AINEs Flashcards

1
Q

Como podem ser divididos os AINEs?

A

Os AINEs podem ser divididos em dois grandes grupos:
1. Derivados do ácido carboxílico (R-COOH)
2. Derivados do ácido enólico (R-COH)

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2
Q

Por que o paracetamol e a dipirona são considerados AINEs?

A

Apesar de quase não apresentarem efeito anti-inflamatório, são inseridos nesse grupo pois o mecanismo de ação é o mesmo dos AINEs (inibição da COX).

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3
Q

Em que grupo está inserido o Ácido Acetilsalicílico?

A

O AAS é um derivado do ácido carboxílico, inserido no grupo dos salicilatos

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4
Q

Quais propriedades o Ácido Acetilsalicílico apresenta (AAS) e não apresenta?

A

Apresenta:
1. Analgésicas
2. Anti-inflamatórias
3. Antitérmicas
4. Inibição da agregação plaquetária

Não apresenta:
1. Ação sobre a produção de superóxidos, atuando somente sobre dor induzida pela liberação de PGs.

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5
Q

Qual a exceção do Ácido Acetilsalicílico em relação às proteínas plasmáticas?

A

Embora os AINEs encontrem-se, em sua maior parte, ligados às proteínas plasmáticas, o ácido acetilsalicílico constitui uma exceção à regra, pois somente cerca de 50 a 70% deste composto fazem este tipo de ligação.

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6
Q

Qual é o tempo de meia-vida do Ácido Acetilsalicílico nas diferentes espécies?

A

Humano: 5h
Cão: 8h
Equino: 1h
Gato: 38h

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7
Q

De acordo com a dose, quais ações o Ácido Acetilsalicílico produz?

A

> Baixas doses:
Úlceras gastrintestinais
Sangramentos
Reações de hipersensibilidade
Doses elevadas:
Inibição da COX
Inibição da via da 5-LOX (reflete na ação anti-inflamatória)
Doses tóxicas:
Febre
Acidose metabólica
Hipoprotrombinemia
Falha renal
Falha respiratória

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8
Q

Para que é recomendado o Ácido Acetilsalicílico?

A
  1. Dores leves ou moderadas, devido a lesões ou inflamações de pele, dentes ou sistema musculoesquelético.
  2. Em equinos, no tratamento de uveítes, prevenção de trombose, doenças naviculares, laminite e doença intravascular disseminada.
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9
Q

Quais são as observações em relação ao Ácido Acetilsalicílico?

A
  1. Em equinos é pouco utilizado com finalidades analgésicas, devido à baixa potência antiálgica.
  2. Os felinos (pequena concentração de glicuroniltransferase) desenvolvem sintomas de intoxicação quando recebem doses preconizadas para terapia humana ou de cães.
  3. Quando administrado por longos períodos, demonstra ação anticancerígena sobre células tumorais colorretais.
  4. A administração prolongada é desaconselhada em animais que apresentam osteoartrite.
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10
Q

Em que grupo está inserido o Diclofenaco?

A

O Diclofenaco é um derivado do ácido carboxílico, inserido no grupo dos ácidos acéticos

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11
Q

Quais propriedades o Diclofenaco apresenta e não apresenta?

A

> Apresenta:
1. Ação equipotente sobre COX-1 e COX-2
2. Alta potência anti-inflamatória
3. Alta potência analgésica
4. Antitérmica
5. Condroprotetora

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12
Q

Quais são as observações em relação ao Diclofenaco?

A
  1. É menos ulcerogênico que o Ácido Acetilsalicílico e a Indometacina
  2. Tem uso restrito em cães, devido aos efeitos relacionados ao sangramento gástrico
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13
Q

Em que grupo está inserido o Ibuprofeno?

A

O ibuprofeno é um derivado do ácido carboxílico, inserido no grupo dos ácidos propiônicos.

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14
Q

O que se pode dizer em relação às propriedades farmacológicas do Ibuprofeno?

A
  1. Apresenta propriedades farmacológicas melhores do que as obtidas com a utilização dos derivados do ácido acético.
  2. Inibe a COX1 e a COX2, a ativação e a agregação de neutrófilos, a geração de radicais livres e a liberação de enzimas lisossomais.
  3. Em processos inflamatórios agudos, demonstra potência semelhante à fenilbutazona, porém esta característica
    não ocorre nos processos crônicos.
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15
Q

Para que é e não é utilizado o Ibuprofeno?

A

> É utilizado:
1. Tratamento de infecções de bovinos (principalmente aquelas
relacionadas com choques endotóxicos e mastites)
2. Alívio de dores associadas a processos inflamatórios e adesões pós-cirúrgicas.

> Não é utilizado:
1. Em pequenos animais, já que possui baixa margem de segurança, devido à longa meia-vida da substância, mesmo em doses terapêuticas, que pode desencadear problemas gastrintestinais e nefrotoxicidade.
2. Tratamento de osteoartroses.

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16
Q

Qual é a via de administração recomendada para o Ibuprofeno?

A

Recomenda-se que a administração seja realizada por via oral, mas também existem no mercado formulações para uso humano, em forma de gel.

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17
Q

Em que grupo está inserido o carprofeno?

A

O carprofeno é um derivado do ácido carboxílico, inserido no grupo dos ácidos propiônicos.

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18
Q

Em qual situação é e não é utilizado o Carprofeno?

A

> É utilizado:
1. Cães e equinos para obtenção de efeitos analgésicos (inclusive pré-cirurgicamente)
2. Tratamento de osteoartrites em cães

> Não é utilizado:

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19
Q

Quais propriedades o Carprofeno apresenta?

A

Apresenta:
1. Analgésico
2. Condroprotetor
3. Anti-inflamatório
4. Antiedematosa

Obs: fraca ação no que se refere à inibição
enzimática, o que indica que sua ação não ocorra somente devido à inibição de PG; consequentemente, apresenta menores efeitos colaterais no trato gastrintestinal.

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20
Q

Quais são as observações quanto ao Carprofeno?

A
  1. Em cães é mais seguro no que se refere aos efeitos indesejáveis sobre o trato gastrintestinal (relacionada nesta espécie a maior seletividade à COX2 do que sobre a
    COX1.
  2. Na Grã-Bretanha tem aprovação para ser utilizado em gatos, para os quais são
    amplamente empregados para promover analgesia perioperatória.
  3. Tem fraca ação no que se refere à inibição enzimática, o que indica que sua ação não ocorra somente devido à inibição de PG; consequentemente, apresenta menores efeitos colaterais no trato gastrintestinal.
  4. Em dose única, parece ser também bastante efetivo para utilização em gatos. Há relatados da ocorrência de toxicidade gastrintestinal, alterações hepáticas e renais, quando administrado de modo prolongado.
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21
Q

Onde o Cetoprofeno atua?

A

É classificado como um inibidor de dupla ação, atuando tanto sobre a COX quanto sobre a LOX, levando ao bloqueio das respostas inflamatórias celulares e vasculares.

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22
Q

O que se pode dizer a respeito da ação anti-inflamatória do Cetoprofeno?

A

Pode ser tão potente quanto a indometacina em modelos animais, no que diz respeito à atividade anti-inflamatória;
entretanto, também se assemelha a esta nos efeitos colaterais.
Tem-se mostrado um pouco menos ulcerogênico que o flunixino e a fenilbutazona, porém seu uso não deverá ultrapassar mais de 5 dias consecutivos.

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23
Q

O que se pode dizer a respeito da ação analgésica do Cetoprofeno?

A

Atua rapidamente na obtenção de analgesia e redução do edema, sendo cerca de 50 a 100 vezes mais potente como analgésico que a fenilbutazona;

24
Q

Para que é utilizado o Cetoprofeno?

A
  1. Equinos, para alívio de inflamações e dores relacionadas com problemas musculoesqueléticos e nos casos de cólica, devendo ser administrado por via intravenosa; como é um composto de curta duração, têm sido desenvolvidas formulações de liberação lenta.
  2. Apresenta pouca ação degenerativa sobre as cartilagens e tem sido indicado para uso neste tipo de patologia.
25
Q

Em que grupo está inserido o Flunixino meglumina?

A

O Flunixino meglumina é um derivado do ácido carboxílico, inserido no grupo dos ácidos aminonicotínicos.

26
Q

Quais são as formas de administração do Flunixino meglumina?

A

Via oral ou na forma injetável.

27
Q

Quais ações o Flunixino meglumina apresenta?

A

Apresenta:
1. Analgésica (grande ação em equinos)
2. Anti-inflamatória (grande ação em equinos)

28
Q

Em que casos é utilizado Flunixino meglumina?

A
  1. Cólica (equinos)
  2. Distúrbios musculoesqueléticos (equinos)
  3. Inflamações oculares
  4. Terapia de afecções pulmonares como a pneumonia
  5. Endotoxemia, em associação com
    antimicrobianos, aumentando a sobrevida (bezerros)
  6. Mastites por E. coli, gastrenterites, reações anafiláticas e artropatias (ruminantes)
29
Q

O que se pode dizer em relação ao choque endotóxico e uso do Flunixino meglumina?

A
  1. Deve ser utilizada com cautela, e somente no início da terapia.
  2. No caso de endotoxemia ou dores de origem desconhecida, a dose preconizada deve ser diminuída para um quarto daquela utilizada no tratamento de processos inflamatórios; este
    procedimento permite a inibição da produção de eicosanoides, sem mascarar todos os sintomas clínicos.
  3. A utilização de AINE nos casos de choque endotóxico é explicada por promover a diminuição dos níveis de eicosanoides, tais como a PGI2 e o TXA2, responsáveis por algumas das alterações cardiovasculares e
    metabólicas presentes nesta enfermidade.
30
Q

O que se pode dizer em relação à ação anti-inflamatória do Flunixino meglutino?

A

O flunixino tem demonstrado ser cerca de 4 vezes mais potente que a fenilbutazona.

31
Q

Quais as observações em relação ao Flunixino meglutino?

A
  1. Toxicidade renal aguda em cães que receberam doses terapêuticas, o que
    demonstra a baixa margem de segurança; não deve ser administrado quando o
    paciente estiver inconsciente, para obtenção de efeitos analgésicos, ou se o animal estiver em recuperação cirúrgica, pois pode causar falha renal em pacientes com diminuição de pressão sanguínea.
  2. Em gatos, parece estimular indução enzimática, devido à ocorrência de tolerância.
  3. Não deve ser administrado junto com alimentos, quando se utiliza a via oral
  4. Não se mostra tão efetivo como analgésico quando administrado por via intravenosa, podendo mesmo, por esta via, levar a efeitos tóxicos, como ataxia e
    incoordenação.
  5. Parte da ação anti-inflamatória deste AINE se deve à sua ação estimulatória da
    NFB, e não somente da inibição da via da COX.
32
Q

Em que grupo está inserida a Fenilbutazona?

A

A Fenilbutazona é um derivado do ácido enólico, inserido no grupo das pirazolonas.

33
Q

Para que é utilizada a Fenilbutazona?

A

> É utilizada:
1. Inflamações ósseas e de articulação (equinos)
2. Claudicação (equinos)
3. Cólicas agudas causadas por endotoxemia e afecções de tecidos moles (equinos)
4. Espasmos musculares devido a anormalidades de discos vertebrais, espondilite anquilosante, osteoartrite e artrites reumáticas (cães)
Obs: Oferece pouca margem de segurança em equinos.
Obs2: Verificou-se que é capaz de diminuir a síntese de glicosaminoglicanos em cultura de células, o que pode sugerir uma ação condrodegenerativa.

34
Q

Quais são as observações em relação à Fenilbutazona?

A
  1. Realiza extensa ligação com as proteínas; este fato retarda a absorção do AINE, que, quando ingerido, em vez de ter uma absorção preferencial no estômago, a tem nas porções de intestino delgado e grosso, levando a ulcerações, principalmente em equinos.
  2. Por se ligar com as proteínas também desfavorece sua aplicação intramuscular, retarda sua absorção, além de promover
    dor local.
  3. Não deve ser administrado perivascularmente, sob pena de causar flebites e necroses.
  4. Seu uso contínuo vem sendo associado a distúrbios do trato gastrintestinal, discrasias sanguíneas (agranulocitose e anemia aplástica), hepatotoxicidade e nefropatias (cães).
  5. Tem a capacidade de aumentar a reabsorção de sódio e cloretos, o que a contraindica para pacientes com problemas renais, hepáticos e cardíacos.
  6. O uso deve ser feito com muita cautela, pois há grande número de relatos de intoxicação (felinos).
  7. Os pôneis não absorvem bem este tipo de substância quando administrada por via oral.
35
Q

Em que grupo está inserido o Piroxicam?

A

O Piroxicam é um derivado do ácido enólico, inserido no grupo dos oxicans.

36
Q

O que se pode dizer quanto a absorção do Piroxicam?

A

É bem absorvido por via oral, podendo ser administrado tanto por via sistêmica como topicamente, não correndo o risco de se acumular no organismo de indivíduos idosos ou com insuficiência renal.

37
Q

O que se pode dizer em relação à ação anti-inflamatória dos oxicans?

A

Os componentes do grupo dos oxicans apresentam em comum o longo período da ação antiinflamatória, podendo ser administrados apenas 1 vez/dia.

38
Q

Quais propriedades apresenta o Piroxicam?

A
  1. Inibir a formação de superóxidos
  2. Impedir ativação e agregação de neutrófilos e liberação de enzimas lisossomais.
  3. Ação analgésica satisfatória (cães)
  4. Ação antitumoral, em alguns cânceres de bexiga urinária, carcinomas de cavidade oral e de pele, sobretudo, quando combinado com quimioterápicos tradicionais (cães)
39
Q

Quais são as observações quanto ao Piroxicam?

A
  1. Relacionado com o surgimento de efeitos colaterais mesmo quando administrado nas doses terapêuticas preconizadas
  2. Não se recomenda sua administração a felinos.
40
Q

Em que grupo está inserido o Meloxicam?

A

O Meloxicam é um derivado do ácido enólico, inserido no grupo dos oxicans.

41
Q

Quais são as ações do Meloxicam?

A
  1. Potente inibidor de TX e PG
  2. Excelentes propriedades antipirética e analgésica
  3. Inibidor preferencial da COX2
42
Q

Para que é utilizado Meloxicam?

A
  1. Afecções musculoesqueléticas (osteoartrites)
  2. Pré-cirurgicamente
  3. Mastite-metrite e agalaxia (suínos)
  4. Dor e inflamação associado com cirurgias (equinos).
  5. Cirurgia ortopédica (felinos)
43
Q

Quais são as observações quanto ao uso de Meloxicam?

A
  1. Aplicação prolongada é desaconselhada por seus efeitos tóxicos; portanto, se o uso for por período longo nesta espécie, deve ser empregado em baixas doses (felinos).
  2. Pode causar vômito, diarreia e inapetência em alguns animais, mas em doses altas relata-se ocorrência de hepatotoxicidade, perfuração de úlcera
    duodenal, com consequente peritonite e morte.
44
Q

O que se pode dizer em relação as Coxibes?

A
  1. São AINEs inibidores seletivos da COX2
  2. Também apresentam ações analgésicas e antitérmicas
  3. Comercialização embasou-se, a princípio, no menor potencial ulcerogênico e nefrotóxico em relação aos outros grupos
    que inibem indistintamente as várias isoformas da COX. Entretanto, estudos demonstram que a COX2 não está
    relacionada apenas à ocorrência das ações inflamatórias, mas também à função fisiológica sobre o parênquima
    renal, e que sua inibição neste nível pode levar a danos renais
  4. Somente seria interessante a prescrição em pacientes em que se desejasse evitar lesões de ordem gastrintestinal, caso contrário, a relação custo × benefício da utilização de AINE clássicos ainda se mostraria mais vantajosa.
  5. Recomenda-se que o tratamento das inflamações na Medicina Veterinária seja inicialmente realizado com AINEs convencionais, já aprovados para uso na espécie animal que se pretenda tratar, e de ação farmacológica consagrada pelo uso e que só realizem a troca por outros recentemente lançados caso o primeiro se mostre pouco eficaz ou se houver efeitos tóxicos pronunciados.
  6. Sabe-se que um dos efeitos cardioprotetores do ácido acetilsalicílico se deve justamente à supressão permanente da formação de TXs pelas plaquetas; entretanto, os coxibes, ao contrário,
    inibem seletivamente a PGI2 (prostaglandina de ação cardioprotetora, devido à sua ação inibitória sobre a
    agregação plaquetária), mas não o TXA2, podendo acarretar, portanto, em infarto do miocárdio.
  7. Efeitos farmacológicos e tóxicos nos animais ainda estão sendo avaliados, mas aparentemente, cães são menos sensíveis aos efeitos prótrombóticos dos coxibes que os felinos.
  8. Muitas vezes, ações farmacológicas demonstradas em cães e roedores não são comprovadas em humanos, bem como efeitos tóxicos verificados em humanos não o são nestas espécies animais, isto porque estudos vêm mostrando que os coxibes parecem atuar de maneira distinta da dos humanos no que se refere à especificidade sobre as diferentes isoformas da COX nas diferentes espécies animais.
  9. Adenomas e adenocarcinomas de cólon mostram uma expressão
    desproporcionalmente aumentada dos níveis de COX2, quando comparados com células de tecidos normais, o que pode indicar o potencial terapêutico antitumoral dos inibidores preferenciais de COX2.
  10. Clinicamente, não se recomenda a utilização conjunta de coxibes com outros antiinflamatórios, sejam eles esteroidais ou não esteroidais, devido ao grande aumento na gravidade dos efeitos colaterais.
45
Q

Para que é indicado o uso de Mavacoxibe?

A

Afecções articulares degenerativas, quando o tratamento for superior a 1 mês (cães).

46
Q

Qual a vantagem do uso de Mavacoxibe?

A

É a possibilidade de administração a cada 14 dias, devendo ser usado por até 7 doses consecutivas.

47
Q

Para que é utilizado Robenacoxibe?

A
  1. Uso exclusivo em gatos nos EUA e na Europa
  2. Inflamação e dor aguda associada a problemas musculoesqueléticos
  3. Dor e inflamação associadas à cirurgia ortopédica ou dos tecidos moles
48
Q

Quais são os inibidores da COX com fraca ação anti-inflamatória?

A

Paracetamol e dipirona

49
Q

O que se pode dizer quanto ao efeito tóxico do Paracetamol?

A

A produção de metabólitos inativos do paracetamol se faz por meio da conjugação deste produto com glicuronídios e sulfatos durante o processo de biotransformação hepática; entretanto, quando ocorre a saturação deste sistema, o excesso de paracetamol passa então a ser biotransformado pelo sistema P450, o que gera subprodutos hepatotóxicos, que levam à necrose hepática aguda.

50
Q

Quais são as observações relacionadas ao Paracetamol?

A
  1. Felinos são especialmente sensíveis à ação do paracetamol, pois não realizam bem a conjugação pela
    glicuroniltransferase, enzima hepática necessária para a correta eliminação deste anti-inflamatório
  2. Gatos intoxicados apresentam inicialmente mucosa de coloração azulada, salivação e vômitos, que se iniciam nas primeiras 4 h de exposição. Também se observam depressão, anorexia e edema facial (após cerca de 3 dias); casos graves levam a um quadro de coma e morte.
  3. A intoxicação de cães também tem sido
    relatada, porém associada a doses muito maiores do que as observadas em gatos. Em cães tem-se descrito necrose hepática, além de metemoglobinemia.
51
Q

O que é utilizado em caso de intoxicação por Paracetamol?

A
  1. Animais que estejam em terapia medicamentosa com paracetamol poderão receber concomitantemente metionina, pois este aminoácido ajuda a manter os níveis de glutationa hepática necessários.
  2. A administração de acetilcisteína é utilizada como antídoto específico na intoxicação por paracetamol por auxiliar na biotransformação hepática (por fornecer fonte de glicuronídios) e acelerar sua excreção.
  3. Na prática clínica, intoxicações recentes também podem ser tratadas com carvão ativado por via oral, o que diminui a absorção do paracetamol pelo trato gastrintestinal. Devido às propriedades adsorventes do carvão, a acetilcisteína deve ser administrada em separado, já que também poderia ser adsorvida por ele.
52
Q

Para que é utilizada dipirona?

A
  1. Eficaz no alívio de dores leves e moderadas
  2. Dores viscerais
  3. Antipirético e analgésico (cães)
  4. Empregada em associação com antiespasmódicos para o tratamento de cólicas
    Obs: tem efeito de curta duração, pois é rapidamente biotransformada a compostos relacionados à pirazolona.
53
Q

O que se pode dizer em relação à administração de Dipirona

A
  1. Poder ser administrada com certa frequência sem que se observem maiores efeitos colaterais.
  2. Bem absorvida por via sistêmica; todavia, pode causar choque anafilático quando administrada por via intravenosa em indivíduos hipersensíveis.
  3. Aplicação intramuscular do medicamento aumenta o risco de reações locais e de formação de abscessos.
  4. Não pode ser utilizada em animais destinados a consumo humano.
54
Q

Para que é utilizado Grapiprant?

A
  1. Longo prazo osteoartrite (cães)
55
Q

Quais são as observações em relação ao Grapiprant?

A
  1. Não administrar em cães com hipersensibilidade.
56
Q

Resumão AINEs

A

Aspirina (ácido acetilsalicílico) - se liga irreversivelmente à COX-1. Tem grandes diferenças farmacocinéticas entre as espécies animais. Pode causar sangramentos e degeneração de cartilagem (uso crônico).

Meloxicam - se liga reversivelmente e de maneira seletiva a COX-2. Forte analgésico e anti-inflamatório.

Carprofeno - se liga reversivelmente e de maneira seletiva a COX-2. É um potente anti-inflamatório. Efeito cartilagem protetor (↑ produção de glicosaminoglicanos).

Dipirona - se liga reversivelmente e de maneira seletiva a COX-2. Efeito analgésico e antitérmico.

Firocoxibe (cães) - estritamente seletivo para COX-2. Alto custo.

Paracetamol (acetaminofeno) - analgésico e antitérmico. Não deve ser usado em felinos.

Ibuprofeno - antitérmico e anti-inflamatório. Não deve ser usado em cães e gatos (intoxicação). Pode ser usado no tratamento da mastite aguda.

Cetoprofeno - ação dual, atuando na inibição da COX e na lipoxigenase (↓ quimiotaxia dos leucócitos). Analgésico e anti-inflamatório.

Fenilbutazona (equinos) - se liga irreversivelmente à COX-1, aumentando o risco de sangramentos.

Diclofenaco (equinos) - analgésico e anti-inflamatório. Usado em ortopedia. Não deve ser usado em cães e gatos.

Flunixina-meglumina (equinos) - se liga a COX-1. Tomar cuidado com o risco de ulcerações.

Mavacoxibe - potente analgésico e anti-inflamatório. Usado em animais com osteoartrite. Prolongados intervalos de administração.

Piroxicam (cães) - analgésico razoável. Efeito anticancerígeno.