Câncer gástrico Flashcards

(68 cards)

1
Q

Epidemiologia

Brasil?

A

3ª causa de câncer em homens

5ª causa de câncer em mulheres

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2
Q

Epidemiologia

Sexo?

A

2H:1M

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3
Q

Epidemiologia

Pico de incidência?

A

50-70 anos para ambos os sexos

Raro < 35 anos

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4
Q

Tipo histológico mais comum?

A

Adenocarcinoma gástrico (95%)

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5
Q

Fatores de risco?

A

Incluem principalmente o tipo de dieta, a gastrite atrófica pelo H. pylori e a anemia perniciosa (gastrite atrófica autoimune)

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6
Q

A infecção pelo H. pylori aumenta em quantas vezes o risco de câncer gástrico?

A

5-6x

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7
Q

A classificação de Lauren para o adenocarcinoma gástrico o diferencia histologicamente em quais dois subtipos?

A

Intestinal

Difuso

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8
Q

Adenocarcinoma gástrico

Subtipo intestinal?

A

Bem diferenciado, com formação de estruturas glandulares

Subtipo mais comum

2H:1M

Idade média: 55-60 anos

Lesões expansivas, polipoides e ulceradas na EDA

Evolução de lesão pré-maligna

Mais comumente encontrada no estômago distal (piloro/antro)

Disseminação hematogênica

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9
Q

Adenocarcinoma gástrico

Subtipo difuso?

A

Tumor indiferenciado, sem formações glandulares

Presença de células em anel de sinete (acúmulo de muco no citoplasma deslocando o núcleo para periferia)

Tumor “infiltrativo”, manifestando-se na EDA com úlceras infiltradas ou linite plástica (infiltração difusa do órgão)

Acometimento do estômago proximal (cárdia)

Pior prognóstico quando comparado com o subtipo intestinal devido a maior probabilidade de metástases precoces

Incide igualmente em ambos os sexos

Apresentação mais precoce: 40-48 anos

Disseminação por contiguidade (transmural) e pela via linfogênica (metástases nodais)

Relação com o tipo sanguíneo A

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10
Q

Classificação macroscópica mais utilizada para o adenocarcinoma gástrico invasivo?

A

Classificação de Borrmann

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11
Q

Classificação de Borrmann I?

A

Carcinoma polipoide. Está lesão é bem demarcada com áreas de tecido normal em toda a sua volta. Sobrevida média em cinco anos de 50%.

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12
Q

Classificação de Borrmann II?

A

Carcinoma ulcerado com margens bem demarcadas e nenhuma infiltração. Esta lesão é impossível de ser diferenciada, somente pelo aspecto endoscópico, da úlcera gástrica benigna. Sobrevida média em cinco anos de 35%.

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13
Q

Classificação de Borrmann III?

A

Carcinoma ulcerado e infiltrante com margens rasas e pouco definidas; geralmente há infiltração da submucosa, muscular própria e serosa. Esta é a apresentação mais comum do câncer gástrico. Sobrevida média em cinco anos de 20%.

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14
Q

Classificação de Borrmann IV?

A

Carcinoma infiltrativo difuso. Lesão difícil de ser definida. Ela se estende por todas as camadas do estômago e em todas as direções. Quando há infiltração de todo o estômago, este tipo é chamado de Linitis plastica

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15
Q

Classificação de Borrmann V?

A

CA gástrico, cujo definição não se encaixa em nenhuma das descritas acima

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16
Q

Defina a classificação histológica de Broders

A

Avalia o nível de indiferenciação

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17
Q

Classificação histológica de Broders grau I?

A

0 a 25% de células indiferenciadas

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18
Q

Classificação histológica de Broders grau II?

A

25% a 50% de células indiferenciadas

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19
Q

Classificação histológica de Broders grau III?

A

50% a 75% de células indiferenciadas

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20
Q

Classificação histológica de Broders grau IV?

A

75% a 100% de células indiferenciadas

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21
Q

CA gástrico

Manifestações clínicas?

A

Inicialmente (câncer gástrico precoce), o carcinoma é geralmente assintomático ou apresenta sintomas dispépticos inespecíficos.

Sintomas mais comuns:

Perda ponderal, dor epigástrica, náusea, anorexia, disfagia, melena, saciedade precoce, dor semelhante à úlcera péptica.

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22
Q

Manifestações clínicas

Características da dor?

A

Dor constante, sem irradiação e não aliviada com a ingestão de alimento. Em alguns pacientes o alívio temporário pode ser obtido com o uso de antissecretores.

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23
Q

Manifestações clínicas

Os vômitos recorrentes sugerem obstrução em qual região do estômago?

A

Antro-pilórica

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24
Q

Manifestações clínicas

A disfagia ocorre especialmente quando há invasão de qual região do estômago?

A

Cárdia

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25
Por que a anemia ferropriva é comum no CA gástrico?
Devido a perda sanguínea crônica (40% casos)
26
**Adenocarcinoma gástrico** Principais locais de metástases?
Fígado (icterícia), pulmão (tosse) e principalmente para o peritônio (ascite)
27
Alterações no exame físico que denotam doença avançada?
Massa abdominal palpável Linfonodos de Virchow Linfonodo irmã Maria José Prateleira de Blumer Tumor de Krukenberg Nódulo de Irish Hepatomegalia, ascite, icterícia, caquexia
28
**Exame físico** Linfonodo de Virchow?
Linfonodo supraclavicular esquerdo palpável
29
**Exame físico** Linfonodo da irmã Maria José?
Linfonodo periumbilical palpável
30
**Exame físico** Prateleira de Blumer?
Metástase peritoneal palpável pelo toque retal
31
**Exame físico** Tumor de Krukenberg?
Massa ovariana palpável
32
**Exame físico** Nódulo de Irish?
Linfonodo palpável na região axilar esquerda
33
Quais síndromes paraneoplásicas podem preceder a detecção de um tumor subjacente?
Tromboflebite migratória superficial (síndrome de Trouseau) Ceratose seborrêica difusa (sinal de Leser-Trelat) Acantose *nigricans* Síndrome nefrótica (nefropatia membranosa)
34
**Síndromes paraneoplásicas** Tromboflebite migratória superficial (síndrome de Trouseau)?
Tumor com um estado de hipercoagulibilidade
35
**Síndromes paraneoplásicas** Sinal de Leser-trelat?
Queratina mais espessada
36
**Síndrome paraneoplásicas** Acantose *nigricans*?
Hiperpigmentação em regiões de flexura (axila, virilha, pescoço, região poplítea)
37
Diagnóstico?
EDA + biópsia: precisão de 98% Exame baritado
38
**Diagnóstico** Quando indicar EDA?
Paciente com dispepsia e idade \> 45 anos Presença de sinais de alarme (perda ponderal, anemia, sangramento, disfagia, vômitos recorrentes, massa abdominal palpável, gastrectomia prévia, história familiar CA gástrico)
39
**Diagnóstico** Qual a localização mais comum do CA gástrico?
Mucosa da transição do corpo com o antro na pequena curvatura (*incisura angularis*), o mesmo local mais comum de úlcera péptica gástrica Diagnóstico confirmado pela biópsia
40
**Diagnóstico** Exame baritado (SEED)?
Permite distinguir lesões benignas de malignas e surgerir um diagnóstico histológico
41
**Diagnóstico** Sinais radiológicos que sugerem malignidade?
1. Lesão em massa com ou sem obstrução luminal ou ulceração; 2. Úlcera com pregas irregulares; 3. Úlcera com fundo irregular; 4. Irregularidade da mucosa com perda da distensibilidade; 5. Pregas alargadas; 6. Massa polipoide.
42
O principal estadiamento do CA gástrico se dá por qual sistema?
TNM ## Footnote N (linfonodos acometidos): após ressecção cirúrgica de \> 16 linfonodos
43
Quais métodos de imagem são utilizados para estadiamento?
TC de abdome/tórax/pelve RM
44
**Estadiamento** TC de abdome?
Baixa sensibilidade para T, N e metástase peritoneal Boa acurácia para linfonodos à distância e metástase
45
**Estadiamento** Exames laboratoriais?
Hemograma: anemia Suspeita de metástase hepática: TGO, TGP, bilirrubina total e frações Coagulograma Proteína total e frações Marcadores tumorais
46
**Estadiamento** Principais marcadores tumorais?
CA 19-9: CA pâncreas, colorretal e gástrico CA 72-4: 50% dos pacientes CEA: 10 a 30% dos pacientes
47
**Estadiamento** US endoscópico?
Método de maior acurácia para determinar a **extensão locorregional** do câncer gástrico Permite a visualização da invasão tumoral na parede gástrica (T) e dos linfonodos regionais (N)
48
**Estadiamento** Laparoscopia?
Feito de rotina nos pacientes em que os demais exames de estadiamento não revelam metástase à distância Avaliam implantes peritoneais, ascite e lesões hepáticas
49
**CA gástrico precoce** Conceito?
Permitem identificar **tumores restritos à mucosa e submucosa**, independente da presença ou ausência de linfonodos regionais acometidos
50
**CA gástrico precoce** Epidemiologia?
Em países ocidentais ⇒ diagnóstico nesta fase em 10-20% casos; Japão ⇒ diagnóstico em 40-60% casos nesta fase inicial (*screening* endoscópico regular na população geral assintomática).
51
**CA gástrico precoce** Chance de cura?
Supera 85%
52
**CA gástrico precoce** Quais são os três subtipos?
Tipo I ⇒ polipoide; Tipo II ⇒ tumores planos ou de superfície minimamente elevada ou deprimida; Tipo III ⇒ tumores associados a uma úlcera.
53
**CA gástrico precoce** Tratamento?
Padrão-ouro: cirúrgico Mas muitos pacientes podem ser curados apenas com a **ressecção endoscópica**
54
**CA gástrico precoce** Critérios para ressecção endoscópica?
Tumores diferenciados sem ulceração; T1a; Diâmetro _\<_ 2 cm; Borda lateral livre de neoplasia; Profundidade livre de neoplasia.
55
Opções de tratamento?
Cirurgia curativa Terapia adjuvante Terapia paliativa
56
**Tratamento** Quando indicar cirurgia curativa?
Em fases em que há ausência de metástases à distância
57
**Cirurgia curativa** Margem de segurança?
\> 5 cm devido a tendência de o tumor se disseminar de forma intramural
58
**Cirurgia curativa** Conduta em tumores de terço distal?
Gastrectomia subtotal e reconstrução em Y de Roux
59
**Cirurgia curativa** Conduta em tumores de terço médio, corpo, cárdia ou fundo?
Gastrectomia total e reconstrução com anastomose de esôfago e duodeno (término-terminal ou término lateral)
60
**Cirurgia curativa** Quais tumores necessitam de linfadenectomia profilática regional?
Todos!
61
**Cirurgia curativa** O que determina os níveis de ressecção na linfadenectomia?
A localização do tumor
62
**Linfadenectomia** D1 ou R1?
Linfonodos perigástricos até 3 cm de distância das margens do tumor
63
**Linfadenectomia** D2 ou R2?
Linfonodos D1 + os que acompanham as artérias mais próximas (gástrica esquerda, esplênica e tronco celíaco)
64
**Linfadenectomia** D3 ou R3?
Linfonodos D2 + linfonodos do ligamento hepatoduodenal, cabeça do pâncreas e raiz do mesentério do delgado
65
**Tratamento** Quimioterapia neoadjuvante exclusiva?
Sem benefício
66
**Tratamento** Quimioterapia neoadjuvante e adjuvante?
Epirrubicina + cisplatina + 5-fluoracil Ciclos 3 +3
67
**Tratamento** Quimiorradioterapia?
Aumento de sobrevida (meses a anos)
68
**Tratamento** Paliativo?
Quimioterapia: ## Footnote 5-fluoracil + cisplatina Terceira droga: sem benefício Melhor que medidas de suporte exclusivas