2019 Flashcards
Recomendações de aleitamento materno:
Deve ser exclusivo até os 6 meses (pode medicamentos, vitaminas e minerais)
Aos 6 meses: alimentação complementar
LM + sólidos. Deve-se manter o LM até 2 anos no mínimo (aleitamento materno complementado)
AM predominante/AM misto
P: LM + líquidos (chá, suco, água) não é recomendado por risco de contaminação.
M: LM e outros leites.
Vantagens do leite humano em relação ao leite de vaca
menor sobrecarga renal, maior digestibilidade e menos alergênico
Fatores de proteção do leite humano
- Imunoglobulina (IgA secretória) altamente específica
- Lisozima (bactericida)
- Lactoferrina (bacteriostática)
- Fator bífido (glicoproteína que estimula a flora intestinal)
- Lactoperoxidase (ação essencialmente contra estreptococos)
Diferenças nutricionais do leite humano
Menos proteína e menor percentual de caseína
Menos eletrólitos
Mais lactose
Mais gordura (colesterol, LC-PUFA->ARA/DHA)
Maior biodisponibilidade de ferro devido a presença se lactoferrina
Proteínas do soro do leite
Humano: alfa lactoalbumina
Vaca: beta lactoglobulina
Modificações no leite durante a lactação:
Colostro (3-5 dia de vida da criança) -> mais proteínas e eletrólitos, rico em VitA
Leite de transição
Leite maduro (2a semana de vida da criança) -> mais lactose e gordura
Modificações no leite durante a mamada
Leite anterior
Leite posterior: mais gordura -> saciedade e peso. É produzido durante a mamada.
Modificações no leite durante o dia
Aumento de gordura ao longo do dia
O que fazer em caso de ausência materna?
Ordenha e armazenamento do leite. LHO 12 hs na geladeira e 15 dias no freezer.
Conduta na impossibilidade do LM:
Fórmula infantil no primeiro ano de vida.
Quando inevitável: LV
<4 meses: diluído 2/3 + óleo
>4 meses: não diluído
Fisiologia da lactação durante a gestação:
Altos níveis de progesterona e estrogênio -> proliferação sos alvéolos
Prolactina elevada com ação inibida por hormônios placentários
Fisiologia da lactação após o nascimento:
Expulsão da placenta, diminuindo estrogênio e progesterona, com prolactina elevada
Fim da inibição da prolactina -> apojadura (descida do leite) -> independente de qualquer estímulo
Fisiologia da lactação durante a lactação:
Dependente de estímulo constante
Dependente de esvaziamento
Estimulação do complexo mamilo-aoreolar -> sucção-> hipófise anterior -> prolactina/ocitocina-> produção de leite nos alvéolos e ejeção de leite respectivamente
Ocitocina pode se liberada por outros estímulos alem de sucção
Se a mama não for regularmente esvaziada, o alvéolo se tornará insensível à prolactina
Estímulos adrenergicos inibem a ação da ocitocina (dor por exemplo)
Queixas comuns da amamentação:
- Fissuras
- corrigir a técnica
- mudança de posição
- ordenhar antes da mamada (desencadeia o reflexo da ejeção)- Ingurgitamento
- livre demanda de mamada
- ordenhar antes
- esvaziar as mamas
- compressas frias
- Mastite (sinais flogísticos em um ou mais quadrante da mamada)
- esvaziar mamas
- antibióticos (S. aureus)
- drenagem (abscesso)
- “leite fraco”
- avaliação objetiva: peso
- manter AME; técnica correta
- Ingurgitamento
Quais doenças maternas são contraindicações para amamentação?
- Contraindicação absoluta: HIV e HTLV
- Contraindicação relativa: CMV e Herpes (se <30 ou 32 sem ou 1000/1500g, pode ter infecção mais grave com CMV, então é contraindicação absoluta) (herpes - contato direto com a lesão herpética na mama)
- Não contra-indica: Hepatite B (RN recebe vacina e IG) e Tb pulmonar (RN recebe QP primária com izoniazida)
Quais doenças do lactente são contraindicações para amamentação?
- Galactosemia -> contraindicação absoluta -> usa fórmula sem lactose
- Obs: fenilcetonúria: (LM + fórmula sem FAL) *pouco LM
Quais medicamentos são contraindicações para amamentação?
- amiodarona
- imunossupressores e citotóxicos
- radiofármaco
- linezolida e ganciclovir
Profilaxia contra anemia ferropriva
- IG > 37sem e PN >2,5kg
- <3meses: manter em AME ou FI -> não recebe ferro
- >3 meses: 1mg/kg/dia de Fe até 2 anos (exceto se >500ml/dia FI)- <2,5 kg ou PMT:
- recebe Fe 30 dias até 2 anos
- 1o ano
- < 1000g: 4 mg/kg/dia
- < 1500g: 3mg/kg/dia
- < 2500g: 2mg/kg/dia
- 2o ano: 1mg/kg/dia
- 1o ano
- recebe Fe 30 dias até 2 anos
- <2,5 kg ou PMT:
Reposição de vitamina D
- iniciar primeira semana de vida
- ate 12 meses (400 U/dia)
- 12-24 meses (600 U/dia)
Fatores que determinam o crescimento intrauterino:
ambiente uterino, alimento / pouca importância dos fatores genéticos
Fatores que determinam o crescimento na fase de lactente
fatores nutricionais e extrínsecos / pouca importância dos fatores genéticos
Variação de peso, PC e comprimento no período de lactente
Crescimento intenso e desacelerado
- Peso: 1o tri 700g/m; 2o tri: 600 g/m; 3o tri 500 g/m; 4o trimestre 400 g/m (progressivamente a criança vem ganhando cada vez menos, por isso é desacelerado) - Comprimento: 1o sem 15 cm; 2 sem 10 cm; 2o ano 12 cm (desacelerado progressivamente menos) - PC: 2cm/mês primeiro trimestre, 1cm/mês segundo semestre, 0,5cm/mês ao longo do segundo semestre
Fatores e ritmo de crescimento no período infantil (2 anos até puberdade)
- Potencial genético relevante
- ritmo de crescimento estável
- pré-escolar: 7-8 cm/ano; escolar 6-7 cm/ano
Crescimento no período puberal
- determinado por esteroides sexuais
- fechamento das cartilagens de crescimento
- aceleração - desasceleração
Como avaliar o crescimento?
- interpretação dos valores
- comparação com outras consultas
- gráficos percentil e escore-Z
- Percents: 3, 15, 50, 85, 97
- mediana corresponde ao valor do percentil 50 (não é a média)
- percentil é a posição que o valor ocupa numa distribuição ordenada de valores
- observar curva de crescimento
- tem que ter uma tendência ascendente e inclinação paralela às curvas representadas no gráfico
Puberdade:
- Caracteres sexuais secundários
- Aceleração do crescimento
- Gonadarca e Adrenarca -> SF 8-13 anos / SM 9-14 anos
- (eixo GnRh -> LH/FSH -> Esteroides gonadais) -> gonadarca
- início da secreção dos androgênios da adrenal
- > adrenarca
Estadialento de Tanner SF
- M1: pré-puberal
- M2: broto mamário (telarca) examinar em todas as idades, não só após 8 anos (marca o início da puberdade feminina)
- M3: aumento de mama e aréola (pico do crescimento 8-9cm/ano aos 8 anos)
- M4: “duplo contorno” (monarca 2-2,5a após telarca) (crescimento desacelerado)
- M5: mama madura
- P1: pre-puberal (pode ter pelugem)
- P2: pubarca (adrenarca) pelos mais escuros, localizados apenas dos grandes lábios
- P3: pelo na sínfise púbica
- P4: grande quantidade, escuro, encaracolado
- P5: raíz das coxas
- T - P - M telarca, pubarca e depois menarca
Estadiamento de Tanner SM
- G1: pre-puberal
- G2: aumento testicular (primeiro sinal da puberdade masculina) instrumento: orquidômetro de prader
- G3: aumento do pênis em comprimento
- G4: aumento do pênis em diâmetro (diferenciação do contorno da glande) (pico do crescimento masculino 9-10cm/ano aos 9 anos)
- G5: genitália adulta
- Pilificação igual feminina (P2 é na base do pênis)
- P6: pilificaçso em direção à cicatriz umbilical
Puberdade precoce:
- antes dos 8 anos F e 9 anos M
- caracter sexual e aceleração do crescimento
- pode ser central ou periférica
Puberdade precoce central
- GnRh dependente (verdadeira)
- idiopática (mais comum no sexo feminino)
- lesão SNC (mais comum no sexo masculino)
- testículos aumentados
Puberdade precoce periférica
- GnRh independente (pseudopuberdade)
- Doença gonadal
- Doença adrenal
- testículo pré-puberal + virilzação -> doença adrenal
- virilização + testículo assimétrico -> doença gonadal (tumor)
Avaliação do desenvolvimento
- Motor: capacidade de locomoção
- Adaptativo: capacidade de utilização das mãos (pinça)
- Social: capacidade de interagir com grupos sociais e respeitar códigos de comportamento social
- Linguagem: capacidade de utilizar a palavra com conteúdo de significação
- Regras básicas:
- Desenvolvimento é sequencial e previsível
- sequência crânio-caudal (motor)
- sequencia cubital-radial / primeiro pega, depois solta (adaptativo)
- Desenvolvimento é sequencial e previsível
Marcos do desenvolvimento no RN
- M: postura tônico-cervical, cabeça pende
- A: fixa a visão
- S: prefere a face humana
- L: chora
Marcos do desenvolvimento no primeiro mês
- M: Postura Tônico-Cervical, levanta queixo em prova
- A: acompanha objeto (ocular)
- S: sorri (não é sorriso provocado)
- L: chora
Marcos do desenvolvimento no segundo mês
- M: PTC, levanta a cabeça em prova
- A: acompanha objeto por 180 graus
- S: sorriso social
- Vocalização
Marcos do desenvolvimento aos 3 meses
- M: PTC, levanta a cabeça e tronco, sustentação pendular da cabeça
- A: estende a mão para objetos
- S: contato social
- L: sons guturais (vogais e consoantes)
Marcos do desenvolvimento aos 4 meses
- M: cabeça centralizada, olha mãos na linha média, sustenta a cabeça
- A: pega cubital
- S: ri alto
- L: sem marcos
Marcos do desenvolvimento aos 6-7 meses
- M: rola, senta sem apoio por pouco tempo
- A: pega radial, transfere objetos entre as mãos
- S: prefere a mãe
- L: polissílabos vogais
Marcos do desenvolvimento no aos 9-10 meses
- M: senta sem apoio sozinha, pode engatinhar, passos laterais apoiado
- A: pinça polegar-dedo, solta objetos se retirados (não é completamente voluntário)
- S: estranha, acena, brinca de “cadê” (cade representa o sentido de permanência do objeto, sabe que existe mesmo sem estar vendo)
- L: polissílabos (mama, papa)
Marcos do desenvolvimento aos 12 meses
- M: anda com apoio, levanta sozinha
- A: pega com pinça, entrega objetos por solicitação
- S: interage (vestir, brincar)
- L: algumas palavras
Equivalência entre as curvas de crescimento da OMS
- percentil (posição que o indivíduo ocupa na distribuição ordenada) /
- escore-Z (distância em desvio-padrão da média)- EZ +3 -> percentil 99,9 - EZ +2 -> percentil 97 - EZ +1 -> percentil 85 - EZ 0 -> percentil 50 - EZ -1 -> percentil 15 - EZ -2 -> percentil 3 (baixo peso) - EZ -3 -> percentil 0,1 (muito baixo peso)
Como definir desnutrição a partir das curvas de crescimento?
- Peso/Idade
- Estatura/Idade
- Peso/Estatura
- IMC/Idade
- P/E ou IMC/I abaixo do escore-Z -2 -> indica desnutrição (magreza)
- P/E ou IMC/I abaixo do escore-Z -3 -> indica desnutrição grave (magreza acentuada)
Etiologias da desnutrição grave (magreza acentuada)
- primária: falta primária do alimento
- balanço nutricional negativo porque não recebe comida
- miséria, fome
- secundária: doença de base
- perda anormal de nutrientes (doença celíaca, fibrose cística…)
- aumento de gasto energético (cardiopatia grave, pneumopatia grave…)
- aumento da demanda metabólica basal
Formas clínicas de desnutrição
Marasmo
Kwashiorkor
Kwashiorkor-marasmático
Qual a forma mais prevalente de desnutrição em todas as faixas etárias e mais comum no primeiro ano de vida?
Marasmo
Características da síndrome marasmática
- resultado de uma deficiência global de energia e proteínas
- instalação lenta
- ausência de tecido adiposo
- fáceis senil ou simiesca
- hipotrofia muscular e hipotonia
- irritabilidade, apetite variável
- não há edema*
Definição da síndrome de kwashiorkor
- resultado de deficiência proteica, com ingestão energética (calórica) normal
Características da síndrome de kwashiorkor
- instalação rápida, após desmame
- mais prevalente no segundo ano de vida
- edema** de extremidades, anasarca
- mais grave, pois criança não está adaptada ao jejum
- subcutâneo preservado
- hepatomegalia por esteatose hepática
- pode ter apetite diminnuído (anorexia)
- alterações particulares de cabelo e pele
- faixa de hipopigmentação no cabelo (sinal da bandeira)
- pele mais escura e espessa intercalada com descamação e regiões de hipopigmentação
Características de kwashiorkor-marasmático
- é a mais grave de todas
- criança cronicamente desnutrida com agudização
- marasmo + edema (?)
Alterações laboratoriais típicas de síndrome de desnutrição
- hipoglicemia
- hiponatremia (Na+ corporal normal ou aumentado, mas o sérico está diminuindo, pois o sódio está no intra-celular)
- falta ATP para a bomba de sódio e potássio
- não pode repor sódio, pois vai ter hipernatremia quando começar a melhorar**
- hipocalemia/hipomagnesemia (esses devem ser tratados)
- hipoalbuminemia
- se tem diminuição da pressão oncótica e aumento da permeabilidade vascular = edema
Fisiopatologia da síndrome de realimentação
- fisiopatologia: estímulo anabólico intenso (cursa com hipofosfatemia)
Tratamento da desnutrição grave, período de estabilização
- estabilização (1-7 dias)
- previne (trata) aquilo que mata o desnutrido:
- hipotermia -> aquecer / manter aquecida
- hipoglicemia -> tratar / alimentação frequente
- distúrbio hidroeletrolítico (hipovolemia)
- hidratação oral** a menos que estiver com franco sinal de choque
- hidratação venosa no desnutrido é causa de óbito
- Tratamento da infecção (todo o sistema imune está comprometido, então não há sinal do foco inflamatório, devemos supor que toda criança desnutrida está com infecção)
- dieta habitual; não hiperalimentar, pois pode desenvolver síndrome de realimentação
- suplementos de K e Mg; Zn (não pode fazer Fe)
- polivitamínicos (vitA; ácido fólico)
Tratamento da desnutrição grave, fase de reabilitação
- Reabilitação (2-6 semanas)
- marco inicial: retorno do apetite
- dieta hipercalórica e hiperproteica (catch-up -> crescimento intenso e acelerado)
- iniciar Fe em dose terapêutica (3-5mg/kg/dia)
- alta para tratamento ambulatorial
- follow-up -> pesagem semanal
- se necessário, reiternar para garantir reabilitação
Classificação de obesidade segundo o MS
- IMC/Idade
- 0-5anos
- EZ>3: obesidade
- EZ>2 e <=3: sobrepeso
- EZ>1 e <=2: risco de sobrepeso
- 5-19anos (mais facilmente correlacionáveis com complicações futuras)
- EZ>3: obesidade grave
- EZ>2 e <=3: obesidade
- EZ>1 e <=2: sobrepeso
- Peso:
- EZ>2: peso elevado
Classificação de obesidade segundo CDC
- classificação CDC-IMC:
- >2 anos
- p85 ao p94: sobrepeso
- >=p95: obesidade
Como avaliar o crescimento?
- estatura atual
- velocidade de crescimento
- estatura dos pais
- RX mão/punho esquerdo -> determinação de idade óssea
- indica grau de maturação biológica da criança
Como calcular o alvo genético e quais valores são considerados baixa estatura na idade adulta?
- alvo genético: (potencial de crescimento)
- sexo masculino: (alt pai + alt mãe + 13)/2 -> baixa estatura = 1,63
- sexo feminino: (alt pai -13 + alt mãe)/2 -> baixa estatura = 1,51
- determinar faixa de alvo genético, se a criança estiver abaixo do alvo genético, mesmo que a criança não tenha baixa estatura, ela não está atingindo o alvo de crescimento
Etiologias de baixa estatura
- variantes normais do crescimento
- baixa estatura genética (familiar)
- retardo constitucional (maturação biológica lenta) (mais comum no sexo masculino)
- condições mórbidas:
- desnutrição
- primária e secundária
- doenças endócrinas
- hipotireoidismo (mais comum)
- deficiência de GH
- excesso de cortisol
- corticoterapia crônica
- síndrome de cushing
- doenças genéticas
- displasia esqueléticas (acondroplasia)
- baixa estatura desproporcional (comprometimento do crescimento dos ossos longos)
- síndromes cromossômicas (Turner - 45X0) (pode ser única manifestação até a puberdade) (fenótipo feminino) (cursa com atraso puberal)
Conduta frente à suspeita de baixa estatura (organização do diagnóstico)
- organizando o diagnóstico:
- defina se há de fato baixa estatura: E/I < p3** ou < EZ -2
- avaliar a velocidade de crescimento (qualquer criança com redução da velocidade do crescimento deve ser investigada, mesmo que ainda não tenha baixa estatura)
- normal: variante normal do crescimento
- retardo constitucional -> idade óssea atrasada (>2anos) em relação à idade cronológica (pais com altura normal)
- baixa estatura familiar -> IO =(compatível) IC (pais baixos) (determinar alvo genético)
- anormal (diminuída): condições mórbidas
- menina -> pedir cariótipo
- alteração fenotípica?
- sim -> doença genética
- não -> avaliar IMC
- se bem nutrida ou obesa -> doença endócrina (hipotireoidismo ou deficiência de GH ou cushing)
- se IMC baixo (emagrecida) -> desnutrição
- obs: velocidade de crescimento de escolar antes da puberdade -> 5cm ou mais por ano é o ponto de corte
Perguntas iniciais no atendimento à sala de parto
- Perguntas iniciais:
* RN a termo?
* Respirando ou chorando?
* Tônus adequado?- 1a: 3x sim —> clamp cordão + colo materno
- 2a: Não/Sim/Sim —> clamp cordão >34 sem 1 a 3’ <34 sem 30 a 60” + mesa
- 3a: Tanto faz/não ou não —> clamp imediato + mesa
Conduta na sala de parto (golden minute e seguinte)
Aquecer; Posicionar; Aspirar; Secar —> avaliar FC e Respiração
FC < 100 ou apneia ou respiração irregular —> VPP (30”)
FC < 60 -> IOT —> MCE (60”) —> Epinefrina
- aquecer: sala de parto 23 - 26 graus. RN < 34 sem: saco plástico + touca dupla
- aspirar: 1o boca/ 2o narinas
- avaliar FC: ausculta com esteto
Como administrar VPP, MCE e epinefrina na sala de parto?
VPP (30”) - 40 - 60 x/min - Oximetria de pulso: MSD - Monitor cardíaco —> avaliar a FC - Oxigênio —> iniciar em AA se > 34 sem; iniciar com O2 30% se < 34 sem MCE (60”) - 1/3 inferior do esterno - 1/3 diâmetro AP - 3C:1V Epinefrina - Via traqueal: uma única vez - Intravenosa: veia umbilical - SF 0,9%: palidez; evidências de choque - Volume: 10ml/kg (hipovolemia em descolamento prematuro de placenta)
Como classificar o RN segundo IG e peso?
- Idade gestacional: Pré termo (<37sem limítrofe 34-36) Pós termo (>42sem)
- Peso: extremo baixo peso (<1000g); muito baixo peso (<1500g); baixo peso (<2500g)
- Peso X Idade Gestacional: >P90 GIG; P10-P90 AIG;
Exemplos de triagem neonatal
- Triagem metabólica - teste do pezinho
- Teste da oximetria - teste do coraçãozinho
- Pesquisa do reflexo vermelho - teste do olhinho
- Triagem auditiva - teste da orelhinha
O que é avaliado na triagem metabólica do RN?
- identifica condições que necessitam de tratamento precoce. Idealmente feito entre o 3o e 5o dias de vida. Não pode ser feito nas primeiras 48 hs de vida. Avalia:
- Hipotireoidismo congênito (dosa TSH) - falso positivo nas primeiras 48hs
- Fenilcetonúria (não metaboliza fenilalanina) - falso negativo nas primeiras 48hs
- Hemoglobinopatia (identifica anemia falciforme) - normal HbFA
- Fibrose cística (aumento da IRT)
- Hiperplasia adrenal congênita (acumulo de 17-OH-P)
- F - deFiciência de biotinidase
- falta galactosemia e G6 PD no programa do MS
Características das vacinas de organismo vivo:
- agente atenuado - autorreplicativo (se multiplica no organismo do paciente)
- baixa virulência
- pode causar doença (além de efeitos adversos)
- sofrem interferência da presença de anticorpos, pois precisam se replicar para suscitar resposta imune
Exemplos de vacinas de organismos vivos:
- BCG (não viral) (via intra-dérmica)
- VOP / VORH (via oral)
- FA / Varicela / tríplice viral e tetra viral (via subcutânea) (sarampo / rubéola / caxumba tríplice/ varicela na tetra)
Características de vacina de organismos não-vivos
- não causam doença, apenas efeito colateral
- podem ter adjuvantes (imunopotencializador)
- via intra-muscular
Exemplo de vacina de organismos não vivos
- Hep B
- VIP
- Penta (DTP - Hib* - HB)
- Pneumo 10*
- MnC*
- Hep A
- HPV
- influenza (apenas durante campanhas)
- Pneumo 10 / MnC e Hib são vacinas conjugadas -> sacarídeo + proteína -> imunizam menores de 2 anos e induzem resposta imune T dependente
Falsas contraindicações à vacinação
- doença comum benigna
- reações alérgicas (não graves)
- desnutrição (fase de reabilitação)
- hospitalização (exceto VOP)
- história familiar de evento adverso
- dose baixa de corticoide sistêmico
Contraindicações verdadeiras à vacinação
- doença moderada ou grave
- doença febril*
- história de anafilaxia (dose prévia da vacina ou componente da vacina )
- grávidas
- contra indica vacinas vivas
- obs: se mulher em idade fértil receber vacina de vírus vivo, não deve engravidar pelos próximos 30 dias
- imunodeprimidos
- contra indica vacinas vivas
- prednisona >2mg/kg/dia ou 20mg/dia por >14 dias é considerado imunodeprimido
Calendário vacinal PNI 2019
- ao nascer: (bb)
- BCG e HepB- 2 meses: (4p)
- penta + polio (VIP) + Pnm10 + VORH (piriri)
- 3 meses: MnC
- 4 meses: igual 2 meses (segunda dose)
- 5 meses: igual 3 meses (segunda dose)
- 6 meses: Penta (terceira dose) + polio (VIP) (terceira dose)
- 9 meses: FA (recomendada em todo o território)
- 12 meses: (TMP) tríplice + MnC (reforço) + Pnm10 (reforço)
- 15 meses: (ADVoTe) HepA + DTP + pólio (VOP) (reforço) + tetraviral
- 4 anos: (DVoVa) DTP + VOP + varicela
- influenza: campanhas (6m a <6anos)
- 2 meses: (4p)
“Regras básicas” sobre imunização
- podem ser administradas simultaneamente (não perde eficácia nem aumenta risco de efeito adverso)
- exceto:
- crianças menores de 2 anos não pode fazer FA e tríplice viral / FA e tetra viral num intervalo menor que 30 dias- não há intervalo máximo entre as doses de uma mesma vacina (não precisa reiniciar esquema, apenas se paciente for submetido a transplante de medula óssea, com perda de memória imunológica)
Indicação de BCG
- prevenção de formas graves de Tb (meníngea e miliar)
- não previne infecção de Tb pulmonar*
- devem ser feitas em menores de 5 anos
Aplicação e evolução natural da BCG
- aplicação: deltoide D, inserção inferior
- lesão: pápula -> pústula -> úlcera -> observação de gânglio axilar <3cm não supurado
Contraindicações de BCG
- CI / adiamento:
- <2kg / lesão de pele
- imunosupressão
- obs: relato de exposição perinatal ao HIV: vacinar o RN o quanto antes pois ainda não estará imunodeprimida
- criança com contato domiciliar com bacilífero (deverá receber medicação profilática)