Amenorreia Flashcards

1
Q

O que é amenorreia secundária e como é definida?

A

Amenorreia secundária é a ausência de menstruação por pelo menos três ciclos consecutivos em mulheres com ciclos menstruais regulares prévios durante a menacme, ou ausência de menstruação por seis meses em mulheres com ciclos irregulares.

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2
Q

Quais são os critérios para amenorreia primária?

A

Amenorreia primária é definida como a ausência da menarca, ou seja, a ausência do primeiro período menstrual.

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3
Q

Quais condições são consideradas fisiológicas em relação ao sangramento menstrual diminuído?

A

O sangramento menstrual diminuído é considerado fisiológico na infância, na pós-menopausa, na gestação ou puerpério.

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4
Q

Como é dividida a hipomenorreia e qual é a diferença entre oligomenorreia e atraso menstrual?

A

Hipomenorreia é a redução nos dias de duração ou no fluxo menstrual. Oligomenorreia é a redução na frequência das menstruações, com intervalos maiores que 35 dias, enquanto o atraso menstrual é a ausência da menstruação por período inferior a três ciclos.

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5
Q

O que é criptomenorreia e quais são algumas possíveis causas?

A

Criptomenorreia é quando o sangramento menstrual não se exterioriza devido a alterações do trajeto de saída, como agenesia de colo, hímen imperfurado ou septo transverso.

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6
Q

Como a amenorreia é classificada em relação à sua ocorrência na vida de uma mulher?

A

A amenorreia é classificada em primária, quando incide em uma paciente que nunca menstruou, e secundária, quando acomete mulheres que já apresentaram ciclos menstruais.

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7
Q

Como é definida a hipomenorreia?

A

Hipomenorreia é definida como a redução nos dias de duração ou no fluxo menstrual.

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8
Q

Quais são os critérios para diagnosticar a amenorreia primária?

A

A amenorreia primária é diagnosticada quando há ausência de menstruação aos 14 anos associada à falha no desenvolvimento sexual (ausência de características sexuais secundárias) ou ausência de menstruação aos 16 anos, mesmo com desenvolvimento sexual normal.

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9
Q

quais são os critérios para diagnosticar a amenorreia secundária?

A

A amenorreia secundária é diagnosticada quando há ausência de menstruação por seis meses ou pelo período equivalente a três ciclos.

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10
Q

O que é menstruação e qual é o seu papel no ciclo menstrual?

A

A menstruação é a eliminação cíclica do endométrio e corresponde ao epílogo de uma longa cadeia de eventos que se inicia no sistema nervoso central. Seu papel é preparar o leito de implantação do ovo caso ocorra a concepção.

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11
Q

Qual é o estímulo principal para o funcionamento hormonal feminino e onde ele tem origem?

A

O estímulo principal para o funcionamento hormonal feminino tem origem no hipotálamo e é influenciado pelos meios endógeno e exógeno, por meio da secreção pulsátil do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH).

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12
Q

Como o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) influencia o ciclo menstrual?

A

O GnRH estimula, através da circulação porta-hipofisária, a secreção das gonadotrofinas pela hipófise anterior: o hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH).

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13
Q

Quais são as gonadotrofinas secretadas pela hipófise anterior e qual é o papel delas no ciclo menstrual?

A

As gonadotrofinas hipofisárias atuam nos folículos ovarianos, estimulando a produção de estrogênio e progesterona e desencadeando a ovulação, provocada pela elevação súbita dos níveis de estrogênio e LH.

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14
Q

Como os produtos ovarianos (estrogênio e progesterona) afetam o endométrio durante o ciclo menstrual?

A

Os produtos ovarianos (estrogênio e progesterona) acarretam modificações no endométrio, do tipo proliferativo e secretor, preparando-o para a possível implantação do ovo.

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15
Q

O que desencadeia a ovulação durante o ciclo menstrual?

A

A ovulação é desencadeada pela elevação súbita dos níveis de estrogênio e LH.

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16
Q

O que acontece no corpo lúteo se não houver fecundação e gravidez durante o ciclo menstrual?

A

Na ausência de fecundação e gravidez, a secreção de estrogênio e progesterona pelo corpo lúteo cai, levando à desintegração do endométrio e do seu estroma de sustentação, resultando no sangramento menstrual.

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17
Q

O que é hemorragia de privação e quando ocorre?

A

Hemorragia de privação é a perda sanguínea desencadeada pela diminuição dos níveis hormonais e ocorre quando não há fecundação e gravidez.

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18
Q

Quais são as características fundamentais para que a menstruação ocorra?

A

Para que a menstruação ocorra, é fundamental que o eixo hipotálamo-hipófise-ovário esteja em funcionamento, que o endométrio seja responsivo aos estímulos hormonais e que o trato de saída esteja pérvio para a exteriorização do sangramento.

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19
Q

Quais são os mecanismos de controle da sequência de eventos no ciclo menstrual?

A

Os mecanismos de controle incluem mecanismos de retroalimentação positivos e negativos, que podem ser influenciados por estímulos exógenos, endógenos e alterações psíquicas.

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20
Q

Quais são os fatores que podem alterar a regularidade do ciclo menstrual?

A

Estímulos exógenos, endógenos e alterações psíquicas podem alterar o sincronismo do eixo hipotálamo-hipófise-ovário e intervir na regularidade do ciclo menstrual, causando oligomenorreia ou amenorreia.

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21
Q

Quando o sistema hormonal feminino começa a atuar de forma integrada e quais são os sinais disso?

A

O sistema hormonal feminino começa a atuar de forma integrada na puberdade, quando aparecem os caracteres sexuais secundários, pela ação de hormônios ovarianos e adrenais. A presença ou ausência dos caracteres sexuais é de grande importância na investigação da amenorreia, sobretudo na primária, pois reflete o status hormonal da paciente.

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22
Q

Quais são os compartimentos principais que agrupam as principais causas da ausência de menstruação?

A

Os compartimentos principais são:
Compartimento I: desordens do trato de saída do fluxo menstrual (uterovaginais).
Compartimento II: desordens gonádicas (ovarianas).
Compartimento III: desordens hipofisárias.
Compartimento IV: desordens hipotalâmicas.

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23
Q

Por que as divisões em compartimentos são feitas e como elas facilitam o entendimento das afecções relacionadas à ausência de menstruação?

A

As divisões em compartimentos são feitas para facilitar o entendimento das afecções relacionadas à ausência de menstruação, permitindo uma abordagem mais sistemática e específica para cada tipo de desordem.

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24
Q

Além das desordens nos compartimentos uterovaginais, ovarianas, hipofisárias e hipotalâmicas, quais outros sistemas podem interferir na menstruação?

A

Além das desordens nos compartimentos uterovaginais, ovarianas, hipofisárias e hipotalâmicas, a ausência de menstruação também pode ser parte de quadros sistêmicos causados por interferência da tireoide, adrenais, fígado e metabolismo periférico.

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25
Q

Qual é o primeiro passo na investigação da amenorreia primária e por que é importante?

A

O primeiro passo é a avaliação do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários femininos, pois isso permite sistematizar a propedêutica. O desenvolvimento mamário indica ação estrogênica e funcionamento ovariano.

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26
Q

Qual é o segundo passo na investigação e como ele é realizado?

A

O segundo passo consiste na verificação da normalidade do restante da anatomia, especialmente a presença de útero. Isso é feito através de exame físico minucioso, ultrassonografia pélvica e/ou ressonância magnética.

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27
Q

O que pode ser identificado durante o exame físico na investigação da amenorreia primária?

A

Durante o exame físico, podem ser identificadas anormalidades no desenvolvimento da genitália externa, virilização, hematocolpo e estigmas de Turner.

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28
Q

Quais são os passos subsequentes na investigação da amenorreia primária, se o útero e a vagina estiverem presentes?

A

Os passos subsequentes incluem descartar gravidez, afastar a criptomenorreia, verificar a normalidade do restante da anatomia e seguir o mesmo protocolo de investigação das amenorreias secundárias, se a anatomia for normal.

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29
Q

O que é recomendado em casos de virilização na investigação da amenorreia primária?

A

Em casos de virilização, é recomendável avaliar as adrenais e ovários através de dosagens hormonais, exames de imagem e cariótipo.

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30
Q

Quais são as principais causas de amenorreia primária sem desenvolvimento sexual secundário (hipogonadismo) com elevação das gonadotrofinas?

A

A principal causa é a disgenesia gonadal, sendo que, dentro dos casos de disgenesia gonadal, a síndrome de Turner é a mais comum.

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31
Q

Quais são as principais causas de amenorreia primária com hipogonadismo hipogonadotrófico?

A

A principal causa é o hipogonadismo hipogonadotrófico idiopático.

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32
Q

Qual é a primeira conduta na investigação das amenorreias secundárias e por que é importante?

A

A primeira conduta é a exclusão de gravidez, pois é uma causa comum de amenorreia secundária e tem implicações importantes no manejo clínico subsequente.

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33
Q

O que é dosado após a exclusão de gravidez na investigação das amenorreias secundárias e por que?

A

Após a exclusão de gravidez, são dosados a prolactina e o hormônio tireotrófico (TSH) devido ao baixo custo e simplicidade. Valores séricos elevados desses hormônios direcionam a investigação para as causas de hipotireoidismo primário e/ou hiperprolactinemia.

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34
Q

Qual é o objetivo da dosagem do TSH na investigação das amenorreias secundárias?

A

O objetivo é detectar o hipotireoidismo subclínico, encontrado em pequeno número de pacientes amenorreicas e/ou com galactorreia. O TRH (fator liberador do hormônio tireotrófico) estimula a produção de prolactina, justificando a necessidade de avaliação dos níveis de TSH.

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35
Q

Quais são os sintomas indicativos de função inadequada da tireoide?

A

História de letargia, intolerância ao frio, lassidão, ganho de peso, retenção hídrica, constipação, pele seca, rouquidão, edema periorbital e cabelos quebradiços podem ser indicativos de função inadequada da tireoide.

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36
Q

Quais são os achados físicos que podem indicar necessidade de investigação adicional da função da tireoide?

A

Achados físicos como aumento da fase de relaxamento dos reflexos tendinosos profundos, cardiomegalia, derrames pleurais ou pericárdicos ou edema periférico podem indicar necessidade de investigação adicional da função da tireoide.

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37
Q

Por que a dosagem do TSH é justificada na investigação das amenorreias secundárias?

A

A dosagem do TSH é justificada pelo rápido diagnóstico, pelo simples manejo terapêutico e pelo conforto proporcionado à paciente após a remissão dos sintomas do hipotireoidismo subclínico.

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38
Q

Quais são os possíveis efeitos do hipertireoidismo na menstruação?

A

O hipertireoidismo pode causar aumento dos estrogênios circulantes, retrocontrole hipotalâmico anormal, aumento persistente de LH e consequente anovulação, levando eventualmente à amenorreia.

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39
Q

Como o hipotireoidismo pode causar amenorreia secundária?

A

O hipotireoidismo pode causar amenorreia secundária através de um mecanismo em que a redução nos níveis circulantes de tireoide provoca aumento compensatório no hormônio hipotalâmico liberador da tireotrofina (TRH), que, por sua vez, aumenta a secreção de prolactina. O aumento da prolactina circulante resulta em alterações na secreção de GnRH, interrompendo a secreção gonadotrófica cíclica normal e impedindo a ovulação.

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40
Q

Como a amostra de prolactina deve ser coletada para evitar resultados falsamente elevados ou baixos?

A

A amostra de prolactina deve ser coletada preferencialmente no meio da manhã, não após situações de estresse, punção venosa prévia, ingestão de alimentos, estimulação mamária ou exercício físico. Isso ocorre porque essas situações podem aumentar os níveis de prolactina, levando a resultados falsamente elevados ou baixos.

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41
Q

Quais são as situações que podem interferir nos níveis séricos de prolactina e como elas podem afetar os resultados dos exames?

A

Duas situações que podem interferir nos níveis séricos de prolactina são a macroprolactinemia e o efeito gancho. A macroprolactinemia pode levar a resultados falsamente elevados na medida da prolactina, enquanto o efeito gancho decorrente do excesso de prolactina pode levar a resultados falsamente baixos.

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42
Q

Como é possível diferenciar entre a prolactina monomérica e as formas menos ativas (dimérica ou polimérica)?

A

A diferenciação entre a prolactina monomérica e as formas menos ativas (dimérica ou polimérica) pode ser realizada através da dosagem da prolactina após precipitação por polietilenoglicol.

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43
Q

Como a hiperprolactinemia promove amenorreia e como pode ser tratada?

A

A hiperprolactinemia promove amenorreia pela inibição da secreção pulsátil do GnRH. Pode ser tratada com o uso de agonistas da dopamina, como a bromocriptina e a cabergolina, que inibem a secreção de prolactina. Estes medicamentos são eficazes porque a dopamina constitui o principal fator inibidor da prolactina.

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44
Q

Quais são os fatores que liberam prolactina e quais são os fatores que a inibem?

A

Fatores liberadores de prolactina incluem o hormônio de liberação da tireotrofina (TRH), hormônio de liberação da gonadotrofina (GnRH), 17 b-estradiol, serotonina, histamina, peptídio intestinal vasoativo, substância P, encefalinas, b-endorfinas e opioides. Os fatores inibidores da prolactina incluem ácido gama-aminobutírico, ácido piroglutâmico, dopamina e somatostatina.

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45
Q

Onde são produzidos e liberados os neurônios liberadores de dopamina e qual é o seu efeito no sistema porta-hipofisário?

A

Os neurônios liberadores de dopamina são produzidos no núcleo arqueado e liberados na zona externa da eminência mediana. Quando liberada no sistema porta-hipofisário, a dopamina inibe a liberação de prolactina na hipófise anterior.

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46
Q

O que pode resultar em hiperprolactinemia relacionada à dopamina e onde podem se originar as lesões que bloqueiam sua liberação?

A

Qualquer tumor que bloqueie a liberação de dopamina pode resultar em hiperprolactinemia. Essas lesões podem se originar na área suprasselar, na hipófise, no pedículo infundibular, bem como em várias outras estruturas adjacentes, como osso, encéfalo, nervos cranianos, dura-máter, leptomeninges, nasofaringe e vasos adjacentes.

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47
Q

Qual é a anormalidade radiológica comum encontrada em mais de um terço das mulheres com hiperprolactinemia e qual é o risco de progressão associado a ela?

A

Em mais de um terço das mulheres com hiperprolactinemia, é encontrada uma anormalidade radiológica compatível com um microadenoma. Os microadenomas raramente progridem para macroadenomas, e estima-se que o risco de progressão seja de aproximadamente 7%.

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48
Q

Qual é o tipo mais comum de tumor hipofisário funcionante e qual é o efeito da secreção exagerada desse tumor?

A

Os prolactinomas são os tumores hipofisários funcionantes mais comuns. A secreção exagerada de prolactina por esses tumores determina galactorreia, por estimulação do tecido mamário, e amenorreia, por inibição da secreção de GnRH.

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49
Q

O que é recomendado em caso de níveis elevados de prolactina e por quê?

A

Em caso de níveis elevados de prolactina, é recomendada a realização de Ressonância Magnética (RM) de hipófise para identificar um possível prolactinoma após a exclusão de outras causas secundárias de hiperprolactinemia.

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50
Q

O que são microprolactinomas e qual é o tratamento indicado na apresentação de amenorreia?

A

Microprolactinomas são tumores hipofisários com dimensões inferiores a 10 mm que acometem mais frequentemente o sexo feminino do que o masculino. Na apresentação de amenorreia, está indicado o tratamento clínico com agonistas dopaminérgicos, pois a dopamina inibe a síntese de prolactina.

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51
Q

Quais são os fármacos mais utilizados no manejo terapêutico de microprolactinomas e qual é a taxa de regressão tumoral observada com esses tratamentos?

A

Os fármacos mais utilizados no manejo terapêutico de microprolactinomas são a bromocriptina e a cabergolina. Nas pacientes tratadas, a regressão tumoral é evidenciada em cerca de 90% dos casos.

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52
Q

Como deve ser iniciado o tratamento com bromocriptina e quais são seus principais efeitos colaterais?

A

O tratamento com bromocriptina deve ser iniciado na dose mais baixa possível (2,5 mg por dia), com aumentos progressivos até a dose efetiva. Seus principais efeitos colaterais são cefaleia, tonturas, hipotensão postural, náuseas e vômitos.

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53
Q

Qual é o medicamento de escolha atualmente para o tratamento da hiperprolactinemia e como deve ser iniciado o tratamento com ele?

A

A cabergolina é considerada o medicamento de escolha atualmente para o tratamento da hiperprolactinemia. Deve ser iniciada na dose de 0,25 mg, duas vezes por semana, com aumento progressivo até a dose efetiva. Seus efeitos colaterais são semelhantes aos da bromocriptina, porém em menor intensidade e frequência.

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54
Q

Qual é o tratamento inicial recomendado para macroprolactinomas e qual é a próxima opção em caso de ausência de resposta?

A

Para macroprolactinomas, o tratamento inicial é clínico, com a menor dose possível de bromocriptina ou cabergolina. Na ausência de resposta, está indicada a cirurgia transesfenoidal. Cerca de 2/3 dos macroprolactinomas regridem com o tratamento clínico.

55
Q

Qual era o exame de eleição para detecção de tumores hipofisários e por que não é mais considerado como tal?

A

A radiografia em cone da sela túrcica era solicitada para a detecção de tumores hipofisários. Atualmente, não é mais considerada o exame de eleição devido à disponibilidade da ressonância magnética (RM) ou da tomografia computadorizada (TC), que são mais precisas na detecção de alterações selares de menor extensão. A radiografia em cone da sela túrcica só deve ser considerada na indisponibilidade da RM ou da TC e é capaz de detectar apenas alterações selares de grande extensão.

56
Q

O que pode causar hiperprolactinemia em pacientes com hipotireoidismo e como essa condição pode ser tratada?

A

Pacientes com hipotireoidismo ocasionalmente podem exibir hiperprolactinemia devido à hiperplasia dos tireotrofos da hipófise, causada pelo aumento dos níveis de TRH. Essas pacientes respondem à reposição de hormônios tireoidianos, o que leva à diminuição das dimensões hipofisárias e à normalização dos níveis de prolactina.

57
Q

Qual a prevalência de hiperprolactinemia em pacientes com insuficiência renal crônica e como essa condição pode ser normalizada?

A

A hiperprolactinemia ocorre em 20 a 75% das pacientes com insuficiência renal crônica. Os níveis de prolactina não são normalizados através da hemodiálise, mas normalizam-se após o transplante renal.

58
Q

Quais são as possíveis consequências da hiperprolactinemia em pacientes com hiperandrogenemia?

A

Em algumas pacientes com hiperandrogenemia, também pode ocorrer hiperprolactinemia. Níveis elevados de prolactina podem alterar a função da suprarrenal, estimulando a liberação de androgênios adrenais, como o SDHEA.

59
Q

Qual é o objetivo do teste da progesterona e quando deve ser realizado?

A

O teste da progesterona avalia simultaneamente o status estrogênico e a patência do trato genital de saída (compartimento I). Deve ser realizado após a investigação inicial do TSH e da prolactina.

60
Q

Como é realizado o teste da progesterona e o que significa a ocorrência do sangramento de supressão após o término do esquema?

A

O teste da progesterona envolve a administração de acetato de medroxiprogesterona ou progesterona micronizada oral durante cinco a sete dias. A ocorrência do sangramento de supressão dois a sete dias após o término do esquema indica que o estrogênio endógeno causou a proliferação endometrial normal e que o trajeto de saída está pérvio.

61
Q

O que a ausência de sangramento após o teste da progesterona pode indicar e como prossegue a propedêutica nesses casos?

A

A ausência de sangramento após o teste da progesterona pode indicar causas relacionadas à produção estrogênica deficiente, resposta endometrial inadequada ou fator obstrutivo do trato de saída. A propedêutica prossegue com o teste do estrogênio.

62
Q

Qual é o objetivo do teste do estrogênio e como é realizado?

A

O objetivo do teste do estrogênio é mimetizar um ciclo com estrogênio e progesterona exógenos para examinar a resposta endometrial e avaliar a patência do trato de saída. É realizado administrando estrogênios conjugados ou estradiol oral por 21 dias, com associação de progesterona nos cinco últimos dias.

63
Q

O que significa a ocorrência de sangramento após o teste do estrogênio e o que isso exclui?

A

A ocorrência de sangramento após o teste do estrogênio, conhecido como teste positivo, exclui as causas uterovaginais de amenorreia.

64
Q

O que significa a falta de resposta ao ciclo artificial de estrogênio e progesterona?

A

A falta de resposta ao ciclo artificial de estrogênio e progesterona sugere uma alteração no compartimento I, ou seja, anomalias do trato genital. Isso geralmente está associado a causas de amenorreia primária.

65
Q

O que significa a presença de sangramento após o teste do estrogênio em relação aos compartimentos II, III e IV?

A

A presença de sangramento após o teste do estrogênio sugere que a deficiência de estrogênio e progesterona pode ser atribuída a uma causa ovariana ou a um distúrbio no eixo hipotálamo-hipofisário. Portanto, é necessário avaliar o compartimento II (desordens gonádicas), o compartimento III (desordens hipofisárias) e o compartimento IV (desordens hipotalâmicas).

66
Q

Como a dosagem do FSH plasmático auxilia no diagnóstico diferencial das causas de amenorreia?

A

A dosagem do FSH plasmático é suficiente para distinguir entre as causas hipergonadotrópicas (aumento do FSH) e as hipogonadotrópicas (diminuição do FSH). Dosagens elevadas de FSH indicam integridade do eixo hipotálamo-hipofisário, mas ausência de produção adequada dos hormônios ovarianos, caracterizando o hipogonadismo hipergonadotrófico. Dosagens baixas de FSH indicam ausência de estímulo central para a produção ovariana, caracterizando o hipogonadismo hipogonadotrófico.

67
Q

Por que é importante respeitar um intervalo entre o teste do estrogênio e a dosagem plasmática do FSH?

A

A administração de hormônios exógenos durante o teste do estrogênio pode alterar a produção de gonadotrofinas. Portanto, é importante respeitar um intervalo de pelo menos duas semanas entre o teste do estrogênio e a dosagem plasmática do FSH para evitar interferências nos resultados.

68
Q

Qual é o método de imagem de eleição para o rastreio de tumores do sistema nervoso central?

A

O método de imagem de eleição para o rastreio de tumores do sistema nervoso central é a ressonância magnética (RM). Em casos de impossibilidade de realizar a RM, a tomografia computadorizada (TC) pode ser indicada.

69
Q

Por que a indicação rotineira de métodos de imagem no início da investigação da amenorreia deve ser desestimulada?

A

A indicação rotineira de métodos de imagem no início da investigação da amenorreia deve ser desestimulada porque pode levar ao achado incidental de incidentalomas hipofisários, que são tumores hipofisários não funcionantes sem repercussões clínicas significativas. Cerca de 10% da população geral apresenta microadenoma hipofisário sem sintomatologia associada.

70
Q

Além dos tumores hipofisários e hipotalâmicos, quais outras condições podem levar a níveis pré-púberes de gonadotrofinas?

A

Além dos tumores hipofisários e hipotalâmicos, a anorexia nervosa também pode cursar com níveis pré-púberes de gonadotrofinas. Outras causas de aumento dos níveis de gonadotrofinas incluem tumores produtores de gonadotrofinas, como neoplasias malignas de pulmão.

71
Q

Quais são os valores normais de FSH e LH para uma mulher normal adulta?

A

Os valores normais de FSH e LH para uma mulher normal adulta situam-se entre 5 e 20 UI/L, com o pico ovulatório aproximadamente duas vezes superior ao valor basal para o FSH e três vezes superior para o LH.

72
Q

O que indicam os níveis de FSH e LH inferiores a 5 UI/L?

A

Níveis de FSH e LH inferiores a 5 UI/L indicam estados hipogonadotróficos, como pré-puberal, disfunções hipofisárias e hipotalâmicas.

73
Q

Quando os níveis de FSH e LH indicam estados hipergonadotróficos?

A

Níveis de FSH maiores que 20 UI/L e de LH maiores que 40 UI/L indicam estados hipergonadotróficos, como falência ovariana.

74
Q

Como é realizado o teste do GnRH e como ele é interpretado?

A

No teste do GnRH, administra-se 100 mg de GnRH por via intravenosa após coleta de uma amostra de sangue para avaliação basal dos níveis de LH e FSH. Posteriormente, os níveis de LH e FSH são avaliados novamente. O teste é considerado positivo quando há aumento dos níveis de LH e/ou FSH de, no mínimo, 200% em relação aos valores basais, sugerindo um defeito hipotalâmico. Em mulheres que não respondem ao teste, é recomendável a repetição após quatro a sete dias devido à possibilidade de dessensibilização da glândula por hipotrofia funcional.

75
Q

Quais substâncias inibem a liberação de GnRH e quais a estimulam?

A

Resposta: Inibem: opioides endógenos, CRH, melatonina, ácido gama-aminobutírico (GABA); Estimulam: catecolaminas, acetilcolina, peptídeo intestinal vasoativo (VIP).

76
Q

Além de fatores psíquicos, quais outros fatores podem suprimir a secreção de GnRH?

A

Resposta: Doença crônica, desnutrição, estresse, distúrbios psiquiátricos e exercício.

77
Q

Quais são algumas condições médicas que podem causar feedback anormal e afetar a secreção de GnRH?

A

Resposta: Hiperprolactinemia, doença de Cushing, acromegalia.

78
Q

O que pode resultar de uma diminuição significativa da pulsatilidade do GnRH?

A

Resposta: Amenorreia.

79
Q

Onde se origina a maioria das amenorreias secundárias e o que elas representam?

A

Resposta: A maioria das amenorreias secundárias possui origem hipotalâmica, representando o hipogonadismo hipogonadotrófico.

80
Q

Como é feito o diagnóstico de amenorreia hipotalâmica?

A

Resposta: Dependente da exclusão de lesões hipofisárias.

81
Q

O que geralmente é atribuído como causa quando não há identificação óbvia de amenorreia hipotalâmica?

A

Resposta: Aumento do CRH (hormônio liberador da corticotropina), que desencadeia aumento da secreção opioide, que por sua vez diminui a secreção de GnRH.

82
Q

Quais são alguns dos achados associados à amenorreia hipotalâmica?

A

Resposta: Níveis normais de prolactina, radiografia de sela túrcica normal; falha da terapia de supressão apenas com progesterona; resposta normal ao estímulo sequencial de estrogênio e progesterona.

83
Q

Como o estresse pode levar à amenorreia em mulheres?

A

Resposta: O estresse, uma forma de psiquismo acentuado, acarreta alterações cortico-hipotalâmicas que se manifestam por distúrbios no mecanismo de retroalimentação do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano, culminando com a amenorreia.

84
Q

Quais são os hormônios e neurotransmissores que parecem ter uma maior produção em resposta ao estresse e que podem desregular a liberação do GnRH?

A

Resposta: Parece que há uma maior produção de CRH (hormônio liberador de corticotrofina), opioides endógenos, vasopressina e GABA.

85
Q

Além do estresse, que outros fatores psíquicos podem levar à amenorreia?

A

Resposta: O medo e o anseio demasiado de gestar podem levar mulheres com alto grau de neurose à amenorreia.

86
Q

Qual é a relação entre bulimia, anorexia nervosa e amenorreia?

A

Resposta: A bulimia e a anorexia nervosa podem ser responsáveis por amenorreia.

87
Q

Por que a etiologia da supressão do GnRH nos distúrbios alimentares é atribuída a alterações psíquicas e não à desnutrição em si?

A

Resposta: Porque a alteração é atribuída a alterações psíquicas, não se devendo à desnutrição em si.

88
Q

Como os sintomas relacionados à anorexia podem traduzir a disfunção de diversos mecanismos de regulação hipotalâmica?

A

Resposta: Os sintomas relacionados à anorexia traduzem a disfunção de diversos mecanismos de regulação hipotalâmica, tais como temperatura, sono, secreção endócrina e equilíbrio autonômico.

89
Q

Que tipos de irregularidades menstruais podem ser induzidas pela rotina de atividade física extenuante em mulheres?

A

Resposta: Amenorreia secundária ou primária (atraso na menarca de até três anos).

90
Q

Quais são alguns dos grupos de mulheres mais propensos a desenvolverem essas irregularidades menstruais devido a treinamento exaustivo?

A

Resposta: Mulheres dedicadas a um treinamento exaustivo, como maratonistas, triatletas e bailarinas.

91
Q

Quais são os níveis hormonais comumente observados em mulheres que praticam atividades físicas extenuantes?

A

Resposta: Níveis de gonadotrofinas e hormônios tireoidianos diminuídos e níveis elevados de prolactina, GH, testosterona, ACTH, esteroides adrenais e endorfinas.

92
Q

Quais são as principais etiologias da supressão do GnRH em mulheres com uma rotina de atividade física extenuante?

A

Resposta: Alterações de Neurotransmissores, Peso Crítico (Percentual de Gordura Corporal Muito Diminuído) e Gasto Energético.

93
Q

Como as alterações nos neurotransmissores podem contribuir para a amenorreia induzida pelo exercício físico?

A

Resposta: As alterações interferem na produção de gonadotrofinas por defeitos de receptividade em nível central e impõem uma mudança no padrão de liberação do GnRH, provocando amenorreia.

94
Q

Por que o peso corporal e o percentual de gordura são importantes para a manutenção da menstruação?

A

Resposta: Há um limiar mínimo de gordura corporal necessária para o surgimento da menarca e para a manutenção das menstruações.

95
Q

Qual é a teoria do deficit energético relativo e como ela está relacionada à amenorreia induzida pelo exercício físico?

A

Resposta: Se houver mais necessidade de energia, como no exercício, ou menor ganho de energia, como em restrições alimentares, o organismo irá poupar a energia que despenderia para manter ciclos menstruais e a paciente entra em anovulação.

96
Q

Qual é a manifestação principal do atraso constitucional da puberdade?

A

Resposta: Hipogonadismo hipogonadotrófico, caracterizado por um retardo no desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários (puberdade tardia).

97
Q

Como os níveis de GnRH se comportam em relação à idade cronológica em indivíduos com atraso constitucional da puberdade?

A

Resposta: Os níveis de GnRH são funcionalmente deficientes em relação à idade cronológica.

98
Q

Qual é o padrão de herança do atraso constitucional da puberdade entre famílias?

A

Resposta: Padrão autossômico dominante.

99
Q

Como é feito o diagnóstico do atraso constitucional da puberdade e quais são os exames e avaliações necessários?

A

Resposta: O diagnóstico depende da exclusão de outras causas de puberdade tardia e da documentação de um desenvolvimento sexual normal com o decorrer do acompanhamento. São necessários anamnese, exame físico minucioso, exame radiológico para avaliação da idade óssea, RX e RM do crânio, dosagens de gonadotrofinas, prolactina, esteroides (gonadais e adrenais) e hormônios tireoidianos.

100
Q

Além do atraso constitucional da puberdade, quais outras condições devem ser excluídas durante a investigação diagnóstica?

A

Resposta: Síndrome de Turner, disgenesia gonadal, hipotireoidismo, hipopituitarismo e doenças crônicas.

101
Q

Por que é importante realizar exames radiológicos, como RX e RM do crânio, durante a investigação do atraso constitucional da puberdade?

A

Resposta: Para avaliação da presença de tumores, como o craniofaringioma, que estão associados com puberdade tardia.

102
Q

Qual é a relação entre a maturação sexual e a idade óssea em casos de atraso constitucional da puberdade?

A

Resposta: A maturação sexual não é proporcional à idade cronológica, mas sim à maturação óssea, que nestes casos também é mais demorada.

103
Q

Qual é a causa mais comum de puberdade tardia?

A

Resposta: O atraso constitucional da puberdade.

104
Q

Qual é a síndrome neuropática mais conhecida associada à amenorreia hipotalâmica e como ela se manifesta?

A

Resposta: A síndrome neuropática mais conhecida é a Síndrome de Kallmann. Ela se manifesta por amenorreia primária devido à secreção deficiente de GnRH, infantilismo sexual e anosmia ou hiposmia.

105
Q

Como é caracterizada a síndrome de Kallmann em mulheres?

A

Resposta: Na mulher, caracteriza-se por amenorreia primária por secreção deficiente de GnRH, infantilismo sexual e anosmia ou hiposmia. Ao exame físico, apresentam infantilismo sexual e biotipo eunucoide, embora possa haver algum grau de desenvolvimento mamário. Os ovários são pequenos, com folículos pouco desenvolvidos e os níveis de gonadotrofinas são baixos.

106
Q

Qual é o tratamento de primeira escolha para pacientes com síndrome de Kallmann?

A

Resposta: O tratamento de primeira escolha é a administração pulsátil de GnRH exógeno, ao qual essas pacientes respondem de forma excelente.

107
Q

Quais são algumas das características clínicas da síndrome de Laurence-Moon-Biedl?

A

Resposta: A síndrome de Laurence-Moon-Biedl é caracterizada por amenorreia primária, retardo mental, obesidade, baixa estatura, polidactilia e braquidactilia.

108
Q

Como é definida a síndrome de Morgagni-Stewart-Morel?

A

Resposta: É definida como amenorreia primária, hirsutismo e hiperosteose congênita interna do frontal (alargamento da camada externa do osso).

109
Q

Quais são as características da síndrome de Froehlich?

A

Resposta: Caracteriza-se por hipogonadismo hipotalâmico e obesidade, com deposição típica de gordura nas mamas, monte de vênus e cintura.

110
Q

O que é a amenorreia pós-pílula e quanto tempo pode persistir após a interrupção do uso de anticoncepcionais hormonais?

A

Resposta: A amenorreia pós-pílula refere-se à ausência de menstruação após a interrupção do uso de anticoncepcionais hormonais. Pode persistir por até seis meses após a suspensão do anticoncepcional combinado ou 12 meses após a última aplicação intramuscular do acetato de medroxiprogesterona.

111
Q

Além de androgênios e tranquilizantes, que outras substâncias podem levar à amenorreia por mecanismo de feedback negativo com os neuro-hormônios?

A

Resposta: Outras substâncias incluem medicamentos como metoclopramida, metildopa, sulpirida e outras.

112
Q

Como outras medicações podem levar à amenorreia e à galactorreia?

A

Resposta: Essas medicações podem aumentar os níveis de prolactina, causando amenorreia e galactorreia.

113
Q

Quais são alguns dos tumores hipotalâmicos que podem alterar a produção de GnRH e levar ao hipogonadismo hipogonadotrófico?

A

Resposta: Alguns tumores hipotalâmicos incluem craniofaringiomas (mais comuns), germinomas, granulomas tuberculares ou sarcoides e cistos dermoides.

114
Q

Quais são algumas das causas de hipopituitarismo que podem levar à amenorreia secundária?

A

Resposta: Tumores hipofisários, infartos, lesões infiltrativas ou granulomatosas, ablações cirúrgicas ou radioterapia e hiperprolactinemia podem causar hipopituitarismo e, consequentemente, amenorreia secundária.

115
Q

Por que é importante prestar atenção especial às causas tumorais de hipopituitarismo?

A

Resposta: Embora geralmente benignos, os tumores hipofisários são os causadores mais frequentes da amenorreia de origem hipofisária, devido à sua expansão e compressão do quiasma óptico, além de alterações endócrinas.

116
Q

Quais são os sintomas que os tumores hipofisários podem desencadear?

A

Resposta: Os tumores hipofisários podem desencadear sintomas pela secreção exagerada de determinados hormônios ou pela redução desta secreção, por compressão local ou inibição direta. Eles podem acarretar amenorreia primária ou secundária, dependendo do momento de seu surgimento.

117
Q

Qual é o tipo mais comum de adenoma hipofisário e qual condição está associada a ele?

A

Resposta: O prolactinoma é o tipo mais comum de adenoma hipofisário, representando 50% dos casos, e está associado à hiperprolactinemia.

118
Q

Além do prolactinoma, quais outros adenomas funcionantes da hipófise podem causar amenorreia e qual é a indicação de tratamento para eles?

A

Resposta: Outros adenomas funcionantes da hipófise que podem causar amenorreia incluem os produtores de GH, ACTH e TSH. A indicação de tratamento para esses adenomas é cirúrgica.

119
Q

O que são adenomas não funcionantes da hipófise e como costumam ser abordados quando assintomáticos?

A

Resposta: Adenomas não funcionantes da hipófise são achados incidentais (incidentalomas) e, quando assintomáticos e de tamanho menor que um centímetro, a conduta pode ser expectante, com acompanhamento clínico.

120
Q

Por que é importante monitorar os sintomas compressivos do quiasma óptico em pacientes com adenomas hipofisários assintomáticos?

A

Resposta: É importante monitorar esses sintomas porque os adenomas hipofisários assintomáticos podem causar compressão do quiasma óptico, levando a alterações visuais.

121
Q

O que é a síndrome de Simmonds e qual é sua relação com a síndrome de Sheehan?

A

Resposta: A síndrome de Simmonds é uma desordem da hipófise que resulta de trauma, lesões vasculares ou tumores, levando a um quadro de pan-hipopituitarismo. Ela é semelhante à síndrome de Sheehan em sua etiologia, mas não está relacionada ao parto.

122
Q

Quais são as possíveis causas da síndrome de Simmonds?

A

Resposta: As possíveis causas incluem trauma, lesões vasculares ou tumores que afetam a hipófise.

123
Q

Quais são os principais sintomas associados à síndrome de Simmonds?

A

Resposta: Os principais sintomas incluem perda de função tireoidiana e dos ovários, envelhecimento prematuro, redução do metabolismo, sintomas psíquicos, perda de peso, perda de pelos e redução da resistência às infecções, entre outros.

124
Q

O que é a síndrome da sela vazia e quais são suas características congênitas?

A

A síndrome da sela vazia é um defeito congênito no qual a hipófise está deslocada para o espaço subaracnoideo devido à ausência do diafragma selar. Geralmente, não apresenta maiores consequências.

125
Q

Quais são algumas causas de amenorreia gonadal relacionadas ao desenvolvimento embriológico anormal dos ovários?

A

Resposta: Disgenesia ou agenesia gonádica.

126
Q

Além da disgenesia gonádica, quais outras condições podem causar amenorreia gonadal?

A

Resposta: Menopausa precoce, síndrome de Savage (ovários resistentes), tumores ovarianos funcionantes, anovulação crônica, SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos) e alterações genotípicas.

127
Q

O que caracteriza a síndrome de Savage?

A

Resposta: A síndrome de Savage é caracterizada por ovários resistentes à ação das gonadotrofinas.

128
Q

Quais são algumas das causas de amenorreia gonadal relacionadas a tumores ovarianos?

A

Resposta: Tumores ovarianos funcionantes.

129
Q

Quais são algumas condições endócrinas que podem causar amenorreia gonadal?

A

Resposta: Deficiência de 5 alfa-redutase, deficiência de 17 alfa-hidroxilase e outras condições relacionadas à falência ovariana precoce.

130
Q

O que é galactosemia e como está relacionada à amenorreia gonadal?

A

Resposta: A galactosemia é um distúrbio metabólico caracterizado pela incapacidade do organismo de metabolizar a galactose. Se não tratada, pode levar à amenorreia gonadal devido ao acúmulo de galactose nos ovários, afetando sua função.

131
Q

O que é a síndrome dos ovários policísticos e como ela se manifesta clinicamente?

A

Resposta: A síndrome dos ovários policísticos é caracterizada por uma anovulação hiperestrogênica hiperandrogênica crônica. Clinicamente, manifesta-se com irregularidade menstrual, hirsutismo, acne, obesidade central, resistência à insulina e infertilidade.

132
Q

Por que os ovários com aspecto policístico não são considerados um sinal isolado da síndrome dos ovários policísticos?

A

Resposta: Os ovários com aspecto policístico são uma consequência da anovulação, e não são considerados um sinal isolado da síndrome dos ovários policísticos, especialmente se observados em pacientes assintomáticas em exame ultrassonográfico de rotina.

133
Q
A