SD. R35P1R4TÓR14S DO RN 01: DOENÇ4 D4 MB HIALIN4 Flashcards Preview

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Flashcards in SD. R35P1R4TÓR14S DO RN 01: DOENÇ4 D4 MB HIALIN4 Deck (10)
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1
Q
  1. Quais as possíveis causas de desconforto respiratório do RN?
A

A presença de desconforto respiratório, não indica apenas a presença de uma doença pulmonar. Causas não pulmonares também se manifestam de modo bem semelhante e incluem as cardiopatias congênitas, doenças neurológicas, anomalias mecânicas, e uma miscelânea de outras condições, como policitemia, anemia, hipoglicemia e acidose metabólica, sendo as vezes necessário instituir mais de um tratamento simultaneamente.A descrição do RN independentemente da etiologia vai ser muito semelhante, um RM com desconforto respiratório, gemente, com retrações intercostais, taquipneico… O que vai nos permitir traçar o diagnostico é a historia clínica e por vezes a radiografia.

Síndrome do desconforto Respiratório (Doença da membrana hialina)

2
Q
  1. O que é a Síndrome do desconforto Respiratório (Doença da membrana hialina)?
A

É uma doença que ocorre com maior ferquencia em crianças prematuras e de baixo peso, onde falta o surfactante pulmonar produzido nos alvéolos pelas células alveolares tipo II e é composto por lipídios (90%) e proteínas (10%). Os principais constituintes do surfactante são lecitina (dipalmitoilfosfatidilcolina), fosfatidilglicerol, apoproteínas (SP-A, SP-B, SP-C, e SP-D) e colesterol. De todos esses, a lecitina é o principal componente.

3
Q
  1. Qual a função do surfactante pulmonar?
A

O surfactante pulmonar é um componente que ajuda a diminuir a resistência à insuflação dos alvéolos durante a inspiração e impede o colabamento dos alvéolos durante a expiração, facilitando o trabalho respiratório. A ausência desse surfactante aumenta o trabalho respiratório gerando a retração intercostal, o gemido ocorre quando durante a expiração a glote se fecha na tentativa de aprisionar o ar no pulmão e impedir o colabamento alveolar. Dessa forma os capilares continuam transportando sangue arterial em direção aos alvéolos, e estando eles atelectasiados a troca gasosa fica prejudicada, causando hipoxemia. A diminuição da complacência e a ventilação alveolar insuficiente irão eventualmente levar à hipercapnia. A combinação de hipercapnia, hipóxia e acidose levam à vasoconstrição arterial pulmonar, com shunt extrapulmonar da direita para a esquerda através do forame oval e do canal arterial. O processo de reabertura dos alvéolos colapsados e a hiperinsuflação dos alvéolos não colapsados acabam lesando a arquitetura pulmonar, levando à secreção de um material proteináceo para o interior dos alvéolos (daí a alcunha “doença da membrana hialina”). Esse material prejudica ainda mais a ação do surfactante que ainda está presente no interior do alvéolo, dando a doença um caráter de retroalimentação.

4
Q
  1. Quais os fts de risco para Doença da Mb hialina?
A
  • Prematuridade, pois geralmente o pulmão só apresenta níveis suficientes de surfactante pulmonar para manter sua estabilidade a partir de 35 semanas.
  • História de diabetes materno (as bancas adoram este fator de risco),
  • Nascimentos múltiplos
  • Asfixia.
  • Raça branca, sexo masculino
  • Ausência de trabalho de parto.
5
Q
  1. Quais situações diminuem o risco?
A

A doença hipertensiva materna,
O uso materno de heroína,
Ruptura prolongada das membranas
Administração antenatal de corticoide para a mãe.

6
Q
  1. Quais as manifestações clínicas?
A

O Os alvéolos vão se atelectasiando e, pouco a pouco, o trabalho respiratório vai aumentando.quando o quadro clínico demora muito a se estabelecer, mais do que 24 horas, devemos pensar em outra hipótese etiológica.
As manifestações clínicas incluem taquipneia, gemência e aumento do trabalho respiratório, traduzido pela presença de retração da musculatura respiratória e batimento de asa nasal. Pode ainda haver cianose, palidez, letargia e apneia. A identificação de alterações à ausculta pulmonar é dificultada pela taquipneia e respiração superficial, mas podem ser identificados estertores inspiratórios. Ao exame os MV estão diminuídos, pois parte dos alvéolos se colaba ao fim da expiração. Essas manifestações se iniciam logo ap[ó o nascimento ou nas primeiras horas de vida, quando há um intervalo assintomático maior, devemos pensar em outro diagnostico.
A produção do surfactante continua ocorrendo com o passar dos dias e a tendência é que a partir o 3º dia a respiração esteja melhor, sinais que precedem essa melhora são a melhora dos padrões gasométricos e aumento da diurese.

7
Q
  1. Quais exames complementares podem ser solicitados e quais s alterações mais comumente encontradas?
A

Gasometria: o achado mais precoce na gasometria é a hipoxemia. Em um momento inicial, não há aumento na PaCO2 pela taquipneia, mas, tipicamente, vai ocorrendo a elevação e instala-se uma acidose respiratória. A acidose pode ser mista, pois a oxigenação inadequada leva a uma acidose metabólica.

RX de tórax: o colapso alveolar leva a diminuição da capacidade residual funcional e uma diminuição no volume pulmonar, o padrão mais encontrado é o reticulogranular difuso com presença de aerobroncogramas. O aerobroncograma surge pela presença de bronquíolosaerados superpostos aos alvéolos não aerados. O aspecto radiográfico da SDR é comumente descrito como sendo uma imagem de vidro moído (FIGURA 32). A radiografia realizada logo após o nascimento pode ser normal e as alterações típicas são evidenciadas apenas após seis ou 12 horas.

8
Q
  1. Qual o tto da criança com Doença da MB hialina?
A

Suporte inicial: boa parte dessas crianças serão acompanhadas em UTI neonatal, faz parte do Suporte inicial:
-Nutrição: se a clínica permitir, nutrição enteral, caso contrário NPT;
-Hidratação: as vezes a via enteral não é bem tolerada, por conta do desconforto respiratório, estando indicada a hidratação cautelosa EV.
-Oxigênio suplementar: pode se feito através do oxyhood FIGURA 33), objetivando PO2 entre 50-70 mmHg, saturação entre 91-95%. A campânula serve apenas para aumentar a concentração de oxigênio oferecida e não
interfere na evolução da doença, sendo dispensada
por muitos serviços. Se ela for empregada
e a SatO2 se mantiver < 85% com
FiO2 de 40-70% ou mais, está indicado o
CPAP.

• CPAP - continuous positive airway pressure
- nasal (5-10 cmH2O): realizado por intermédio
de uma pronga nasal (FIGURA 33).
A manutenção da pressão positiva previne
o colapso alveolar
melhorando a oxigenação,quanto mais precoce for a utilização
do CPAP nasal, melhor será a evolução
do RN com SDR. A intervenção pode ser
instituída ainda na sala de parto faz parte do fluxograma da reanimação neonatal.
A necessidade do CPAP nasal começa a diminuir
a partir do 3º dia de vida. Porém, apenas
o suporte com CPAP não será suficiente
para todos os casos e alguns RN necessitarão
de suporte ventilatório invasivo.

• Ventilação mecânica invasiva (por cânula
traqueal): indicada para os RN com insuficiência respiratória ou episódios repetidos de apneia. Os seguintes parâmetros representam indicações:
 Casos refratários ao CPAP nasal (SatO2 <90% com CPAP 5-10 cm H2O e FiO2 40-
-70%);
 pH < 7,20 e/ou PCO2 > 60 mmHg;
 Apneia persistente.
Sobre o uso do Surfactante exógeno: Survanta®, Curosurf®), são administrados pela cânula traqueal. Nem todas os RN com DMH necessitam do Surfactante, esse medicamento está indicado somente para RNs com doença mais grave, que são aqueles que necessitam de ventilação mecânica invasiva com FiO2 > 30-40%.
-ATB: adotado até o resultado das culturas, visto a dificuldade de diferenciar DMH e pneumonia pelo Strepto B.

9
Q
  1. Qual a prevenção da DMH?
A
  • Prevenindo o part prematuro e a asfixia perinatal;
  • Corticoide antenatal: ajuda na maturação pulmonar, é administrados às mães com IG entre 24 e 34 semanas, com risco de dar a luz em até uma semana. Os indicados sã a dexametasona e a betametasona.
  • Novas publicações levam em conta a corticoterapia a partir de 23 semanas e a opção da família sobre reanimar ou não o bebê. E até de 34-36 semanas.
10
Q
  1. Qual o prognostico para crianças com DMH?
A

Disponibilizando o tto com recursos adequados, 90% das crianças consegue sobreviver, sendo que algumas podem desenvolver displasia broncopulmonar.

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