Urgência e emergência Flashcards
(55 cards)
Choque
O que significa choque?
Redução do aporte de O2, obrigando ás células a usar o metabolismo anaeróbico
UE
Verdadeiro ou falso
Todos os tipos de choques afetam o DC
Verdadeiro
UE
Qual á diferença de choque compensado e descompensado?
Descompensado é quando cursa com hipotensão
Compensado é quando está normotenso
UE
Para uma Oxigenação adequada, necessitam-se de três fatores, quais são?
- Teor de O2 (Depende da HG)
- Fluxo de sangue (RVP X DC)
- Distribuição de O2
DC - Depende da Pré-carga, Pós-carga e inotropismo
UE
Cite ás causas de choque hipovolêmico
- Desidratação (Diarreia ou Vômito)
- Hemorragia
- Cetoacidose diabética (Devido á uma dose exagerada de insulina, que leva hipoglicemia e á vômitos)
UE
Durante o conceito de choque hipovolêmico, defina como está a PA
Ocorrem duas fases
Compensatória (Aumento de catecolamina)
- Eleva á pré-carga (eleva a PAS)
- Vasoconstrição periférica (Adrenalina)
Redução da volemia
- Redução do retorno venoso
- Redução das PAS e PAD
UE
Quais os sinais de choque hipovolêmico?
- Rebaixamento do nível de consciência
- Hipotensão arterial (Sinal tardio na criança)
- Taquicardia (1º sinal na criança)
- Redução de débito urinário (< 0,5mL/hora)
- Taquipneia
- Lactato (> 4mmol/litro)
- Tempo de enchimento capilar (>2s)
Idosos podem estar brad (pelo uso de Bbloq)
UE
Como avaliar perfusão tecidual?
Avalia-se por 3 janelas
1. Pele ( Fria, Pegajosa, TEC +2s)
2. Rim (Débito urinário < 0,5mL/Kg/H)
1. 3. SNC (Alteração do estado mental)
UE
O que é Livedo reticular?
Avalia-se a coloração da pele no Joelho
Estudos tem correlacionado como ínidice de mortalidade no choque
Usado como marcador de hipoperfusão, assim sendo pouco específico para o choque
UE
Qual a conduta em casos de choque hipovolêmico?
Todo choque quando diagnóstico deve ser transferido para UTI
Acompanhamento
1. Monitorização
2. USG á beira leito
3. ECO á beira leito
4. Pressão venosa central
5. PAM Invasiva (Cateter arterial)
6. Cateter venoso (para drogas)
Acesso pode ser periférico EV ou IÓ (Tibia proximal ou distal, fêmur distal ou espinha ilíca ântero-superior)
Tratamento (4 pilares)
Oxigênio: Maior fração de inspiração possível, e concentrado de hemácias (se anemia)
Volume: Fluídos e drogas vasoativas (se necessário)
Redução do consumo de O2: Controle da febre e dor, sedação (se necessário) e Ventilação pulmonar mecânica (se necessário)
Correção: Hipoglicemia; Distúrbios eletrolíticos e ácido-base
Vasoexpansores
Existem 3 principais vasoexpansores:
1. Cristalóides (SF quando até 2 litros e Ringer lactato quando necessário mais, embora estudos mostrem que não existe tanta diferença em infundir um outro)
2. Colóides (Estudos mostram maior mortalidade)
3. Hemocomponentes (Concetrado de hemácias e plasma fresco congelado(todos os fatores de coagulação)
A escolha inícial é Cristalóides (20ml/Kg em bolus rápido), mesmo sabendo que 3/4 se perdem para o espaço extra-vascular, após deve-se avaliar (PA, TEC e Diurese)
Após a reposição deve-se avaliar se a resposta á reposição do paciente, existem N testes, o mais usado em ventilação espontânea é o que elevam-se ás pernas e cálcula o DC pelo POCUS, porém são metódos difíceis e em desuso, hoje é usado o conceito de Fluidotolerância
Se após á ressucitação volêmica, ainda hipotenso, deve-se administrar drogas vasoativas (embora alguns estudos tenham mostrado que o uso inicial, reduz a quantidade de expansor volêmico e tempo de controle)
Oxigênio
Em casos de, é indicado ventilação mecânica invasiva:
1. Dispneia grave
2. Hipoxemia refratária
3. Acidemia grave
Beneficios:
1. Reduz a demanda de O2 pela Mm. respiratória
2. Reduz á pós-carga
3. Pode ocorrer redução abrupta da PA (Aumenta á pressão torácica, que pode reduzir o retorno venoso, devido á isto, deve-se otimizar á hemodinâmica destes pacientes)
Objetivo
Restaurar á PAM >70 e melhorar o estado mental
UE
Defina TCE
Trauma Cranioencafálico
Qualquer lesão de origem traumática que afete o parênquima cerebral, meninges, vasos ou o crânio
UE
Qual o volume interno do crânio?
1400 - 1700 ml
80% - parênquima cerebral
10% - LCR
10% - Sangue
UE
Pensando em TCE, defina Lesão cerebral 1ª e 2ª
Primária
Lesão por forças mecânicas que ocorre no momento do trauma
- Contussões focais e hematomas
- Cisalhamento axonal (Subs. Branca)
- Edema
Secundária
Nível molecular, que ocorre por efeito cascata pós trauma
- Lesão da membrana por EROS
- Distúrbios hidroeletrolíticos
- Disfunção mitocondrial
- Apoptose celular
- Isquemia cerebral (secundária á vasoespasmos)
Para evitar insultos cerebrais secundários, deve-se estabilizar o paciente (PA, hipóxia, temperatura e glicemia)
UE
Explique a doutrina Monro-Kellie
Segundo está lei, o volume intracraniano deve permanecer constante, qualquer alteração dos componentes intracranianos deve ser compensada, assim evitando o aumento da PIC
Mecanismos compensatórios
1. Deslocamento de sangue venoso para veias jugulares
2. Deslocamento de sangue arterial para o sistema carótideo externo
3. Deslocamento de LCR
Quando se esgotam, ocorre a HIC, reduzindo a Pressão de Perfusão Intracraniana
Deve-se pensar na PIC como a RVP
UE
Como ocorre o estadiamento do TCE?
Escala de Coma Glasgow
13 - 15: Leve
9 - 12: Moderados
< 8: Grave
Escala de gravidade TC (Escala de Marshall
UE
Qual a clínica dos TCE?
Fratura de crânio
Fratura de calota craniana: Lineares ou estreladas, com ou sem afundamento, quando presentes pressupõem um mecanimos de alta energia (Encontrada pela TC)
Fratura de base de crânio: (Diagnóstico é clínico), equimose periorbital, equimose retroauricular (sinal de battle), fistula liquórica do nariz ou orelha, disfunção do VII e VIII do nervo craniano (paralisia facial e perda de audição)
Lesão intracraniana
UE
Quanto ao tratamento pré-hospitalar dos TCE?
Objetivo de reduzir lesão cerebral 2ª
Objetivo é controle de PA e Hipóxia
Se hipotensão - Cristalóide
Se hipóxia < 90% - Máscara não reinalante á 15L/min ou IOT, se:
- Incapacidade de proteger á via área
- TCE grave
- Dificuldade de ventilar ou manter sat >90% mesmo com O2 suplementar
- Instabilidade hemodiâmica
- Transporte de longa duração
UE
Qual é o tratamento da TCE leve?
Deve-se avaliar a necessidade de TC (CCTC - Critério Canadense de TC, Critérios de Nova Orleans e Nexus II)
1. Convulsão
2. Glasgow < 15
3. Fratura crânio (qualquer sinal)
4. Novo déficit neurológico
5. Presença de coagulopatias
6. Convulsão
7. Idade >60 anos
8. Amnésia retrógada por >30min
9. Truma de alto impacto
10. Intoxicação ou comportamento anormal
Se sim -> TC sem contraste, se não, alta com orientações
TC sem contraste
1. Efeito de massa
2. Hematoma epidural ou subdural
3. COntusão cerebral >1cm
4. Hemorragia cerebral
5. Fratura de crânio
6. Pneumoencéfalo
7. Edema cerebral
Se sim -> Avaliar neurocirurgia
Se não -> Glasgow < 15? Distúrbio de coagulação? Convulsão? Sem cuidador em domicio? - Se sim - interna se não, alta com orientações
UE
Quando receber alta, pacientes com TCE, quais devem ser os sinais de alerta que devem direcionalos á procurar atendimento médico?
- Incapacidade de acordar o paciente no momento do despertar esperado.
- Cefaleias intensas ou que pioraram.
- Sonolência ou confusão mental.
- Inquietação, instabilidade ou convulsões.
- Dificuldades de visão.
- Vômito, febre ou rigidez de nuca.
- Incontinência urinária ou intestinal.
- Fraqueza ou dormência envolvendo qualquer parte do corpo.
UE
O que é a lesão axonal difusa?
É caracterizada por múltiplas pequenas lesões na substância branca vistas na neuroimagem. Geralmente causa coma profundo sem aumento de pressão intracraniana e tem desfecho desfavorável.
UE
O que caracteriza a contusão cerebral?
São áreas heterogêneas de isquemia, necrose, hemorragia e edema, mais comuns nas regiões frontais e temporais basais devido a impactos por aceleração/desaceleração.
UE
Qual a origem comum do hematoma epidural?
Geralmente causado por ruptura da artéria meníngea média e associado a fraturas de crânio, com formato lenticular e sem lesões cerebrais subjacentes.
UE
Como se forma o hematoma subdural?
Resulta da ruptura de veias pontinas que drenam para os seios venosos durais, com formato de crescente e frequentemente associado a lesões cerebrais subjacentes.
UE
O que é a hemorragia subaracnoidea traumática?
Ocorre com o rompimento de vasos nas fissuras silvianas e cisternas interpedunculares, podendo se estender para o espaço subaracnoideo.