.

Tem relação com o gene HLA-DR2 e histórico de infecção respiratória, tabagismo, hidrocarbonetos voláteis

Question 112

(QC) Como se manifesta a síndrome de Goodpasture?

Answer 112

A hemorragia pulmonar normalmente precede a GNRP. Hemoptise é o principal sintoma.

Question 113

(D) Quais os exames feitos para investigação da síndrome de Goodpasture?

Answer 113

RX

Teste de difusão do CO

Hemograma 

PADRÃO-OURO - Biópsia renal com padrão linear na IFI e crescentes em >50% dos glomérulos.

Question 114

(Ep) Qual o perfil do paciente mais acometido pela GNRP anti-MBG?

Answer 114

50-70 anos, principalmente em mulheres

Question 115

(T) Qual o tratamento da GNRP?

Answer 115

Plasmaférese + prednisona + azatioprina  ou ciclofosfamida 

*Iniciar precocemente, pelo risco de evoluir para estágio terminal.

Question 116

(T) Qual o prognóstico da GNRP?

Answer 116

Se tratamento iniciado antes da creatinina passar de 5, é bom. 

Se tiver precisado de diálise antes do tratamento, é pior.

Question 117

(D) Quais as características da GNRP por imunocomplexos?

Answer 117

Consumo do complemento

Anti-MBG e ANCA negativos.

Biópsia com padrão granular 

Question 118

(Ep) Qual a forma mais comum de GNRP em adultos velhos?

Answer 118

GNRP pauci-imune

Question 119

(Et) Qual a classificação da GNRP pauci-imune?

Answer 119

Primária - limitada ao rim

Secundária - causada por vasculite sistêmica (granulomatose de Wegener, poliangeíte microscópica)

Question 120

(D) Quais achados sugerem o diagnóstico de GNRP pauci-imune?

Answer 120

GNRP clássica
ANCA positivo
Sintomas de vasculite sistêmica

Question 121

(Et) Quais as principais glomerulopatias que se manifestam com hematúria assintomática/oligossintomática?

Answer 121

Doença de Berger, doença do adelgaçamento da MBG e nefrite hereditária (mal de Alport)

Question 122

(Ep) Qual a glomerulopatia primária mais frequente?

Answer 122

Nefropatia por IgA (doença de Berger)

Question 123

(QC) Qual o principal sintoma da nefropatia por IgA?

Answer 123

Hematúria macroscópica RECORRENTE de origem glomerular

Question 124

(Ep) Quais os principais fatores de risco da nefropatia por IgA?

Answer 124

15-40 anos
Sexo masculino (2:1)
Descendência asiática

Question 125

(QC) Como diferenciar nefrite lúpica classe II e a nefropatia por IgA, já que ambas tem deposição de IgA no mesângio?

Answer 125

A nefrite lúpica consome complemento, diferentemente da nefropatia por IgA

Question 126

(F) Qual a relação entre a nefropatia por IgA e a Púrpura de Henoch-Schonlein?

Answer 126

Acredita-se que a nefropatia por IgA é a forma monossintomática da PHS, que é uma vasculite leucocitoclástica

Púrpura de Henoch-Schonlein (PHS) – tétrade dor abdominal, púrpura, artrite, depósitos de IgA no mesângio

Question 127

(Et) Qual etiologia da nefropatia por IgA?

Answer 127

Na grande maioria dos casos, é idiopática (doença de Berger).

Question 128

(F) Qual a fisiopatologia da nefropatia por IgA?

Answer 128

Acredita-se que é um descontrole na regulação da produção do IgA

Question 129

(D) Quais os achados na biópsia da nefropatia por IgA?

Answer 129

Depósitos mesangiais difusos na IFI

Aumento da celularidade no mesângio na MO

Pode haver o achado de crescentes (<30%), mas em apenas 5% dos casos se classifica como GNRP (>50% dos glomérulos com crescentes)

Question 130

(QC) Qual as formas clássicas de apresentação da nefropatia por IgA?

Answer 130

1. Hematúria macroscópica recorrente

2. Hematúria microscópica persistente 

3. Síndrome nefrítica franca

Question 131

(QC) O que é a nefrite sinfaringítica?

Answer 131

Associação da nefropatia por IgA com uma faringoamigdalite

Question 132

(QC) Quais doenças sistêmicas são associadas à deposição de IgA no mesângio?

Answer 132

As principais são cirrose, doença celíaca, dermatite herpetiforme, HIV

Além delas, Crohn, esquistossomose, artrites soronegativas etc.

Question 133

(F) Qual a relação da hematúria macroscópica e a LRA reversível?

Answer 133

Indica que a lesão é tubular pela hemoglobina e obstrução tubular pelos cilindros hemáticos

Question 134

(QC) Como diferenciar a síndrome nefrítica por GNPE da nefropatia por IgA?

Answer 134

Nefropatia por IgA apresenta:
- Complemento normal
- ASLO negativo
- Período de incubação incompatível

Question 135

(D) Quais os achados laboratoriais da nefropatia por IgA?

Answer 135

1. Dismorfismo eritrocitário

2. Cilindros hemáticos

3. Complemento normal 

4. IgA sérico elevado

5. Depósitos de IgA na pele

*Se 4 e 5 presentes, a biópsia renal torna-se prognóstica, em vez de diagnóstica. 

Question 136

(D) Quais as indicações de biópsia quando suspeitamos de nefropatia por IgA?

Answer 136

HAS
Proteinúria >1g/dia
Aumento da creatinina

Question 137

(D) Quais as formas de evolução da doença de Berger?

Answer 137

1. Função renal preservada a longo prazo, com hematúria micro persistente ou macro recorrente (60%)

2. Evolução lenta para rim terminal em 10-20 anos (40%) 

3. Insuf renal terminal em <4 anos (raro) 

4. Remissão completa, sem complicações (4%)

Question 138

"(QC) A intensidade e frequência das crises de hematúria macroscópica na nefropatia por IgA tem relação com prognóstico. V ou F?"

Answer 138

Falso.

Question 139

(T) Qual o tratamento da doença de Berger?

Answer 139

IECA associado ou não a corticoide, ciclofosfamida (graves)

*ISGLT2 está começando a ser usado

Question 140

(T) Quais os indicadores de mau prognóstico da doença de Berger?

Answer 140

1. Quanto mais velho, pior

2. Homens

3. Creatinina >1,5 no diagnóstico

4. Proteinúria persistente >1-2g/dia

5. HAS

6. Ausência de hematúria macro

7. Depósito de IgA subendotelial

Question 141

(T) Qual o tratamento em casos de GNRP por nefropatia por IgA?

Answer 141

Pulsos de metilprednisolona+ciclofosfamida com ou sem plasmaférese.

Question 142

(F) Qual a fisiopatologia da doença do adelgaçamento da MBG (hematúria glomerular benigna)?

Answer 142

Defeito na produção da cadeia alfa-4 do colágeno tipo IV da MBG.

Lembrar que a cadeia alfa-3 é da síndrome de Goodpasture.

Question 143

(D) Como é o diagnóstico da doença do adelgaçamento da MBG?

Answer 143

Normalmente por exames de rotina. Não indica biópsia, e tem bom prognóstico.

Question 144

(QC) Qual o quadro clínico do mal de Alport (nefrite hereditária)?

Answer 144

1. Surdez neurossensorial

2. Anormalidades oftalmológicas

3. Hematúria glomerular

4. Insuficiência renal progressiva.

Prognóstico reservado

Question 145

(F) Qual a fisiopatologia do mal de Alport?

Answer 145

Defeito grave no colágeno tipo IV de forma geral. É mais comum em crianças.

Question 146

(D) Qual a definição de proteinúria?

Answer 146

>150mg/dia na urina de 24h

300mg/dia já é visto no dipstick (método quantitativo da fita)

Question 147

(Et) O que é a proteinúria isolada?

Answer 147

Proteinúria sem alterações na urina tipo I ou doenças renais prévias. Normalmente é <2g/dia

Question 148

(Et) Qual a principal causa de proteinúria isolada, com exceção das doenças renais?

Answer 148

Proteinúria ortostática

Question 149

(F) Quais os tipos de proteinúria isolada?

Answer 149

Persistente - distúrbios tubuloglomerulares e hiperfluxo proteico (overflow)

Intermitente - algum fator externo que atrapalha a formação da urina (gestação, ICC, proteinúria ortostática, frio etc)

Question 150

(F) Qual a fisiopatologia da proteinúria isolada por ortostatismo, ICC e exercícios físicos intensos?

Answer 150

Causam dilatação da artéria aferente e contração da eferente, aumentando a TFG, que aumenta a filtração de albumina

Question 151

(F) Qual a fisiopatologia da proteinúria isolada na gestação?

Answer 151

Aumento fisiológico da TFG (30-40%) durante a gestação. O normal é excretar até 250mg/dia

Question 152

(D) Como diagnosticar proteinúria ortostática?

Answer 152

Colher exame de urina pela manhã, antes de se levantar, e repetir após 4-6h de posição ortostática

Question 153

(D) Qual a definição de politrauma?

Answer 153

Lesões em 2+ sistemas com pelo menos uma delas representando um risco vital ao doente

Question 154

(Ep) Qual a epidemiologia do trauma?

Answer 154

Terceira maior causa de morte, perdendo para DCV e câncer.

Nas pessoas até 44 anos, o trauma é a principal causa de morte.

Question 155

(Ep) Em que consiste a distribuição trimodal do momento da morte no trauma?

Answer 155

1. Segundos a minutos (50%)

2. Minutos a horas (30%) 

3. Horas a semanas (20%) 

Question 156

(T) Como é realizada a triagem dos pacientes nos casos de alta demanda, mas capacidade do serviço de emergência de atender todos os pacientes?

Answer 156

Paciente mais grave é atendido primeiro.

Question 157

(T) Em casos de acidentes em locais públicos potencialmente perigosos, como uma avenida movimentada, qual deve ser o primeiro cuidado da equipe no atendimento pré-hospitalar?

Answer 157

Sinalizar a via e garantir a segurança para o atendimento

Question 158

(T) De que é composto o ABCDE do trauma?

Answer 158

Airway - garantir via aérea e estabilizar cervical

Breathing - respiração e ventilação

Circulation - avaliação volêmica

Disability - alterações neurológicas

Exposition - exposição e prevenção de hipotermia

Question 159

"(D) A A abordagem da via aérea é prioridade no exame primário do trauma, pois qualquer esforço se tornará inútil, caso haja algum problema.

V ou F?

"

Answer 159

Verdadeiro

Question 160

"(T) A Como é feita a estabilização da coluna cervical do paciente?"

Answer 160

Colar e prancha

Question 161

(T) Por que prancha rígida deve ser retirada o mais rápido possível, após a chegada no hospital?

Answer 161

Para evitar úlceras por pressão

Question 162

"(T) A Quais os critérios para remoção do colar cervical no paciente traumatizado?"

Answer 162

Após chegada no hospital, com:
- Glasgow 15
- Sem dor cervical
- Ausência de uso de álcool/drogas
- Exame neurológico normal

Question 163

"(D) A Quais as indicações de avaliação mais minuciosa da coluna cervical nos pacientes traumatizados?"

Answer 163

- >65 anos

- Parestesia em extremidades

- Mecanismos perigosos de trauma

- Incapacidade de rotacionar o pescoço em 45 graus

Question 164

"(D) A Quais as principais fraturas de coluna cervical em relação à mortalidade?"

Answer 164

1. Luxação atlas-occipital e C1-C2 (80% das mortes)

2. Fratura de Hangman (avulsão dos arcos de C2 e fratura de C2 sobre C3)

Question 165

"(D) A Como avaliar a perviedade da via aérea de um paciente?"

Answer 165

Capacidade de falar.

*Se pérvia, faz apenas O2 em máscara (11L/min)

Question 166

"(T) A Quais medidas/manobras podem ser usadas para garantir via aérea em paciente com nível de consciência reduzido?"

Answer 166

Jawthrust e chinlift podem auxiliar. 

Aspira secreções, sangue etc e retira corpos estranhos na cavidade oral, se presentes.

Question 167

"(T) A Quais as indicações de via aérea definitiva?"

Answer 167

- Apneia

- Proteção da VA contra secreções/sangue

- Comprometimento iminente da VA (lesão por inalação, convulsões reentrantes, etc)

- TCE necessitando de hiperventilação
- Oxigenação inadequada apenas com máscara

- Glasgow =<8

Question 168

"(T) A Qual a definição de via aérea definitiva?"

Answer 168

Cânula endotraquela com balão insuflado acoplada a sistema de ventilação assistida com O2

Question 169

"(T) A Qual a melhor via aérea definitiva (VAD)?"

Answer 169

IOT

Question 170

"(T) A Como é a realização da intubação em sequência rápida?"

Answer 170

1. Pré-oxigenação com O2 a 100% + pressão na cricoide

2. Anestésico de ação rápida (fentanil, midazolam, etomidato 0,3mg/kg) e bloqueador neuromuscular (succinilcolina 1-2mg/kg ou rocurônio)

3. Intuba

Não faz hiperextensão cervical

Question 171

"(T) A Quais os principais tipos de acesso à via aérea temporária?"

Answer 171

Máscara laríngea
Crico por punção

Question 172

"(T) A Como confirmar o posicionamento do tubo endotraqueal?"

Answer 172

Capnógrafo ou dispositivo colorimétrico de identificação do CO2

Question 173

"(T) A Quais as desvantagens da intubação nasotraqueal?"

Answer 173

Precisa de paciente alerta e colaborativo, tem maior risco de necrose de partes moles etc

Question 174

"(T) A Quais as indicações de acesso cirúrgico à via aérea (crico e traqueos)"

Answer 174

- Trauma de face que impeça a visualização das estruturas

- Sangue/secreção na cavidade ou edema, impedindo a visualização das cordas vocais

- Distorção anatômica do pescoço

Question 175

"(D) X Qual o exame primário, de acordo com o PHATLS (pré-hospitalar)?"

Answer 175

X-ABCDE.

Em casos de paciente com sangramento maciço, primeiro tenta parar o sangramento, antes de garantir via aérea, para evitar exsanguinação

Question 176

(T) Por que a traqueostomia normalmente não é feita na emergência?

Answer 176

Porque se tornou um procedimento eletivo

Question 177

"(T) A Quando fazemos crico por punção, ao invés da cirúrgica?"

Answer 177

<12 anos (pode fazer traqueostomia)

Falta de habilidade

Question 178

"(T) A Qual o tempo de permanência da crico por punção?"

Answer 178

30-45 minutos. Depois disso, começa a haver carbonarcose pelo acúmulo de CO2

Question 179

"(T) A Em casos de trauma de laringe, como garantir VA?"

Answer 179

Tenta IOT. Se não conseguir, faz traqueo (melhor) ou crico cirúrgica

Question 180

(QC) Quais as manifestações clínicas de uma fratura de laringe?

Answer 180

Enfisema subcutâneo (crepitação), rouquidão

Question 181

"(T) A Qual a relação inspiração:expiração da crico por punção?"

Answer 181

1:4

Question 182

(D) Quais as principais causas de dessaturação súbita em pacientes intubados?

Answer 182

"Deslocamento do tubo

Obstrução do tubo

Pneumotórax não identificado agravado por VPP

Equipamento com problemas

DOPE

"

Question 183

"(D) A Como monitorar o paciente politraumatizado após garantir via aérea?"

Answer 183

Oximetria de pulso e ECG contínuo

Question 184

"(F) B Qual a fisiopatologia do pneumotórax hipertensivo?"

Answer 184

Lesão com fluxo unidirecional de ar, por conta de um mecanismo valvular que o impede de sair da cavidade pleural.

Question 185

"(QC) B Como se manifesta o pneumotórax hipertensivo?"

Answer 185

Turgência jugular e hipotensão por deslocamento do mediastino

Insuficiência respiratória pela compressão do pulmão

Desvio contralateral da traquela

MV abolidos

Hipertimpanismo no tórax

Pode haver enfisema subcutâneo

Question 186

"(D) B O pneumotórax hipertensivo é mais encontrado no trauma penetrante do que no fechado.

Verdadeiro ou falso?

"

Answer 186

Falso. 

Question 187

"(D) B Qual a principal causa de pneumotórax hipertensivo?"

Answer 187

VPP em pacientes com lesões pleurais assintomáticas ou não percebidas no ABCDE

Question 188

"(D) B Sempre devemos fazer RX para confirmar a presença de PTXH.

Verdadeiro ou falso?

"

Answer 188

Falso, o diagnóstico é clínico. Porém, o ATLS 10 bota que se tiver um USG fácil, pode fazer para confirmar

Question 189

"(T) B Qual o tratamento imediato e definitivo do pneumotórax hipertensivo nos adultos?"

Answer 189

1) Imediato - toracocentese no 4o ou 5o EIC, entre LAM e LAA

2) Definitivo - drenagem torácica com selo d'água no 4o ou 5o EIC.

Question 190

(T) Qual a referência anatômica para colocação do dreno torácico?

Answer 190

4o ou 5o EIC, na borda superior da costela inferior, para evitar o feixe neurovascular

Question 191

"(F) B Qual o mecanismo do pneumotórax aberto?"

Answer 191

Solução de continuidade entre o ar atmosférico e a cavidade pleural. A cada inspiração, entra mais ar

Question 192

"(T) B Qual o tratamento imediato e o definitivo do pneumotórax aberto(PTXA)?"

Answer 192

Imediato - curativo de 3 pontas.

Definitivo - drenagem

Question 193

"(D) B Qual a definição de hemotórax maciço?"

Answer 193

>1,5L na cavidade torácica

Question 194

"(D) B Como diferenciar um hemotórax maciço de um PTXH?"

Answer 194

No hemotórax maciço, ocorre:

- Ausência de desvio de estruturas

- Jugular colabada (hipovolemia)

- Macicez à percussão

Question 195

"(T) B Qual o tratamento do hemotórax maciço?"

Answer 195

Transfusão, ressuscitação volêmica e drenagem torácica.

Question 196

"(T) B Quais as indicações de drenagem de um pneumotórax pequeno (20-30%)?"

Answer 196

Necessidade de transporte aéreo ou ventilação mecânica

*Pelo risco de transformar em PTXH

Question 197

"(T) B Quando a saturação não melhora após colocação de dreno para corrigir PTX, qual deve ser a suspeita?"

Answer 197

 Lesões da traqueia ou brônquio fonte

Question 198

"(T) B Qual o tratamento da lesão de traqueia/brônquio fonte com pneumotórax?"

Answer 198

Imediato - passa outro dreno ou faz intubação seletiva

Definitivo - toracotomia

Question 199

"(QC) B Como se manifesta uma lesão de traqueia/brônquio fonte?"

Answer 199

Hemoptise, enfisema subcutâneo, PTXH, cianose.

A maioria dos pacientes falece no local

Question 200

(D) Qual a principal suspeita em um paciente politraumatizado em choque?

Answer 200

Choque hipovolêmico hemorrágico

Question 201

"(T) C Através de quantos acesos deve ser feita a reposição volêmica de pacientes traumatizados e instáveis?"

Answer 201

Através de 2 acessos periféricos

Question 202

"(T) C Por que devemos trocar um acesso central feito na emergência o mais rápido possível?"

Answer 202

Pois o risco de infecção é alto

Question 203

"(D) C Qual o tempo máximo de controle de sangramento com compressão e torniquete?"

Answer 203

6 horas.

Question 204

(D) Quais exames são colhidos após pegar o AVP numa vítima de trauma?

Answer 204

Gasometria venosa, beta-HCG, lactato, toxicológico

Question 205

(T) O que fazer em casos de suspeita de choque hipovolêmico por fratura pélvica, além de corrigir a volemia?

Answer 205

Estabilização da pelve (passar um lençol pelos trocânteres e dar um nó apertado), roupa pneumática antichoque etc.

Question 206

(D) Quais os sinais precoces de hipovolemia em crianças?

Answer 206

Taquicardia

Má perfusão da pele

Desaparecimento dos pulsos periféricos

Pele mosqueada

Extremidades frias

Diminuição do nível de consciência

Resposta lenta a estímulos dolorosos

Question 207

(D) Quais as principais fontes de sangramento no trauma?

Answer 207

1. Abdome - vísceras sólidas

2. Pelve - hematomas retroperitoneais

3. Tórax - hemotórax maciço

4. Fraturas de ossos longos

Question 208

(F) Idosos e obesos têm maior facilidade de perda de volume para os tecidos moles. 

V ou F?

Answer 208

Verdadeiro 

Question 209

"(T) C Como é feita a reposição volêmica nas classes 1 e 2 de perda volêmica?"

Answer 209

Cristaloides (RL ou SF aquecidos a 39 graus)

Bolus inicial de 1L em adultos e 20ml/kg em <40kg

Question 210

"(T) C O que é a hipotensão permissiva (ressuscitação balanceada)?"

Answer 210

É quando infundimos volume buscando uma PA alvo, em pacientes que não tiveram o sangramento interrompido ainda. Deve-se fazer o suficiente para evitar a hipoperfusão de órgãos.

Isso é feito porque não adianta fazer protocolo de reanimação se o paciente continua sangrando muito. Inclusive, isso pode exacerbar o sangramento.

Question 211

(T) Devemos nos atentar a qual distúrbio ácido-básico ao utilizar grandes volumes de SF na ressuscitação volêmica?

Answer 211

Acidose hiperclorêmica, principalmente se tiver doença renal associada.

Question 212

"(T) C Como monitorar a resposta à ressuscitação volêmica nos pacientes classe IV?"

Answer 212

Nível de consciência

Débito urinário 

Base excess (déficit de base)

Question 213

(D) O que é o déficit de base (base excess)?

Answer 213

Quantidade de bicarbonato acima ou abaixo do Base Buffer (48 - valor de referência). Valor negativo indica o déficit de base, demonstrando acidose metabólica

Question 214

"(T) C Qual o protocolo de transfusão maciça?"

Answer 214

>10UI de concentrado de hemácias nas primeiras 24h ou >4 em 1h

Plaqueta 

PFC

Ácido tranexâmico (antifibrinolítico) - 1g em 3h e mais 1 em 8h

Question 215

(F) Por que pode haver coagulopatia (30% dos casos) em vítimas de trauma?

Answer 215

Além da resposta inflamatória ao trauma, a infusão de grandes quantidades de líquido pode diluir as plaquetas e fatores de coagulação.

A hipotermia também prejudica a agregação plaquetária.

Question 216

(D) Que exames devemos solicitar para avaliar coagulopatia no trauma?

Answer 216

Tempo de protrombina (PT), INR, tempo de tromboplastina parcial ativada (PTTa) e contagem plaquetária

Question 217

(D) Quais os principais tipos de choque no trauma, além do hemorrágico?

Answer 217

Choque obstrutivo, choque cardiogênico.

Question 218

"(D) C Quais as principais causas de choque obstrutivo e cardiogênico?"

Answer 218

Tamponamento cardíaco, PTXH, contusão miocárdica ou IAM, embolia pulmonar

Question 219

"(QC) C Qual a clínica do tamponamento cardíaco?"

Answer 219

Triade de Beck - turgência jugular, hipotensão, hipofonese de bulhas.

Além disso, pode haver sinal de Kussmaul (aumento da TJ na inspiração), pulso paradoxal

Question 220

(D) Qual o cuidado que devemos ter com a reposição volêmica em pacientes com trauma penetrante de tórax?

Answer 220

A reposição volêmica pode melhorar os parâmetros hemodinâmicos, atrasando o diagnóstico de um tamponamento cardíaco.

Question 221

"(T) C Qual o tratamento imediato e definitivo do tamponamento cardíaco?"

Answer 221

Imediato - pericardiocentese. Retirar 15-25mL já estabiliza o paciente

Definitivo - toracotomia

Question 222

"(D) C Quais as possíveis repercussões da contusão miocárdica?"

Answer 222

Arritmias graves (FA, BRD, bradi sinusal, ventriculares), insuficiência ventricular

Question 223

"(F) C Qual a fisiopatologia da embolia aérea no trauma?"

Answer 223

Trauma pulmonar causando fístula entre brônquio e ramo da veia pulmonar.

*Opera o paciente em Trendelemburg e aspira

Question 224

(D) Como é avaliado o estado neurológico do paciente no trauma?

Answer 224

Escala de Glasgow 

Question 225

"(D) D Quando está indicada IOT, de acordo com a escala de coma de Glasgow?"

Answer 225

TCE grave (Glasgow =<8)

Question 226

(T) Quais cuidados devemos tomar antes de passar uma sonda vesical no trauma?

Answer 226

Verificar se existe risco de lesão uretral. Se tiver, está contraindicado, devendo-se fazer um cateterismo suprapúbico.

Question 227

(D) Como é feita a investigação da lesão uretral?

Answer 227

Uretrografia retrógrada.

Question 228

(T) Quando está indicada a realização da uretrografia retrógrada no trauma?

Answer 228

Sangue no meato uretral

Equimose perineal

Sangue no escroto

Fratura pélvica

Question 229

(D) Qual o tipo de fratura pélvica que mais sangra? 

Answer 229

Fratura em livro aberto (plexo venoso posterior (principalmente) ou ramos da a. ilíaca interna)

Question 230

(D) Qual a particularidade da fratura pélvica, em relação ao sangramento?

Answer 230

O sangue drena para o retroperitônio, logo, o FAST em paciente com choque hipovolêmico pode ser normal. 

Mesmo que o FAST seja positivo para sangue intraperitoneal, tem que checar o retroperitônio na laparotomia

Question 231

(T) Qual  medida temporária pode ser utilizada para ganhar tempo no tratamento de um sangramento por fratura pélvica?

Answer 231

REBOA - usa um balão intra-aórtico logo abaixo das artérias renais (zona 3)

Question 232

"(F) C Qual a fisiopatologia do pulso paradoxal?"

Answer 232

Aumento do retorno venoso na inspiração, aumentando o VD, para acomodar esse sangue “extra”. Se ele não expandir normalmente, o volume extra de sangue empurra o septo interventricular, diminuindo o tamanho do VE, o que diminui a PAS.

*Ex: tamponamento, TEP maciço

Question 233

(D) Qual a definição de pulso paradoxal? 

Answer 233

Diminuição de 10mmHg da PAS à inspiração

Question 234

(D) Quando é feita a avaliação secundária em pacientes de trauma?

Answer 234

"Quando o paciente está estável e tem tendência a melhorar. 

Faz um exame mais minucioso e tenta descobrir mais coisas sobre o mecanismo de trauma, resolve lesões que foram ""ignoradas"" por não apresentarem risco de vida momentâneo na avaliação primária

"

Question 235

(T) Na presença de enfisema subcutâneo cervical, como deve ser feita a intubação?

Answer 235

Com auxílio de broncofibroscopia 

Question 236

"(T) A Quando há comprometimento da laringe, qual a via aérea cirúrgia que deve ser escolhida?"

Answer 236

Traqueostomia

Question 237

(T) Quais as lesões cervicais que exigem exploração cirúrgica imediata?

Answer 237

Sangramento ativo, instabilidade hemodinâmica, hematoma em expansão e evidência clara de comprometimento do trato aerodigestivo

Question 238

(D) Quais as zonas cervicais?

Answer 238

""

Question 239

"(D) A Como investigar lesões na laringe?"

Answer 239

TC cervical

Question 240

(D) Como investigar lesões do trato aerodigestivo?

Answer 240

TC cervical + avaliação do esôfago se tiver sintoma

Question 241

(D) Como investigar lesões cervicais vasculares?

Answer 241

Angio-TC. Se tiver artefatos de PAF ou for inconclusiva, faz arteriografia por subtração digital

Question 242

(T) Qual o cuidado que devemos ter com lesões esofágicas que demoraram >12h para serem diagnosticadas?

Answer 242

Infecção no mediastino. Considera como se tivesse

Question 243

(D) Qual a definição de tórax instável?

Answer 243

Fratura de 2+ costelas consecutivas, em 2+ lugares

A separação costocondral também pode causar o tórax instável

Question 244

(QC) Em que consiste a respiração paradoxal associada ao tórax instável?

Answer 244

O tórax se rebaixa na inspiração e abaula na expiração, de forma que o ar é expirado ineficientemente, causando hipoventilação alveolar

Além disso, a dor atrapalha a respiração

Question 245

(T) Qual é o tratamento do tórax instável?

Answer 245

Analgesia com opioide

Pode ser por bloqueio intercostal, IV ou, se for muito grave, epidural.

Imobilização é contraindicada

Question 246

"(Et) C Quais as principais causas de parada circulatória traumática (paciente inconsciente e sem pulso)?"

Answer 246

PTXH, hipovolemia, tamponamento, herniação cardíaca e contusão miocárdica grave

Question 247

(D) Quais os ritmos no ECG mais comumente  encontrados em um paciente com parada circulatória traumática?

Answer 247

FV, AESP, assístole

Question 248

(T) Qual a conduta diante de uma parada circulatória traumática?

Answer 248

Drenagem torácica bilateral

Ventilação mecânica com O2 a 100%

Epinefrina

Se tiver suspeita de tamponamento, pode fazer pericardiocentese

Se não resolver (o que ocorre na maioria dos casos), faz uma toracotomia de reanimação.

Question 249

(QC) Fratura de quais ossos indica trauma torácico grave?

Answer 249

1o ao 3o arco costal, escápula e clavícula

É frequente associar com lesão de grandes vasos, TCE, TRM

Question 250

(QC) Qual o principal mecanismo de trauma diante de petéquias nos MMSS, face e tronco superior com nível de consciência preservado?

Answer 250

Esmagamento torácico, pois comprime a veia cava.

Lembrar que síndrome da embolia gordurosa também pode se manifestar assim, mas causa alteração do nível  de consciência, hipoxemia

Question 251

(QC) Fraturas de esterno chamam atenção para que tipos de lesão associadas?

Answer 251

Lesõa aórtica, contusão miocárdica/pulmonar, perfuração esofagiana

Question 252

(QC) Quais as possíveis complicações da contusão pulmonar?

Answer 252

Pneumonia, síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA)

*Principais causas de morte 

Question 253

"(F) B Qual a fisiopatologia da contusão pulmonar?"

Answer 253

Normalmente ocorrem após lesão de arcos costais em trauma fechado. Líquido e sangue caem nos alvéolos, brônquios e interstício, causando uma respsta inflamatória intensa.

Question 254

(D) Quais os achados no RX da contusão pulmonar?

Answer 254

Consolidações pulmonares.

Se desenvolver precocemente, indica maior gravidade. Pode demorar 24-48h para ficar evidente no RX

Question 255

(D) Como diferenciar contusão pulmonar de atelectasia?

Answer 255

A atelectasia não ultrapassa fissuras pulmonares, além de retrair as estruturas do mediastino ipsilateralmente

Question 256

(T) Qual a conduta diante de uma contusão pulmonar?

Answer 256

SatO2>90 - analgesia e monitoração

SatO2<90 ou PaO2<60 (hipoxemia significativa) - intuba

Question 257

(T) Qual o cuidado que devemos ter ao infundir volume em um paciente com contusão pulmonar?

Answer 257

O risco de piora dos infiltrados pulmonares. 

Não indica restrição hídrica. 

Question 258

(T) Que medida deve ser tomada nos pacientes com contusão pulmonar, para melhorar a oferta de O2 aos tecidos, além da ventilação?

Answer 258

Correção de anemia 

Question 259

"(T) B Quais os critérios de retirada do dreno torácico no PTX?"

Answer 259

Pulmão totalmente expandido e não borbulhamento do frasco por 48-72h

Question 260

"(D) B Qual o volume necessário de sangue para que o hemotórax seja visualizado no RX?"

Answer 260

Supino - até 1L pode não aparecer

Ortostático - 300mL

Question 261

"(D) B Quais as principais fontes de sangramento no hemotórax?"

Answer 261

Vasos intercostais, artéria mamária, lacerações pulmonares

Geralmente é autolimitado

Question 262

"(D) B Qual um achado do RX de tórax no trauma pode indicar hemopneumotórax?"

Answer 262

"

Perda da parábola de Damoiseau

"

Question 263

(T) Qual a conduta inicial diante de um quilotórax?

Answer 263

Drenagem
Suporte nutricional
Reposição hidroeletrolítica

Question 264

(F) Qual a fisiopatologia do quilotórax?

Answer 264

Lesão ou obstrução do ducto torácico causa o extravasamento de linfa para o espaço pleural

Question 265

"(QC) B O borbulhamento constante em um dreno para pneumotórax indica que tipo de lesão?"

Answer 265

Lesão de via aérea (traqueobrônquica, principalmete)

Question 266

"(Et) C Qual a câmara mais acometida na contusão miocárdica?"

Answer 266

VD

Question 267

"(T) C Quais fármacos são usados na contusão miocárdica?"

Answer 267

Antiarrítmicos e medidas para melhorar função do VD (inotrópicos, volume)

Question 268

(Et) Qual a porção da aorta mais acometida nos traumas?

Answer 268

"Descendente, a nível do ligamento arterioso (porque é uma estrutura fixa)
"

Question 269

(D) O que é o aneurisma traumático da aorta?

Answer 269

É o aneurisma que surge após uma laceração da aorta, que sangra pela túnica adventícia.

Question 270

(Ep) Qual o prognóstico do trauma aórtico?

Answer 270

Normalmente o paciente morre na hora, mas em alguns casos, o sangramento é tamponado por estruturas adjacentes, ou quando forma um aneurisma traumático aórtico

Question 271

(D) Qual o principal achado no RX do trauma de aorta?

Answer 271

Alargamento do mediastino. 

O melhor é fazer TC, mas se tiver hipotensão, é contraindicada. Pode fazer eco TE

Question 272

(T) Quais as principais medidas iniciais diante de um trauma de aorta?

Answer 272

- Controle da FC (<80)
- Controle da PA (média de 60 a 70)

*Diminui risco de ruptura.

Question 273

(D) Todas as glomerulonefrites podem evoluir com GNRP. V ou F?

Answer 273

Verdadeiro

Question 274

(D) Qual a principal representante da GNRP tipo I (anti-MBG)

Answer 274

Síndrome de Goodpasture

Question 275

(Et) Quais as principais causas de GNRP tipo II (imunocomplexos)?

Answer 275

Doença de Berger, GNPE, endocardite, LES, hepatites virais

Question 276

(D) Como é o diagnóstico da síndrome de Goodpasture?

Answer 276

Clínica

Anticorpo anti-MBG positivo

Biópsia renal - crescentes >50% e imunofluorescência linear

Question 277

(T) Qual o tratamento da síndrome de Goodpasture? 

Answer 277

Plasmaférese

Metilprednisolona + ciclofosfamida

Question 278

(D) Como e quando é feita a investigação de um trauma de diafragma?

Answer 278

Laparoscopia ou videotoracoscopia.

Fazemos quando há trauma na região da transição toracoabdominal

Question 279

(D) Qual a definição de proteinúria isolada?

Answer 279

Proteinúria >150mg/dia, sem outras alterações no sedimento urinário

Question 280

(D) Quais os tipos de proteinúria isolada?

Answer 280

Persistente 

Intermitente 

Question 281

(D) Qual o protótipo da trombose glomerular?

Answer 281

Síndrome hemolítico-urêmica

Question 282

(Ep) Qual a epidemiologia da SHU?

Answer 282

Países subdesenvolvidos, principalmente 2-4 anos

Question 283

(Et) Qual a etiologia da SHU?

Answer 283

Principalmente E. coli O157:57 (entero-hemorrágica)

Pode ocorrer por Shigella e, menos comumente, pneumococo etc

Question 284

(F) Qual a fisiopatologia da síndrome hemolítico-urêmica?

Answer 284

- Lesão glomerular causa hiperativação de plaquetas, com consumo delas e formação de uma rede de fibrina no interior do glomérulo.

- Obstrução glomerular causa insuficiência renal aguda oligúrica, e hemólise com esquizócitos.

- Inibidor do ativador tecidual do plasminogênio está aumentado, inibindo a fibrinólise endógena 

Question 285

(QC) Qual a tríade do quadro clínico da SHU?

Answer 285

Insuficiência renal aguda oligúrica

Plaquetopenia

Anemia hemolítica microangiopática

NÃO PRECISA DE BIÓPSIA NA MAIORIA DAS VEZES

Question 286

(T) Qual o tratamento da SHU?

Answer 286

Suporte, uma vez que é autolimitada.

NÃO FAZ ATB NA FORMA PÓS-DISENTÉRICA, PORQUE A MORTE DAS BACTÉRIAS AUMENTARIA A LIBERAÇÃO DA VEROTOXINA

Question 287

(F) Qual a fisiopatologia da amiloidose?

Answer 287

Deposição de amiloide nos tecidos, que causa disfunção orgânica.

Question 288

(D) Qual a coloração utilizada para o diagnóstico da amiloidose?

Answer 288

"VERMELHO DO CONGO "

Question 289

(D) Quais os tipos de amiloidose?

Answer 289

Primária (AL) - cadeia leve 

Secundária (AA) - amiloide sérico A

Hereditária 

Question 290

(QC) Quais as manifestações do acometimento renal da amiloidose?

Answer 290

Síndrome nefrótica (risco aumentado de TVR)

Insuficiência renal progressiva com rins AUMENTADOS

Pode haver formação de crescentes (principalmente relacionado à artrite reumatoide) e disfunção tubular (síndrome de Fanconi, por ex)

Question 291

(D) Quais os tipos de síndrome nefrótica mais relacionadas com trombose de veia renal?

Answer 291

"Nefropatia membranosa (principal)

GNMP

Amiloidose

""as duas últimas + amiloidose""

"

Question 292

(D) Quais os principais diagnósticos diferenciais da amiloidose renal?

Answer 292

GN fibrilar - mais comum

GN imunotactoide

São raras, porém ambas muito graves.

Question 293

(D) Qual a definição de síndrome nefrótica?

Answer 293

Achado de proteinúria >3,5g/dia em adultos e >50mg/kg/dia ou >40mg/m2 em crianças.

Question 294

(QC) Qual o quadro clínico da síndrome nefrótica?

Answer 294

Proteinúria nefrótica, hipoalbuminemia, edema, hiperlipidemia e lipidúria

Question 295

(D) Quais alterações laboratoriais da síndrome nefrótica também estão na síndrome nefrítica?

Answer 295

Hematúria micro, dismórfica e cilindros hemáticos

Não tem oligúria na nefrótica!!!

Question 296

(F) Qual a fisiopatologia da proteinúria nefrótica?

Answer 296

Rompimento das barreiras de filtração (carga e tamanho)

Question 297

(F) Quais os tipos de proteinúria nefrótica?

Answer 297

Seletiva 
Não seletiva

Question 298

(D) Uma proteinúria >2g/dia indica que tipo de lesão?

Answer 298

Glomerular

Question 299

(D) Qual exame laboratorial pode substituir a urina de 24h para o diagnóstico de síndrome nefrótica?

Answer 299

Relação albumina/creatinina, em miligramas.

O valor normal é <0,2.

Isso funciona porque um adulto normal elimina cerca de 1g de creatinina por dia na urina, a uma taxa constante. Logo, se a relação A/C for de 3, corresponderia a 3g de proteína no exame de 24h

Question 300

(D) Qual o exame laboratorial feito para identificar o tipo de proteinúria nefrótica?

Answer 300

Eletroforese de proteínas. Define se é seletivao ou não

Question 301

(F) Quais as principais proteínas perdidas na síndrome nefrótica?

Answer 301

1)Albumina 

2)Antitrombina III, proteína C e S

3)Transferrina 

4)Imunoglobulinas e complemento

5)Globulina de ligação de tiroxina

6)Proteína fixadora de colecalciferol

Question 302

(F) O aumento da ingesta de proteína compensa a hipoalbuminúria da síndrome nefrótica.

V ou F?

Answer 302

Falso. Apenas aumenta a proteinúria.

A produção hepática aumentada também não consegue compensar.

Question 303

(F) Quais imunoglobulinas e fatores do complemento na proteinúria nefrótica?

Answer 303

- IgG e gamaglobulina

- Fatores B e properdina.

*IgM e IgA podem estar aumentados

Question 304

(F) Quais as teorias que tentam explicar a fisiopatologia do edema na síndrome nefrótica?

Answer 304

Underfilling 

Overfilling

Question 305

(D) Como é evidenciada a hiperlipidemia nefrótica nos exames laboratoriais?

Answer 305

Lipidúria. Passa a haver corpos graxos ovalados e cilindros graxos

Question 306

(QC) Quais as principais complicações da síndrome nefrótica?

Answer 306

Infecções por pneumococo
TVP (especialmente veias renais), TEP, PBE 

Question 307

(QC) Como suspeitar de trombose de veia renal em pacientes com síndrome nefrótica?

Answer 307

- Varicocele esquerda

- Hematúria

- Mudança no padrão de proteinúria

- Redução do DU inexplicada

- Assimetria do tamanho e/ou função renal

Question 308

(T) Como manejar pacientes nefróticos com complicação tromboembólica?

Answer 308

Anticoagulação plena. 

Question 309

(QC) Qual a importante complicação infecciosa de pacientes nefróticos com ascite?

Answer 309

Peritonite bacteriana espontânea por pneumococo.

Outro agente importante é a E. coli

Question 310

(Ep) Quais as principais causas secundárias de síndrome nefrótica?

(…)

(…)

Answer 310

DM e amiloidose

Question 311

(D) Quais as formas de síndrome nefrótica primária?

Answer 311

1- GEFS (risco maior em negros)

2- Nefropatia membranosa

3- DLM (principal causa em CRIANÇAS)

4- GNMP

5- GN proliferativa mesangial

*em ordem de incidência em adultos

Question 312

(F) Qual a fisiopatologia da DLM?

Answer 312

Linfócitos T secretam uma citocina desconhecida que inibe a produção dos ânions que deixam a MBG com carga negativa. Logo, há perda da barreira de carga.

A fusão podocitária ocorre pela perda de interação entre o podócito e a MEC

Question 313

(Ep) Qual a epidemiologia da DLM?

Answer 313

90% dos casos de síndrome nefrótica em crianças de 1-8 anos, e vai diminuindo até se igualar com os adultos

Question 314

(Et) Qual a etiologia da DLM?

Answer 314

Primária - fatores desencadeantes (picadas de inseto, infecções virais, manifestações atópicas)

Secundária - linfoma de Hodgkin (principal), AINEs (ibupro, cetopro...), ampicilina, rifampicina

Question 315

(QC) Qual o quadro clínico da DLM?

Answer 315

Normalmente inicia com todos os sintomas de uma síndrome nefrótica.

Há períodos de remissão espontânea e recaídas.

Na recaída há proteinúria intensa

Question 316

(D) Quais os achados laboratoriais da DLM?

Answer 316

- Função renal normal

- Sedimento urinário INOCENTE

- Proteinúria nefrótica

- Albumina <2 
- Complemento NORMAL

- Hematúria microscópica em alguns casos

- IgG reduzido, mas IgM pode estar aumentada 

Question 317

(QC) Quais as principais complicações da DLM?

Answer 317

- Instabilidade hemodinâmica

- Fenômenos tromboembólicos - TVR é rara nesse caso

*Ocorrem porque a proteinúria da DLM pode deixar de ser seletiva.

Question 318

(D) A DLM pode ser a primeira manifestação de que tipo de câncer?

Answer 318

Linfoma de Hodgkin

Question 319

(D) Como é dado o diagnóstico do tipo de síndrome nefrótica?

Answer 319

Biópsia é o principal, para saber qual o tipo. Síndrome nefrótica = biópsia

Exames laboratoriais

Question 320

(D) Como é dado o diagnóstico da DLM em crianças?

Answer 320

Prova terapêutica com corticoide, ao invés da biópsia.

Isso porque a resposta ao corticoide em crianças é importante na DLM

Question 321

(D) Quando está indicada biópsia renal em crianças com síndrome nefrótica ANTES da prova terapêutica?

Answer 321

Casos atípicos - hipertensão, hematúria macro, hipocomplementemia, insuf. renal progressiva

Question 322

(QC) É comum a presença de hipertensão arterial na síndrome nefrótica clássica. Verdadeiro ou falso?

Answer 322

Falso.

Question 323

(T) Qual o tratamento da DLM em adultos?

Answer 323

Prednisona 1mg/kg/dia por 8 semanas. Desmama até fazer 6 meses de tratamento

Question 324

(T) Qual o tratamento da primeira recidiva da síndrome nefrótica?

Answer 324

Repetir o esquema de corticoide

*Recidivantes frequentes (>=4/ano) - corticoide + ciclofosfamida 2mg/kg/dia.

Question 325

(D) Qual a definição das lesões focais e segmentares da GEFS?

Answer 325

Lesão focal - esclerose + colapso capilar em <50% dos glomérulos renais

Lesão segmentar - lesão em PARTE das alças de cada glomérulo acometido

GEFS corresponde a esse padrão de lesão.

Question 326

(Et) Quais as principais causas secundárias de GEFS?

Answer 326

Anemia falciforme, HAS, HIV

Question 327

(F) Qual os 3 mecanismos de causas secundárias de GEFS?

Answer 327

1 - Sequela direta de uma doença glomerular

2- Sobrecarga fisiológica após perda importante de tecido renal

3 - Vasodilatação renal crônica (hiperfluxo) 

Question 328

(Ep) Qual a epidemiologia da GEFS primária?

Answer 328

Principal causa de síndrome nefrótica em adultos (25-35 anos), independentemente da raça

Question 329

(F) Qual a fisiopatologia da GEFSi?

Answer 329

Lesão podocitária pelos linfócitos T, causando rompimento da barreira de tamanho (proteinúria não seletiva), mas de forma mais intensa que na DLM

Os glomérulos que não tem alterações da GEFS, tem DLM (fusão podocitária).

Question 330

(D) O que indica o achado de um único glomérulo com esclerose SEGMENTAR na DLM?

Answer 330

Evolução agressiva e menos responsiva a corticoide.

Question 331

(T) Que achado da GEFS na biópsia indica possibildade de melhor resposta ao tratamento?

Answer 331

Acometimento apenas da ponta dos glomérulos justamedulares (primeira região acometida nessa doença - perto do TCP). Quanto mais se aproxima dos glomérulos corticais, pior.

Question 332

(D) Como evitar confusão de GEFS com DLM na biópsia?

Answer 332

Coletar 10-20 glomérulos no exame, incluindo os justaglomerulares.

Isso porque na GEFS, os glomérulos que não têm esclerose segmentar têm as alterações da DLM. Logo, existe o risco de a amostra da biópsia mostrar a parcela com alterações da DLM, em pacientes com GEFS, especialmente se tiver <8 glomérulos corticais na amostra.

Question 333

(D) Qual o tipo de GEFS relacionado com o HIV?

Answer 333

GEFS colapsante

Colapsa todo o tufo glomerular.

Question 334

(D) Como diferenciar GEFSi de uma GEFS secundária?

Answer 334

- GEFSi tem alterações da DLM 

- GEFSi início abrupto x GEFSs início insidioso

- Depósitos de anticorpos nos casos de formas secundárias a doenças autoimunes

Question 335

(D) Como diferenciar GEFS da DLM com exames laboratoriais?

Answer 335

GEFS apresenta:

Hematúria mais frequente

Piúria estéril

Proteinúria não seletiva

Question 336

(Et) GEFS é uma importante causa de HAS secundária nos adultos. V ou F?

Answer 336

Verdadeiro

Question 337

(T) Qual o tratamento da GEFS?

Answer 337

1. Prednisona por 6-10 meses

2. IECA ou BRA

Question 338

(F) Qual a relação da proteinúria com o prognóstico das glomerulopatias crônicas?

Answer 338

Quanto maior a proteinúria, pior o prognóstico, por conta da lesão tubulointersticial que a proteinúria causa, que contribui para fibrose progressiva, culminando no rim terminal.

Question 339

(T) Qual o papel das estatinas na sindrome nefrótica?

Answer 339

Redução da hipercolesterolemia retarda a perda de função renal, além de reduzir risco cardiovascular

Question 340

(T) Qual o mecanismo dos IECA e BRA para redução da proteinúria?

Answer 340

Inibição da angiotensina II inibe a contração da arteríola eferente, reduzindo a pressão de filtração e consequentemente a proteinúria

PRIL-SARTAN

Question 341

(F) Qual a fisiopatologia da GN proliferativa mesangial (GPM)?

Answer 341

Proliferação celular no mesângio dos glomérulos, com comprometimento uniforme,

Na forma primária, há depósitos de IgM e C3, enquanto na secundária (LES, pós-infecciosas), o depósito é de IgG e C3.

O tipo de depósito no mesângio pode caracterizar outras doenças (doença de Berger, por exemplo)

Question 342

(F) É comum haver hipertrofia glomerular na biópsia da GEFSi. V ou F?

Answer 342

Verdadeiro. Ocorre por expansão do mesângio

Question 343

(Et) Quais as condições mais associadas à GPM?

Answer 343

LES (principal)
Endocardite infecciosa

Esquistossomose

HIV

Crioglobulinemia essencial

Question 344

(QC) Quais as principais formas de apresentação da GPM?

Answer 344

- Sd. Nefrótica insidiosa, comumente com hematúrica micro.
 

*Pode haver hematúria macro recorrente.

Question 345

(Et) Qual a principal glomerulopatia relacionada à proteinúria isolada?

Answer 345

GPM

Question 346

(T) Qual o tratamento da GPMi?

Answer 346

Prednisona. Associação com ciclofosfamida em casos graves melhora o resultado.

Resposta menor que na DLM, mas maior que na GEFS.

Question 347

(Ep) Qual a epidemiologia da nefropatia membranosa (NM)?

Answer 347

Segunda maior causa de Sd. Nefrótica em adultos.

Question 348

(D) Qual a alteração característica na biópsia da NM?

Answer 348

Espessamento da MBG, sem proliferação celular. 

Além disso, há comprometimento uniforme, difuso e homogêneo dos glomérulos

Question 349

(F) Qual a fisiopatologia da nefropatia membranosa?

Answer 349

Depósitos subepiteliais de IgG e C3 espessam a MBG. São formados no próprio glomérulo, pelo surgimento de um autoanticorpo contra o antígeno de Heymann. 

Question 350

(QC) Quais as manifestações da nefropatia membranosa idiopática? 

Answer 350

Síndrome nefrótica clássica insidiosa na maioria dos casos. 

20-30% dos casos tem proteinúria nefrótica sem edema

Question 351

(D) Quais os achados laboratoriais da NMi?

Answer 351

Proteinúria maciça, na maioria dos casos não seletiva

Hematúria micro (30%)

Complemento normal

Question 352

(D) Hipocomplementemia em um paciente com nefropatia membranosa está mais associada a qual etiologia?

Answer 352

NM secundária a LES

Question 353

(Et) Quais as principais condições associadas à nefropatia membranosa?

Answer 353

Hepatite B
Neoplasias

LES

Esquistossomose, malária, sífilis 

Hanseníase

Question 354

(Et) Quais os principais medicamentos associados à nefropatia membranosa?

Answer 354

Sais de ouro

Captopril

Penicilamina

Question 355

(D) Após uma biópsia compatível com a nefropatia membranosa, qual o próximo passo?

Answer 355

Investigar a presença de uma doença sistêmica associada, pela relação importante com neoplasias, LES, doenças infecciosas etc. 

Question 356

(T) Qual o tratamento da NMi com bom prognóstico?

Answer 356

Expectante, pela alta chance de remissão espontânea.

Question 357

(QC) Quais as possíveis formas de evolução da nefropatia membranosa idiopática?

Answer 357

Remissão espontânea total (10-20%) 

Remissão espontânea parcial (25-40%)

Rim terminal em 15 anos (40-50%) 

Question 358

(D) Quais as características na biópsia da GNMP (GN mesangio-capilar)?

Answer 358

Proliferação mesangial entre as alças capilares e os podócitos, dando o aspecto de espessamento em duplo contorno, à microscopia óptica.

Question 359

(D) Quais os tipos de GNMP?

Answer 359

Tipo I - depósitos subENDOTELIAIS

Tipo II - doença do depósito denso (apenas complemento, no interior da MBG)

Tipo III - depósitos subepiteliais ligados a subendoteliais por roturas na MBG

Question 360

(QC) Qual o quadro clínico da GNMP?

Answer 360

Sintomas nefríticos e nefróticos + hipocomplementemia persistente. É um dos principais DDX da GNPE.

Question 361

(D) Como diferenciar GNMP de GNPE?

Answer 361

GNMP apresenta:

Hipocomplementemia >8 semanas

Pode haver proteinúria nefrótica persistente

*O período de incubação pode ser compatível

Question 362

(D) Quais tipos de GNMP se associam com deposição de imunocomplexos e quais se associam com deposição do complemento?

Answer 362

Tipos I e III - imunocomplexos (imunoglobulina + complemento) 

Tipo II - complemento

Question 363

(Et) Quais as principais condições associadas à GNMP?

Answer 363

- Hepatite C

- Crioglobulinemia mista essencial 

- LLC

- LES (nefrite lúpica tipo IV)

Question 364

(D) Qual a relação do fator nefrítico C3 a GNMP?

Answer 364

A GNMP tipo II (apenas complemento) apresenta esse autoanticorpo anti-C3 convertase. Normalmente, a C3 convertase cliva e ativa o C3, ativando o complemento.

O fator nefrítico C3 estabiliza essa enzima, causando hiperestimulação e deposição dos produtos no glomérulo

Question 365

(QC) Qual o QC da GNMP?

Answer 365

Pode cursar tanto como síndrome nefrítica, como nefrótica

Raramente causa GNRP.

Question 366

(D) Quais os achados laboratoriais da GNMP?

Answer 366

Hematúria

Proteinúria nefrótica >50% dos casos

Hipocomplementemia >8 semanas

GNMP tipo II - pode ter fator nefrítico C3

Question 367

(D) Qual a ÚNICA forma de Sd. Nefrótica primária que consome complemento?

Answer 367

GNMP

Question 368

(T) Qual o tratamento da GNMP idiopática?

Answer 368

- Prednisona. Associa ciclofosfamida em casos mais graves.

- Como em toda síndrome nefrótica, associa, IECA/BRA e estatinas.

Question 369

(T) Qual método de tratamento pode ser usado na GNMP tipo II com fator nefrítico C3, além do medicamentoso?

Answer 369

Plasmaférese

Question 370

(QC) Qual o QC das GN fibrilar e imunotactoide?

Answer 370

- Sd. Nefrótica franca >50% dos casos

- Hematúria micro na maioria

- Hipertensão arterial e insuficiência renal em >50%

Question 371

(T) Qual o tratamento das GN fibrilar e imunotactoide?

Answer 371

Até agora, não tem tratamento eficaz comprovado. Rituximabe é uma droga promissora.

Question 372

(Et) Quais os fatores de risco para SHU em adultos?

Answer 372

ACO, puerpério, complicações da gestação, adenocarcinoma, LES, HIV, Sd. do anticorpo antifosfolipídio e drogas, como ciclosporina, tacrolimo, aciclovir, valaciclovir

Question 373

(D) Qual o aspecto das hemácias no esfregaço de sangue periférico da SHU?

Answer 373

Hemácias em capacete e esquizócitos.

Question 374

(D) Quais os achados laboratoriais da SHU?

Answer 374

DHL e escórias nitrogenadas aumentados, hipercalemia, acidose metabólica

Plaquetopenia, anemia

Leucocitose (20.000) 

Sedimento urinário - hematúria glomerular, cilindros granulares e proteinúria

Question 375

(T) Qual o tratamento da insuficiência renal aguda na SHU?

Answer 375

Diálise peritoneal, de preferência

*Pode ser necessário transplante ou diálise permanente.

Question 376

(F) Por que o edema periorbital indica uma causa renal?

Answer 376

Porque nos tecidos moles peripalpebrais, a pressão intersticial é naturalmente mais baixa, o que favorece, pelo equilíbrio das forças de Starling, uma maior transudação de líquido nesse local

Question 377

(D) Qual a principal parte da avaliação do trauma abdominal?

Answer 377

Determinar se é cirúrgico ou não

Question 378

(T) Quais as indicações absolutas de cirurgia no trauma abdominal?

Answer 378

Irritação peritoneal

Instabilidade hemodinâmica

Evisceração

Question 379

(D) No trauma aberto, quais critérios norteiam a decisão cirúrgica?

Answer 379

Mecanismo de trauma

Instabilidade hemodinâmica

Irritação peritoneal

Question 380

(T) Ferimentos por PAF SEMPRE indica cirurgia. Verdadeiro ou falso?

Answer 380

Falso. 

Se violar a cavidade peritoneal, sim.

Se não violar, não necessariamente indica a cirurgia.

Question 381

(Et) Quais os órgãos mais lesados em ferimentos por PAF?

Answer 381

1. Intestino delgado

2. Cólon

3. Fígado

4. Vasos

Question 382

(D) Como se dá a investigação de uma lesão por PAF?

Answer 382

- Pode fazer RX para identificar trajetória

- TC de abdome com contraste triplo, se estável

- Cirurgia

Question 383

(Et) Quais os órgãos mais lesados por arma branca (AB)?

Answer 383

1. Fígado

2. Delgado

3. Diafragma

4. Cólon

Question 384

(T) Quando não há indicação imediata de laparotomia no trauma por arma branca, qual a conduta?

Answer 384

Exploração digital da ferida sob anestesia local, para determinar se houve violação da cavidade peritoneal.

Question 385

(T) Qual a conduta diante de queda de Hb >3 em pacientes com lesão por arma branca que estavam em observação? 

Answer 385

TC de abdome ou lavado peritoneal, pois sugere lesão intra abdominal.

Question 386

(D) Qual a estrutura mais acometida em lesões na transição toraco-abdominal?

Answer 386

Diafragma. 

Question 387

(Et) Quais os órgãos mais acometidos no trauma contuso abdominal?

Answer 387

1. Baço

2. Fígado

3. Delgado (5-10%) 

Question 388

(D) Qual a principal variável que guia a conduta no trauma contuso abdominal em pacientes estáveis?

Answer 388

Nível de consciência, pois o exame físico não é confiável se ele estiver alterado.

Question 389

(D) Quais as indicações de lavado peritoneal diagnóstico (LPD) e FAST?

Answer 389

-Nível de consciência alterado

-Abdome como possível fonte de hemorragia

-Choque sem causa aparente em politrauma

Question 390

(D) Quais os primeiros passos na realização do lavado peritoneal diagnóstico no trauma, após a introdução da agulha?

Answer 390

1. Aspiração inicial 

2. Infunde 1L de RL aquecido, e tem que retornar pelo menos 200mL.

Question 391

(T) Qual a conduta em casos de lesão em TTA, mas que não há disponibilidade de videolaparoscopia?

Answer 391

Faz LPD. Nesses casos, He>10.000 já considera positivo.

Question 392

(T) Quais as contraindicações ao lavado peritoneal diangóstico?

Answer 392

Absoluta - indicação clara de cirurgia

Relativa - cirurgia abdominal prévia, obesidade mórbida, cirrose avançada, coagulopatia

Question 393

(D) Quais as regiões estudadas no FAST?

Answer 393

"

Hepatorrenal - espaço de Morrison

"

Question 394

(D) A partir de quantos ml de líquido livre na cavidade abdominal há melhor visualização no FAST?

Answer 394

A partir de 250mL

Question 395

(T) Após FAST/LPD positivos, qual a conduta nos pacientes estáveis?

Answer 395

TC de abdome

Question 396

(D) Quando suspeitar de lesão esplênica no trauma contuso?

Answer 396

Fratura de arcos costais à esquerda

Sinal de Kehr - dor subescapular esquerda por irritação do nervo frênico

Question 397

(Et) Por que devemos ao máximo tentar preservar o baço diante de um trauma esplênico?

Answer 397

Pelo risco de sepse fulminante pós-esplenectomia, mais comum em crianças. 

Question 398

(Et) Quais os principais agentes da sepse fulminante pós-esplenectomia?

Answer 398

1- Pneumococo

Outros são E. coli, H. influenzae, N. meningitidis, estafilo etc

Question 399

(T) Como é a conduta conservadora do trauma esplênico?

Answer 399

- UTI 

- Repouso absoluto + SNG

- TC abdome + avaliações seriadas do Ht

Question 400

(T) Quais vacinas devem ser administradas após uma esplenectomia em vítimas de trauma?

Answer 400

Pneumococo, meningococo, H. influenzae tipo B

<1 ano não precisa de vacina contra hemófilo, se tiver com as vacinas em dia.

Question 401

(T) Quais as indicações de conduta conservadora no trauma hepático?

Answer 401

TODOS os abaixo:

   - Hemodinamicamente estável

   - Nível de consciência preservado

   - Sem indicações de laparotomia

   - Grau I a III

   - Menos de 2 unidades de concentrado de hemácias usadas

Question 402

(T) Como é realizada a conduta conservadora no trauma hepático?

Answer 402

5 dias de repouso absoluto

Interna em UTI nas primeiras 48h

Acompanha sinais vitais e Ht (se diminuir, faz nova TC)

Question 403

(T) Qual manobra deve ser realizada durante o tratamento cirúrgico do trauma hepático com sangramento intenso?

Answer 403

Manobra de Pringle (clampeamento do ligamento hepatoduodenal)

Question 404

(T) Como é realizada a cirurgia de controle de danos no trauma hepático?

Answer 404

Colocação de compressas no abdome e peritoniostomia.

Question 405

(T) Qual a conduta em trauma hepático grau VI (avulsão do órgão do pedículo vascular)?

Answer 405

Hepatectomia total e transplante (espera no máximo 36h)

*É incompatível com a vida

Question 406

(T) Qual a conduta no trauma da via biliar extra-hepática?

Answer 406

Corrige e SEMPRE coloca dreno em T (tipo Kehr)

Em pacientes críticos, só faz ligadura e depois reopera quando for mais seguro.

Question 407

(F) Onde se localiza maior parte do duodeno?

Answer 407

Retroperitônio

Question 408

(F) Qual a relação do duodeno com o pâncreas?

Answer 408

Processo uncinado e cabeça do pâncreas bem juntinhos do duodeno 

Question 409

(QC) Quais os principais mecanismos de trauma duodenal?

Answer 409

Lesões penetrantes.

Nos traumas contusos, a lesão sem cinto de segurança, impacto no guidão (em crianças) ou no volante são comuns. 

Question 410

(QC) Qual a importância do sinal do cinto de segurança?

Answer 410

Risco aumentado de lesão de órgãos intra-abdominais, especialmente o delgado.

Question 411

(D) Quais as alterações no exame de imagem de um trauma duodenal?

Answer 411

Retropneumoperitônio

Apagamento do psoas
Sinal do empilhamento de moedas (hematoma duodenal)
Ar delineando os rins

Question 412

(Et) Quais porções do pâncreas se relacionam com trauma duodenal quais se relacionam com o trauma esplênico?

Answer 412

Duodenal - processo uncinado, cabeça (direita da VMS)

Esplênico - corpo e cauda (esquerda da VMS)

Question 413

(Et) Quais as principais causas de trauma pancreático?

Answer 413

Acidentes de carro (sinal do cinto de segurança)

PAF

Question 414

(D) Como investigar trauma pancreático e qual a importância do diagnóstico precoce?

Answer 414

TC de abdome.

Quanto mais tardio o diagnóstico, pior é o prognóstico, por conta do derramamento das enzimas pancreáticas na cavidade abdominal.

Question 415

(QC) O trauma contuso do pâncreas frequentemente se relaciona com lesão de vísceras maciças. V ou F?

Answer 415

Verdadeiro

Question 416

(Et) Qual a ordem de maior acometimento dos segmentos colônicos no trauma? 

Answer 416

- Transverso

- CA

- Ceco

- CD

- Reto

Question 417

(F) Quais os principais mecanismos de trauma cólon e reto?

Answer 417

Penetrante

Fratura pélvica

Empalamento

Corpo estranho

Question 418

(T) Qual a importância da cirurgia precoce no trauma colônico?

Answer 418

Diminui risco de complicações infecciosas

Question 419

(QC) Qual a tríade da lesão da uretra membranosa?

Answer 419

Uretrorragia, retenção vesical e bexigoma.

A próstata pode ser identificada em posição alta no toque retal.

Question 420

(QC) Lesões da uretra anterior (bulbar) normalmente se associam com envolvimento de outros órgãos. V ou F?

Answer 420

Verdadeiro

Question 421

(QC) Qual a manifestação mais frequente do trauma renal?

Answer 421

Hematúria

Question 422

(D) Como avaliar a presença de trauma renal?

Answer 422

TC triplo contraste

Question 423

(T) Qual a conduta diante de trauma renal com lesões pequenas?

Answer 423

Tratamento conservador (repouso 7 dias e ATB) e nova TC 1 mês depois

Question 424

(QC) A fratura de pelve quase nunca se associa à lesão da bexiga. Verdadeiro ou falso?

Answer 424

Falso. 70% dos casos há essa associação, normalmente por fragmentos ósseos

Question 425

(QC) Qual o principal sinal de lesão de bexiga?

Answer 425

Hematúria franca

Question 426

(D) Como é feito o diagnóstico de lesão de bexiga no trauma?

Answer 426

Cistografia

Question 427

(D) Quais os mecanismos de lesão pélvica, em relação ao sentido que o trauma ocorreu?

Answer 427

Anteroposterior

Lateral 

Vertical

Question 428

(D) Qual a diferença entre fraturas pélvicas estáveis e instáveis?

Answer 428

Estáveis - anel pélvico alinhado e abertura da sínfise <2,5cm

Instáveis - contrário da estável

Question 429

(D) Qual a utilidade da classificação de Young e Burgess?

Answer 429

Classificar o mecanismo de fraturas pélvicas 

Question 430

(D) Quando suspeitamos de fratura pélvica?

Answer 430

Instabilidade hemodinâmica importante ou contusão e equimoses na pelve.

Pode haver assimetria de MMII, rotação lateral, uretrorragia, sangramento retal etc.

Question 431

(T) Qual a conduta diante de uma fratura pélvica em pacientes instáveis?

Answer 431

- Estabilização com lençol. Pode usar calças pneumáticas antichoque.
- RX AP

Question 432

(D) Quando suspeitamos de sangramento arterial diante de uma fratura de pelve?

Answer 432

Quando o paciente está em choque hipovolêmico e não responde a volume nem hemoderivados, além da estabilização da pelve.

Question 433

(T) Qual a conduta diante de um sangramento arterial numa fratura de pelve?

Answer 433

Angioembolização.
Se não tiver disponível, faz tamponamento pré-peritoneal (TPP) - coloca compressas no anel pélvico para ganhar tempo.

Question 434

(T) Quais as manobras utilizadas para expor os vasos retroperitoneais em casos de trauma vascular abdominal?

Answer 434

-Mattox

-Kocher (estendida)

-Cattel-Braasch 

Question 435

(T) Quando utilizamos a cirurgia de controle de danos?

Answer 435

Em pacientes muito graves, com lesões em múltiplos órgãos e grandes perdas volêmicas.

Eles não aguentariam uma laparotomia prolongada, por conta da hipotermia. É comum haver também hipotensão, acidose metabólica

Question 436

(Et) Quais as principais causas de síndrome compartimental abdominal?

Answer 436

1. Reposições volêmicas importantes, causando extravasamento e edema de alças

2. Ascite

3. Hematomas volumososs

4. Uso de compressas para tamponamento

Question 437

(D) Quando está caracterizada a síndrome compartimental abdominal (SCA)?

Answer 437

PIA >20mmHg (graus III e IV)

Question 438

(F) Quais as repercussões da síndrome compartimental abdominal?

Answer 438

O aumento da pressão comprime todos os órgãos.

Causa hipoperfusão dos órgãos, hipoxemia, hipercapnia, aumento da PIC, oligúria, redução do DC, aumento da PVC e da RVP etc

Question 439

(F) Quais as causas de aumento da PIC na síndrome compartimental?

Answer 439

- Aumento da PVC dificulta drenagem venosa do cérebro

- Hipercapnia 

Question 440

(T) Qual a conduta diante de síndrome compartimental abdominal?

Answer 440

Se disfunção orgânica, TCE grave ou HIC - laparotomia descompressiva

Se PIA >25mmHg, sempre opera, porque sempre se associa com disfunção orgânica

Question 441

(Ep) Qual a faixa etária mais acometida pelo TCE?

Answer 441

15-24 anos

Question 442

(D) Como é feita a avaliação do TCE?

Answer 442

Além do ABCDE, faz:

1. Análise do nível de consciência - Glasgow

2. Avaliação das pupilas - simetria e reflexo fotomotor.

3. Avaliação de déficit motor - assimetria de movimentos voluntários ou desencadeados por estímulos (nos comatosos) 

Question 443

(F) Qual o motivo da midríase em alguns pacientes com TCE?

Answer 443

Compressão do nervo oculomotor

Question 444

(QC) Qual a diferença entre síndrome de Kernohan e herniação uncal?

Answer 444

Herniação uncal - midríase ipsilateral e hemiplegia contralateral

Síndrome de Kernohan - midriase e hemiplegia ipsilateral

A síndrome de Kernohan também decorre da herniação uncal, mas ocorre quando a lesão expansiva empurra o lado oposto do cerebelo, comprimindo o nervo do outro lado.

Question 445

(D) Quais os exames de imagens feitos no TCE?

Answer 445

TC depois que estabiliza o paciente

RX só faz se tiver trauma penetrante e em casos de suspeita de fratura do osso temporal

Question 446

"(D) D Quais os componentes da escala de Glasgow?"

Answer 446

- Abertura ocular - 4

- Resposta verbal - 5 

- Resposta motora - 6

- Resposta pupilar - cada pupila não reativa subtrai um ponto do escore final.

Question 447

(Et) Quais os tipos de fratura craniana mais relacionadas com hematomas intracranianos?

Answer 447

- Lineares simples

- Afundamento 

- Abertas

- Base do crânio 

Question 448

(QC) Quais as características da concussão cerebral?

Answer 448

Perda transitória da função neurológica, que regride completamente.

Por definição, a perda da consciência é <6h, mas normalmente volta em poucos minutos.

Sempre há amnésia retrógrada.

Question 449

(D) Como é o diagnóstico clínico da lesão axonal difusa?

Answer 449

Perda da consciência >6h após trauma com desaceleração rápida.

O diagnóstico em si é histopatológico.

Question 450

(D) Como é dado o diagnóstico de lesão axonal difusa?

Answer 450

A ausência de lesão expansiva e HIC na TC aponta para LAD, nos pacientes com clínica compatível.

Na metade dos casos, é possível visualizar discretos pontos de hemorragias na TC.

RM em difusão é muito bom.

Question 451

(QC) Qual a  tríade de Cushing e qual condição ela representa?

Answer 451

Hipertensão arterial, bradicardia e bradipneia

Hipertensão intracraniana grave, com herniação transtentorial iminente

Question 452

(QC) Qual o quadro clínico do hematoma subdural?

Answer 452

Alteração do nível de consciência

Déficit lateralizado

Anisocoria

Posturas patológicas

Arritmia respiratória.

Dependendo da velocidade da hemorragia, pode haver efeito de massa e HIC (tríade de Cushing - hipertensão, bradicardia, bradipneia)

Question 453

(T) Quando está indicada a cirurgia no hematoma subdural?

Answer 453

Desvio da linha média >5mm. Prognóstico ruim

Question 454

(F) Qual a fisiopatologia do intervalo lúcido no hematoma epidural?

Answer 454

"Perda de consciência por uma concussão, com recuperação da consciência em seguida.

Enquanto ele está ""bem"", o sangue se acumula, até ocorrer piora súbita, podendo chegar a haver herniação uncal

"

Question 455

(D) O RX em casos de hematoma epidural tem seu valor. V ou F?

Answer 455

Verdadeiro. Fraturas no território da a. meníngea média podem ajudar no diagnóstico.

Question 456

(T) Qual a indicação de drenagem cirúrgica de um hematoma epidural?

Answer 456

Desvio da linha média >=5mm

Espessura do hematoma >15mm

Quanto mais precoce (<2h), melhor o prognóstico, principalmente em crianças

Question 457

(F) Qual o mecanismo de lesão da contusão cerebral e quais suas repercussões?

Answer 457

Golpe e contragolpe.

Hemorragias petequiais, edema e destruição tecidual.

Ocorre em 20-30% dos TCE grave. Principalmente nos lobos frontal e temporal.

Question 458

(QC) Qual uma importante complicação tardia da contusão cerebral?

Answer 458

Formação de cicatrizes corticais. Favorecem epilepsia pós-traumática

Question 459

(D) Por que devemos repetir a TC de um paciente com contusão cerebral após 24h?

Answer 459

Pois pode haver a coalesência de contusões, ou formação de um hematoma intraparenquimatoso.

Question 460

(T) Qual a conduta diante de um paciente com TCE leve, assintomático e alerta?

Answer 460

Observa por algumas horas e examina novamente. Se normal, pode dar alta. O paciente deve ficar com algum acompanhante nas próximas 24h e retornar ao hospital, caso haja cefaleia, déficit neurológico etc

Question 461

(D) Qual a classificação dos TCE, de acordo com a escala de Glasgow?

Answer 461

Leve - 13 a 15

Moderado - 9 a 12

Grave - =<8

Question 462

(T) Qual a conduta no TCE moderado?

Answer 462

Estabilização cardiopulmonar

Avaliação neurológica

TC

Contatar neurocirurgião

Sempre interna em UTI e fica reavaliando. Pode precisar repetir TC em 12-24h 

Question 463

(T) Qual a conduta no TCE grave?

Answer 463

- Estabilização cardiopulmonar

- SatO2>98%, PaCO2 em torno de 35mmHg.

- Hiperventilação (PaCO2<32mmHg) cautelosa está indicada se houver piora súbita

Question 464

(F) Quais as causas de aumento da PIC no TCE?

Answer 464

- Perda do mecanismo de autorregulação vascular do cérebro, causando fluxo sanguíneo intenso para o cérebro.

- Lesões expansivas

- A PAM baixa + PIC aumentada diminuem a PPC, podendo causar isquemia.

Question 465

(T) Quando está indicada a monitoração da PIC?

Answer 465

TCE grave e alterações na TC

Faz ventriculostomia

Question 466

(T) Quais medidas podem ser tomadas no tratamento da HIC em paciente com TCE grave?

Answer 466

1. Cabeceira a 30 graus

2. Sedação e bloqueio neuromuscular

3. IOT e controle da ventilação

4. Se PIC continuar elevada, faz manitol 

5. Se continuar, hiperventila

6. Barbitúricos podem reduzir PIC refratária 

Question 467

(D) Quais os critérios para iniciar protocolo de morte encefálica?

Answer 467

- Lesão cerebral conhecida, irreversível

- Ausência de confundidores

- Observação por pelo menos 1h. Se encefalopatia hipóxico-isquêmica, 24h

- Ausência de hipotermia (>35)

- SatO2>94%

- PAS >=100mmHg ou PAM >= 65

Question 468

(D) Quais os critérios diagnósticos de morte encefálica?

Answer 468

- 2 exames clínicos evidenciando coma e ausência de função e reflexos de tronco

- Teste de apneia

- Exame complementar comprovando ausência de atividade encefálica

Question 469

(F) Quando ocorre o pico da produção de folículos primários na vida intrauterina?

Answer 469

20a semana

Question 470

(F) O processo de desenvolvimento e atresia folicular ocorre mesmo durante a gestação e com uso de anticoncepcionais anovulatórios. Verdadeiro ou falso?

Answer 470

Verdadeiro. É um processo dinâmico e constante.

O que não ocorre é a OVULAÇÃO

Question 471

(F) Quem libera o GnRH e qual a função dele?

Answer 471

Hipotálamo.

Estimula liberação de FSH e LH (gonadotrofinas) pela adenohipófise 

Question 472

(F) Quais as funções das gonadotrofinas?

Answer 472

FSH - Desenvolvimento folicular

LH - Esteroidogênese

Consequentemente, o preparo endometrial para a gravidez 

Question 473

(F) O FSH só começa a se elevar no primeiro dia do ciclo, na fase folicular do ciclo ovariano. V ou F?

Answer 473

Falso, o aumento nos níveis de FSH ocorre desde o fim do ciclo anterior.

Question 474

(F) Quais as características da fase folicular do ciclo ovariano?

Answer 474

↑FSH e recrutamento folicular - seleção do folículo dominante (o que tem mais receptores FSH e LH)

Fase folicular tardia - folículo praticamente maduro, quase pronto para ovular

↑Estrogênio

↑Inibina B 

E2 e I.B inibem FSH (feedback negativo), na folicular tardia.

Bizu - inibina B - before ovulação/Inibina A - after ovulação

Question 475

(F) Como é formado o estrogênio na fase folicular? (teoria 2 células 2 gonadotrofinas)

Answer 475

Células da granulosa aromatizam os andrógenos formados pelas células da teca.

Question 476

(F) Qual a relação do tecido adiposo com a formação de estrogênios?

Answer 476

Consegue transformar andrógenos em estrona, que é o estrogênio mais fraco

Question 477

(F) Quais as características da fase ovulatória do ciclo ovariano?

Answer 477

↑E2 (produzido pelo folículo dominante) causa ↑LH↓FSH

LH - causa ovulação

FSH - inibido pois não precisa mais desenvolver folículo

Question 478

(F) Após tempo ocorre a ovulação, após o estímulo da produção de LH na fase ovulatória?

Answer 478

24-36h após o início do aumento

10-12h após pico máximo

Question 479

(F) Quais as características da fase lútea do ciclo ovariano?

Answer 479

O folículo rompido se torna corpo lúteo.

↓FSH, pois não há mais necessidade de recrutamento folicular

↑LH causa ↑Progesterona, que inibe o LH (feedback negativo, pois já ovulou)

↑Inibina A

Question 480

(F) Quais as características da liberação do GnRH?

Answer 480

Ocorre em pulsos, que variam em frequência em amplitude, de acordo com a fase do ciclo ovariano.

Fase Folicular - ↑Frequência ↓Amplitude (estimula LH pra ovular)

Fase Lútea - ↓Frequência ↑Amplitude (estimula FSH pro próximo ciclo)

Question 481

(F) O que ocorre quando há liberação constante de GnRH? Por quê?

Answer 481

Há inibição do ciclo, pois ele precisa ser liberado de forma pulsátil para estimular cada fase.

Question 482

(F) Quais órgãos produzem os hormônios do ciclo menstrual?

Answer 482

Hipotálamo - GnRH

Hipófise - FSH e LH

Ovário - estrógeno, progesterona, inibinas

Question 483

"(F) Explique o gráfico do ciclo menstrual. 

"

Answer 483

- Fase Folicular - +- 0 a 15 dias

    - FSH - alto desde o fim do ciclo anterior, vai amadurecendo folículo. O folículo dominante passa a produzir E2 e inibina B, que inibem o FSH.

    - Estrógeno (fase ovulatória) - aumenta LH, que causa ovulação. O rompimento do folículo causa ↓E2 e ↑FSH (leve) 

- Fase Lútea - a progesterona pode aumentar um pouco antes da ovulação, pelo aumento do LH

    - ↓LH ↑Progesterona

Question 484

(F) Quais as fases do ciclo uterino?

Answer 484

1. Proliferativa

2. Secretora

3. Menstrual

Question 485

(F) Quais as características da fase proliferativa do ciclo uterino?

Answer 485

↑Estrógeno↑Proliferação

Question 486

(F) Quais as características da fase secretora do ciclo uterino?

Answer 486

↑Progesterona↑Vascularização↑Arquitetura do endométrio

Endométrio espesso, hiperecogênico

Question 487

(F) Quais as camadas do endométrio?

Answer 487

1) Funcionais - sofrem mais alterações

  - Compacta

  - Esponjosa 

2) Camada basal - a mais profunda, quase não se altera

Question 488

(F) Quais as alterações no muco cervical durante o ciclo menstrual?

Answer 488

   - Fase Folicular (↑E2) - filância, próprio para a fecundação. Cristalização no estudo microscópico

   - Fase Lútea (↑P) - espesso, seco. Sem cristalização

Question 489

(T) Quais os parâmetros usados na escolha do método anticoncepcional?

Answer 489

1) Escolha do método

   - Facilidade 

   - Reversibilidade

   - Índice de Pearl

2) Mecanismo de ação  

3) Contraindicações

Question 490

(T) Quais os tipos de contracepção?

Answer 490

- Comportamental

- Barreira

- Hormonal

- DIU

Question 491

(D) Quais os parâmetros utilizados para avaliar a amenorreia da lactação?

Answer 491

- Amamentação exclusiva

- Amenorreia

- Até 6 meses após o parto

Question 492

(T) Quais os principais tipos hormonais combinados de contracepção?

Answer 492

   - ACO

   - Anel vaginal

   - Adesivo

   - Injetável MENSAL

Question 493

(T) Quais as contraindicações categoria 3 aos métodos isolados de contracepção (minipílula, trimestral, implante)?

Answer 493

- Gravidez
- Tumor hepático
- HAS grave, AVE, TVP, TEP aguda

Question 494

(T) Quais os mecanismos de ação dos métodos hormonais combinados de CC?

Answer 494

Alteram muco cervical, endométrio, motilidade tubária e CAUSAM ANOVULAÇÃO (principal - por feedback negativo do GnRH (estrógeno elevado))

Question 495

(T) Por que não existem métodos contraceptivos apenas de estrógeno?

Answer 495

Pois o estrógeno isolado estimula a proliferação do endométrio, podendo levar ao desenvolvimento de neoplasias.

Além disso, estimula o pico de LH. Como a progesterona inibe o LH, ela tem que estar associada ao estrógeno.

Question 496

(T) Quais as contraindicações categoria 4 para o uso de métodos hormonais combinados de CC?

Answer 496

- Enxaqueca COM aura em qualquer idade. Mais cai em prova

- Tabagismo >=15 cigarros/dia após 35 anos. Se fumar 1 cigarro e >35 anos, já é categoria 3. Segunda que mais cai em prova.

- Amamentação <6 semanas pós-parto

- CA mama atual  

- DM c/ vasculopatia, HAS grave, IAM, TVP, TEP, AVE

Question 497

(T) Quais as principais medicações que diminuem eficácia dos métodos combinados de contracepção ?

Answer 497

Anticonvulsivantes e rifampicina. Principalemtne pela primeira passagem hepática

ÁCIDO VALPROICO PODE

Question 498

(T) Quais os benefícios dos ACO combinados?

Answer 498

↓CA ovário (anovulação) e endométrio

↓Fluxo, TPM, dismenorreia

Question 499

(T) Dica de prova: Quando não souber a contraindicação ao método contraceptivo, por causa de uma doença sistêmica, qual método deve ser indicado?

Answer 499

Na dúvida, DIU de cobre, porque tem menor interferencia sisstêmica

Question 500

(T) Qual o mecanismo de ação dos DIU de progesterona?

Answer 500

Atrofia endométrio e torna muco hostil. Dura 5 anos

Não são anovulatórios (LARC - long-acting reversible contraception).