Defina o conceito de taquipneia em crianças ate 5 anos.
> ou = 60 irpm em menores de 2 meses
> ou = 50 irpm entre 2 meses e 11 meses
> ou = 40 irpm entre 1 e 5 anos
Localize anatomicamente o ponto da árvore respiratória que esta acometida em uma IRA a partir dos seguintes sinais clínicos:
1: Sem taquipneia e sem estridor
2: Com estridor (FR variável)
3: Com taquipneia e sem estridor
1: IVAS
2: infecção periglótica (epiglotite, laringotraqueíte)
3: vias aéreas inferiores (pneumonia - típica, viral ou atípica)
Criança entre 2 meses e 5 anos com queixa de tosse ou dificuldade para respirar. Classifique e indique o tratamento a partir dos seguintes sinais:
1: Qualquer sinal de perigo OU tiragem subcostal OU estridor em repouso.
2: Respiração rápida.
3: Nenhum sinal de pneumonia ou doença muito grave.
1: PNM grave ou doença muito grave. TTO: dar a primeira dose do ATB recomendado e referir urgentemente ao hospital.
2: PNM. TTO: dar ATB recomendado por 7 dias.
3: Não é PNM. TTO: sintomáticos, broncodilatador por 5 dias em caso de sibilância.
Cite as manifestações clínicas (1) e o TTO (2) da rinossinusite viral.
1: coriza (hialina e posteriormente mucupurulenta), obstrução nasal (roncos), tosse, febre.
2: Lavagem nasal com solução salina, aumento da ingestão hídrica e antipirético em caso de febre.
Qual a principal etiologia do resfriado comum e como é a sua principal forma de transmissão?
Rinovírus. Transmissão por contato direto.
Por qual motivo não se deve usar AAS em paciente com rinossinusite viral?
Se o paciente estiver infectado pelo INFLUENZA ou VARICELA ZOSTER pode levar ao desenvolvimento de SD. DE REYE (degeneração hepática e encéfalopatia).
Quais as principais etiologias da otite média aguda?
Streptococcus pneumoniae
Haemophilus influenzae Não Tipável
Moraxella catarrhalis
Qual característica da membrana timpânica é mais específica para O.M.A.?
Membrana timpânica abaulada.
Quais pacientes devem receber obrigatoriamente antibioticoterapia em caso de otite média aguda?
< 6 meses
6meses à 2 anos com doença bilateral
Qualquer idade com otorreia ou doença grave ( dor moderada à grave ou febre de 39ºC ou mais por > 48h)
Qual o ATB (e dose) de primeira escolha para o tratamento de otite média aguda?
Amoxicilina 45mg/kg/dia.
Qual o ATB (e dose) para crianças com otite média aguda com alta probabilidade de pneumococo com resistência intermediária (< 2 anos; crianças que frequentam a creche ou que tiveram uso recente de ATB)?
Amoxicilina 80 - 90 mg/kg/dia.
Qual ATB usado para criança com diagnóstico de OMA em caso de falha terapêutica com amoxicilina dose padrão?
Amoxicilina com clavulanato
Qual ATB usado e etiologia da síndrome conjuntivite - otite média?
Amoxicilina com clavulanato
Haemophilus ( “EYEmophilus) Influenzae
Cite o quadro clínico (1) e a conduta (2) da mastoidite aguda.
1: inflamação retroauricular com deslocamento do pavilhão e desaparecimento do sulco retroauricular.
2: internação, TC, ATB parenteral e avaliar mirngotomia.
Defina a clínica das seguintes formas de sinusite bacteriana aguda:
1: Resfriado arrastado
2: Quadro grave
3: Quadro que piora
1: sintomas de resfriado que duram mais de 10 dias
2: febre alta (39ºC ou mais) e rinorreia mucupurulenta por 3 dias ou mais
3: recorrência dos sintomas após melhora inicial
Como é feito o TTO (ATB e duração) da sinusite bacteriana aguda?
Amoxicilina, manter o ATB por 7 dias após a melhora clínica.
Cite e comente 2 complicações da sinusite bacteriana aguda.
1: Celulite orbitária: proptose, dor à monilização ocular e edema de conjuntiva (quemose)
2: Celulite periorbitária: inflamação da pálpebra sem acometimento da órbita
Qual a principal etiologia da faringite bacteriana?
Streptococcus beta hemolítico do grupo A ( Streptococcus pyogenes).
Comente sobre os seguintes diagnósticos diferenciais da faringite bacteriana.
1: Herpangina
2: Febre faringoconjuntival
3: Mononucleose
4: PFAPA
1: Herpangina (Coxsackie A): úlcera e vesículas com halo eritematoso em região posterior da cavidade oral.
2: Febre faringoconjuntival (adenovírus): faringite exsudativa e conjuntivite.
3: Mononucleose (Epstein Barr): faringite, linfadenomegalia, esplenomegalia, linfocitose com atipia e exantema m´culo papular após o uso de amoxicilina.
4: PFAPA: febre periódica, estomatite aftosa, faringite, adenite. Crises periódicas com intervalos regulares. TTO: corticóide durante episódio agudo.
Cite grupo populacional mais acometido e características das seguintes complicações supurativas da faringite bacteriana:
1: Abscesso peritonsilar:
2: Abscesso retrofaríngeo:
1: Abscesso peritonsilar: adolescente e adultos, disfagia, sialorreia, desvio da úvula e trismo.
2: Abscesso retrofaríngeo: < 5 anos com disfagia e torcicolo.
Qual a clínica da epiglotite aguda?
Quadro grave, febre alta, odinofagia, sialorreia, dificuldade respiratória com estridor e posição do tripé.
Qual o sinal radiológico descrito para a epiglotite aguda?
Sinal do polegar.
Qual a conduta para uma criança com epiglotite aguda?
- Estabelecer via aérea: IOT ou traqueostomia
- Oxigênio
- ATB: cefuroxima OU ceftriaxone OU meropenem por 10 dias.
Qual a clínica da laringotraqueíte viral aguda?
Pródromos catarrais, tosse metálica, rouquidão e estridor.
Qual a principal etiologia da laringotraqueíte viral aguda?
Vírus parainfluenza.
Qual o sinal radiológico descrito para a laringotraqueíte viral aguda?
Sinal da torre ou da ponta do lápis (estreitamento infraglótico).
Qual o tratamento da laringotraqueíte viral aguda nos seguintes casos:
1: com estridor em repouso:
2: sem estridor em repouso:
1: com estridor em repouso: NBZ com adrenalina e corticoide
2: sem estridor em repouso: corticoide
Cite as características da laringite estridulosa, diagnóstico diferencial da laringotraqueíte viral aguda.
Acomete crianças entre 1 e 3 anos, despertar súbito sem pródromos de doença viral de vias aéreas superiores, apenas a tosse metálica com estridor inspiratório e voz rouca.
Cite as principais doenças causadas pelas etiologias a seguir:
1 - Estreptococo Beta-hemolítico do grupo A (S. Pyogenes)
2 - Estreptococo Beta-hemolítico do grupo B (S. Agalactiae)
1 - Faringite estreptocócica, Escarlatina, Impetigo
2 - Penumonia e meningite em RN
Cite a etiologia das seguintes doenças:
1 - Epiglotite
2 - Sinusite Bacteriana Aguda e Otite Média Aguda
1 - Haemophilus Influenzae tipo B
2 - Haemophilus Influenzae Não Tipável
Diferencie a faringite estreptocócica da faringite viral quanto a:
1 - Idade
2 - Sintomas
3 - Sinais Clínicos
1 - Estrepto: 5 a 11 anos (pico / antes dos 3 nunca tem)
Viral: todas as idades
2 - Estrepto: faringite grave, náuseas e vômitos, febre alta de início súbito
Viral: faringite leve, mialgia, artralgia
3 - Estrepto: eritema faríngeo e exsudato, sem tosse/secreção nasal, sem conjuntivite e diarréia, adenomegalia dolorosa, petéquias em palato, escarlatina
Viral: normalmente sem exsudato, pode haver úlceras, presença de tosse/conjuntivite/rouquidão e diarréia frequentemente, adenomegalia não dolorosa
Principais etiologias da pneumonia bacteriana TÍPICA a partir da idade (<2 meses / >2 meses).
< 2 meses: S. agalactiae - Grupo B (canal de parto) e enterococos gram negativos
> 2 meses: S. pneumoniae (+ comum/protótipo), S. aureus (+ grave/porta de entrada cutânea) e H. influenzae tipável e não tipável
Cite os sinais de gravidade na pneumonia bacteriana típica.
Retração subcostal, batimento de asa de nariz, gemência e cianose (pneumonia muito grave)
Indicações de internação em paciente com pneumonia bacteriana típica
Sinais de gravidade de comprometimento respiratório
Sinais gerais de perigo
Complicações
< 2 meses
Falha terapêutica ambulatorial
Tratamento de pneumonia bacteriana típica:
1 - Ambulatorial
2 - Hospitalar < 2 meses
3 - Hospilar > 2 meses
1 - Amoxicilina VO OU Penicilina Procaína IM (reavaliar em 48h)
2 - Ampicilina + Gentamicina
3 - Penicilina Cristalina IV (para pneumococo)
Se muito grave: Oxacilina + Ceftriaxone
Se CA-MRSA (grave + complicações + porta de entrada): substituir Oxacilina por Clindamicina ou Vancomicina
1 - Cite a principal causa da falha terapêutica no TTO da PNM bacteriana típica
2- Qual a conduta?
1 - Derrame pleural
2 - Toracocentese. Se empiema, drenagem toráxica
1 - Qual o agente etiológico mais frequente no empiema por PNM bacteriana aguda? E o mais específico?
2 - Cite as características bioquímicas do empiema da PNM bacteriana aguda
1 - Pneumococo e S. aureus
2 - Purulento
pH < 7,2
Glicemia < 40mg/dL
Bactérias
1 - Etiologia e clínica da PNM afebril do lactente
2 - Tratamento
1 - Chlamydia Trachomatis
Clínica: 1 - 3 meses, evolução insidiosa, tosse + taquipneia + afebril, eosinofilia e relacionada a conjuntivite no RN
2 - Azitromicina OU Eritromicina (pode causar estenose hipertrófica de piloro se usada nas primeiras semanas de vida)
1 - Diagnóstico diferencial da PNM afebril do lactente
2 - Cite o quadro clínico típico
1 - Coqueluche
2 - > 3 meses: paroxismos + tosse com guincho
< 3 meses: apneia
Classifique:
1 - Sibilante transitório precoce
2 - Sibilante persistene
3 - Sibilante de início tardio
1 - Sibila até 3 anos e depois para
2 - Sibila até 3 anos e depois continua sibilando
3 - Não sibila até3 anos e depois começa a sibilar
Bronquiolite viral aguda: etiologia, clínica e TTO
Etiologia: VSR
Clínica: SIBILÂNCIA < 2 anos + pródromo catarral + febre, tosse e taquipneia
TTO: O2 +NBZ com salina hipertônica / NÃO FAZ corticoide e fisioterapia