Síndrome Metabólica 1 - Hipertensão E Dislipidemia Flashcards Preview

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Flashcards in Síndrome Metabólica 1 - Hipertensão E Dislipidemia Deck (28)
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1
Q

Critérios diagnósticos para síndrome metabólica?

A

São necessários 3 de 5 critérios

  1. Circunferência abdominal (homens > 102 e mulheres > 88)
  2. Pressão sistólica > 130 ou diastólica > 85
  3. Triglicerídeos > 150
  4. HDL-colesterol (homens < 40 e mulheres < 50)
  5. Glicemia de jejum > 100
2
Q

Principais fatores de risco para HAS?

A
Idade (relação direta e linear)
Sexo (mais elevado entre as mulheres) 
Etnia (negros é mais precoce e grave)
Sobrepeso e obesidade
Sedentarismo 
Elevada ingestão de sal e álcool, baixo consumo de potássio e cálcio 
Fatores socioeconômicos (mais prevalente quanto menos a escolaridade)
Fatores genéticos
3
Q

Diagnóstico de HAS de acordo com a nova diretriz americana?

A

Normal: PAs < 120 e PAd < 80
PA elevada: PAs 120-129 e PAd <80
HAS estágio I: PAs 130-139 ou PAd 80-89
HAS estágio II: PAs >= 140 ou PAd >= 90

4
Q

Quais são as indicações para realizar MAPA ou MRPA?

A

Suspeita de HAS jaleco branco
Suspeita de HAS mascarada
Grande variação da PA no consultório na mesma consulta ou em consultas diferentes
Hipotensão postural, pós-prandial ou induzida por fármacos
PA elevada de consultório ou suspeita de pré-eclâmpsia em mulheres grávidas
Confirmação de hipertensão persistente

5
Q

Quais são as indicações específicas de MAPA?

A

Discordância importante entre a PA no consultório e em casa
Avaliação do descenso durante o sono
Falta de queda da PA durante o sono habitual em pessoas com apneia de sono, DRC ou diabetes
Avaliação da variabilidade da PA

6
Q

Quais são os valores para diagnósticos de HAS pela MAPA e MRPA?

A

MRPA (3 medidas pela manhã e 2 a noite durante 5 dias — média —> PAs >= 135 ou PAd >= 85

MAPA (medida automática durante 24h)

  1. Vigília -> PAs >= 135 ou PAd >= 85
  2. Sono -> PAs >= 120 ou PAd >= 70
  3. 24 horas -> PAs >= 130 ou PAd >= 80
7
Q

Lesões de órgão alvo na hipertensão?

A

Coração: HVE, insuficiência cardíaca, doença coronariana ateroesclerótica.
Cérebro: Doença cerebrovascular, demência, principalmente demência vascular, devido à microisquemias. Induz ou acelera a aterosclerose (risco para AVC isquêmico), induz ao surgimento de aneurisma (risco para AVC hemorrágico)
Rim: Benigna (arterioloesclerose hialina -> hipertrofia da camada média) Maligna (arterioloesclerose hiperplásica - “bulbo de cebola” -> necrose fibrinoide
Retinopatia: Classificação de Keith-Waneger-Barker (KWB): I - estreitamento arteriolar; II - cruzamento AV patológico; III - Hemorragia/exsudato retiniano; IV - papiledema. Grau I e II são alterações crônicas. Grau III e IV são alterações agudas, sendo consideradas crises hipertensivas.

8
Q

Quais são os exames de rotina para pacientes hipertensos?

A

Análise de urina, potássio plasmático, cretinice e TFG, glicemia de jejum e hemoglobina glicada, colesterol total e fracos, triglicerídeos, ácido úrico, ECG

9
Q

PA alvo no tratamento da HAS?

A

130 x 80 mmHg

10
Q

Tratamento não farmacológico na HAS?

A

restrição sódica (2g de sódio ou 5g de sal), Dieta DASH, perda de peso, moderação do consumo etílico, exercício regular

Perda de peso tem o maior impacto na redução do níveis pressóricos!

11
Q

Como iniciar tratamento e quando reavaliar na HAS?

A

PA elevada: MEV 3-6 meses
HAS estágio 1, se baixo risco cardiovascular: MEV 3-6 meses
HAS estágio 1, com alto risco cardiovascular, DM ou doença renal: monoterapia
HAS estágio 2: associação de duas classes de drogas

Reavaliar tratamento com 1 mês

12
Q

Indicações específicas dos anti-hipertensivos?

A
  • IECA / BRA - nefropata crônico, diabético, ICC, pacientes jovens e brancos.
    — Losartan é bom para pacientes com hiperuricemia.
  • Tiazidicos (hctz, indapamida, clortalidona tem o maior efeito anti-hipertensivo devendo ser a preferência entre os tiazidicos) - negro, idoso, retém cálcio (pode ser bom para pacientes com osteoporose)
  • Bloq cálcio (anlodipina, nifedipine -> age fazendo vasodilatacao periférica) - negro, idosos, doença arterial periférica (“dipinas”) - “dipinas” são vasoseletivos, enquanto o diltiazem e verapamil são cardioseletivos (diltiazem e verapamil são bons para pacientes com FA de alta resposta)
13
Q

Principais efeitos adversos dos anti-hipertensivos?

A
  • IECA/BRA - IRA, hipercalemia -» não usar se Cr maior 3 (contraindicação relativa. Pode usar se conseguir reavaliar paciente em uma semana) ou K maior 5,5 ou estenose bilateral da artéria renal…, tosse crônica por aumento da bradicinina (BRA não tem esse feito adverso)
  • Tiazidico - 4 HIPO (hipovolemia, hiponatremia, hipocalemia, hipomagnesemia) e 3 HIPER (hiperuricemia, hiperglicemia, hiperlipemia -> gota é contraindicação formal do uso de tiazidicos)
  • Bloq cálcio - edema de membros inferiores, edema (“dipinas”), bradiarritimias e descompensar IC (verapamil e diltiazem)
14
Q

Definição de HAS resistente

A

HAS resistente (PA elevada apesar de 3 drogas diferente, sendo uma delas tiazídico OU PA controlada com 4 ou mais medicamentos),

Pode ser explicado por má aderência, jaleco branco (pseudorresistência), HAS secundaria (sempre devem ser consideradas a apneia do sono, hiperaldosteronismo, estenose da artéria renal), verdadeira (DEVE SER ASSOCIADA A ESPIRONOLACTONA A TERAPÊUTICA).

15
Q

Quando suspeitar de HAS secundaria?

A
  1. Início precoce (< 30 anos) ou tardio (> 65 anos)
  2. HAS resistente ou exacerbação de níveis previamente controlados
  3. HAS + tríade do feocromocitoma (palpitações + sudorese + cefaleias em crise)
  4. Uso de drogas e medicamentos que possam elevar a PA
  5. Sinais de endocrinopatia (Cushing, hipotireoidismo - aumento PA diastólica -, hipertireoidismo - aumenta PA sistólica -, hiperparatireoidismo)
  6. Presença de massa ou sopro abdominal (estenose bilateral artérias renais)
  7. Assimetria de pulsos demorais (coarctação da aorta)
  8. Aumento de creatinina, redução da TFG, piora da função com uso de IECA (estenose bilateral artérias renais)
  9. Hipocalcemia espontânea (não relacionada a diuréticos - hiperaldosteronismo)
  10. Exame de urina anormal (doença pariquematosa renal - principal causa de HAS secundária)
  11. Sintomas de apneia durante o sono (diagnóstico pela polissonografia mostrando 5 ou mais episódios de apneia por hora)
16
Q

Diagnósticos das principais formas de HAS secundária?

A

Doença renovascular -> Doppler de artérias renais
Feocromocitoma -> metanefrinas urinárias em 24h
Hiperaldosteronismo primário -> dosagem da relação aldosterona / renina (estado hiporreninêmico)
Apneia do sono -> polissonografia
Coarctação da aorta -> angioTC

17
Q

O que é emergência hipertensiva?

A

Elevação abrupta da PA associada a lesão de órgão alvo aguda e progressiva. Sendo as principais emergências: encefalopatia hipertensiva, AVE, síndrome coronariana aguda, EAP, dissecção da aorta, eclampsia

18
Q

Conduta na emergência hipertensiva?

A

Reduzir PA em 20-25% na 1ª hora com drogas intravenosas (nitroprussiato de sódio, nitroglicerina são vasodilatadores artérias e venosos, sendo a nitroglicerina preferível na síndrome coronariana aguda. Cuidado com o nitroprussiato na encefalopatia, pois seu efeito de vasodilatação por piorar a hipertensão intracraniana)
Outras drogas: hidralazina (vasodilatador de ação direta), metoprolol (beta-bloq seletivo), esmolol (beta-bloq seletivo de ação ultra-rápida), furosemida, fentolamina (alfa-bloq)

19
Q

Condutas especiais na emergência hipertensiva

A

AVE hemorrágico: reduzir agudamente PA para < 140 x 90
AVE isquêmico: reduzir PA se > 185x110 nas 24h se for fazer uso de trombolítico. Reduzir PA se > 220x120 ou associação com outra condição de emergência hipertensiva

Dissecção aortica: Reduzir PA e FC abruptamente até nível mais baixo que paciente tolerar (a princípio: PA < 110x70 e FC < 60)

Intoxicação por cocaína: diazepam em altas doses + nitroprussiato. Não usar beta-bloq por risco de piorar hipertensão (permitir estímulo aos alfa receptores)

EAP: captopril + isordil (ou nitroprussiato)+ furosemida + morfina

20
Q

O que é urgência hipertensiva?

A

Elevação abrupta da PA sem lesão de órgão alvo. Sendo as principais a PA elevada em portadores de doença coronariana estável ou aneurisma de aorta não dissecante; queimaduras extensas; epistaxe grave; estado de hipercoagulabilidade; pré-op; hipertensão na gestação; crises adrenergicas leves

21
Q

Conduta diante da urgência hipertensiva?

A

PA deve ser reduzida lentamente, em até 24-48h, com drogas orais (captopril, furosemida, clonidina)

22
Q

O que é pseudocrise hipertensiva?

A

Pacientes com PA elevada, assintomáticos ou com sintomas não relacionados ao nível da pressão arterial, diante de situações de estresse, sem estarem usando suas medicações usuais (hipertensos mal controlados)

Conduta: orientação quanto a importância das medicações

23
Q

Quais são os sinais clássicos das hipercolesterolemias primárias?

A

Presença de depósitos cutâneos de colesterol - xantelasmas (pálpebras) e xantomas (tendões extensores); arco córneo e doença arterial isquêmica precoce

24
Q

Principais causas de dislipidemias secundárias?

A

Hipertrigliceridemia -> álcool, DRC, ACO

Redução do HDL -> tabagismo

Hipertrigliceridemia + redução do HDL -> diabetes, síndrome metabólica

LDL elevado -> hipotireoidismo, síndrome nefrótica

25
Q

Fórmula de Friedewald (calcular o LDL)?

A

LDL = CT - HDL - TG/5 (TG não pode ser maior 400)

26
Q

Quais são os pacientes que se beneficiam com estatinas?

A

Doença cardiovascular aterosclerótica (profilaxia secundaria) -> pacientes que já apresentaram síndrome coronariana aguda, história de infartos angina estável ou instável, revascularização de coronárias, AVE, AIT, doença arterial periférica de origem aterosclerótica

LDL maior ou igual 190

Diabéticos 40 a 75 anos com LDL 70-189

Se risco estimado em 10 anos de doença aterosclerótica maior ou igual 7,5%

27
Q

Estratégia no tratamento com estatinas

A

Doença aterosclerótica, LDL maior ou igual 190 —> terapia de alta intensidade (queda de LDL de pelo menos 50%). Atorvastatina 40-80mg. Dose alta de estatinas de alta potência.

LDL 70-189 + diabetes ou alto risco cardiovascular —> alta a moderada intensidade (queda da LDL em 30-50%). Atorvastatina 10-20mg, sinvastatina 20-40 mg

Demais pacientes —> baixa intensidade (queda de LDL em 30%). Pravastatina 10-20mg, pode tentar terapia não farmacológica.

28
Q

Quanto se deve tratar a hipertrigliceridemia?

A

Tratamento com fibratos quando TG acima de 500, evitar uso de fibratos e estatinas, devido ao maior risco de miotoxicidade