Aloimunização Flashcards
Qual é a consequência perinatal do processo de aloimunização eritrocitária?
Doença hemolítica do feto e do recém-nascido
-Marcada por:
- Hemólise
- Anemia
(Em casos graves pode resultar em hidropisia)
Qual a definição de hidropisia fetal?
Coleção de líquido em ao menos dois compartimentos serosos
Quais são os achados normalmente encontrados em ultrassonografias em quadros de hidropisia?
Segue em ordem de prevalência:
- Ascite fetal
- Derrame pleural
- Edema na região do epicrânio
Qual é o valor de título crítico associado a um risco significativo de hidropisia fetal?
O título varia de acordo com a instituição e as metodologias empregadas.
Entretanto, a maioria dos centros utiliza um valor crítico de 32 para anticorpos anti-D e para a maioria dos outros anticorpos.
Qual é o método indicado para avaliação de anemia fetal?
A mensuração do pico de velocidade sistólica (PVS) na artéria cerebral média (ACM) através do Doppler é o método não-invasivo confiável
Qual a conduta a ser realizada em paciente com suspeita de aloimunização eritrocitária?
É necessário realizar inicialmente, em toda primeira consulta de pré-natal:
- Tipagem sanguínea materna
- teste de Coombs indireto
Em casos de confirmação de uma gestação acometida, deve-se:
- Avaliar a titulação:
- Resultado inferior aos valores críticos:
- Repetir a titulação a cada mês até 24 semanas (Caso esteja crescente os valores, deve encurtar o intervalo — a cada 15 dias)
-Após este período repetir a cada 2 semanas— parto no tempo adequado
- Repetir a titulação a cada mês até 24 semanas (Caso esteja crescente os valores, deve encurtar o intervalo — a cada 15 dias)
- Resultado acima dos valores críticos — necessidade de determinar o estado antigênico fetal
- Resultado inferior aos valores críticos:
É determinado o estado antigênico fetal baseando-se em:
- Paternidade — tipagem sanguínea paternaCaso, o resultado seja positivo e heterozigoto são empregados:— Teste de zigosidade paterna (sorologia)E— Avaliação de DNAflc (RhD) ou amniocentese para DNA fetal (após 15 semanas de IG)Caso o parceiro não esteja disponível ou a partenidade é questionável, DNAflc permite uma abordagem confiável do estado RHD fetal.
Na confirmação de risco fetal, é necessário realizar Doppler seriado a cada 1-2 semanas no iniciando no período entre 16 - 24 semanas.
Se o pico de velocidade da ACM for: > Inferior a 1,5 MoM Inicia a testagem pré-natal na 32ª semana (cardiotocografia em estresse ou perfil biofísico fetal) — 1x por semana ou a cada 15 dias Realiza Doppler seriado a cada 1 ou 2 semanas Normalidade — parto entre 37-38 semanas > Superior ou igual a 1,5 MoM Realizar cordocentese para determinar o Hct fetal: — Valores ≤ 30% Se IG ≥ 35 semanas — realizar parto Se IG < 35 semanas * Transfusão intrauterina * Iniciar a testagem pré-natal na 32ª semana (cardiotocografia em estresse ou perfil biofísico fetal) * Após 1-2 semanas repetir a avaliação via Doppler — Valores > 30% * Repetir a cordocentese em 1-2 semanas
Em casos de gestações previamente acometidas, qual a conduta a ser realizada?
Não há necessidade de realizar titulação — direciona-se à abordagem da paternidade:
- Paternidade — tipagem sanguínea paternaCaso, o resultado seja positivo e heterozigoto são empregados:— Teste de zigosidade paterna (sorologia)
E
— Avaliação de DNAflc (RhD) ou amniocentese para DNA fetal (após 15 semanas de IG)Caso o parceiro não esteja disponível ou a partenidade é questionável, DNAflc permite uma abordagem confiável do estado RHD fetal.
Na confirmação de risco fetal, é necessário realizar Doppler seriado a cada 1-2 semanas no iniciando no período entre 16 - 24 semanas.
Se o pico de velocidade da ACM for: > Inferior a 1,5 MoM Inicia a testagem pré-natal na 32ª semana (cardiotocografia em estresse ou perfil biofísico fetal) Realiza Doppler seriado a cada 1 ou 2 semanas > Superior ou igual a 1,5 MoM Realizar cordocentese para determinar o Hct fetal: — Valores ≤ 30% * Transfusão intrauterina * Iniciar a testagem pré-natal na 32ª semana (cardiotocografia em estresse ou perfil biofísico fetal) — Valores > 30% * Repetir a cordocentese em 1-2 semanas
O parto deve ser realizado idealmente em torno das 37-38 semanas de gestação.
Caso a paciente possua um novo parceiro e exista histórico de uma perda perinatal relacionada a DHFRN ou necessidade de TIU prévia ou exsanguineotransfusão neonatal, qual a conduta a ser realizada?
Deve-se realizar:
- Tipagem eritrocitária neonatal
- Avaliação da zigosidade
No risco deve ser realizado encaminhamento a um centro perinatal com experiência em acompanhamento de gestações aloimunizadas graves.
Em casos de teste negativo para os antígenos eritrocitários envolvidos e com paternidade assegurada, não são necessários testes adicionais
Em gestação prévia com complicações e com o mesmo parceiro, qual a conduta a ser realizada?
Deve resultar em encaminhamento a um centro perinatal com experiência em acompanhamento de gestações aloimunizadas graves.
Qual o local de acesso à transfusão intrauterina?
Na veia umbilical no local de inserção do cordão na placenta
Como deve ser realizado a profilaxia para aloimunização eritrocitária em grávidas com Rh negativo, CI negativo ao longo da gestação e parceiro Rh positivo ou desconhecido ?
Administrar dose padronizada de 300 ug de anti-D IM:
- Na 28ª semana de idade gestacional
- Nas primeiras 72 horas depois do parto
Quais intercorrências devem ser atentadas em mulheres com Rh negativo com CI negativo e parceiro Rh positivo ou desconhecido? Qual o esquema profilático deve ser realizado com a ocorrência destes eventos?
As possíveis intercorrências são:
- Abortamento
- Gestação molar ou ectópica
- Sangramentos genitais
- Trauma abdominal na gravidez
- Biópsia de vilão corial
- Amniocentese
- Funiculocentese
- Versão cefálica externa
- Óbito fetal
Deve ser realizado 300 ug de anti-D IM, preferencialmente:
- Nas primeiras 72h após o evento
- Reaplicada a cada 12 semanas nas grávidas que mantenham a gestação
Quais vacinas devem ser adiadas após a última administração de anti-D? Por quanto tempo deve ser o adiamento?
Deve ser adiado por até 3 meses após a última administração de imunoglobulina anti-D, as vacinas com vírus atenuados, tais como:
- Sarampo
- Rubéola
- Caxumba
- Varíola