2019 Flashcards

1
Q

Recomendações de aleitamento materno:

A

Deve ser exclusivo até os 6 meses (pode medicamentos, vitaminas e minerais)

Aos 6 meses: alimentação complementar
LM + sólidos. Deve-se manter o LM até 2 anos no mínimo (aleitamento materno complementado)

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2
Q

AM predominante/AM misto

A

P: LM + líquidos (chá, suco, água) não é recomendado por risco de contaminação.
M: LM e outros leites.

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3
Q

Vantagens do leite humano em relação ao leite de vaca

A

menor sobrecarga renal, maior digestibilidade e menos alergênico

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4
Q

Fatores de proteção do leite humano

A
  • Imunoglobulina (IgA secretória) altamente específica
  • Lisozima (bactericida)
  • Lactoferrina (bacteriostática)
  • Fator bífido (glicoproteína que estimula a flora intestinal)
  • Lactoperoxidase (ação essencialmente contra estreptococos)
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5
Q

Diferenças nutricionais do leite humano

A

Menos proteína e menor percentual de caseína
Menos eletrólitos
Mais lactose
Mais gordura (colesterol, LC-PUFA->ARA/DHA)
Maior biodisponibilidade de ferro devido a presença se lactoferrina

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6
Q

Proteínas do soro do leite

A

Humano: alfa lactoalbumina
Vaca: beta lactoglobulina

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7
Q

Modificações no leite durante a lactação:

A

Colostro (3-5 dia de vida da criança) -> mais proteínas e eletrólitos, rico em VitA
Leite de transição
Leite maduro (2a semana de vida da criança) -> mais lactose e gordura

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8
Q

Modificações no leite durante a mamada

A

Leite anterior

Leite posterior: mais gordura -> saciedade e peso. É produzido durante a mamada.

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9
Q

Modificações no leite durante o dia

A

Aumento de gordura ao longo do dia

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10
Q

O que fazer em caso de ausência materna?

A

Ordenha e armazenamento do leite. LHO 12 hs na geladeira e 15 dias no freezer.

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11
Q

Conduta na impossibilidade do LM:

A

Fórmula infantil no primeiro ano de vida.
Quando inevitável: LV
<4 meses: diluído 2/3 + óleo
>4 meses: não diluído

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12
Q

Fisiologia da lactação durante a gestação:

A

Altos níveis de progesterona e estrogênio -> proliferação sos alvéolos
Prolactina elevada com ação inibida por hormônios placentários

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13
Q

Fisiologia da lactação após o nascimento:

A

Expulsão da placenta, diminuindo estrogênio e progesterona, com prolactina elevada
Fim da inibição da prolactina -> apojadura (descida do leite) -> independente de qualquer estímulo

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14
Q

Fisiologia da lactação durante a lactação:

A

Dependente de estímulo constante
Dependente de esvaziamento
Estimulação do complexo mamilo-aoreolar -> sucção-> hipófise anterior -> prolactina/ocitocina-> produção de leite nos alvéolos e ejeção de leite respectivamente
Ocitocina pode se liberada por outros estímulos alem de sucção
Se a mama não for regularmente esvaziada, o alvéolo se tornará insensível à prolactina
Estímulos adrenergicos inibem a ação da ocitocina (dor por exemplo)

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15
Q

Queixas comuns da amamentação:

A
  • Fissuras
    - corrigir a técnica
    - mudança de posição
    - ordenhar antes da mamada (desencadeia o reflexo da ejeção)
    • Ingurgitamento
      • livre demanda de mamada
      • ordenhar antes
      • esvaziar as mamas
      • compressas frias
    • Mastite (sinais flogísticos em um ou mais quadrante da mamada)
      • esvaziar mamas
      • antibióticos (S. aureus)
      • drenagem (abscesso)
    • “leite fraco”
      • avaliação objetiva: peso
      • manter AME; técnica correta
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16
Q

Quais doenças maternas são contraindicações para amamentação?

A
  • Contraindicação absoluta: HIV e HTLV
    - Contraindicação relativa: CMV e Herpes (se <30 ou 32 sem ou 1000/1500g, pode ter infecção mais grave com CMV, então é contraindicação absoluta) (herpes - contato direto com a lesão herpética na mama)
    - Não contra-indica: Hepatite B (RN recebe vacina e IG) e Tb pulmonar (RN recebe QP primária com izoniazida)
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17
Q

Quais doenças do lactente são contraindicações para amamentação?

A
  • Galactosemia -> contraindicação absoluta -> usa fórmula sem lactose
    - Obs: fenilcetonúria: (LM + fórmula sem FAL) *pouco LM
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18
Q

Quais medicamentos são contraindicações para amamentação?

A
  • amiodarona
    - imunossupressores e citotóxicos
    - radiofármaco
    - linezolida e ganciclovir
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19
Q

Profilaxia contra anemia ferropriva

A
  • IG > 37sem e PN >2,5kg
    - <3meses: manter em AME ou FI -> não recebe ferro
    - >3 meses: 1mg/kg/dia de Fe até 2 anos (exceto se >500ml/dia FI)
    • <2,5 kg ou PMT:
      • recebe Fe 30 dias até 2 anos
        • 1o ano
          • < 1000g: 4 mg/kg/dia
          • < 1500g: 3mg/kg/dia
          • < 2500g: 2mg/kg/dia
        • 2o ano: 1mg/kg/dia
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20
Q

Reposição de vitamina D

A
  • iniciar primeira semana de vida
    - ate 12 meses (400 U/dia)
    - 12-24 meses (600 U/dia)
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21
Q

Fatores que determinam o crescimento intrauterino:

A

ambiente uterino, alimento / pouca importância dos fatores genéticos

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22
Q

Fatores que determinam o crescimento na fase de lactente

A

fatores nutricionais e extrínsecos / pouca importância dos fatores genéticos

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23
Q

Variação de peso, PC e comprimento no período de lactente

A

Crescimento intenso e desacelerado

        - Peso: 1o tri 700g/m; 2o tri: 600 g/m; 3o tri 500 g/m; 4o trimestre 400 g/m (progressivamente a criança vem ganhando cada vez menos, por isso é desacelerado)
        - Comprimento: 1o sem 15 cm; 2 sem 10 cm; 2o ano 12 cm (desacelerado progressivamente menos)
        - PC: 2cm/mês primeiro trimestre, 1cm/mês segundo semestre, 0,5cm/mês ao longo do segundo semestre
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24
Q

Fatores e ritmo de crescimento no período infantil (2 anos até puberdade)

A
  • Potencial genético relevante
    - ritmo de crescimento estável
    - pré-escolar: 7-8 cm/ano; escolar 6-7 cm/ano
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25
Q

Crescimento no período puberal

A
  • determinado por esteroides sexuais
    - fechamento das cartilagens de crescimento
    - aceleração - desasceleração
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26
Q

Como avaliar o crescimento?

A
  • interpretação dos valores
    - comparação com outras consultas
    - gráficos percentil e escore-Z
    - Percents: 3, 15, 50, 85, 97
    - mediana corresponde ao valor do percentil 50 (não é a média)
    - percentil é a posição que o valor ocupa numa distribuição ordenada de valores
    - observar curva de crescimento
    - tem que ter uma tendência ascendente e inclinação paralela às curvas representadas no gráfico
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27
Q

Puberdade:

A
  • Caracteres sexuais secundários
  • Aceleração do crescimento
  • Gonadarca e Adrenarca -> SF 8-13 anos / SM 9-14 anos
    • (eixo GnRh -> LH/FSH -> Esteroides gonadais) -> gonadarca
    • início da secreção dos androgênios da adrenal
  • > adrenarca
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28
Q

Estadialento de Tanner SF

A
  • M1: pré-puberal
    • M2: broto mamário (telarca) examinar em todas as idades, não só após 8 anos (marca o início da puberdade feminina)
    • M3: aumento de mama e aréola (pico do crescimento 8-9cm/ano aos 8 anos)
    • M4: “duplo contorno” (monarca 2-2,5a após telarca) (crescimento desacelerado)
    • M5: mama madura
    • P1: pre-puberal (pode ter pelugem)
    • P2: pubarca (adrenarca) pelos mais escuros, localizados apenas dos grandes lábios
    • P3: pelo na sínfise púbica
    • P4: grande quantidade, escuro, encaracolado
    • P5: raíz das coxas
    • T - P - M telarca, pubarca e depois menarca
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29
Q

Estadiamento de Tanner SM

A
  • G1: pre-puberal
    • G2: aumento testicular (primeiro sinal da puberdade masculina) instrumento: orquidômetro de prader
    • G3: aumento do pênis em comprimento
    • G4: aumento do pênis em diâmetro (diferenciação do contorno da glande) (pico do crescimento masculino 9-10cm/ano aos 9 anos)
    • G5: genitália adulta
    • Pilificação igual feminina (P2 é na base do pênis)
      • P6: pilificaçso em direção à cicatriz umbilical
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30
Q

Puberdade precoce:

A
  • antes dos 8 anos F e 9 anos M
    • caracter sexual e aceleração do crescimento
    • pode ser central ou periférica
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31
Q

Puberdade precoce central

A
  • GnRh dependente (verdadeira)
    - idiopática (mais comum no sexo feminino)
    - lesão SNC (mais comum no sexo masculino)
    - testículos aumentados
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32
Q

Puberdade precoce periférica

A
  • GnRh independente (pseudopuberdade)
    - Doença gonadal
    - Doença adrenal
    - testículo pré-puberal + virilzação -> doença adrenal
    - virilização + testículo assimétrico -> doença gonadal (tumor)
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33
Q

Avaliação do desenvolvimento

A
  • Motor: capacidade de locomoção
    • Adaptativo: capacidade de utilização das mãos (pinça)
    • Social: capacidade de interagir com grupos sociais e respeitar códigos de comportamento social
    • Linguagem: capacidade de utilizar a palavra com conteúdo de significação
    • Regras básicas:
      • Desenvolvimento é sequencial e previsível
        • sequência crânio-caudal (motor)
        • sequencia cubital-radial / primeiro pega, depois solta (adaptativo)
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34
Q

Marcos do desenvolvimento no RN

A
  • M: postura tônico-cervical, cabeça pende
    • A: fixa a visão
    • S: prefere a face humana
    • L: chora
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35
Q

Marcos do desenvolvimento no primeiro mês

A
  • M: Postura Tônico-Cervical, levanta queixo em prova
    • A: acompanha objeto (ocular)
    • S: sorri (não é sorriso provocado)
    • L: chora
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36
Q

Marcos do desenvolvimento no segundo mês

A
  • M: PTC, levanta a cabeça em prova
    • A: acompanha objeto por 180 graus
    • S: sorriso social
    • Vocalização
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37
Q

Marcos do desenvolvimento aos 3 meses

A
  • M: PTC, levanta a cabeça e tronco, sustentação pendular da cabeça
    • A: estende a mão para objetos
    • S: contato social
    • L: sons guturais (vogais e consoantes)
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38
Q

Marcos do desenvolvimento aos 4 meses

A
  • M: cabeça centralizada, olha mãos na linha média, sustenta a cabeça
    • A: pega cubital
    • S: ri alto
    • L: sem marcos
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39
Q

Marcos do desenvolvimento aos 6-7 meses

A
  • M: rola, senta sem apoio por pouco tempo
    • A: pega radial, transfere objetos entre as mãos
    • S: prefere a mãe
    • L: polissílabos vogais
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40
Q

Marcos do desenvolvimento no aos 9-10 meses

A
  • M: senta sem apoio sozinha, pode engatinhar, passos laterais apoiado
    • A: pinça polegar-dedo, solta objetos se retirados (não é completamente voluntário)
    • S: estranha, acena, brinca de “cadê” (cade representa o sentido de permanência do objeto, sabe que existe mesmo sem estar vendo)
    • L: polissílabos (mama, papa)
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41
Q

Marcos do desenvolvimento aos 12 meses

A
  • M: anda com apoio, levanta sozinha
    • A: pega com pinça, entrega objetos por solicitação
    • S: interage (vestir, brincar)
    • L: algumas palavras
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42
Q

Equivalência entre as curvas de crescimento da OMS

A
  • percentil (posição que o indivíduo ocupa na distribuição ordenada) /
    - escore-Z (distância em desvio-padrão da média)
          - EZ +3 -> percentil 99,9
          - EZ +2 -> percentil 97
          - EZ +1 -> percentil 85
          - EZ 0 -> percentil 50
          - EZ -1 -> percentil 15
          - EZ -2 -> percentil 3 (baixo peso)
          - EZ -3 -> percentil 0,1 (muito baixo peso)
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43
Q

Como definir desnutrição a partir das curvas de crescimento?

A
  • Peso/Idade
    - Estatura/Idade
    - Peso/Estatura
    - IMC/Idade
    - P/E ou IMC/I abaixo do escore-Z -2 -> indica desnutrição (magreza)
    - P/E ou IMC/I abaixo do escore-Z -3 -> indica desnutrição grave (magreza acentuada)
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44
Q

Etiologias da desnutrição grave (magreza acentuada)

A
  • primária: falta primária do alimento
    - balanço nutricional negativo porque não recebe comida
    - miséria, fome
    - secundária: doença de base
    - perda anormal de nutrientes (doença celíaca, fibrose cística…)
    - aumento de gasto energético (cardiopatia grave, pneumopatia grave…)
    - aumento da demanda metabólica basal
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45
Q

Formas clínicas de desnutrição

A

Marasmo
Kwashiorkor
Kwashiorkor-marasmático

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46
Q

Qual a forma mais prevalente de desnutrição em todas as faixas etárias e mais comum no primeiro ano de vida?

A

Marasmo

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47
Q

Características da síndrome marasmática

A
  • resultado de uma deficiência global de energia e proteínas
    - instalação lenta
    - ausência de tecido adiposo
    - fáceis senil ou simiesca
    - hipotrofia muscular e hipotonia
    - irritabilidade, apetite variável
    - não há edema*
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48
Q

Definição da síndrome de kwashiorkor

A
  • resultado de deficiência proteica, com ingestão energética (calórica) normal
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49
Q

Características da síndrome de kwashiorkor

A
  • instalação rápida, após desmame
    - mais prevalente no segundo ano de vida
    - edema** de extremidades, anasarca
    - mais grave, pois criança não está adaptada ao jejum
    - subcutâneo preservado
    - hepatomegalia por esteatose hepática
    - pode ter apetite diminnuído (anorexia)
    - alterações particulares de cabelo e pele
    - faixa de hipopigmentação no cabelo (sinal da bandeira)
    - pele mais escura e espessa intercalada com descamação e regiões de hipopigmentação
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50
Q

Características de kwashiorkor-marasmático

A
  • é a mais grave de todas
    - criança cronicamente desnutrida com agudização
    - marasmo + edema (?)
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51
Q

Alterações laboratoriais típicas de síndrome de desnutrição

A
  • hipoglicemia
    - hiponatremia (Na+ corporal normal ou aumentado, mas o sérico está diminuindo, pois o sódio está no intra-celular)
    - falta ATP para a bomba de sódio e potássio
    - não pode repor sódio, pois vai ter hipernatremia quando começar a melhorar**
    - hipocalemia/hipomagnesemia (esses devem ser tratados)
    - hipoalbuminemia
    - se tem diminuição da pressão oncótica e aumento da permeabilidade vascular = edema
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52
Q

Fisiopatologia da síndrome de realimentação

A
  • fisiopatologia: estímulo anabólico intenso (cursa com hipofosfatemia)
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53
Q

Tratamento da desnutrição grave, período de estabilização

A
  • estabilização (1-7 dias)
    - previne (trata) aquilo que mata o desnutrido:
    - hipotermia -> aquecer / manter aquecida
    - hipoglicemia -> tratar / alimentação frequente
    - distúrbio hidroeletrolítico (hipovolemia)
    - hidratação oral** a menos que estiver com franco sinal de choque
    - hidratação venosa no desnutrido é causa de óbito
    - Tratamento da infecção (todo o sistema imune está comprometido, então não há sinal do foco inflamatório, devemos supor que toda criança desnutrida está com infecção)
    - dieta habitual; não hiperalimentar, pois pode desenvolver síndrome de realimentação
    - suplementos de K e Mg; Zn (não pode fazer Fe)
    - polivitamínicos (vitA; ácido fólico)
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54
Q

Tratamento da desnutrição grave, fase de reabilitação

A
  • Reabilitação (2-6 semanas)
    - marco inicial: retorno do apetite
    - dieta hipercalórica e hiperproteica (catch-up -> crescimento intenso e acelerado)
    - iniciar Fe em dose terapêutica (3-5mg/kg/dia)
    - alta para tratamento ambulatorial
    - follow-up -> pesagem semanal
    - se necessário, reiternar para garantir reabilitação
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55
Q

Classificação de obesidade segundo o MS

A
  • IMC/Idade
    - 0-5anos
    - EZ>3: obesidade
    - EZ>2 e <=3: sobrepeso
    - EZ>1 e <=2: risco de sobrepeso
    - 5-19anos (mais facilmente correlacionáveis com complicações futuras)
    - EZ>3: obesidade grave
    - EZ>2 e <=3: obesidade
    - EZ>1 e <=2: sobrepeso
    - Peso:
    - EZ>2: peso elevado
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56
Q

Classificação de obesidade segundo CDC

A
  • classificação CDC-IMC:
    - >2 anos
    - p85 ao p94: sobrepeso
    - >=p95: obesidade
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57
Q

Como avaliar o crescimento?

A
  • estatura atual
    - velocidade de crescimento
    - estatura dos pais
    - RX mão/punho esquerdo -> determinação de idade óssea
    - indica grau de maturação biológica da criança
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58
Q

Como calcular o alvo genético e quais valores são considerados baixa estatura na idade adulta?

A
  • alvo genético: (potencial de crescimento)
    - sexo masculino: (alt pai + alt mãe + 13)/2 -> baixa estatura = 1,63
    - sexo feminino: (alt pai -13 + alt mãe)/2 -> baixa estatura = 1,51
    - determinar faixa de alvo genético, se a criança estiver abaixo do alvo genético, mesmo que a criança não tenha baixa estatura, ela não está atingindo o alvo de crescimento
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59
Q

Etiologias de baixa estatura

A
  • variantes normais do crescimento
    - baixa estatura genética (familiar)
    - retardo constitucional (maturação biológica lenta) (mais comum no sexo masculino)
    - condições mórbidas:
    - desnutrição
    - primária e secundária
    - doenças endócrinas
    - hipotireoidismo (mais comum)
    - deficiência de GH
    - excesso de cortisol
    - corticoterapia crônica
    - síndrome de cushing
    - doenças genéticas
    - displasia esqueléticas (acondroplasia)
    - baixa estatura desproporcional (comprometimento do crescimento dos ossos longos)
    - síndromes cromossômicas (Turner - 45X0) (pode ser única manifestação até a puberdade) (fenótipo feminino) (cursa com atraso puberal)
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60
Q

Conduta frente à suspeita de baixa estatura (organização do diagnóstico)

A
  • organizando o diagnóstico:
    - defina se há de fato baixa estatura: E/I < p3** ou < EZ -2
    - avaliar a velocidade de crescimento (qualquer criança com redução da velocidade do crescimento deve ser investigada, mesmo que ainda não tenha baixa estatura)
    - normal: variante normal do crescimento
    - retardo constitucional -> idade óssea atrasada (>2anos) em relação à idade cronológica (pais com altura normal)
    - baixa estatura familiar -> IO =(compatível) IC (pais baixos) (determinar alvo genético)
    - anormal (diminuída): condições mórbidas
    - menina -> pedir cariótipo
    - alteração fenotípica?
    - sim -> doença genética
    - não -> avaliar IMC
    - se bem nutrida ou obesa -> doença endócrina (hipotireoidismo ou deficiência de GH ou cushing)
    - se IMC baixo (emagrecida) -> desnutrição
    - obs: velocidade de crescimento de escolar antes da puberdade -> 5cm ou mais por ano é o ponto de corte
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61
Q

Perguntas iniciais no atendimento à sala de parto

A
  • Perguntas iniciais:
    * RN a termo?
    * Respirando ou chorando?
    * Tônus adequado?
    • 1a: 3x sim —> clamp cordão + colo materno
    • 2a: Não/Sim/Sim —> clamp cordão >34 sem 1 a 3’ <34 sem 30 a 60” + mesa
    • 3a: Tanto faz/não ou não —> clamp imediato + mesa
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62
Q

Conduta na sala de parto (golden minute e seguinte)

A

Aquecer; Posicionar; Aspirar; Secar —> avaliar FC e Respiração

FC < 100 ou apneia ou respiração irregular —> VPP (30”)
FC < 60 -> IOT —> MCE (60”) —> Epinefrina

  • aquecer: sala de parto 23 - 26 graus. RN < 34 sem: saco plástico + touca dupla
  • aspirar: 1o boca/ 2o narinas
  • avaliar FC: ausculta com esteto
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63
Q

Como administrar VPP, MCE e epinefrina na sala de parto?

A
VPP (30”)
- 40 - 60 x/min
- Oximetria de pulso: MSD 
- Monitor cardíaco —> avaliar a FC
- Oxigênio —> iniciar em AA se > 34 sem; iniciar com O2 30% se < 34 sem
MCE (60”)
- 1/3 inferior do esterno 
- 1/3 diâmetro AP
- 3C:1V
Epinefrina
- Via traqueal: uma única vez
- Intravenosa: veia umbilical
- SF 0,9%: palidez; evidências de choque 
- Volume: 10ml/kg (hipovolemia em descolamento prematuro de placenta)
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64
Q

Como classificar o RN segundo IG e peso?

A
  • Idade gestacional: Pré termo (<37sem limítrofe 34-36) Pós termo (>42sem)
    • Peso: extremo baixo peso (<1000g); muito baixo peso (<1500g); baixo peso (<2500g)
    • Peso X Idade Gestacional: >P90 GIG; P10-P90 AIG;
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65
Q

Exemplos de triagem neonatal

A
  • Triagem metabólica - teste do pezinho
    • Teste da oximetria - teste do coraçãozinho
    • Pesquisa do reflexo vermelho - teste do olhinho
    • Triagem auditiva - teste da orelhinha
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66
Q

O que é avaliado na triagem metabólica do RN?

A
  • identifica condições que necessitam de tratamento precoce. Idealmente feito entre o 3o e 5o dias de vida. Não pode ser feito nas primeiras 48 hs de vida. Avalia:
    - Hipotireoidismo congênito (dosa TSH) - falso positivo nas primeiras 48hs
    - Fenilcetonúria (não metaboliza fenilalanina) - falso negativo nas primeiras 48hs
    - Hemoglobinopatia (identifica anemia falciforme) - normal HbFA
    - Fibrose cística (aumento da IRT)
    - Hiperplasia adrenal congênita (acumulo de 17-OH-P)
    - F - deFiciência de biotinidase
    - falta galactosemia e G6 PD no programa do MS
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67
Q

Características das vacinas de organismo vivo:

A
  • agente atenuado - autorreplicativo (se multiplica no organismo do paciente)
    • baixa virulência
    • pode causar doença (além de efeitos adversos)
    • sofrem interferência da presença de anticorpos, pois precisam se replicar para suscitar resposta imune
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68
Q

Exemplos de vacinas de organismos vivos:

A
  • BCG (não viral) (via intra-dérmica)
    - VOP / VORH (via oral)
    - FA / Varicela / tríplice viral e tetra viral (via subcutânea) (sarampo / rubéola / caxumba tríplice/ varicela na tetra)
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69
Q

Características de vacina de organismos não-vivos

A
  • não causam doença, apenas efeito colateral
    • podem ter adjuvantes (imunopotencializador)
    • via intra-muscular
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70
Q

Exemplo de vacina de organismos não vivos

A
  • Hep B
    - VIP
    - Penta (DTP - Hib* - HB)
    - Pneumo 10*
    - MnC*
    - Hep A
    - HPV
    - influenza (apenas durante campanhas)
    - Pneumo 10 / MnC e Hib são vacinas conjugadas -> sacarídeo + proteína -> imunizam menores de 2 anos e induzem resposta imune T dependente
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71
Q

Falsas contraindicações à vacinação

A
  • doença comum benigna
    - reações alérgicas (não graves)
    - desnutrição (fase de reabilitação)
    - hospitalização (exceto VOP)
    - história familiar de evento adverso
    - dose baixa de corticoide sistêmico
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72
Q

Contraindicações verdadeiras à vacinação

A
  • doença moderada ou grave
    - doença febril*
    - história de anafilaxia (dose prévia da vacina ou componente da vacina )
    - grávidas
    - contra indica vacinas vivas
    - obs: se mulher em idade fértil receber vacina de vírus vivo, não deve engravidar pelos próximos 30 dias
    - imunodeprimidos
    - contra indica vacinas vivas
    - prednisona >2mg/kg/dia ou 20mg/dia por >14 dias é considerado imunodeprimido
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73
Q

Calendário vacinal PNI 2019

A
  • ao nascer: (bb)
    - BCG e HepB
    • 2 meses: (4p)
      • penta + polio (VIP) + Pnm10 + VORH (piriri)
    • 3 meses: MnC
    • 4 meses: igual 2 meses (segunda dose)
    • 5 meses: igual 3 meses (segunda dose)
    • 6 meses: Penta (terceira dose) + polio (VIP) (terceira dose)
    • 9 meses: FA (recomendada em todo o território)
    • 12 meses: (TMP) tríplice + MnC (reforço) + Pnm10 (reforço)
    • 15 meses: (ADVoTe) HepA + DTP + pólio (VOP) (reforço) + tetraviral
    • 4 anos: (DVoVa) DTP + VOP + varicela
    • influenza: campanhas (6m a <6anos)
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74
Q

“Regras básicas” sobre imunização

A
  • podem ser administradas simultaneamente (não perde eficácia nem aumenta risco de efeito adverso)
    - exceto:
    - crianças menores de 2 anos não pode fazer FA e tríplice viral / FA e tetra viral num intervalo menor que 30 dias
    • não há intervalo máximo entre as doses de uma mesma vacina (não precisa reiniciar esquema, apenas se paciente for submetido a transplante de medula óssea, com perda de memória imunológica)
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75
Q

Indicação de BCG

A
  • prevenção de formas graves de Tb (meníngea e miliar)
    - não previne infecção de Tb pulmonar*
    - devem ser feitas em menores de 5 anos
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76
Q

Aplicação e evolução natural da BCG

A
  • aplicação: deltoide D, inserção inferior

- lesão: pápula -> pústula -> úlcera -> observação de gânglio axilar <3cm não supurado

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77
Q

Contraindicações de BCG

A
  • CI / adiamento:
    - <2kg / lesão de pele
    - imunosupressão
    - obs: relato de exposição perinatal ao HIV: vacinar o RN o quanto antes pois ainda não estará imunodeprimida
    - criança com contato domiciliar com bacilífero (deverá receber medicação profilática)
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78
Q

Eventos adversos pos BCG

A
  • ulceração >1cm (>12sem deve tratar)
    - abscesso subcutâneo frio
    - linfadenite regional supurada
    - tratamento: isoniazida até a regressão
79
Q

BCG indicação de revacinação

A
  • revacinação: não revacinar mais se ausência de cicatriz* (não indica falta de imunização)
    - obs: revacinar contactante de caso de
    hanseníase
    - >1 ano -> 0 ou 1 cicatriz: 1 dose
    - <1ano -> 1 cicatriz: não revacina
    -> 0 cicatriz: 1 dose (se tomou vacina mais do que 6 meses antes)
80
Q

Aplicação e contraindicações de VORH

A
  • rotavírus atenuado
    • aplicação:
      • primeira dose só pode ser feita até 3 meses e 15 dias
      • segunda dose só pode ser feita até 7 meses e 29 dias
      • devido à risco de invaginação intestinal
    • contra indicação:
      • invaginação intestinal prévia
      • malformação intestinal não corrigida
81
Q

Vacina pneumo 10 características

A
  • Pneumocócica 10-valente:
    • Sacarídeo capsular (conjugada)
    • indicação:
      • <5anos
      • redução de ocorrência de doença pneumocócica invasiva
      • redução de ocorrência de otite média aguda
82
Q

Indicação de pneumo13

A
  • pneumo-13 conjugada:
    - >5 anos
    - HIV/aids; transplantados; neoplasias
83
Q

Características da pneumo 23

A
  • pneumo-23: polissacarídica (não conjugada) -> não pode ser usada em criança menor de 2 anos; não forma célula de memória
    - indicada para >2 anos com comorbidades
    - indicada para idosos institucionalizados
84
Q

Características da meningo C

A
  • Meningocócica-C
    • sacarídeo capsular (conjugada)
    • indicação:
      • <5anos (MS)
      • adolescentes (11-14anos) (independente se recebeu ou não dose na infância) (evitar transmissão)
85
Q

Características da vacina contra febre amarela

A
  • virus atenuado FA
    • indicação: >9meses dose única para toda a população
    • eventos adversos:
      • doença neurológica e víscerotrópica
86
Q

Contraindicações para vacina de FA

A
  • história de anafilaxia a ovo
    - se alto risco epidemiológico: dar a vacina seguindo protocolo de administração da vacina
    - gestante
    - mulheres amamentando crianças menores de 6 meses
    - imunodeficientes (HIV/aids se CD4<200 ou 15%)
87
Q

Características da vacina contra HepB

A
  • Ag de superfície (HBsAg)
    - marcador sorológico: anti-HBs
    • indicação: toda a população
88
Q

Esquemas de vacina contra Hep B

A
  • esquemas:
    - HepB nas primeiras 12h (+ 3 doses penta)
    - para evitar transmissão vertical
    - penta indicada apenas para menores de 7 anos
    - se > 7 anos não vacinados: 3 doses HepB doses (0-1-6)
    • observações:
      • Mãe HBsAg+ -> vacina e IGHH (imunoglobulina hiper-imune para HepB)
89
Q

Vacina Penta engloba:

A
  • DTP (difteria, tétano e coqueluche) + Hib (hemófilos influenza tipo B) + HepB
    - DTP = tríplice bacteriana celular (bactéria inteira)
    • indicação: <7anos
90
Q

Eventos adversos vacina DTP

A
  • DTP (componente pertusis -> coqueluche)
    - febre alta ou choro persistente e incontrolável (>3hs)
    - não indica modificação de esquema vacinal
    - episódio hipotônico-hiporresponsivo e/ou convulsão (palidez ou cianose)
    - indica DTPa no próximo reforço
    - encefalopatia
    - indica DT no próximo reforço
91
Q

Profilaxia para tétano acidental:

A
  • > = 3 doses; ultima dose <5anos -> não precisa receber medida profilática
    - >= 3 doses; última dose 5-10anos -> receber profilaxia se ferimento de risco alto (vacina)
    - >=3 doses; última dose >10anos -> receber profilaxia se ferimento de baixo ou alto risco (vacina
    #)
    - <3 doses ou incerta -> atualizar situação vacinal; se tem ferimento de alto risco -> vacina + imunização passiva (SAT/IGAT)
    - * -> se idoso, desnutrido ou imunodeprimido com ferimento de alto risco -> imunização passiva (SAT/IGAT)
    - # -> se não tiver como acompanhar o paciente ou paciente não terá cuidado com o ferimento -> considerar (SAT/IGAT)
92
Q

Indicação de dTPa

A
  • (tríplice bacteriana acelular do adulto): >7anos
    - indicadas para gestantes a partir da 20a semana a cada gestação
    - puérperas -> indicado para elas não infectarem a criança
93
Q

Indicações de vacina dT

A
  • (dupla de adulto): >7anos -> indicada a cada 10 anos para o resto da vida (reforço) (toda a população)
    - não vacinados: 3 doses + reforço 10/10anos
94
Q

Opções e indicações de uso de DTP:

A
  • DTP; DTPa (tríplice bacteriana acelular -> bactéria fragmentada) e DT (dupla infantil): <7anos -> usadas em casos de reação adversa à DTP
95
Q

Indicação e composição da triplice e tetra viral

A
  • Triplice viral (sarampo rubéola e caxumba):
    • indicação: 1-49 anos
      • até 29 anos: 2 doses
      • 30-49 anos: 1 dose
      • profissional de saúde -> sempre 2 doses
  • Tetra viral (tríplice + varicela):
    • indicação: apenas após tríplice; <5anos
96
Q

Indicação de vacina Varicela e HepA

A
  • Varicela:
    • indicação: 4a-7 anos incompletos
  • HepA:
    • vírus inteiro inativado
    • indicação: aos 15 meses <5anos dose única
97
Q

Vacinação influenza

A
  • composição: vírus inativado trivalente
    • administração:
      • 6m-9a: 2 doses na primovacinação
      • > =9a: 1 dose + reforço anual
    • obs: anafilaxia a ovo não é contra indicação
98
Q

Vacina HPV indicações e esquemas

A
  • quadrivalente -> 6, 11, 16 e 18 (mais relacionados com verruga genital e neoplasias)
    • indicação: idealmente antes de iniciar atividade sexual
      • meninas: 9 - 14 anos
      • meninos: 11 - 14 anos
      • duas doses com intervalo de 6 meses
        • a partir de 15 anos -> sempre 3 doses
      • HIV / imunodeprimidos: 9 - 26 anos
        • 3 doses (0-2-6)
99
Q

Vacinação de adolescentes

A
  • Adolescentes: (10-19 anos)
    • HepB: 3 doses
    • dT: 3 doses + reforços a cada 10 anos
    • FA: 1 dose
    • Tríplice viral: 2 doses
    • avaliar doses prévias
    • HPV / meningoC -> avaliar faixas etárias
100
Q

Definição de diarreia aguda

A
  • diarreia:
    - 3 ou mais evacuações amolecidas ou líquidas em 24hs
    - ou mudança no padrão habitual das evacuações em caso de criança pequena
    - aguda:
    - até 14 dias
    - infeccioso
    - autolimitado
101
Q

Possíveis complicações de diarreia aguda

A
  • desidratação é a grande causa de morte

- estabelecimento de desnutrição

102
Q

Mecanismo osmótico da diarreia aguda aquosa por rotavírus

A
  • ocorre por diminuição da dissacaridase por destruição dos enterócitos maduros das microvilosidades intestinais
    - acúmulo de lactose no lúmen intestinal provocando aumento de osmolaridade intra-luminal
    - ocorre melhora da diarreia com jejum, mas não pode fazer jejum pois precisa de estímulo trófico para regeneração do epitélio
103
Q

Mecanismo secretor envolvido na diarreia aguda aquosa causads por rotavírus

A
  • secreção de eletrólitos e água pelo enterócito (toxina NSP4)
    - não sofre tanto impacto pelo jejum
104
Q

Formas clínicas de diarreia aguda

A
  • diarreia aguda aquosa (É uma diarreia alta. Principal etiologia por rotavírus)
  • disenteria (muco/sangue presentes. geralmente diarreia baixa)
105
Q

Etiologia da diarreia aguda aquosa

A
Rotavírus 
Norovirus
E. Coli enterotoxigênica
E. Coli enteropatogênica
Vibrião colérico 
Giárdia
106
Q

Fisiopatologia da diarreia aguda aquosa por e. coli

A
  • enterotoxígênica
    - liberação de enterotoxina -> diarreia secretória (secreção de eletrólitos e água pelo enterócito) (mesma ação de NSP4 em caso de rotavírus)
    - “diarreia do viajante” (turista de países desenvolvidos)
    - enteropatogênica
    - desenvolvimento de diarreia persistente
107
Q

Características da diarreia aguda aquosa por víbrio colérico

A
  • ocorrem em formas de epidemias
    - diarreia grave em pacientes oriundos de países com epidemia de diarreia
    - liberação de enterotoxina -> diarreia secretora
    - aspecto de água de arroz
    - pode levar ao óbito em menos de 24hs
108
Q

Definição e características de disenteria

A
  • diarreia baixa geralmente
    - definição:
    - diarreia + sangue nas evacuações com ou sem muco
    - obs: qualquer agente que cause disenteria, podem causar também apenas diarreia aquosa, porém quem causa diarreia aquosa não causa disenteria
109
Q

Etiologia de disenteria

A
  • shigella (mais comum)
    - campylobacter
    - E. Coli (entero-invasiva e enterohemorrágica)
    - salmonela
    - entamoeba histolytica
110
Q

Mecanismo invasor da shigella na disenteria

A

bactéria invade enterócito causando inflamação no enterócito levando à diarreia com sangue, pus, água e eletrólitos

111
Q

Quadro clínico de de disenteria por shigella

A
  • manifestações sistêmicas:
    - febre, dor abdominal, tenesmo, diarreia baixa (menos volumosas e mais frequentes)
    - manifestações extra-intestinais
    - sintomas neurológicos
    - convulsão
    - síndrome hemolítico-urêmica (tríade) devido à toxina de “shiga”(?)
112
Q

Qual é a tríade hemolítico-urêmica da disenteria por toxina “shiga”?

A
  • IRA por diminuição de TFG
    • thrombocytopenia
    • anemia microangiopática (presença de esquizócitos)

(Perguntar pro raian)

113
Q

A disenteria por campylobacter está associada à

A
  • associado com desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré*
114
Q

Quadro clínico de disenteria por e.coli entero-invasiva

A
  • enteroinvasiva:
    - causa disenteria por mecanismo invasor
    - quadro clínico semelhante à shigella
115
Q

Quadro clínico de disenteria por e.coli entero-hemorrágica

A
  • (ou E.coli produtora de toxina de Shiga)
    - disenteria sem febre*, sem comprometimento do estado geral, não há mecanismo invasor, então não há processo inflamatório, apenas hemorrágico
    - é a principal causa do desenvolvimento da síndrome hemolítico-urêmica, não é a shigella
    - obs: se tratar disenteria para shigellose e for um caso de e.coli entero-hemorrágica, aumenta a chance de síndrome hemolítico urêmica, por isso não se recomenda tratamento de disenteria se não houver comprometimento do estado geral
116
Q

Riscos da disenteria por salmonela

A
  • causa bacteremia com frequência
    - perigoso em caso de: (indicação de realizar coprocultura)
    - hemoglobinopatia S -> risco de desenvolver osteomielite por salmonela
    - imunodeprimido s
    - menores de 3 meses
117
Q

Avaliação do estado de hidratação da criança (grave, algum grau de desidratação, sem desidratação)

A
  • desidratação grave (pelo menos 2 sinais)
    - alteração de nível de consciência (letárgica)
    - choque hipovolêmico
    - incapaz de rehidratar VO
    - olhos fundos/muito fundos
    - turgor cutâneo (sinal da prega) lentificado (>2seg)
    - pulso periférico fraco/ausente
    - sem lágrimas
    - enchimento capilar >5seg (compressão palmar)
    - desidratação de algum grau (pelo menos 2 sinais)
    - irritação/agitação
    - sede, avidez por líquido (ativação de centro da sede)
    - olhos fundos
    - sinal da prega desaparece lentamente
    - pulso rápido e fraco (taquicardia)
    - sem lágrimas
    - enchimento capilar 3-5seg
    - sem desidratação
    - não tem pelo menos 2 sinais de desidratação
118
Q

Avaliação de desidratação com base na perda ponderal e indicação de plano de tratamento

A
  • perda de peso >9% -> desidratação grave -> plano de tratamento C
    - perda de peso 3-9% -> algum grau de desidratação -> plano de tratamento B
    - até 3% de perda de peso -> não há desidratação -> plano de tratamento A
119
Q

Soluções glicossalinas para rehidratação VO

A
  • mecanismo de absorção do sódio -> acoplado à glicose, pois na diarreia aguda, o mecanismo de transporte eletro-neutro estará prejudicado
    - soro caseiro
    - 40-50mEq/L de sódio
    - ele mantém a criança hidratada, mas ele não é capaz de rehidratar a criança
    - solução rehidratante oral
    - padrão
    - osmolaridade reduzida (mais eficaz)
120
Q

Tratamento para desidratação plano A:

A
  • Plano A:
    - aumentar a ingestão hídrica
    - soluções caseiras
    - após cada evacuação diarreica:
    - <1ano: 50-100ml
    - >1ano: 100-200ml
    - manter dieta habitual
    - orientar sinais de gravidade
    - zinco (10-14 dias)
    - reduz gravidade
    - reduz risco de recorrência
121
Q

Tratamento para desidratação plano B

A
  • tratamento na unidade de saúde com solução de rehidratação oral
    - volume estimado: 75ml/kg em cerca de 4 horas devido à perda hídrica estimada pela perda ponderal de 3-9%
    - forma de administração VO (vômitos não contraindica VO)
    - alimentação:
    - manter aleitamento materno
    - reavaliação frequente
    - quando rehidratar, recebe alta com plano A (mas vai com SRO em vez de soro caseiro)
122
Q

Tratamento para desidratação grave plano C

A
  • hidratação venosa
    - solução cristaloide (SF, ringer lactato)
    - 100ml/kg SF0,9%
    - <1ano: ao longo de 6hs
    - primeira etapa: 30ml/kg em 1 hora
    - segunda etapa: 70ml/kg em 5hs
    - >1ano: ao longo de 3hs
    - primeira etapa: 30ml/kg em 30min
    - segunda etapa: 70ml/kg em 2h30min
    - terapia de rehidratação oral tão logo seja possível aceitar líquido VO
    - reavaliação em 3-6hs
    - se rehidratou -> vai pra casa com plano A e SRO em vez de soro caseiro
123
Q

Tratamento específico na diarreia

A
  • Shigelose
    - tratar se comprometimento do estado geral
    - ceftriaxona IM ou ciprofloxacina
    - Salmonela com fator de risco dito anteriormente
    - ceftriaxona, ampicilina
    - Cólera
    - azitromicina
124
Q

O que não fazer em caso de diarreia

A
  • antieméticos (metaclopramida, bromoprida)
    - pode fazer ondansetrona (vonal) (indicado em plano B)
    - inibidor de peristalse (loperamida)
    - probióticos (avaliar eficácia) -> tem benefício na diarreia viral
125
Q

Na diarreia persistente:

A
  • avaliar redução de lactose
    - obs: intolerância à lactose:
    - diferente de alergia a proteína do leite, que é imuno-mediada
126
Q

Fisiopatologia da intolerância à lactose

A
  • se estabelece devido à deficiência de lactase
    - primária:
    - congênita (+raro)
    - hipolactasia do tipo adulto
    - secundária: devido à destruição epitelial (pode ser transitória)
    - diarreia pelo rotavírus
    - doença celíaca
    - alergia à proteína do leite de vaca
127
Q

Lactose não digerida leva a (quadro clínico)

A
  • diarreia aquosa
    - fermentação da lactose no cólon
    - formação de gases -> distensão abdominal -> flatulência excessiva -> fezes explosivas
    - formação de ácidos orgânicos ->fezes acidas -> hiperemia em região perianal
128
Q

Qual é o principal agente da SHU?

A

E. Coli entero-hemorrágica secretora de toxina de Shiga, que leva à lesão do endotélio do glomérulo renal e desencadeia a tríade de IRA, trombocitopenia e anemia hemolítica microangiopatica. Shigella tambem pode ocasionar SHU.

129
Q

Confirmação diagnóstica de SHU por disenteria

A

Hemograma, LDH, pesquisa de esquizócitos, ureia e creatinina

130
Q

Etiologia do resfriado comum

A
  • etiologia: rinovírus (doença essencialmente VAS)
    - outros:
    - coronavírus (doença essencialmente VAS)
    - influenza (tipicamente implicado em síndrome gripal (todo o trato respiratório)
    - parainfluenza (é o principal agente da laringotraqueíte viral aguda)
    - VSR (vírus sincicial respiratório) (bronquiolite viral aguda em menores de 2 anos)
131
Q

Clínica de resfriado comum

A
  • coriza, obstrução nasal, espirros, roncos
    - pode evoluir com catarro purulento sem significar que tenha sido comprometimento bacteriano
    - dor de garganta, hiperemia de mucosas
    - tosse (pode ocorrer)
    - predominantemente noturna
    - gotejamento pós-nasal
    - febre
    - obs: febre alta isoladamente não pode ser fator de diagnóstico de infecção bacteriana
132
Q

Tratamento de resfriado comum

A
  • antipirético/analgésico
    - dipirona, paracetamol, ibuprofen (em dose antipirética)
    - não pode fazer AAS se risco de influenza ou varicela, pois há risco de síndrome de Reye
    - não prescrever AINE
    - desobstrução nasal:
    - solução salina fisiológica
    - não usar medicamentos desnecessários
    - mel a noite para evitar tosse noturna
133
Q
  • sd de reye cursa com:
A

encefalopatia + disfunção hepática

134
Q

Fisiopatologia e clínica de otite média aguda

A
  • fisiopatologia:
    - disfunção tubária + resfriado comum -> acúmulo de secreção -> proliferação bacteriana
    - clínica:
    - mais comum em crianças menores de 2 anos
    - irritabilidade, choro
    - otalgia
    - otorreia (também presente na otite externa)
135
Q

Complicações de resfriado comum

A

Otite média aguda

Sinusite bacteriana aguda

136
Q

Diagnóstico de otite média aguda

A
  • otoscopia
    - normal:
    - transparente, brilhante (tríângulo luminoso presente), côncava, movelarias
    - otoscopia pneumatica móvel
    - alterada:
    - opaca, hiperemiada, abaulada* (dado isolado de maior especificidade)
137
Q

Etiologia de otite média aguda

A
  • S.pneumoniae
    - H.influenzae (não tipável)
    - Moraxella catarrhalis (menos importante)
138
Q

Indicações de antibioticoterapia em otite média aguda

A
  • menores de 6 meses: todos
    - 6m-2 anos:
    - se doença grave (Tax >= 39, otalgia moderada a intensa, >48hs de doença)
    - se otorreia
    - se otite bilateral
    - >=2 anos:
    - se doença grave (Tax >= 39, otalgia moderada a intensa, >48hs de doença)
    - se otorreia
139
Q

Tratamento de otite média aguda

A
  • analgésico
    - avaliar antibióticoterapia
    - antibiotico de escolha:
    - amoxicilina (dose padrão: 40-50mg/kg/dia por 10 dias)
    - mecanismos de resistência:
    - hemófilo e moraxella: beta-lactamase (amoxi+clav)
    - pneumo: menor afinidade PBP
    - criança menor de 2 anos, criança que frequente creche, ou uso recente de antb (usar amoxicilina em dose dobrada)
    - amoxicilina-clavulanato:
    - se falha terapêutica
    - se apresentar otite media aguda associada à conjuntivite (só hemófilo causa conjuntivite)
    - se uso recente de atb (30 dias)
140
Q

Complicações de otite média aguda

A

Otite média serosa

Mastoidite aguda

141
Q

Características da otite média serosa

A
  • efusão sem inflamação (secreção estéril)
    - observação por até 3 meses
    - se permanece secreção: encaminhar ao otorrino
    - avaliar tubo de ventilação
142
Q

Características da mastoidite aguda

A
  • inflamação do periósteo da mastoide
    - sinais de inflamação retroauricular
    - edema provocando desaparecimento do sulco retroauricular e deslocamento do pavilhão auricular
    - indica internação + atb EV
143
Q

Clínica de sinusite bacteriana aguda

A
  • (complicação de resfriado comum)
    - relembrando a anatomia:
    - menores de 5 anos possuem apenas seio etmoidal e maxilar
    - clínica: (critérios operacionais)
    - resfriado arrastado (>10 dias)
    - coriza abundante muco-purulenta
    - tosse intensa diurna e noturna*
    - quadro grave (>3 dias)*
    - febre alta
    - coriza mucopurulenta + tosse
    - quadro bifásico (quadro que melhora e depois piora)
144
Q

Diagnóstico etiologia e tratamento da sinusite bacteriana aguda

A
  • diagnóstico: clínico através de critérios operacionais
    - etiologia e tratamento:
    - agentes iguais à OMA
    - amoxicilina é o atb de escolha
    - manter por mais 7 dias após melhora clínica importante
    - obs: se parece sinusite mas é unilateral, pode ser corpo estranho nasal
145
Q

Causa mais comum de faringite aguda em todas as faixas etárias

A

Faringite viral

146
Q

Etiologia e clínica de faringite bacteriana

A
  • etiologia:
    - streptococchi B-hemolítico do grupo A - S. pyogenes
    - clínica:
    - 5-15 anos (abaixo de 3 anos não é faringite estreptocócica)
    - febre e manifestações inespecíficas
    - dor abdominal
    - vômito
    - dor de garganta / recusa alimentar
    - exsudato amigdaliano
    - petéquias no palato (é a mais específica)
    - adenopatia cervical
    - obs: não tem tosse, coriza ou obstrução nasal (se tiver sintomas respiratórios é faringite viral)
147
Q

Diagnóstico e tratamento de faringite bacteriana

A
  • exames para confirmação de suspeita diagnóstica:
    - teste rápido (mais específico)
    - cultura de orofaringe (mais sensível)
    - tratamento:
    - analgésico e antipirético
    - antibióticoterapia (prevenção de febre reumática)
    - penicilina Benzatina (DU) (primeira escolha)
    - amoxicilina VO 10 (dias)
    - se alergia à penicilina:
    - eritromicina 10d
    - azitromicina 5d
148
Q

Complicações supurativas e não supurativas de faringite bacteriana

A
  • não supurativa:
    - febre reumática
    - glomérulonefrite pós-estreptocócica
    - supurativa:
    - abscesso periamigdaliano (comum em adulto jovem)
    - amigdalite
    - disfagia/sialorreia
    - trismo
    - desvio de úvula contralateral
    - abscesso retrofaríngeo
    - em menores de 5 anos: gânglios no espaço retrofaríngeo
    - IVAS recente
    - febre alta e odinofagia
    - disfagia e sialorreia
    - dor à movimentação cervical
149
Q

Diagnóstico diferencial de faringite aguda:

A
  • linfadenopativa generalizada + esplenomegalia:
    - diagnóstico de mononucleose infecciosa (vírus epstein-Barr)
    - exantema pós prescrição de amoxicilina
    - presença de úlceras:
    - Herpangina (vírus coxsackie A)
    - presença de conjuntivite:
    - febre faringoconjuntival (adenovírus)
150
Q

Características de doenças periglóticas

A
  • edema da mucosa laríngea
    - cursam com estridor
    - ruído inspiratório que tipicamente indica obstrução laríngea
151
Q

Exemplos de doenças perigloticas

A

Epiglotite aguda

Laringotraqueíte viral aguda

152
Q

Epiglotite aguda: etiologia, clínica e conduta imediata:

A
  • etiologia:
    - Haemophilus influenzae tipo B (vacina penta)
    - clínica:
    - início agudo; evolução fulminante
    - febre alta, sinais de toxemia
    - dor de garganta, disfagia, sialorreia (marcador de disfagia grave)
    - dificuldade respiratória, estridor
    - posição do tripé
    - conduta imediata:
    - estabelecimento de vias aéreas (IOT/traqueo)
    - não tentar visualizar orofaringe, nem solicitar exames
    - em caso de dúvida: RX com sinal do polegar
    - após garantir via aérea: suporte ventilatória e ATB
153
Q

Etiologia e clínica de laringotraqueíte viral aguda

A
  • (é doença infra-glótica)
    - etiologia:
    - vírus parainfluenza (não “para” de descer)
    - clínica: (síndrome do CRUPE)
    - pródromos catarrais (manifestações clínicas que antecedem o período crítico)
    - tosse metálica (tosse de cachorro, estridente, ladrante)
    - afonia e rouquidão*
    - estridor inspiratório
    - crupe viral: tosse metálica, afonia e rouquidão, estridor
154
Q

Diagnóstico de traqueíte viral aguda

A
  • diagnóstico: clínico

- sinal radiográfico clássico: estreitamento infra-glótico (sinal da torre, ou sinal da ponta do lápis)

155
Q

Tratamento de traqueíte viral aguda

A
  • tratamento:
    - sinal de gravidade: estridor em repouso
    - adrenalina (nebulização 0,5ml/kg até 5ml não diluída)
    - corticoide VO ou IM (dexametasona)
    - manter observação por 2 hs após nebulização
    - quadros leves: sem estridor em repouso
    - apenas corticoide
156
Q

Complicação de traqueíte viral aguda

A
  • complicação:
    - traqueíte bacteriana (não melhora com adrenalina)
    - etiologia: S. aureus
157
Q

Limite de frequência respiratória por idade:
Menor de 2 meses
2 meses a 1 ano
1 a 5 anos

A
  • frequência respiratória (taquipneia)
    - <2meses: >=60irpm
    - 2-12meses: >=50irpm
    - 1-5anos: >=40irpm
158
Q

Etiologia de pneumonia bacteriana

A
  • < 1-2 meses:
    - Streptococus agalactie (grupo B)
    - gram-negativos entéricos
    - >1-2 meses em diante:
    - Streptococus pneumonie (mais comum)
    - Stafilococus aureus (pouco frequente)
    - é mais grave, com mais complicações (CTI)
    - derrame pleural (pode ocorrer também no pneumococo)
    - criança possui porta de entrada (foco a distância) (bacteremia) é a dica da questão
159
Q

Quadro clínico de pneumonia bacteriana sinais classicos e sinais de gravidade

A
  • pródromos catarrais (semelhante à resfriado comum inicialmente)
    - febre alta e tosse
    - sinais clássicos:
    - estertores (exsudato dentro do alvéolo)
    - síndrome de consolidação pulmonar (excesso de exudato)
    - aumento do frêmito toraco-vocal (33)
    - macicez
    - broncofomia
    - pectorilóquia afônica
    - taquipneia**
    - na ausência de quadro insidioso, não é atipica
    - na ausência de sibilos, não é viral
    - sinais de gravidade:
    - tiragem subcostal (indica diminuição da complacência pulmonar)
160
Q

Avaliação complementar na pneumonia bacteriana: sinais e indicação

A
  • radiografia de tórax (não é obrigatória)
    - indicado se dúvida diagnóstica
    - obrigatória se for indicar hospitalização
    - obs: manifestações radiográficas podem ser posteriores às manifestações clínicas
    - sinais:
    - infiltrado pulmonar:
    - padrão de consolidação (alvéolos preenchidos por exsudato)
    - presença do aerobroncograma (não observado em doenças de pleura)
    - pneumonia redonda (?)
161
Q

Identificação de possíveis complicações da pneumonia bacteriana no rx de tórax

A
  • identificação de complicações:
    - derrame pleural (velamento de seio costo-frênico) (continua sendo principal causa pneumococo)
    - formação de pneumatocele
    - imagem cavitária com parede fina (?)
    - maior probabilidade de infecção por stafilo aureus (para fins de prova e de atb empírico)
    - formação de abscesso:
    - imagem cavitária com parede espessa (inflamada)
    - nível hidroaéreo em seu interior
    - raciocínio etiológico -> estafilococo ou anaeróbio (para fins de prova e de atb empírico)
    - obs: visualização de timo em crianças pequenas pode ser fator de confusão (aspecto triangular)
    - sinal do barco a vela*
162
Q

Indicações de hospitalização na pneumonia bacteriana

A
  • idade <2meses
    - comprometimento respiratório grave
    - tiragem subcostal
    - SpO2 <92% aa
    - comprometimento do estado geral
    - criança letárgica, torporosa
    - incapaz de ingerir líquidos
    - vomita tudo que ingere
    - doença de base
    - complicações radiológicas
163
Q

Tratamento ambulatorial de pneumonia bacteriana

A
  • (>2meses)
    - amoxicilina VO (pneumococo)
    - 7-10 dias
    - reavaliação em 48hs (FR normalizada)
164
Q

Tratamento hospitalar de pneumonia bacteriana

A
  • <2meses
    - ampicilina + aminoglicosídeo
    - >2meses
    - penicilina cristalina IV (pneumococo)
    - em alguns casos: (pneumonia muito grave)
    - oxacilina + ceftriaxona (stafilo + pneumo + gram -)
165
Q

Derrame pleural em pneumonia bacteriana: diagnóstico diferencial

A
  • exsudato inflamatório (esteril)
    - empiema (infectado)
    - necessita drenagem de tórax
166
Q

Como determinar se o derrame pleural é empiema?

A
  • fazer toracocentese:
    - empiema:
    - purulento
    - ph <7,2
    - glicose <40mg/dl
    - bactérias
    - indica necessidade de drenagem
    - provável bactéria continua sendo pneumococo, mantém esquema terapêutico após drenagem, pois a falha terapêutica será devido ao empiema
167
Q

Características principais da pneumonia atípica

A
  • quadro insidioso
    - manifestações extrapulmonares
    - não melhora com penicilina
168
Q

Etiologia de pneumonia atípica

A
  • pneumonia atípica: Mycoplasma (>5anos) (pode ser mais comum do que pneumococo)
    - pneumonia afebril do lactente* (Chlamydia trachomatis)
169
Q

Suspeição de infecção do lactente por chlamydia:

A
  • relato de nascimento por parto vaginal
    - leva a estabelecimento de conjuntivite neonatal
    - leva a infecção de nasofaringe, levando a pneumonia de 1-3 meses de idade
170
Q

Quadro clínico e tratamento de pneumonia afebril do lactente

A
  • quadro clínico:
    - insidioso
    - tosse
    - afebril
    - taquipneia
    - eosinofilia
    - infiltrado intersticial
    - tratamento:
    - macrolídeo
171
Q

Diagnóstico diferencial de pneumonia afebril do lactente

A
  • coqueluche (Bordetella pertussis gram -)
172
Q

Quadro clínico e tratamento de coqueluche

A
  • fase catarral -> paroxística* -> convalescência
    - paroxística: acessos de tosse + guincho
    - obs: em menores de 3 meses não há guincho, há apneia** + cianose após acesso de tosse
    - achado laboratorial específico:
    - leucocitose com linfocitose
    - leucocitose mais intensa está associado a um pior prognóstico
    - tratamento:
    - azitromicina (escolha)
    Complicações:
    Bronchopneumonia
173
Q

Principal característica de pneumonia viral e etiologia

A
  • (bronquilite em menores de 2 anos)*
    - bronquilite viral aguda
    - característica principal:
    - presença de sibilos
    Etiologia:
    - vírus sincicial respiratório (VSR)
174
Q

Quadro clínico de bronquiolite viral aguda

A
  • < 2 anos
    - pródromos catarrais
    - febre e tosse
    - taquipneia
    - sibilos* (muco no interior do bronquíolo + edema de mucosa bronquiolar)
    - os seguintes episódios de sibilância não serão chamados de bronquiolite viral aguda, apenas o primeiro episódio
    - será chamado de lactente sibilante (uma das causas é infecções virais de repetição)
175
Q

Diagnóstico de bronquiolite viral aguda

A
  • diagnóstico:
    - clínico
    - exames complementares:
    - radiografia de tórax:
    - sinais de hiperinsuflação
    - atelectasia
176
Q

Tratamento de bronquiolite viral aguda

A
  • oxigenoterapia (SpO2 90-92%)
    - nutrição / hidratação parenteral (solução isotônica)
    - nebulização com solução salina hipertônica
    - não fazer:
    - beta2-agonista
    - não fazer broncodilatador
    - não fazer corticoide
    - não indicar fisioterapia respiratória
177
Q

Prevenção de bronquiolite viral aguda

A
  • profilaxia passiva:
    - palivizumabe (anti-corpo para o VSR)
    - 5 doses: (1x ao mês)
    - começar 1 mês antes da “estação” do vírus
178
Q

Indicação de profilaxia para bronquiolite viral aguda

A
  • MS:
    - <1ano pré-maturos (<29sem)
    - <2anos com cardiopatia congênita ou doença pulmonar da prematuridade
    - SBP:
    - indicações do MS
    - <6 meses pré-maturos entre 29 e 32sem
179
Q

Conceitos iniciais de infecção do trato urinário na infância

A
  • importância:
    - frequentes no âmbito da pediatria (subestimados)
    - 1-3% das meninas
    - 1% dos meninos
    - alto risco de recorrência
    - necessário modificar fator de risco e de recorrência
    - gera sequelas permanentes
    - HAS
    - doença renal crônica
    • mecanismo:
      • principal: via ascendente
      • via hematogênica (RN)
180
Q

Fatores de risco para infecção do trato urinário na infância

A
  • ausência de circuncisão
    - sexo feminino
    - obstrução urinária
    - válvula de uretra posterior
    - pode ser causa de hidronefrose fetal (bilateral) (obs: alteração na JUP causa hidronefrose unilateral sem distensão vesical)
    - gera distensão vesical
    - jato urinário fraco
    - distúrbios funcionais
    - disfunção vesical
    - constipação
181
Q

Picos de incidência de infecção do trato urinário

A
  • 1o pico (1o ano de vida): principalmente em meninos -> anomalias congênitas
    - 2o pico: principalmente em meninas -> começa a ter controle esfincteriano e passa a ter mais disfunção vesical e retenção urinária (postergadora)
    - 3o pico: principalmente em meninas -> início da atividade sexual
182
Q

Fator de risco para pielonefrite

A
  • refluxo vesicoureteral
    - primário:
    - alteração na inserção
    - idiopático (1% da população)
    - resolução espontânea de acordo com o grau
    - secundário:
    - aumento da pressão vesical
183
Q

Possíveis etiologias para infecção do trato urinário

A
  • e.coli (enterobactérias gram negativas) (mais comum)
    • proteus (principalmente no sexo masculino) (maior predisposição para formação de cálculos de estruvita)
    • outros gram-negativos (klebsiella, pseudomonas) (pseudomonas comum em paciente submetido à procedimento uretral)
    • gram-positivos (menos comum) (enterococos, s.saprophyticus) ( enterococo quando ocorre é mais comum em meninos, e saprophyticus quando ocorre é comum em mulher, jovem sexualmente ativa)
    • vírus (não causa pielonefrite, pode causar cistite hemorrágica (adenovírus)
184
Q

Quadro clínico de cistite e pielonefrite

A
  • cistite:
    - disúria, polaciúria, estrangúria
    - dor suprapúbica
    - queixa de incontinência urinária (a partir dos 5 anos)
    • pielonefrite:
      • com ou sem sintomas de cistite
      • calafrio, dor lombar, manifestações sistêmicas inespecíficas
      • febre * definição clínica de pielonefrite
        • pode ser a única manifestação da pielonefrite
          • febre sem sinal de localização (ITU é a principal causa bacteriana de FSSL em lactentes)
185
Q

Investigação diagnóstica de ITU (EAS)

A
  • bioquímica:
    - esterase leucocitária (marcador sensível)
    - nitrito (marcador de infecção, muito específico) (conversão de nitrato em nitrito ocorre a partir da presença de gram negativos)
    - sedimento:
    - avalia-se a presença de leucocitúria ou piúria (>=5 por campo ou 10000/ml)
    - bacterioscopia / gram
186
Q

Investigação diagnóstica de ITU (urinocultura)

A
  • urinocultura (necessário para confirmação diagnóstica)
    - valoriza-se bacteriuria significativa
    - jato médio com pelo menos 100000 UFC/ml
    - saco coletor (só valoriza resultado negativo, diagnóstico excludente)
    - cateterismo vesical
    - valoriza-se crescimento de >=50000 UFC/ml
    - punção suprapúbica (qualquer crescimento)
187
Q

Definição e conduta em caso de bacteriuria assintomática

A
  • bacteriuria assintomática: >=100000 UFC/ml

- tratamento indicado para gestantes

188
Q

Tratamento de cistite

A
  • sempre colher urinocultura antes de iniciar o tratamento, mas não precisa esperar o resultado para iniciar o tratamento
    • basta uma dose do atb para negativar a urinocultura
    • cistite:
      • ambulatorial 3-5 dias
        • sulfametoxazol-trimetoprim
          • pode ser contra-indicado se cepas de e.coli resistente à sulfa
          • não é primeira opção se não tiver antibiograma
        • nitrofurantoína
        • amoxicilna
189
Q

Tratamento de pielonefrite

A
  • 7-14 dias de tratamento
    - critérios de internação hospitalar
    - manifestações de gravidade
    - vômita tudo que ingere
    - incapacidade de aceitar líquido
    - hipotensão
    - menores de 3 meses
    - hospitalar -> ceftriaxona (não cobre infecção pelo enterococo)
    - se for menino, optar por ampicilina + aminoglicosídeo
    - ambulatorial:
    - ceftriaxona
    - ciprofloxacina -> indicação se suspeita de pielonefrite por pseudomonas
    - não usar nitrofurantoína na pielonefrite
190
Q

Exames de imagem para avaliar fatores de risco para ITU

A
  • USG de rim e vias urinárias
    - permite identificar alterações grosseiras do trato urinário
    - cintilografia renal com DMSA (não da diagnóstico de refluxo)
    - fase aguda: identifica pielonefrite (padrão-ouro)
    - fase crônica: identifica cicatrizes
    - uretrocistografia miccional (é o único que dá diagnóstico de refluxo vesico-ureteral)
    - identifica o grau do refluxo
    - grau I e II cursa com resolução espontânea
    - grau III, IV ou V -> indicação de quimioprofilaxia
191
Q

Indicações de exame de imagem pos ITU

A
  • 1a pielonefrite (2-24 meses):
    - USG
    - UCM se tiver alteração no USG
    - após 2a pielonefrite:
    - UCM sempre
    - tratado da SBP recomenda:
    - ITU confirmada
    - <2anos: USG e UCM para todas
    - >2anos: USG
    - urinocultura de controle indicada apenas se for realizar UCM, não é realizada rotineiramente
192
Q

Definição de enurese primária e secundária

A
  • se a criança perder urina enquanto estiver dormindo
    - idade mínima para diagnóstico: 5 anos (antes disso, ainda não alcançou controle miccional)
    - primária:
    - nunca parou de urinar na cama
    - secundária:
    - ficou continente por pelo menos 6 meses e voltou a urinar na cama
    - geralmente acontece algum trauma psiquico ou ITU ou diabetes etc.
    - tem que ser investigada
193
Q

Enurese monossintomatica e não monossintomatica

A
  • monossintomática:
    - só enurese, mais nada
    - se for primária, provavelmente é benigno, herança genética
    - não monossintomática:
    - manifestações diurnas
    - incontinência diurna
    - avaliar bexiga hiperativa
    - bexiga funcionalmente pequena
    - sintomas de urgência / manobras de contenção
    - sempre avaliar constipação, associação frequente com bexiga hiperativa
    - critérios de ROMA IV
    - deve-se fazer investigação e tratamento da causa
    - considerar oxibutinina após tratamento da constipação