ánalises Flashcards
O que são EPIs e EPCs ?
EPIs são equipamentos de proteção individual, como jalecos (de manga comprida e fechados), luvas, máscaras e óculos de proteção. EPCs são equipamentos de proteção coletiva, como sistemas de ventilação, alarmes e sinalização de segurança, chuveiro e lava-olhos de emergência, barreiras físicas e capelas e cabines de segurança.
Como os resíduos de saúde são classificados? Como os resíduos infectantes e os perfurocortantes devem ser descartados?
Eles são classificados em resíduos infectantes (A), químicos (B), radioativo (C), comum (D) e perfuro-cortante (E). Os resíduos infectantes devem ser descartados em recipientes adequados, como caixas específicas para esse descarte e sacos de lixo brancos, que irão para o descarte adequado. Os resíduos perfurocortantes devem ser descartados em caixas adequadas para esse descarte.
O que são POPs?
POPs são procedimentos operacionais padrões. São documentos que descrevem detalhadamente o passo a passo de determinado procedimento. Esse documento precisa, necessariamente, conter as informações essenciais e objetivas para que o mesmo seja realizado corretamente. Os POPs fazem parte do gerenciamento de qualidade e segurança de um laboratório, pois é um modo de evitar erros e garantir segurança para quem irá executá-lo. Periodicamente, eles devem ser revisados e atualizados
Qual a importância dos mapas de risco? Quais são os principais riscos que podem ser indicados nos mapas e quais as cores associadas a cada um destes riscos?
O mapa de risco serve para que as pessoas que frequentam aquele espaço possam se situar dos riscos encontrados em cada cômodo e espaço do local. Os principais riscos são: físicos (cor verde), químicos (cor vermelha), biológico (cor marrom), ergonômico (cor amarela) e de acidente (cor azul)
Qual é a finalidade das fichas de informação de segurança de produtos químicos e quais as informações relevantes que elas nos apresentam?
As fichas de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ) servem para informar, de forma clara e objetiva, sobre determinado produto. São fornecidas informações como procedimentos necessários para garantir a segurança de quem o manuseia, riscos à integridade física, forma correta de se armazenar, transportar, como combater em casos de intoxicação, incêndios ou outras situações de emergência. Essas informações precisam estar sempre à disposição dos usuários dos produtos.
Qual é a função da capela de exaustão e das cabines de segurança biológica?
A capela de exaustão e as cabines de segurança biológica servem para proteger o usuário que irá manipular alguma amostra ou substância.
Na capela de exaustão, o sistema de exaustão remove os vapores contaminados, dessa forma garantindo segurança do usuário, protegendo-o de substâncias gasosas tóxicas. As cabines de segurança biológica podem ser classificadas em três tipos: classe I, II e III, que variam de acordo com o nível de biossegurança necessário. Elas garantem segurança para o usuário, para o ambiente do laboratório e, também, para o material manipulado por conta do filtro HEPA, que possui alta eficiência. As capelas e cabines conseguem realizar suas funções por conta do chamado fluxo laminar, que move o ar em única direção com velocidade constante, que evita a dispersão de partículas pelo ambiente do laboratório.
Quais são os tipos de cabines de segurança biológica e quais as diferenças mais relevantes entre elas? Destaque especialmente com quais classes de risco biológico cada cabine pode ser utilizada.
cabine de segurança biológica de classe I fornece proteção para o usuário e para o ambiente, mas não garante para a amostra, pois o ar do ambiente pode ter contato com ela. Seu principal diferencial é ser usado para trabalhar com materiais desconhecidos ou com potencial de periculosidade. Essa cabine é usada para materiais biológicos do grupo de risco 1, 2 e 3.
A cabine de segurança biológica de classe II fornece proteção para o usuário, ambiente e para a amostra. Elas são utilizadas em laboratórios clínicos, onde há o estudo e manipulação de agentes infecciosos. Dentro dessa categoria, há uma subdivisão (A1, A2, B1 e B2), de acordo com o tipo de exaustão, que varia com a quantidade de ar expelido. Essa cabine é usada para materiais biológicos de grupos de risco 2, 3 e 4. É encontrada em hospitais e laboratórios de pesquisa e também farmacêuticos.
A cabine de segurança biológica de classe III é a que fornece o mais alto nível de proteção para o usuário. Ela é completamente fechada, garantindo que absolutamente nenhuma partícula contaminada saia para o meio ambiente, e diferentemente das outras classificações de cabines, essa em específico possui luvas para que o usuário manuseie o que está no interior da cabine. Ela é usada para materiais biológicos de grupos de risco 4, e está presente em laboratórios classificados em níveis de biossegurança 3 ou 4.
Como os agentes infecciosos podem ser classificados de acordo com o risco biológico? Esclareça o que caracteriza cada risco biológico.
Os agentes infecciosos são classificados de acordo com a classificação de risco biológico, ou seja, na probabilidade da exposição ao agente, baseado no grau de risco individual, coletivo e se há profilaxia/terapia eficaz. Os critérios levados em consideração para classificá-los são, por exemplo: infectividade, patogenicidade, virulência, disponibilidade de medidas profiláticas eficazes, modo de transmissão, dose infectante, entre outros.
Quais são os níveis de Biossegurança e quais são as particularidades de cada um destes diferentes níveis de biossegurança?
Os níveis de biossegurança são classificados em Nível de Biossegurança 1, 2, 3 e 4, em ordem crescente de risco, se baseando na classificação dos agentes etiológicos. Isso define o grau de proteção necessária para quem está no laboratório, ao meio ambiente e a sociedade. Dentro de cada nível de biossegurança estão práticas e técnicas de laboratório necessárias, equipamentos de segurança individuais e coletivos, garantindo segurança a todos.
Nível de biossegurança 1: nessa classificação, são manipulados agentes biológicos da classe de risco 1, que não causam doenças aos homens e animais.
Nível de biossegurança 2: são manuseados agentes que podem causar doenças em humanos ou animais, mas sem riscos graves.
Nível de biossegurança 3: são manuseados agentes com potencial de transmissão aérea que podem causar doenças em humanos e animais.
Nível de biossegurança 4: são manuseados agentes com potencial letal para humanos e animais, sem medidas de tratamento ou profilaxia comprovadamente eficazes.
Quais diferentes cuidados relacionados a EPIs, EPCs e barreiras de contenção secundárias em cada um destes diferentes níveis de Biossegurança exigem?
Nível de biossegurança 1: São necessários EPIs, como luva, jaleco e touca, mas os EPCs são dispensáveis. Como barreiras de contenção secundárias, são necessárias pias para lavar as mãos próximas à saída.
Nível de biossegurança 2: São utilizadas EPIs como jaleco, luvas, toucas e máscaras, e EPCs, como autoclave e cabines de classe I ou II. São necessárias práticas como acesso limitado ao laboratório, precaução com objetos perfurocortantes e os trabalhadores do laboratório precisam do manual de biossegurança. Como barreira de contenção secundária, o teto, piso e paredes não podem ter juntas, precisam ser lisas.
Nível de biossegurança 3: Os EPIs necessários são macacões, proteção respiratória e protetores de olhos e face. Os EPCs necessários são cabines de classe I ou II e autoclave. São necessárias práticas como acesso controlado ao interior do laboratório e descontaminação geral dos resíduos e EPIs. Também é necessário o intertravamento da porta e exaustão por filtro como barreira de contenção secundária.
Nível de biossegurança 4: Como EPIs, são usados macacões de pressão positiva, e de EPCs cabines de classe II B 2 ou III. É necessário banho de descontaminação química e incineração dos resíduos do laboratório. Como barreira de contenção secundária, o edifício precisa, obrigatoriamente, estar isolado ou separado de outros prédios, possuir leitor biométrico, dois filtros para exaustão e descontaminação de efluentes.
Qual a diferença entre esterilização, desinfecção, assepsia e antissepsia?
Esterilização: é a destruição de todos os organismos - até mesmo esporulados - por meio de processos físicos e/ou químicos. Alguns exemplos são calor, radiação ou pelo uso de substâncias químicas.
Desinfecção: é a eliminação de microrganismos - menos os esporulados - por processos físicos e/ou químicos, com o uso de desinfetantes.
Assepsia: é o método utilizado para impedir a contaminação de materiais ou superfícies.
Antissepsia: é a eliminação de microrganismos da pele, mucosas ou outros tecidos vivos, com o uso dos antissépticos.
Como funciona a autoclave? Ela permite a desinfecção ou a esterilização?
A autoclave funciona utilizando vapor saturado em alta pressão, que gera grande calor e umidade que facilita na eliminação de microrganismos. Esse processo permite a esterilização, pois destrói até microrganismos esporulados, sendo caracterizada como um dos métodos mais eficazes.
Esclareça o que são erros pré-analíticos, analíticos e pós-analíticos e relate quais são os principais tipos de erros que ocorrem nestas diferentes fases de processo laboratorial
Influências pré-analíticas são erros que ocorrem antes do exame que virá a ser realizado pelo paciente. Isso engloba erros desde uma solicitação errada pelo médico, até erros no cadastro do paciente, coleta incorreta ou insuficiente e armazenamento inadequado da amostra. Os principais erros pré-analíticos são: solicitação inadequada de exame pelo médico responsável, cadastro do paciente feito com informações faltando ou incorretas, coleta da amostra feita de forma incorreta (uso de técnicas erradas, coletar volume insuficiente, amostra com coágulos ou hemólise), identificação incorreta, confundindo as amostras, e armazenamento e transporte inadequados em relação às necessidades de cada amostra.
Influências analíticas ocorrem durante o momento do exame. Os principais erros nessa fase são: falta de manutenção e calibragem dos aparelhos, erros causados pela equipe do laboratório, perda das amostras em laboratórios que não possuem geradores, pois as amostras perdem seu ambiente de armazenamento ideal, utilização de reagentes alterados ou louças contaminadas por descuidos anteriores.
Influências pós-analíticas são aquelas que ocorrem após a amostra ser analisada. Caso isso ocorra, será necessário refazer todo o exame, até mesmo refazer a coleta da amostra do paciente. Os erros pós-analíticos mais comuns são erros de interpretação dos resultados obtidos, digitação incorreta dos valores e resultados obtidos e erros de impressão, por exemplo a falta de vírgula ou ponto nos valores.
Existem diferentes tipos de tubos, apresentando tampas de cores diferentes. As cores estão associadas a finalidades diferentes dentro de um laboratório. Quais são estas cores e quais são as finalidades de cada um destes tubos?
Os tubos servem para coletar amostras biológicas, e em seu interior há mecanismos de ação, como coagulantes e anticoagulantes, inibidores de trombina, entre outros. As cores são, em respectiva ordem: azul, vermelho, amarelo, verde, roxo e cinza. O tubo azul possui citrato, usado em exames de coagulação. O tubo vermelho possui ou não ativadores de coágulos, sem a presença de gel separador, enquanto o amarelo possui ativador de coágulo e gel separador. O tubo verde possui heparina, que inibe a trombina. O tubo roxo possui EDTA, que preserva a morfologia das células do sangue. Por fim, o tubo cinza possui EDTA e fluoreto, que inibem a degradação da glicose.
Por que nas análises de urina rotina a amostra ideal para a realização do exame é a coletada a partir do jato médio, com assepsia?
Se coleta o jato médio pois o primeiro jato não trará uma amostra confiável, podendo estar infectada ou contaminada, já com o jato médio a amostra é confiável pois representa de forma confiável o material presente na bexiga evitando contaminação da amostra com células epiteliais, microrganismos ou muco da uretra. Assim, o primeiro jato de urina contém células e secreções presentes na uretra, principalmente se o paciente estiver com um processo inflamatório ou infeccioso, para a análise da urina correta é importante que a amostra não estava contaminada, por isso o jato médio.