Dermatologia Flashcards

1
Q

Qual a ampliação das margens de um melanoma segundo a espessura de Breslow?

A

< 1mm: margem de 1 cm
1-2 mm: amplia 1 ou 2 cm a depender do maior risco de recidiva local quando optado pela menor ampliação
2,01-4 mm: ampliação de 2 cm

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2
Q

Quais os contactantes de paciente com hanseníase devem ser rastreados?

A

Contactantes devem ser submetidos a exame dermatoneurológico completo aqueles que tiveram contato intradomiciliar nos últimos 5 anos

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3
Q

O que é onicorrexe?

A

Adelgaçamento da lâmina ungueal, que facilita a quebra da mesma

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4
Q

Quais os achados ungueais sugestivos de psoríase?

A

Unhas em dedal (depressões puntiformes) associado a hiperqueratose, onicorrexe, leuconíquia, esfarelamento da unha, onicólise, hemorragiaem estilha ou achado de mancha de óleo/salmão
Sugestivo de psoríase mesmo na ausencia de lesões cutâneas

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5
Q

Qual o agente causador da hanseníase?

A

Mycobacterium leprae

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6
Q

Como é a transmissão da hanseníase?

A

Alta infectividade/baixa patogenicidade

Incubação prolongada (média 2-7 anos)

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7
Q

Quais os principais alvos da hanseníase?

A

Pele

Nervo periférico

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8
Q

Qual o quadro clínico da forma indeterminada da hanseníase?

A

Presença de mancha (mácula) hipocrômica, sem pelo, baciloscopia negativa
Pode evolui para cura
Pode evoluir para outras formas de hanseníase

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9
Q

Qual o quadro clínico da forma tuberculoide da hanseníase?

A
Indivíduos que desenvolvem boa imunidade celular contra o bacilo
Fazem poucas lesões
São bem delimitadas
Fazem placa eritematosa ou hipocrômica
Baciloscopia negativa 
Teste de Mitsuda +
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10
Q

O que é a reação de Mitsuda?

A

Avalia se a pessoa conseguiu desenvolver imunidade contra o Mycobacterium leprae
É positivo quando a resposta contra a bactéria foi boa

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11
Q

Qual o quadro clínico da forma Virchowiana da hanseníase?

A
Pessoa que não briga bem contra o bacilo, desenvolveu imunidade humoral (precisaria ser a celular para controlar o bacilo)
Lesão difusa
Infiltrativa
Baciloscopia (+)
Reação de mitsuda (-)
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12
Q

Qual o quadro clínico da forma dimorfa da hanseníase?

A

Pessoas que desenvolvem alguma imunidade celular, mas não tão boa
Lesões mais numerosas
placas eritematosas variadas
tendem a ter baciloscopia (+)

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13
Q

Como é feito o diagnóstico de hanseníase?

A

Não precisa encontrar o agente para fechar diagnóstico (não precisa ter baciloscopia +)
Essencialmente clínico (pelo menos 1 dos achados):
- lesão de pele com alteração de sensibilidade (térmica - dolorosa - tátil)
- acometimento de nervo periférico (espessamento, neuropatia)
- baciloscopia (linfa de lóbulos e cotovelo + raspado da lesão)

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14
Q

Como é a classificação da OMS para hanseníase?

A
Paucibacilar (PB) ≤ 5 lesões de pele 
- forma indeterminada
- forma tuberculoide
Multibacilar (MB)  ≥ 5 lesões de pele
- forma dimorfa/borderline
- forma virchowiana
Se a baciloscopia vier positiva - multibacilar
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15
Q

Como é dividido o tratamento conforme a classificação da OMS para hanseníase?

A

Paucibacilar
- rifampicina 600mg 1x/mês e dapsona 100mg 1x/mês + 100mg por dia (administração mensal supervisionada)
6 doses supervisionadas (6 meses) (completar em até 9 meses)
Multibacilar
- Rifampicina 600mg 1x/mês + dapsona 100mg 1x/mês e 100mg por dia + Clofazimina 300mg 1x/mês + 50mg/ dia
12 doses sob supervisão (até 18 meses)
* Gravidez e HIV não altera o esquema

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16
Q

O que são as reações hansênicas?

A

São reações que podem ocorrer em qualquer forma de hanseníase e em qualquer momento da doença, independente do tratamento
Não precisa interromper ou reiniciar o tratamento da hanseníase por causa da reação hansênica, não é recidiva da doença, mesmo se acontecer depois de tratar

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17
Q

O que é a reação hansênica tipo 1 (reação reversa)? Como tratar?

A

Reação celular (imunidade celular)
Lesão cutânea agudizada, piora da neuropatia
Prednisona 1-2mg/kg/dia (dose imunossupressora)
- mais comum na forma tuberculoide

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18
Q

O que é a reação hansênica tipo 2 (eritema nodoso)? Como tratar?

A

Reação mediada por imunocomplexos
Nódulo SC eritematoso, orquite, glomerulite
- mais comum na forma virchowiana
Talidomida 300mg/dia (evitar em mulheres em idade fértil/gestantes - corticoide - prednisona oral 1-2mg/kg/dia ou pentoxifilina)

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19
Q

Como é feito o controle dos contactantes da hanseníase?

A

Contactantes: exame dermatoneurológico

  • assintomáticos: 1 dose da BCG
  • 2 cicatrizes de BCG: não fazer BCG
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20
Q

O que são as micoses superficiais (ceratofitoses)?

A

Micoses que acometem somente a camada córnea e haste livre dos pelos = não inflama

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21
Q

Qual o principal exemplo de micose superficial (ceratofitoses)?

A

Pitiríase versicolor

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22
Q

Qual o agente causador e os locais de acometimento da pitiríase versicolor?

A

Fungo: Malassezia furfur
Local: áreas sebáceas (couro cabeludo, face, tronco superior)

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23
Q

Como são as lesões da pitiríase versicolor?

A

Máculas confluentes, hipo/hipercrômica/eritema, descamação furfurácea, sem alteração sensitiva

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24
Q

Quais são sinais característicos da pitiríase versicolor?

A

Sinal de Zireli (descamação esticando a pele)

Sinal de Bernier (descamação passando a unha)

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25
Q

Como pode ser feita a investigação fúngica das lesões da pitiríase versicolor?

A

Luz de Wood

Exame micológico direto

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26
Q

Como é feito o tratamento da pitiríase versicolor?

A

Sulfeto de selênio

imidazólicos tópicos (tioconazol, isoconazol, cetoconazol)

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27
Q

Quais as características das dermatofitoses e qual o principal exemplo?

A

Queratinolíticos - inflamação superficial (prurido)

Tinea

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28
Q

Quais os gêneros mais associados à tinea?

A

Microsporum, Tricophyton, Epidermophyton

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29
Q

Qual a apresentação da tinea capitis?

A

Alopecia focal e descamativa (tonsura - corte dos franciscanos)
Pelo quebradiço
Quérion (aguda) - placas eritematosas

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30
Q

Qual o principal tratamento da tinea capitis?

A

Griseofulvina VO (pois necessita de tratamento sistêmico)

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31
Q

Qual a apresentação da tinea corporis e cruris (inguinal)?

A

Eritema circinado e descamativo

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32
Q

Qual o tratamento da tinea corporis e cruris?

A

Tratamento tópico:

imidazólico, terbinafina, ciclopirox

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33
Q

Qual o tratamento da tinea pedis (intertrigo)?

A

Tratamento tópico se somente intertrigo
Se acometimento ungueal (onicomicose)
tratamento tópico se pouca unha, inicial (amorolfina) +/- sistêmico (distrofia ungueal)

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34
Q

Quais os exemplos de micoses subcutâneas?

A

Esporotricose

Cromoblastomicose

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35
Q

Quais as características das micoses subcutâneas?

A

Transepidérmicas - disseminação por contiguidade/linfática

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36
Q

Qual é o agente causador da esporotricose e como ele é transmitido?

A

Sporothrix schenckii (inoculação: jardineiro, gatos…)

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37
Q

Qual a apresentação clássica da esporotricose?

A

Forma cutâneolinfática (70%)

Nódulo ulcerativo + linfangite em “rosário”

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38
Q

Como é feito o diagnóstico da esporotricose?

A

Exame direto - negativo

Opções: cultura, aglutinação, esporotriquina

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39
Q

Qual o tratamento para esporotricose?

A

Iodeto de K+/ Itraconazol/ anfotericina B

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40
Q

Qual a outra forma de apresentação menos comum da esporotricose, qual o grupo mais acometido e como é feito o tratamento?

A

Forma disseminada/extracutânea
Imunodeprimidos
Tratamento: itraconazol/anfotericina B

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41
Q

Quais os exemplos de micoses sistêmicas ou profundas?

A

Sistêmicas - via inalatória
Paracoccidioidomicose
Histoplasmose

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42
Q

Qual a forma crônica da paracoccidioidomicose?

A

idade > 40a
Acometimento pulmonar
Fungo da terra - meio rural
Lesões cutâneomucosas

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43
Q

Quais as lesões características da paracoccidioidomicose?

A
Lesões ulceradas e vegetantes
Estomatite moriforme (pontos hemorrágicos)
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44
Q

Qual o tratamento da paracoccidioidomicose?

A

Itraconazol

Sulfametoxazol + trimetropim

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45
Q

Quais são as espécies associadas à leishmaniose tegumentar?

A

Leishmania braziliensis/amazonensis/guyanensi

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46
Q

Qual a forma de transmissão da leishmaniose tegumentar?

A

Transmissão vetorial: flebotomíneos (lutzomyia)
Reservatório: animais
Incubação: 1-3 meses

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47
Q

Quais são as formas de apresentação da leishmania na Leishmaniose tegumentar?

A

Promastigota (inoculada) - quando procura no flebotomínio

Amastigota (nos tecidos) - quando procura nos tecidos

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48
Q

Como é a lesão da leishmaniose tegumentar?

A

Lesão inicial: pápula no local da inoculação

Lesão típica: úlcera indolor, borda elevada, em moldura

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49
Q

Quais são as lesões lembradas pelo acrônimo PLECT?

A
Lesão que se apresenta de forma ulcerada e/ou vegetante
P aracoco
L eishmania
E sporotricose
C romomicose/carcinoma espinocelular
T uberculose
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50
Q

Como é a cutânea difusa da leishmaniose tegumentar?

A

Paciente não consegue brigar bem com o protozoário (pouca imunidade) gerando lesão infiltrativa (principalmente em face, lembrando a fácies leonina da hanseníase virchowiana)

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51
Q

Como é feito o diagnóstico da leishmaniose tegumentar?

A

Exame direto
Cultura (NNN)
Sorologia
Reação de montenegro vem geralmente positiva, exceto na forma difusa que é negativo (por problema na imunidade)

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52
Q

Qual é o tratamento da leishmaniose tegumentar?

A

Antimonial pentavalente, anfotericina B e pentamidina

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53
Q

Quais são os exemplos de ectoparasitoses?

A

Escabiose

Pediculose

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54
Q

Qual a transmissão da escabiose?

A

Fêmeas do Sarcoptes scabei - oviposição na epiderme, escava na pele para fazer oviposição

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55
Q

Qual a lesão típica da escabiose?

A

Túnel escabiótico + eminência papulocrostosa + prurido (noturno)
áreas quentes: abdome, nádegas, axila, mama, interdigital
lactentes: cabeça, palma, planta (poupa área da fralda)

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56
Q

O que é a sarna norueguesa?

A

Escabiose crostosa
Forma mais difusa, não sente tanto prurido, pois tem menos reação de hipersensibilidade
É a mesma doença, mas em imunodeprimidos

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57
Q

Qual o tratamento para escabiose?

A

Permetrina: aplicar `a noite, repetir em 1 semana
Enxofre: criança, < 2 meses e gestantes
Ivermectina: escabiose crostosa (evitar se < 15kg)
Tratar o familiar também

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58
Q

O que é o molusco contagioso? E qual a transmissão?

A

Lesão causada pelo Poxvírus

Contato interpessoal/sexual

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59
Q

Qual a lesão do molusco contagioso?

A

Pápulas (0,5cm), agrupadas com umbilicação central

*áreas: face, tronco, MMSS, genital (adultos)

60
Q

Qual a doença que tem associação com o molusco contagioso?

A

dermatite atópica

61
Q

Qual o diagnóstico diferencial em imunodeprimidos do molusco contagioso?

A

Histoplasmose ou critpococose

62
Q

Qual o tratamento do molusco contagioso?

A

Curetagem

63
Q

O que são farmacodermias e quais as principais características?

A
Reações cutâneas medicamentosas
Todo fármaco pode causar alteração cutânea
Pode aparecer até 6 semanas do uso 
Mecanismo imune (alérgico) ou não imune
64
Q

Quais são os grupos de drogas mais frequentes a gerar farmacodermias?

A
A amoxicilina (penicilina), AINE e alopurinol
B actrim (sulfas - sulfametoxazol, sulfadiazina...)
C onvulsão (fenitoína, carbamazepina)
65
Q

Quais os tratamentos básicos na abordagem das farmacodermias?

A

Suspender a droga
Anti-histamínico
Corticoide

66
Q

Qual o tipo de exantema mais comum em farmacodermias?

A

Rash - desaparece à digitopressão
Maculopapular simétrico no tronco e MMSS
(pode ser morbiliforme ou escarlatiniforme)

67
Q

O que ocorre na urticária?

A

Formação de placas eritematosas, centro pálido (elevada), prurido intenso e transitória (< 24h)
Em alguns casos pode ocorrer edema de mucosas (angioedema) - lábios, pálpebra, língua: 50% dos casos
Em casos mais graves pode evoluir para anafilaxia (cardiorrespiratória): adrenalina IM/IV (não recomendado SC)

68
Q

Quais as divisões da urticária conforme a duração?

A

Agudo < 6 sem

crônica > 6 sem (80-90% sem causa definida)

69
Q

O que ocorre no eritema multiforme?

A

Lesões em face extensora, mãos e pés - lesão “em alvo” ou em “íris”
Lembrar de herpes vírus (apesar de também estar associada à farmacodermias)

70
Q

Quais os tipos de farmacodermias mais graves?

A

Síndrome de Stevens Johnson (SSJ)

Necrólise epidérmica tóxica (NET)

71
Q

Qual a apresentação de síndrome de stevens johnson (SSJ) e da necrólise epidérmica tóxica (NET)?

A

Febre, mialgia, altralgia 2ª semanas
Exantema + lesão de MUCOSA + Descolamento da epiderme
Clivagem dermoepidérmica
Sinal de Nikolsky - descolamento da pele pela tração * não é patognomônico

72
Q

Como diferenciar a Síndrome de Stevens Johnson da Necrólise Epidérmica Tóxica?

A

SSJ (< 10%): lembrar de infecção pelo mycoplasma, pode fazer SSJ
entre 10-30%: transição
NET (> 30%): + grave, sistêmica (pulmão, gastrointestinal…)

73
Q

Qual o principal diagnóstico diferencial de SSJ e NET?

A

SSSS - síndrome da pele escaldada estafilocícica

74
Q

Qual a característica da SSSS?

A

Uma exotoxina do staphylo atua contra desmossomos na camada granulosa e provoca o descolamento da pele, intraepidérmica - clivagem mais superficial
Poupa mucosa

75
Q

Como tratar SSJ e NET?

A

Suporte (risco de perdas volêmicas e infecções secundárias)
Desbridamento
Imunossupressão com ciclosporina (corticoide não é bom)

76
Q

O que é a síndrome DRESS?

A

Rash com eosinofilia e sinais sistêmicos

Drug rash with eosinophilia and systemic symptoms

77
Q

Qual a associação típica de uma droga com a síndrome DRESS?

A

Anticonvulsivantes

78
Q

Qual a clínica da síndrome DRESS?

A

Rash + linfonodomegalia + eosinofilia + órgãos (fígado: 61%)

79
Q

Qual o tratamento da síndrome DRESS?

A

Suporte

Corticoide

80
Q

Qual a epidemiologia dos carcinomas baso e espinocelular?

A

Fenótipo claro, idade avançada, homens, radiação UV

81
Q

Como é feito o diagnóstico dos carcinomas baso e espinocelular?

A

Biópsia

82
Q

Qual o tratamento dos carcinomas baso e espinocelular?

A

De escolha: cirurgia

Se a condição clínica não permitir pode ser usado tratamento tópico, curetagem ou criocirurgia

83
Q

Qual o tumor mais comum do mundo?

A

Carcinoma basocelular

84
Q

Qual o local de acometimento do carcinoma basocelular?

A

Acometimento de 2/3 superiores da face

85
Q

Qual a relação do carcinoma basocelular com o sol?

A

Relação com exposição solar esporádica

86
Q

Qual a apresentação mais comum do carcinoma basocelular?

A

Nódulo-ulcerativo (+ comum): perolado com teleangiectasias

87
Q

Quais as principais características quanto à agressividade e recidivas no CBC?

A

Pouco agressivo

Invasão local e recidivas (tumores > 10-20mm/ região H da face)

88
Q

Qual a principal região de acometimento do carcinoma espinocelular? Há risco de metástase?

A

1/3 inferior da face (lábio)

mais risco de metástase

89
Q

Qual a relação do CEC com o sol?

A

Relação com exposição solar contínua

90
Q

Quais as lesões prévias associadas ao CEC?

A

Cicatriz de queimadura (úlcera de marjolin), HPV, ceratose actínica (de exposição solar)

91
Q

Qual grupos de pacientes apresenta maior risco para CEC?

A

Mais associado à paciente transplantados (em uso de imunossupressão)

92
Q

Qual a principal apresentação do CEC?

A

Placa ceratótica: ulcera e sangra (dx diferencial com PLECT)

93
Q

Quais os fatores de risco para melanoma?

A

Nevo melanocítico > 50 nevos
Nevo displásico
Nevo congênitos gigantes > 20cm
* apenas 25% dos melanomas tem um nevo prévio
A maioria tem aparecimento esporádico
História familiar ou pessoal
Genético (CDK2NA), fenótipo claro (Fitzpatrick 1-2), UV-B

94
Q

Quando pensar em uma lesão suspeita para melanoma?

A
A ssimetria
B ordas irregulares
C oloração variada (2 ou mais na lesão)
D iâmetro (> 6mm)
E volução da lesão (altera ao longo do tempo tamanho, formato, sintomas associados - prurido, sangramento)
95
Q

Quais os tipos de melanoma?

A
  • Extensivo superficial
  • Nodular
  • Acral
  • Lentigo maligno
96
Q

Qual o tipo mais comum de melanoma, quais as características de crescimento?

A
Extensivo superficial (70%)
Crescimento lento e radial (para o lado, não se aprofunda)
97
Q

Como é a apresentação da lesão do melanoma extensivo superficial?

A

Mácula
Homem: dorso
Mulher: perna

98
Q

Qual o tipo mais grave de melanoma? Como é o tipo de crescimento?

A

Nodular

+ grave, crescimento rápido e vertical

99
Q

Qual a apresentação da lesão do melanoma nodular?

A

Nódulo

Dorso, cabeça e pescoço

100
Q

Quais as principais características clínicas e epidemiológicas do melanoma acral?

A

10%

Crescimento lento, palmo-plantar (extremidades), negros

101
Q

Quais as principais características do melanoma lentigo maligno?

A

Crescimento mais lento de todos
idosos
Mãos e cabeça

102
Q

Como fazer o diagnóstico de melanoma?

A

Dermatoscopia + biópsia EXCISIONAL (margem de 1-3mm)

* incisional: somente em lesão extensa ou face

103
Q

Como é feito o tratamento do melanoma?

A

Cirurgia: ampliação das margens da biópsia de acordo com espessura (Breslow)
Se acometimento ganglionar:
- Linfadenectomia
- Terapia adjuvante: pembrolizumabe, vermurafenibe…

104
Q

Como é a classificação de Breslow para ampliação das margens?

A
  • in situ: 0,5-1cm
    ≤ 1mm: 1cm
    > 1-2mm: 1-2cm
    > 2mm: 2cm ou mais
105
Q

Quando realizar a pesquisa do linfonodo sentinela no melanoma?

A

Espessura > 0,8mm
ou
< 0,8mm com ulceração

106
Q

Quais são as principais lesões eritemato-pruriginosas?

A

Dermatites (eczemas)

  • atópica
  • contato
  • seborreica
107
Q

O que define a dermatite atópica e qual a evolução?

A

O que define é o edema intercelular (espongiose achado na biópsia) - inicialmente as lesões ficam molhadas pela exsudação, como o quadro é crônico, leva a uma xerose e liquenificação

108
Q

Qual a consequência associada à dermatite atópica?

A

Pacientes com maior predisposição à infecções (piodermites) pela colonização por S. aureus (75-90%) + perda de barreira

109
Q

Qual a clínica da dermatite atópica?

A

Dermatite papulovesicular + PRURIDO (prejudica a qualidade do sono e de vida) + atopia (80%)

110
Q

Qual a clínica mais característica da dermatite atópica no lactente?

A

Exsudativo - face, couro cabeludo e área EXTENSORA

Poupa área da fralda

111
Q

Qual o diagnóstico diferencial com dermatite atópica em lactentes de 2-3 meses?

A

Lactentes < 2-3 meses = pensar em dermatite seborreica)

112
Q

Qual a clínica característica da dermatite atópica na criança e no adulto?

A

Xerose

áreas FLEXORAS, mãos, pescoço, pálpebra

113
Q

Qual o tratamento da dermatite atópica?

A

Controle ambiental de fatores desencadeantes
Emolientes (hidratação)
Corticoide tópico, anti-histamínico oral, imunomodulador (ex: inibidores de calcineurina)

114
Q

Quais os principais grupos de dermatite de contato?

A
  • Por irritante primário

- alérgica

115
Q

Quais as características da dermatite de contato por irritante primário?

A

Lesão direta, no local do contato
teste de contato negativo (indivíduo não foi sensibilizado)
Ex: detergente, fralda (amoniacal)

116
Q

Quais as características da dermatite de contato alérgica?

A

Sensibilização prévia - hipersensibilidade IV (celular

Teste de contato (+) - lesão no local do contato ou distante

117
Q

Quais são exemplos de materiais que mais causam dermatite de contato alérgica?

A

Níquel: bijouteria, relógio
Dicromato de K: couro, cimento
Formalina: esmalte
Tiuram: borracha

118
Q

Qual o tratamento da dermatite de contato?

A

Controle ambiental
Emoliente
Corticoide tópico

119
Q

Qual a principal epidemiologia associada à dermatite seborreica?

A

RN (hormonio materno < 3 meses)
Homem
Ansiedade
Parkinson

120
Q

Qual as áreas mais associadas à dermatite seborreica?

A

Couro cabeludo, sombrancelha, sulco nasolabial

121
Q

Qual infecção fúngica está associada à dermatite seborreica?

A

Malassezia furfur (se alimenta da região contendo seborreia)

122
Q

Qual o tratamento da dermatite seborreica?

A

Shampoos com sulfeto de selenio, zinco e “azol” oral

ácido salicílico

123
Q

Quais as principais lesões que são eritematodescamativas?

A

Dermatite seborreica

Psoríase

124
Q

Qual a fisiopatologia da psoríase?

A

Predisposição genética

Hipertroliferação celular + vasodilatação

125
Q

Qual a apresentação mais clássica da psoríase?

A

Psoríase vulgar
Placa delimitada, eritematodescamativa, tom prateado
(couro cabeludo, áreas extensoras de joelhos, cotovelos, ceratose ungueal (unha em dedal))

126
Q

Como é o padrão da psoríase na forma invertida?

A

Áreas flexoras

Mais comum em pacientes portadores de HIV, negros e obesos

127
Q

Como é feito o diagnóstico de psoríase?

A

Curetagem metódica de Brocq

sinal da vela/ membrana / Auspitz - orvalho sangrante

128
Q

O que é o fenômeno de Koebner?

A

Quando o paciente sofre um trauma local, na área surge uma lesão típica

129
Q

O que é o fenômeno de Koebner reverso?

A

Presença de melhora de uma lesão pós-trauma

130
Q

O que é a psoríase gutata?

A

Forma específica de psoríase, que parece formato de pequena gota, auto-limitada

131
Q

Qual as principais características da psoríase gutata?

A

Principalmente em crianças
Com história de faringite streptocócica prévia
Quadro agudo
Que melhora sozinho

132
Q

Quais as principais características da psoríase pustulosa?

A

Psoríase com muita inflamação que formam pústulas estéreis
Em forma mais grave é chamada de Psoríase Von Zumbush
Faz diagnóstico diferencial com piodermites

133
Q

Qual o tratamento da psoríase?

A

Fototerapia (melhora com exposição solar)
Acitretina
Metrotrexate
MABS - anticorpos monoclonais contra alvos específicos
Apremilast

134
Q

Quais as principais lesões eritemato-bolhosas?

A

Pênfigo foliáceo (mais superficial o descolamento)

Pênfigo vulgar (mais profundo o descolamento)

135
Q

Qual a fisiopatologia do pênfigo foliáceo?

A

Anticorpos antidesmossomas (desmogleína 1)
Atinge a camada granulosa (clivagem intradérmica)
Lesões crostosas - bolhas incomuns
Poupa mucosas

136
Q

Qual a fisiopatologia do pênfigo vulgar?

A

Anticorpos antidesmossoma contra a desmocleína 3
Atinge a camada espinhosa - mais profunda
Bolhas flácidas - erosão - “bife sangrante”
Acomete mucosas

137
Q

Qual o tratamento do pênfigo?

A

Corticoide
Imunoglobulina
Plasmaférese - em apresentação mais grave da doença

138
Q

Qual o roteiro para avaliar lesões dermatológicas na prova?

A
1- Tem medicamento na história?
Se grave: SSj, NET ou DRESS
2- Pode ser infecção ou câncer?
PLECT: paracoco, leishmania
ABCDE: biópsia excisional
3- Qual é a síndrome?
Vermelho que coça: dermatite atópica
Vermelho que descama: seborreico ou psoríase
Vermelho com bolha: pênfigos
139
Q

Quais os 2 tipos de pênfigo foliáceo?

A

Penfigo foliáceo classico (Cazenave)

Pênfigo foliáceo endêmico (“fogo selvagem”)

140
Q

Quais as principais características do pênfigo foliáceo endêmico (fogo selvagem)?

A

Acomete mais crianças e jovens da área rural
Bolhas superficiais, inicialmente na cabeça, que depois se espalham por todo o corpo em progressão cranio-caudal, “estouram” e deixam no lugar feridas dolorosas e abertas que criam crostas
Não acometem mucosa oral

141
Q

Em qual camada se localizam as lesões do pênfigo foliáceo endêmico?

A

As lesões sao intradérmicas e elevadas, localizadas na região subcórnea ou granulosa. O depósito de IgG ocorre na camada espinhosa superficial, onde há maior quantidade de desmogleína 1

142
Q

Quando pensar em uma descrição de exame físico em penfigoide bolhoso?

A

Presença de bolhas TENSAS

143
Q

Qual o nome do sinal da síndrome paraneoplásica que causa ceratose seborreica e quais os tumores mais associados?

A

Sinal de Leser-Trelát

Adenocarcinoma de cólon e gástrico

144
Q

O que é salitetose?

A

É a lesão satélite a até 2cm do melanoma e é um critério de doença avançada, com pior prognóstico, de modo que a ampliação das margens evita o aparecimento dessas lesões

145
Q

O que é o eritema multiforme?

A

Condição mucocutânea bolhosa e ulcerativa de etiopatiopatogenia incerta. Provavelmente trata-se de um processo imunologicamente mediado, podendo ser associado a processos infecciosos procedentes, incluindo HSV ou a exposição a várias drogas