Abordagem do Choque Flashcards

1
Q

Choque

Definição?

A

Expressão clínica:
- Hipóxia celular: ↓DO2 e/ou ↑VO2 ➟ SDMOS
- 4 tipos: distributivo, hipovolemico, cardiogenico e obstrutivo.

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2
Q

Curva de dissociação da Hb

Fatores que aumentam a afinidade?

A
  • ↓ H+
  • ↓Temperatura
  • ↓PCO2
  • ↓2,3-DPG
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3
Q

Curva de dissociação da Hb

Fatores que diminuem a afinidade?

A
  • ↑H+
  • ↑Temperatura
  • ↑POC2
  • ↑2,3-DPG
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4
Q

Definições

Conteúdo arterial de O2 (CaO2)

A

= (1,39 . Hb . SaO2) + 0,0031 . PaO2

VN: 16-22 ml/dL

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5
Q

Definições

Conteúdo venoso de oxigênio (CvO2)

A

= (1,39 . Hb . SvO2) + 0,0031 . PvO2

VN: 12-17 ml/dL

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6
Q

Definições

DO2 (Oferta O2: ml/min)

A

= CaO2 . DC . 10

VN: 700-1400 ml/min

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7
Q

Definições

VO2 (Consumo O2: ml/min)

A

= (CaO2 - CvO2) . DC . 10

VN: 180-280 ml/min

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8
Q

Definições

Taxa extração de O2 (VO2/DO2)

A
  • VO2/DO2
  • (Sat art O2 - Sat ven O2) / Sat art O2

VN: 20-25%

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9
Q

Definições

DO2 crítico

A
  • DO2 mínima - VO2 constante - Elevação da extração de oxigênio - Manutenção da produção aeróbica de ATP
  • Oferta < DO2 crítico determina produção aneróbica de ATP
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10
Q

Fisiopatogenia

Mecanismos compensatórios?

A

-Renal:↑ Reabsorção de H20 e Na
-Cardíaco:↑ Inotropismo| ↑cronotropismo
-Metabólico:↑ TEO2
-Vascular: Vasoconstrição + redistribuição da volemia (SNC + Coração)

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11
Q

Fisiopatogenia

SDMOS

≥ 2 disf. sem considerar o inicial

A
  • Hipoperfusão tecidual ⇄ Resposta inflamatória ➟ Lesão celular + Microvascular ➟ Disfunção Orgânica
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12
Q

Diagnóstico

Espectro clínico e laboratorial do choque?

A
  • Pele: fria, pálida/cianose, úmida, livedo, TEC prolongado
  • Rim: débito urinário < 0,5 ml/kg/h
  • SNC: alteração do estado mental
  • Respiratório: dispneia, uso musculatura acessória
  • Cardiovascular: hipotensão, taquicardia, hiperlactatecmia (> 2 mEq/L)
  • Hepática: encefalopatia, aumento de bilirrubinas, alargamento de RNI
  • Hematológica: sangramentos, petéquias
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13
Q

Diagnóstico

Critério laboratorial ?

A
  • Hiperlactatemia¹: > 2 mmol/L (> 18 mg/dL)
  • BE < -4

¹Disf. hepática, metformina, linezolida

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14
Q

Diagnóstico

Definição de choque (≥ 4 fatores)

A

Exame Físico:
- Aparência ruim
- Alteração do estado mental
- Hipotensão > 30 min
- FC > 100 bpm
- FR > 20 irpm
- Débito urinário < 0,5 ml/kg/h

Gasometria arterial:
- Lactato > 4 mmol/L ou > 32 mg/dl
- Excesso de bases < - 4 mEq/L

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15
Q

USG point-of-care

Qual é o protocolo utilizado?

A

RUSH

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16
Q

Choque hipovolêmico

Definição e classificação

A
  • ↓Pré-carga (perdas) ➟ ↓DC
  • Hemorrágico: traumático | não traumático
  • Não hemorrágico: perdas gastrointestinais, renais e pele.
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17
Q

Choque cardiogênico

Definição e classificação

A
  • Falência de bomba ➟ ↓DC
  • Cardiomiopatias
  • Arrítmicas
  • Mecânicas
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18
Q

Choque distributivo

Definição

A
  • ↓ RVP (vasodilatação sistêmica)
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19
Q

Choque distributivo

Quais as etiologias?

A
  • Séptico
  • Neurogênico: acima T6
  • Anafilático
  • Cianeto/CO
  • Endócrino: crise addisoniana; coma mixedematoso
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20
Q

Choque obstrutivo

Definição e classificação

A
  • Causas extracardíacas ➟ ↓DC (Falência VD)
  • Vascular pulmonar: TEP | HP grave
  • Mecânica: pneumotórax hipertensivo | pericardite constrictiva | cardiomiopatia restritiva
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21
Q

Perfil hemodinâmico do choque

Quais são as variáveis clínicas?

A
  • Pré-carga: pressão oclusão artéria pulmonar
  • Bomba: débito cardíaco
  • Pós-carga: resistência vascular sistêmica
  • Perfusão tecidual: saturação venosa mista de O2
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22
Q

Perfil hemodinâmico do choque

Choque hipovolêmico

A
  • Pré-carga: ☈ (precoce) | ⍗ (tardio)
  • Bomba: ☈ (precoce) | ⍗ (tardio)
  • Pós-carga: ⍐
  • Perfusão tecidual: > 65% (precoce) | < 65% (tardio)
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23
Q

Perfil hemodinâmico do choque

Choque cardiogênico

A
  • Pré-carga: ⍐
  • Bomba: ⍗
  • Pós-carga: ⍐
  • Perfusão tecidual: < 65% (tardio)
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24
Q

Perfil hemodinâmico do choque

Choque distributivo

A
  • Pré-carga: ☈ (precoce) | ⍗ (tardio)
  • Bomba: ⍐ (precoce) | ⍗ (tardio)
  • Pós-carga:
  • Perfusão tecidual: > 65%
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25
Q

Perfil hemodinâmico do choque

Choque obstrutivo: TEP, HP, Pneumotórax

A
  • Pré-carga: ☈ (precoce) | ⍗ (tardio)
  • Bomba: ☈ (precoce) | ⍗ (tardio)
  • Pós-carga:
  • Perfusão tecidual: > 65%
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26
Q

Perfil hemodinâmico do choque

Choque obstrutivo: Tamponamento cardíco

A
  • Pré-carga: ⍐
  • Bomba: ⍗
  • Pós-carga: ⍐
  • Perfusão tecidual: < 65%
27
Q

Algorítmo

Trauma (3)

A

Hemorragia
Pneumotórax/Hemotórax
Tamponamento cardíaco

28
Q

Algorítmo

Sangramento TGI; Vômitos ou Diarreia

A

Hemorragia
Hipovolemia

29
Q

Algorítmo

Febre; Hipotermia

A

Sepse

30
Q

Algorítmo

Dor torácica
Fator de risco de SCA
ECG com ARV

A

IAM
TEP

31
Q

Algorítmo

Bradicardia + Hipotensão inexplicada

A

Intoxicação
Hipotireoidismo
Insuf. adrenal

32
Q

Algorítmo

Hipoxemia

A

TEP

33
Q

Algorítmo

Dor abdominal
Dor lombar

A

Peritonite
Rotura de aorta

34
Q

Algorítmo

Edema

A

Anafilaxia

35
Q

Abordagem do choque

Medidas invasivas iniciais?

A
  • Cateter arterial: PAI
  • CVC: drogas vasoconstrictores¹

¹Iniciar no periférico calibroso

Nipride, tridil, dobuta (não precisa ser central)

36
Q

Abordagem do choque

Qual é o racional terapêutico?

A

Otimização DO2/VO2
- ⇧DO2: ⇧Pré-carga (cristaloides) | ⇩Pós-carga (vasoconstritor) | ⇧DC (inotrópico) | Otimizar oxigenação (SatO2 > 90%; suporte ventilatório s/n)
- ⇩VO2: ⇩Estresse ⇩Dor ⇩Hipertermia ⇩Calafrios ⇩Trabalho respiratório

37
Q

Abordagem do choque

Objetivo na otimização da pré-carga?

A

Expansão volêmica (⇧DC)
- Cristaloides: SF x Balanceadas (RL/ PL)
- Coloides
- Albumina: evitar TCE / Preferir em cirróticos
- Amidos: contraindicados
- Hemocomponentes: CH, CP, AP, PFC, Crio

38
Q

Abordagem do choque

Otimização da pré-carga: choque hemorrágico?

A

(1) Ressucitação volêmica: 1L
(2) Hemocomponentes (grau III-IV) ➟ Protocolo de transfusão maciça: Transamin (≤3h) + CH:CP:PFC (1:1:1).
(3) Hipotensão permissiva (PAS > 80-90 mmHg): exceto no TCE grave (PAM ≥ 80)

39
Q

Abordagem do choque

Otimização da pré-carga: choque não hemorrágico?

A

Expansão volêmica:
- SF (exceto na sepse, RL)
- Alíquotas + reavaliação (PA, TEC, diurese, ausculta pulm)
- Avaliar a responsividade¹

Elevação passiva das pernas (45º): ↑10% DC

40
Q

Choque hipovolêmico (hemorrágico)

Classificação?

A
  • Classe I: < 15%
  • Classe II: 15-30%
  • Classe III: 31-40%
  • Classe IV: > 40%
41
Q

Abordagem do choque

Controle da pós-carga

A
  • Vasopressores (precoce) + Expansão volêmica
42
Q

Controle da pós-carga

Norepinefrina: propriedades farmacológicos?

A
  • Ação alfa-1 + beta-1
  • 1ª escolha no choque (exceto anafilático)
  • EA: taquiarritimia
43
Q

Controle da pós-carga

Norepinefrina: diluição + dose

A

Diluição:
- 1 amp = 4 mg/4ml (1mg/ml)
- 4 amp + 234 ml SG 5% (60 mcg/ml)

Dose:
- 0,1-2 mcg/kg/min

44
Q

Controle da pós-carga

Dopamina: propriedades farmacológicas?

A
  • Receptores dopa (< 5) | beta (5-10) | alfa (>10)
  • EA: arritmias
  • Útil: bradiarritmias instáveis

mcg/kg/min

45
Q

Controle da pós-carga

Dopamina: diluição + dose

A

Diluição:
- 1 amp = 50 mg/10 ml (5 ml/ml)
- 5 amp + 200 ml SF (1 mg/ml)¹

Dose:
- 5-20 mcg/kg/min

¹1000 mcg/ml

46
Q

Controle da pós-carga

Epinefrina: propriedades famarcológicas?

A
  • Beta (doses baixas) e Alfa (altas doses)
  • 1ª escolha em choque anafilático
  • Útil: bradicardia + hipotensão ou choque refratário
  • EA: arritmia, redução fluxo esplâncnico, aumento lactado.

Não deve ser usado no choque cardiogênico

47
Q

Controle da pós-carga

Epinefrina: diluição + dose

A

Diluição:
- 1 amp = 1 mg/1ml
- 6 amp + 94 ml SF (60 mcg/ml)

Dose:
- 1-20 mcg/min

48
Q

Controle da pós-carga

Vasopressina: propriedades farmacológicas?

A
  • Receptores V1
  • 1ª escolha em choque séptico refratário à nora (DC normal ou elevado)
  • EA: bradicardia, isquemia de órgãos e extremidades
49
Q

Controle da pós-carga

Vasopressina: diluição + dose

A

Diluição:
- 1 amp = 20 UI/1 ml
- 1 amp + 100 ml SF (0,2 UI/ml)

Dose:
- 0,01-0,04 UI/min (3-12 ml/h)

50
Q

Controle da pós-carga

Nitroglicerina (Tridil): propriedades farmacológicas?

A
  • Vasodilatação (GMPc)
  • Venodilatador, pouco arteriolar
  • Aumenta a perfusão coronariana
  • Indicação: IC descompensada, SCA e gestante
  • EA: taquifilaxia, cefaleia, rubor, TGI
51
Q

Controle da pós-carga

Redução da pós-carga em pacientes com choque cardiogênico: PAS mínima segura?

A

PAS > 90 mmHg

52
Q

Controle da pós-carga

Tridil: diluição + dose

A

Diluição:
- 1 amp = 50 mg/10 ml
- 1 amp + 250 ml SG 5% (200 mcg/ml)

Dose:
- 0,5-10 mcg/kg/min

53
Q

Controle da pós-carga

Nitroprussiato de sódio (Nipride): propriedades farmacológicas?

A
  • Efeito NO: vasodilatador arterial + venoso
  • Indicações: IC descompensada e emergências hipertensivas.
  • EA: intoxicação do CN, TGI, dissociação
  • CI: gestantes, insf. renal e insf. hepática (cautela)
54
Q

Otimização do débito cardíaco

Dobutamina: propriedades farmacológicas?

A
  • Beta-1 e Beta-1
  • Indicação: choque cardiogênico ou no choque séptico com disfunção miocárdica (mesmo com otimização volêmica e PAM > 65 mmHg)
  • EA: hipotensão (inicial ~ hipovolêmicos) | taquiarritmias

PAS < 80 ~ associar vasopressor

Milrinone (opção)

55
Q

Otimização do débito cardíaco

Dobutamina: diluição + dose

A

Diluição
- 1 amp = 250 mg/20 ml
- 4 amp + 170 ml SF (4 mg/ml)

Dose:
- 2-20 ug/kg/min

56
Q

Otimização da oxigenação

Benefícios do O2 suplementar e VMI?

A
  • Redução da demanda de O2 nos músculos respiratórios.
  • Diminuição da pós-carga ventricular esquerda
57
Q

Otimização da oxigenação

Quais medidas tomar para evitar hipotensão pós IOT + VMI?

A
  • Evitar: Midazolam e Propofol
  • Otimizar a hemodinâmica: hipovolemia ➟ hipotensão (↓RV)
  • Sequência rápida de IOT: Etomidato/Quetamina + Succinilcolina/Rocurônio
58
Q

Otimização da oxigenação

Doses : Sequência rápida de IOT

A
  • Etomidato: 0,2 mg/kg
  • Quetamina: 1-1,5 mg/kg
  • Succinilcolina/Rocurônio 2 mg/kg
  • Propofol: 0,5-0,75 mg/kg
59
Q

Suporte transfusional

Alvo de Hb

A
  • Geral: > 7 mg/dl
  • Cardiopata: > 8-8,5 mg/kg
60
Q

Abordagem do choque

Medidas p/ redução da VO2?

A
  • Evitar hipertermia: antitérmicos s/n
  • Controle álgico: analgésicos s/n
  • Controle de ansiedade: ansiolítico s/n
  • Reduzir trabalho respiratório: VM bem ajustada
61
Q

Abordagem do choque

Alvos?

A
  • PAM > 65-70 mmHg
  • TEC < 3 s
  • Diurese > 0,5 ml/kg/h
  • Pele, mucosas e extremidades bem perfundidas
  • Suporte transfusional s/n
62
Q

Choque séptico

Indecção definida ou presumida + Disf. orgânica (NEWS ≥ 4). Conduta ?

A

Sala de emergência + MOVED
- Exames p/ disf. orgânica (SOFA) + etiologia
- 2 pares de HMC + cultura de outras sítios s/n

1ª hora:
- RL 30 ml/kg (3h) + bolus adicionais s/n
- PAM < 65: Nora 5-10 mcg/min (+ 5/5 min) ➟ Hidrocortisona 50 mg EV 6/6h + Vasopressina 0,01-0,04 U/min.
- ATB empírica
- POCUS + Av. clínica

63
Q

Choque séptico

Necessidade frequente de aumento da noradrenalina. Qual a conduta?

A

Necessida de frequente de nora?
- Hidrocortisona: > 0,25 mcg/kg/min de nora por 6h
- Vasopressina: > 0,5 mcg/kg/min de nora por 6h