Capítulo 2 - Projeções Cartográficas; A Carta Náutica Flashcards

1
Q

Distinção entre mapa e carta

A

MAPA: é a representação do globo terrestre, ou de trechos da sua superfície, sobre um
plano, indicando fronteiras políticas, características físicas, localização de cidades e outras
informações geográficas, sócio-políticas ou econômicas. Os mapas, normalmente, não têm
caráter técnico ou científico especializado, servindo apenas para fins ilustrativos ou
culturais e exibindo suas informações por meio de cores e símbolos.

CARTA: é, também, uma representação da superfície terrestre sobre um plano, mas foi
especialmente traçada para ser usada em navegação ou outra atividade técnica ou científica,
servindo não só para ser examinada, mas, principalmente, para que se trabalhe sobre ela
na resolução de problemas gráficos, onde os principais elementos serão ângulos e distâncias,
ou na determinação da posição através das coordenadas geográficas (latitude e longitude).

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2
Q

Importância das cartas náuticas

A

As CARTAS permitem medições precisas de distâncias e direções (azimutes).

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3
Q

SISTEMAS DE PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

A

são métodos utilizados para representar a superfície de uma esfera (ou de um elipsóide), no todo ou em parte, sobre uma superfície plana. O processo consiste em transferir pontos da superfície da esfera (ou elipsóide) para um plano, ou para uma superfície desenvolvível em um plano, tal como um
cilindro ou um cone.

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4
Q

Propriedadade da conformidade

A

Representação dos ângulos sem deformação e, em decorrência, manutenção da verdadeira
forma das áreas a serem representadas

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5
Q

Características das projeções em cartas de grande e pequena escala

A

As características distintas de cada sistema de projeção são mais notáveis em cartas que representam grandes áreas. À medida que a área representada se reduz, as diferenças entre as várias projeções passam a ser menos conspícuas, até que, nas cartas de escala muito grande, como nas cartas de portos ou outras áreas restritas, todas as projeções tornam-se praticamente idênticas.

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6
Q

Propriedade da equivalência

A

Inalterabilidade das dimensões relativas das mesmas

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7
Q

Propriedade da equidistância

A

Constância das relações entre as distâncias dos pontos representados e as distâncias dos seus correspondentes na superfície da Terra

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8
Q

Propriedades almejadas por uma carta náutica

A
  1. Representação dos ângulos sem deformação e, em decorrência, manutenção da verdadeira
    forma das áreas a serem representadas (conformidade).
  2. Inalterabilidade das dimensões relativas das mesmas (equivalência).
  3. Constância das relações entre as distâncias dos pontos representados e as distâncias
    dos seus correspondentes na superfície da Terra (eqüidistância).
  4. Representação dos círculos máximos por meio de linhas retas.
  5. Representação das loxodromias (linhas de rumo) por linhas retas.
  6. Facilidade de obtenção das coordenadas geográficas dos pontos e, vice-versa, da plotagem
    dos pontos por meio de suas coordenadas geográficas.

As propriedades acima relacionadas seriam facilmente conseguidas se a superfície
da Terra fosse plana ou uma superfície desenvolvível. Como tal não ocorre, torna-se impossível
a construção da carta-ideal, isto é, da carta que reúna todas as condições desejáveis.
A solução será, portanto, construir uma carta que, sem possuir todas as condições ideais, possua aquelas que satisfaçam determinado objetivo

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9
Q

Maior necessidade da Cartografia Náutica

A

A Cartografia Náutica necessita representar a linha de rumo (loxodromia) como
uma linha reta e de modo que essa reta forme com as transformadas dos meridianos um
ângulo constante e igual ao seu azimute

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10
Q

Método de construção das projeções

A

Geométricas, analíticas e convencionais.

A geométrica ainda se divide em projeções perspectivas e pseudo-perspectivas.

As perspectivas costumam se dividir em 3:
a) gnomônica – ponto de vista no
centro da Terra;
b) estereográfica – ponto de vista
na superfície da Terra;
c) ortográfica – ponto de vista no infinito.

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11
Q

Projeções pseudo-perspectivas

A

São projeções perspectivas nas quais se recorre a algum artifício, de maneira a se obter determinada propriedade.

Um exemplo desse tipo de projeção é a projeção cilíndrica equatorial estereográfica, na qual o ponto de vista não fica fixo, mas vai percorrendo o equador, situando-se sempre no anti- meridiano do ponto a projetar.

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12
Q

Projeções analíticas

A

Não são propriamente geométrica, apresentando leis matemáticas que foram inseridas a fim de a concederem determinadas propriedades.

Por conta dessas adapatações, este grupo é relevante.

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13
Q

Projeções convencionais

A

são as que se baseiam em princípios arbitrários, puramente convencionais, em função dos quais se estabelecem suas expressões matemáticas.

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14
Q

Superfície de projeção adotada

A

Outra importante classificação dos sistemas de projeções. Essa superfície pode ser um plano ou uma superfície auxiliar desenvolvível em um plano.

Cônicas, cilíndricas e poliédricas.

Plano: pode ser tangente ou secante à superfície da Terra.

Desenvolvimento: quando a superfície de projeção é uma superfície desenvolvível.

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15
Q

Projeções perspectivas

A

São geométricas, obtidas pelas intersecções sobre determinada superfície dos feixeis de retas que passam pelos pontos correspondentes da superfície da Terra e por um ponto fixo, denominado ponto de vista.

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16
Q

Ponto de vista

A

Se relaciona com as projeções perspectivas, logo geométrica. Ele é considerado como situado sobre a direção da vertical do ponto central da porção da superfície da Terra que se deseja representar e pode estar disposto a qualquer distância do centro da Terra, surgem três classificações:

Gnômica - ponto de vista no centro da Terra;

Estereográfica - ponto de vista na superfície da Terra;

Ortográfica - ponto de vista no infinito.

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17
Q

Projeções convencionais

A

Se baseiam em princípios arbitrários, puramento convencionais, em função dos quais se estabelecem suas expressões matemáticas.

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18
Q

Situação da superfície de projeção

A

Outro modo de classificação dos sistemas de projeções.

Projeções planas ou azimutais: de acordo com a posição do plano de projeção e do plano de tangência ou pólo de projeção;

Polares - ponto de tangência no polo; eixo da Terra perpendicular ao plano de projeção;

Equatoriais ou meridianas - ponto de tangência no equador; eixo da Terra paralelo ao plano de projeção; plano de pprojeçã paralelo ao plano de um meridiano;

Horizontais ou oblíquas - ponto de tangência em um ponto qualquer da superfície da Terra; eixo da Terra inclinado em relação ao plano de projeção.

Projeções por desenvolvimento: segundo a posição do eixo da superfície cônica ou cilíndrica.

Normais - eixo do cone paralelo ao eixo da Terra;

Equatoriais - eixo do ccilindr paralelo ao eixo da Terra;

Transversas ou meridianas - eixo do cone perpendicular ao eixo da Terra;

Horizontais ou oblíquas - eixo do cone ou ccilindr iinclinad em relação ao eixo da Terra.

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19
Q

Projeções equidistantes

A

não apresentam deformações lineares, isto é, os comprimentos são representados em escala uniforme. A condição de eqüidistância só é obtida em determinada direção e, de acordo com essa direção, as projeções eqüidistantes se subclassificam em eqüidistantes meridianas, eqüidistantes transversais e eqüidistantes azimutais.

Podem ser meridianas, transverais e azimutais.

Meridianas;

Distância uniforme no sentido dos meridianos;

Transversais;

Distância uniforme no sentido dos paralelos;

Azimutais ou ortodrômicas.

Não apresentam distorções nos círculos máximos que passam pelo ponto de tangência.

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20
Q

Projeções equivalentes

A

Não deformam as áreas, guardam uma relação constante com as suas correspondentes na superfície da Terra.

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21
Q

Projeções conformes

A

Não deformam os ângulos e, por ccont disso, não deformam a forma das pequenas áreas.

Projeção conforme azimutal não deforma os ângulos (azimutes) em torno do ponto de tangência.

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22
Q

Projeção afilática

A

Os comprimentos, as áreas e os ângulos NÃO são conservados.

Projeção gnomônica, apesar de suas deformidades, representa as ortodromias como retas.

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23
Q

Regra para designar os diferentes tipos de projeções

A

natureza da superfície de projeção adotada (plano, cilindro ou cone);

situação da superfície de projeção em relação à superfície da Terra; e

classificação da projeção quanto à propriedade que conserva.

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24
Q

Projeção de mercator

A

Projeção cilíndrica equatorial conforme. Contudo, parece que a projeção é convencional, não obedecendo a um conceito geométrico definido.

Meridianos: linhas retas igualmente espaçadas;
Paralelos: linhas retas desigualmente espaçadas;
Utilização: cartas náuticas e mapas em pequena escala, nos quais distorções em altas latitudes são aceitáveis.

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25
Q

Vantagens da projeção de Mercator

A
  1. Os meridianos são representados por linhas retas, os paralelos e o equador são representados por um segundo sistema de linhas retas, perpendicular à família de linhas querepresentam os meridianos.
  2. É fácil identificar os pontos cardiais numa Carta de Mercator.
  3. É fácil plotar um ponto numa Carta de Mercator conhecendo-se suas coordenadas geográficas (Latitude e Longitude). É fácil determinar as coordenadas de qualquer ponto representado numa Carta de Mercator.
  4. Os ângulos medidos na superfície da Terra são representados por ângulos idênticos na carta; assim, direções podem ser medidas diretamente na carta. Na prática, distâncias também podem ser medidas diretamente na carta.
  5. As LINHAS DE RUMO ou LOXODROMIAS são representadas por linhas retas.
  6. Facilidade de construção (construção por meio de elementos retilíneos).
  7. Existência de tábuas para o traçado do reticulado.
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26
Q

Limitações da projeção de Mercator

A
  1. Deformação excessiva nas altas latitudes.
  2. Impossibilidade de representação dos pólos.
  3. Círculos máximos, exceto o equador e os meridianos, não são representados por linhas retas (limitação notável nas Cartas de Mercator de pequena escala, representando uma grande área).
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27
Q

Latitudes crescidas projeção Mercator

A

Os meridianos se juntam à medida que a latitude aumenta, já que a Terra é um globo. Pela projeção de Mercator fazer com que os meridianos sejam paralelos, ocorre uma expansão horizontal, transformando círculos em elipses.

Pelas pequenas áreas serem iguais na projeção de Mercator, à medida que a latitude aumenta, deve-se esticar verticalmente as elipses para que elas se tornem circulares.

Isso ocorre porque a condição da projeção de Mercator é a conformidade.

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28
Q

Latitude Crescida

A

correspondente a um determinado paralelo é o comprimento do arco de meridiano compreendido entre a projeção do paralelo considerado e o equador,tomando-se para unidade de medida o comprimento do arco de 1 minuto do equador (1 minuto de Longitude).

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29
Q

Medição de distâncias na projeção de Mercator

A

As distâncias só serão verdadeiras se forem lidas na escala das Latitudes, uma vez que a escala da longitude é constante.

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30
Q

Utilização da projeção de Mercator (loxodromia, azimute e paralelos)

A

A loxodromia é representada por uma linha reta, que faz com as transformadas dos meridianos um ângulo constante e igual ao seu azimute.

Pelas deformações em altas latitudes, pode-se usa-la até os 60 graus ou até os 80 graus com a utilização de precauções.

Também é empregada nas cartas-piloto, de fusos horários, magnéticas, geológicas, celestes, meteorológicas, aeronáuticas e mapas-mundi.

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31
Q

Funcionalidade da projeção gnomônica (derrota ortodrômica)

A

Representa os círculos máximos, logo os caminhos mais curtos que seriam uma ortodromia, como linhas retas, logo como uma loxodromia.

Isso é necessário em longas viagens, já que há uma diferença muito grande entre as duas.

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32
Q

Superfície de projeção gnomônica

A

Plano tangente à superfície da terra, no qual os pontos são projetados geometricamente, a partir do centro da Terra.

A projeção mais antiga, acredita-se que foi desenvolvida por Thales de Mileto em 600 a.C.

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33
Q

Propriedades da projeção gnomônica

A

A projeção apresenta todas as deformidades, NÃO sendo equidistante. A escala só se mantém exata no ponto de tangência, tratando-se de uma projeção azimutal.

Os círculos máximos, entretanto, são linhas retas. Os meridianos aparecem como retas e os paralelos, com exceção do equador, aparecem como linhas curvas.

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34
Q

Utilização da carta gnomônica

A

Empregada na construção de cartas de Navegação Ortodrômica, além de ser empregada em radiogonometria com estação fixa, em que a estação radiogoniométrica será o ponto de tangência.

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35
Q

Projeção estereográfica (azimutal ortomorfa) e sua função

A

Projeção geométrica de pontos da superfície da terra sobre um plano tangente, desde um ponto de vista situado na posição oporta ao ponto de tangência.

Utilizada para a construção de cartas das regiões polares.

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36
Q

Projeção ortográfica equatorial

A

Projeta-se, geometricamente, pontos da superfície da terra, tendo como ponto de vista o infinito (linhas projetantes paralelas), sobre um plano tangente.

Trata-se de uma projeção que não é conforme, nem equivalente e nem equidistante. Utilizada para navegação astronômica.

Paralelos aparecem como linhas retas e o meridiado como elipses.

37
Q

Projeção azimutal equidistante, propriedade e ponto de tangência

A

A escala de distância ao longo de qualquer círculo máximo que passa pelo
ponto de tangência é constante.

Ponto de tangência:
Se estiver situado nos polos, os meridianos aparecem como linhas retas radiais e os paralelos como círculos concêntricos.

Em qualquer outro ponto, os círculos concêntricos representam distâncias do ponto de tangência; os meridianos e os paralelos aparecem como curvas.

38
Q

Projeção azimutal equidistante, propriedade e ponto de tangência

A

A escala de distância ao longo de qualquer círculo máximo que passa pelo
ponto de tangência é constante.

Ponto de tangência:
Se estiver situado nos polos, os meridianos aparecem como linhas retas radiais e os paralelos como círculos concêntricos.

Em qualquer outro ponto, os círculos concêntricos representam distâncias do ponto de tangência; os meridianos e os paralelos aparecem como curvas.

39
Q

Projeção azimutal equidistante, características

A

A escala de distâncias ao longo de qualquer cículo máximo que passa pelo ponto de tangência é constante.

1) as distâncias a partir do ponto de tangência são representadas sem distorções;

2) as direções (azimutes) a partir do ponto de tangência são representados sem deformações;

3) permite representar toda a superfície da Terra em uma carta.

40
Q

Projeção cônica (em construção)

A

Os pontos da superfície da terra são primeiro transferidos para um cone ou vários para depois serem transferidos para uma superfície plana;

A escala é correta ao longo do paralelo padrão e de qualquer meridiano. Todos os outros paralelos são representados com deformações (comprimentos maiores que o correto), sendo que os erros aumentam à medida que aumenta a distância do paralelo padrão

41
Q

Exigências para uma carta polar

A

a. CONFORMIDADE – é desejável que os ângulos (direções) sejam corretamente representados, de modo que a plotagem possa ser feita diretamente sobre a carta, sem correções complicadas;

b. REPRESENTAÇÃO DOS CÍRCULOS MÁXIMOS – como os círculos máximos (ortodromias) são mais úteis em altas Latitudes que as linhas de rumo (loxodromias), é desejável que os círculos máximos sejam representados por linhas retas;

c. ESCALA CONSTANTE – é desejável que se tenha uma escala constante em toda a carta;

d. LIMITES DE USO – limites amplos de utilização são desejáveis, para reduzir ao mínimo o número de projeções necessárias.

42
Q

Três projeções comumente utilizadas para cartas polares

A

Transversa de Mercator, a Conforme de Lambert modificada e a projeção polar estereográfica.

Ainda são utilziadas a projeção gnomônica e azimutal equidistante.

43
Q

Informações fornecidas por uma carta náutica

A

profundidades, perigos à navegação (bancos, pedras submersas, cascos soçobrados ou qualquer outro obstáculo à navegação), natureza do fundo, fundeadouros e áreas de fundeio, auxílios à navegação (faróis, faroletes, bóias, balizas, luzes de alinhamento, radiofaróis, etc.), altitudes e pontos notáveis aos navegantes, linha de costa e de contorno das ilhas, elementos de marés, correntes e magnetismo e outras indicações necessárias à segurança da navegação.

44
Q

Definição de uma carta náutica

A

São os documentos cartográficos que resultam de levantamentos de áreas oceânicas, mares, baías, rios, canais, lagos, lagoas, ou qualquer outra massa d’água navegável e que se destinam a servir de base à navegação; são geralmente construídas na Projeção de Mercator e representam os acidentes terrestres e submarinos.

45
Q

Reticulado (elementos da carta náutica)

A

Reticulado:

Conjunto dos meridianos e paralelos.

Ao longo dos meridianos extremos da carta está representada a escala de latitudes (onde devem ser sempre medidas as distâncias).

Ao longo dos paralelos superior e inferior da carta está representada a escala de longitudes.

46
Q

Escala (elementos da carta náutica)

A

Na projeção de Mercator, a escala de longitudes é constante enquanto a escala de latitudes varia.

Ela apenas não varia em determinado paralelo, denominado escala natural; normalmente é o paralelo médio.

47
Q

Características para a determinação de uma escala e as suas utilizações

A

A escala de uma carta deve ser determinada pelo tipo de navegação pretendido, a natureza da área a ser coberta e a quantidade de informações a serem mostradas.

Pequena escala navegação oceânica (alto-mar)……………….escala menor que 1:1.500.000

Média escala travessia (passagem)/aterragem …………… 1:1.500.000 – 1:750.000

cabotagem …………………………………………….1:500.000 – 1:150.000

Grande escala aproximação de portos/águas costeiras restritas ……………………………………………….1:150.000 – 1:50.000

portos/ancoradouros/canais estreitos …….1:50.000 e acima

48
Q

Classificação das cartas náuticas publicadas pela DHN

A

CARTAS GERAIS: escala menor que 1:3.000.000
CARTAS DE GRANDES TRECHOS: escala entre 1:3.000.000 e 1:1.500.000
CARTAS DE MÉDIOS TRECHOS: escala entre 1:1.500.000 e 1:500.000
CARTAS DE PEQUENOS TRECHOS: escala entre 1:500.000 e 1:150.000
CARTAS PARTICULARES: escala maior que 1:150.000
PLANOS: escala igual ou maior que 1:25.000

49
Q

Escalas lineares (gráficas) e escala quilométrica

A

Em caras de escala 1:80.000 ou maiores, haverá a representação das escalas lineares (gráficas) de distância, no sistema métrico, nas bordas (escala quilométrica) além das escalas de latitude e longitude.

50
Q

Divisão da costa brasileira

A

COSTA NORTE: do Cabo Orange ao Cabo Calcanhar.
COSTA LESTE: do Cabo Calcanhar ao Cabo Frio.
COSTA SUL: do Cabo Frio ao Arroio Chuí.

51
Q

Título da carta náutica

A

O título da Carta Náutica traz informações importantes, que devem ser lidas com atenção. Eles são apresentados na seguinte ordem:

  1. Área geográfica geral e trecho da costa em que se situa a área representada na Carta.
  2. Referência geográfica específica, que consiste na descrição da área representada na Carta, do norte para o sul. Na figura 2.31: DO CABO ORANGE À ILHA DE MARACÁ.
  3. Informações sobre a data dos Levantamentos Hidrográficos que deram origem à Carta.
  4. Unidade de medida das profundidades, com menção genérica ao “datum vertical” usado na Carta.
    (Representado em metros, sendo o nível médio das baixa-mares de sizígia)
  5. Unidade de medida das altitudes e plano de referência usado como origem.
  6. Referência para Símbolos e Abreviaturas utilizados na Carta Náutica.
  7. Escala Natural e paralelo de referência.
  8. O nome da projeção usada (Projeção de Mercator em quase todas as nossas Cartas Náuticas).
  9. O “datum horizontal” usado na Carta.
    (Esta informação torna-se muito importante após o advento dos sistemas de navegação por satélite, que fornecem posições referidas ao Sistema Geodésico Mundial (WGS). Muitas vezes, especialmente nas cartas de grande escala, para plotar as posições-satélite nas Cartas Náuticas referidas a um “datum” regional ou local são necessárias correções, que devem ser informadas em nota de precaução inserida na Carta)
52
Q

Alterações dos Levantamentos Hidrográficos

A

Em todo caso, não se deve esquecer que Cartas Náuticas oriundas de levantamentos mais antigos tendem a ser menos precisas, em virtude da menor precisão dos instrumentos e métodos de posicionamento, de medida das profundidades e de pesquisas de perigos disponíveis na época.

Ademais, principalmente em se tratando de portos, baías, barras e estuários de rios, deve-se considerar que Cartas mais antigas podem estar desatualizadas, devido a modificações no relevo submarino, por causas naturais (assoreamento, erosão, etc.) ou provocadas pelo homem (dragagens, aterros, etc.)

53
Q

Notas de precaução e explanatóris das cartas náuticas

A

As Cartas Náuticas podem conter notas de precaução ou explanatórias, de preferência colocadas próximas ao título, abordando assuntos diversos, como áreas de navegação ou fundeio proibidos, existência de marés ou correntes anormais, anomalias magnéticas, etc.

54
Q

Informações sobre marés e correntes

A
55
Q

Rosa dos ventos ou rosa de rumos

A

A Carta Náutica apresenta uma ou mais rosas verdadeiras, em lugares particularmente selecionados para o seu uso, a fim de permitir a obtenção ou o traçado de rumos e marcações verdadeiros. Além disso, no interior das rosas de rumos verdadeiros aparecerá sempre o valor da declinação magnética, junto com o ano e sua variação anual, sendo representada, também, a rosa de rumos magnéticos (Figura 2.34).

56
Q

Auxílios à navegação

A

Os faróis, faroletes, radiofaróis, luzes de alinhamento, luzes particulares notáveis, balizas, bóias cegas e luminosas, equipamentos RACON e demais auxílios à navegação são representados na Carta Náutica, com simbologia própria, registrada na Carta Nº 12.000 – INT1 – SÍMBOLOS E ABREVIATURAS. Os detalhes dos faróis serão omitidos na seguinte ordem, à medida que a escala da carta diminui:

• informação sobre a guarnição
• altitude do foco
• período
• número de grupos
• alcance

57
Q

Demais elementos representados na parte terrestre da carta náutica

A

A parte terrestre de uma Carta Náutica representa o contorno da linha de costa(a linha de contorno corresponde à preamar), ilhas, curvas de nível, altitudes, pontos notáveis à navegação (acidentes naturais e artificiais), toponímia, instalações portuárias (cais, piers, trapiches, enrocamentos, docas, molhes, etc.) e outras informações de interesse da navegação. É importante notar que uma Carta Náutica não é uma Carta Topográfica,
cuja finalidade é representar, com o máximo rigor de detalhes, uma área terrestre. Desta forma, só devem ser representados na parte terrestre da Carta Náutica os detalhes que realmente interessam aos navegantes, com o cuidado de que o excesso de informações topográficas não oculte ou dificulte a visualização do que interessa de fato à navegação.

58
Q

PRINCIPAIS ELEMENTOS REPRESENTADOS NA PARTE MARÍTIMA (AQUÁTICA) DE UMA CARTA NÁUTICA

A

A parte marítima (fluvial ou lacustre) de uma Carta Náutica é, obviamente, a mais importante da carta, indicando:
• profundidades (reduzidas ao Nível de Redução);
• linhas isobatimétricas (ou isobáticas);
• perigos à navegação (bancos, recifes, pedras submersas, cascos soçobrados, obstruções ou qualquer outro obstáculo à navegação);
• estirâncio (área que cobre e descobre com o movimento das marés);
• natureza do fundo (qualidade do fundo);
• balizamento (bóias, balizas, luzes de alinhamento, sinais de cerração ou especiais, etc.);
• barca-farol ou bóias “lanby” (“LARGE AUTOMATIC NAVIGATIONAL BUOYS”);
• fundeadouros e áreas de fundeio;
• bóias de amarração;
• derrotas aconselhadas e esquemas de separação de tráfego;
• áreas de arrebentações;
• redemoinhos, rebojos, águas descoradas, zonas suspeitas ou de fundo sujo;
• limites de gelo;
• anomalias magnéticas (declinação anormal) e curvas isogônicas;
• plataformas de exploração/explotação de petróleo;
• indicações de correntes;
• vão livre de pontes ou cabos aéreos;
• cabos, dutos e canalizações submarinas;
• áreas de exercícios;
• eclusas;
• milha medida e demais informações essenciais à segurança da navegação

59
Q

Vista panorâmica da costa

A
60
Q

Tabela de conversão de unidades

A
61
Q

Diagramas de levantamentos

A

Todas as Cartas Náuticas com escala de 1:500.000 e maiores devem conter
um Diagrama de Levantamentos, que indique aos navegantes os limites, as datas, as escalas e outras informações sobre os
levantamentos que deram origem à carta. Os Diagramas de Levantamentos deverão constar das novas Cartas publicadas, sendo acrescentados às Cartas existentes logo que surgir oportunidade.

Exemplos de Diagrama de Levantamentos, simplificado ou mais completo,
podem ser visualizados nas Figuras 2.37 e 2.38.

Os Diagramas de Levantamentos devem ser utilizados na fase de planejamento da derrota, especialmente para planejar passagens através de águas desconhecidas pelo navegante. Sua finalidade é orientar os navegantes e os que planejam “operações de navegação” (inclusive
o planejamento de novas rotas e medidas oficiais para estabelecimento de rotas), quanto ao grau de confiança que devam depositar na adequação e precisão das profundidades e posições cartografadas

62
Q

Diagrama de confiabilidade

A

São reservados para casos especiais, quando as rotas de navegação passam através de áreas inadequadamente pesquisadas e perigosas. Os Diagramas de Confiabilidade fornecem informações muito detalhadas, que proporcionam uma avaliação da exatidão dos levantamentos, bem como indicações sobre as áreas preferíveis para a navegação (figura
2.39).

63
Q

Resolução gŕafica de problemas (notas importantes)

A

NOTAS IMPORTANTES
1. Só se traçam na Carta RUMOS e MARCAÇÕES VERDADEIROS.
2. Trabalha-se na Carta apenas com lápis, nunca com caneta.

64
Q

Resolução gŕafica de problemas (sequência de operações)

A

DADAS AS COORDENADAS DE UM PONTO, PLOTÁ-LO NA CARTA
EXEMPLO: Plotar na Carta de Instrução (Miniatura da Carta Nº 52 – Arquipélago de Fernando de Noronha) o ponto A, cujas coordenadas são:
Lat. 03º 51.0’ S; Long. 032º 30.6’W

SEQÜÊNCIA DE OPERAÇÕES:

  1. Marcam-se os valores da latitude e longitude nas escalas respectivas (cuja menor divisão, neste caso, é de 1 décimo de minuto).
  2. Com a RÉGUA DE PARALELAS (ou o “PARALLEL PLOTTER”) traça-se o
    PARALELO correspondente à LATITUDE DO PONTO.
  3. Sobre este PARALELO, com o auxílio do COMPASSO DE NAVEGAÇÃO, marca-se a LONGITUDE DO PONTO, a partir de um dos MERIDIANOS do RETICULADO da carta.

OBS.: Poder-se-ia, também, traçar primeiro o MERIDIANO correspondente à LONGITUDE do PONTO e depois marcar sobre ele, com um compasso, a LATITUDE DO PONTO, a partir de um dos PARALELOS do RETICULADO da carta. Além disso, poder-se-ia, ainda, plotar o ponto A apenas com a régua de paralelas, traçando, com ela, seu paralelo e seu meridiano. O ponto A, então, estaria na interseção das linhas traçadas.

65
Q

Medição de distância em uma Carta de Mercator

A
66
Q

Confiança e precisão da carta náutica (indicativos da precisão)

A

Data da carta náutica, os Diagramas de Levantamentos e Confiabilidade, e a quantidade e a distribuição das sondagens nela mostradas.

Os primitivos levantamentos eram feitos, na maioria das vezes, em
circunstâncias que impediam grande precisão de detalhes, pelo que as cartas neles baseadas devem ser utilizadas com precaução, até que a experiência venha demonstrar sua precisão. Nas Cartas mais novas, os Diagramas de Levantamentos ou Diagramas de Confiabilidade também fornecem importantes informações sobre a precisão e confiança da Carta.

Outra maneira de se avaliar a qualidade de uma Carta é o exame da quantidade e da distribuição das sondagens nela mostradas. Quando
as sondagens são esparsas e irregularmente distribuídas, pode-se considerar que o levantamento não foi feito com grande detalhe.

67
Q

Fatores que desencadeiam sensíveis alterações na precisão da carta náuticca

A

Em certas zonas, onde a qualidade predominante do fundo é areia ou lama, podem, com o passar dos anos, ocorrer sensíveis alterações

68
Q

Os levantamentos executados são 100% confiáveis?

A

É mesmo possível afirmar que, exceto nos portos muito freqüentados e em suas proximidades, em nenhum levantamento até agora
executado o exame do fundo foi muito minucioso para se poder ficar certo de que todos os perigos foram encontrados e delimitados

69
Q

Qual é o método de conhecer o fundo do mar?

A

Processo de sondagem, no qual uma embarcação ou navio que
sonda uma determinada área conserva-se sobre determinadas linhas e, cada vez que lança o prumo ou faz uma sondagem sonora, com ecobatímetro, obtém a profundidade sobre uma área diminuta, que representa o relevo submarino de uma faixa de pouca largura.

70
Q

Limites da consideração da linha de sondagem

A

Por conseguinte, as linhas de sondagem devem sempre ser consideradas como representando o relevo submarino apenas nas suas proximidades imediatas.

Por vezes, não havendo indícios da existência de um alto- fundo, sua localização pode escapar quando se sondam duas linhas que o ladeiam, sendo essa possibilidade tanto maior quanto menor for a escala da carta

71
Q

Cuidados para navegação em uma costa rochosa

A

As cartas Costeiras, por conseguinte, não podem
ser consideradas como infalíveis, não se devendo, em uma costa rochosa, navegar por dentro da linha de 20 metros de profundidade, sem se tomar toda precaução para evitar um possível perigo. Mesmo em carta de grande escala, os navios devem evitar passar sobre fundos irregulares representados nas cartas, porque algumas pedras isoladas são tão escarpadas, que, na sondagem, pode não ter sido encontrada a sua parte mais rasa.

72
Q

Espaços em branco entre as profundidades

A

Espaços em branco entre as profundidades podem significar que nesses trechos não se fizeram sondagens. Quando há bastante fundo em torno de tais trechos, podem eles ser considerados como de profundidade grande e uniforme. Porém, quando as sondagens indicam pouca água e o resto da carta mostra a existência de pedras e altos-fundos, esses espaços em branco devem ser considerados como suspeitos.

73
Q

Confiança e atualização

A

As Cartas, assim como as demais publicações de auxílio à navegação, só podem inspirar confiança quando são mantidas atualizadas

74
Q

Cuidados com uma carta recém adquirida

A

Ao usar uma carta recém- adquirida, o navegante deve verificar se não há nenhumAviso Permanente que a tenha alterado, após o último Aviso nela registrado, e deve anotartodos os Avisos-Rádio, Temporários e Preliminares que a afetam e continuam em vigor, de acordo com o último Folheto Quinzenal de Avisos aos Navegantes.

75
Q

Aviso temporário

A

As alterações decorrentes de Aviso Temporário devem ser feitas a lápis, anotando-se junto a elas, também a lápis, o número e o ano do aviso (Ex. E40 (T)/93). Se o Aviso entrar em vigor como Permanente em data prefixada e sem novo Aviso, seu número deve ser anotado a lápis no canto esquerdo da margem inferior da carta e ambos – correção e número do aviso – devem ser cobertos com tinta violeta na data de entrada em vigor como permanente.

76
Q

Aviso-Rádio

A

As alterações decorrentes de Aviso-Rádio, geralmente referentes a derrelitos perigosos à navegação, extinção temporária de luzes, retirada temporária de auxílios à navegação e outras informações de caráter urgente, devem ser inseridas a lápis na carta afetada e apagadas logo que novo aviso as cancelar ou na data que for determinada pelo Aviso que as divulgou. Estas alterações, enquanto em vigor, são repetidas no Folheto Quinzenal de Avisos aos Navegantes.

Caráter urgente, extinsão temporária de luzes, derrelitos perigosos à navegação, retirdade temporária de auxílios à navegação.

Inseridas com lápis e apagadas logo em seguida. Repetidas no Folheto Quinzenal de Avisos aos Navegantes

77
Q

Avisos aos navegantes (permanentes)

A

São aqueles que afetam a segurança da navegação e podem ser introduzidas na carta à mão por colagem de trecho, sendo divulgadas pelo Aviso aos Navegantes.

Os critérios devem ser usados de acordo com as conveções da carta N 12.000 - INT1 da DHN - Símbolosos e Abreviaturas Usados nas Cartas Náuticas Brasileiras.

Os acréscimos não podem prejudicar qualquer informação já existente.

As informações canceladas ou corrigidas em caráter permanente devem ser riscadas a tinta violeta, nunca rasuradas.

e as notas de precaução, proibição, marés, correntes, etc., devem ser colocadas em local conveniente, de preferência próximo do título, quando o Aviso aos Navegantes não especificar a posição onde devem ser inseridas.

78
Q

Formas de atualização das cartas pela DHN

A

REIMPRESSÃO – A reimpressão de uma carta constitui uma nova impressão da edição em vigor, sem qualquer alteração significativa para a navegação, a não ser as já previamente divulgadas por Avisos aos Navegantes. A reimpressão pode incluir, também, outras pequenas alterações que não afetam a segurança da navegação e que, por conseguinte, não foram divulgadas por Avisos aos Navegantes. A reimpressão de uma carta não cancela a impressão anterior da mesma edição.

NOVA EDIÇÃO – Uma nova edição é publicada quando uma carta fica desatualizada, geralmente devido à realização de novos levantamentos, implicando em importantes alterações nas informações essenciais à navegação, além das já divulgadas por Avisos aos Navegantes. Uma nova edição cancela a edição anterior. A data das edições subseqüentes à 1ª edição é informada no centro da margem inferior da carta, em substituição à desta, permanecendo inalterada a data de publicação, no canto direito da margem.

79
Q

Esquema das cartas do primeiro Plano Cartográfico Náutico Brasileiro

A

Elaborado entre 33 e 35.

As cartas de números 10, 20 e 30 teriam a escala um pouco menor de 1:2.000.000.

As do grupo de 40 a 90 teriam a escala próxima a 1:1.000.000.

As de 100 a 2200 teriam a escala em torno de 1:300.000.

Atuamente o primeiro grupo, 10, 20 e 30, estão na escala de 1:3.500.000.

80
Q

Classificação das Cartas Náuticas do I Plano Cartográfico brasileiro

A

Cartas gerais: abrangem um extenso trecho, têm escala menor que 1:3.000.000 e se destinam ao estudo de grandes derrotas oceânicas;

– Cartas de grandes trechos: têm escalas compreendidas entre 1:1.500.000 e 1:3.000.000 e se destinam à navegação fora do alcance de faróis e pontos de terra. Incluem-se nesta classificação as cartas nº 10, 20 e 30.

– Cartas de médios trechos: têm escalas compreendidas entre 1:500.000 e
1:1.500.000 e também se destinam à navegação fora do alcance de faróis e pontos de terra. Incluem-se nesta classificação as cartas da série de dezenas 40 a 90, todas com a mesma unidade; e

– Cartas de pequenos trechos: têm escalas entre 1:150.000 e 1:500.000 e se destinam à navegação costeira. As cartas da série de centenas 100 a 2200, na escala básica 1:300.000, todas com a mesma unidade, estão incluídas nesta divisão.

81
Q

Cartas particulares

A

Escala maior que 1:150.000.

  1. Cartas de Aproximação: geralmente com escala entre 1:50.000 e 1:150.000 e destinadas à aterragem de determinados portos ou passagens por áreas críticas de perigos à navegação afastadas da costa; e
  2. Cartas de Porto: abrangendo a representação detalhada de portos, baías, enseadas e fundeadouros, em escala maior que 1:50.000, de acordo com a importância do porto, sendo consideradas também a quantidade e a natureza dos perigos da região (quando a escala é igual ou maior que 1:25.000, podem ser denominadas de Planos).
82
Q

Quantidade das cartas da costa brasileira

A

1 carta geral

3 cartas de grandes trechos

6 cartas de médios trechos

22 cartas de pequenos trechos

140 cartas particulares

83
Q

Cartas náuticas fluviais

A

Cartas dos Rios Solimões e Amazonas, abrangendo a calha principal e os seus acessos (barra norte, barra sul, Rio Pará e estreitos), cartas de outros rios da Bacia Amazônica, cartas do Rio Oiapoque e do Rio Paraguai.

84
Q

Cartas internacionais

A

Cumprindo resolução da OrganizaçãoHidrográfica Internacional (OHI), no sentido de que os Estados – Membros que possuíssem maiores condições técnicas seriam responsáveis pela confecção de Cartas Internacionais na sua região, coube à DHN a preparação de 6 Cartas Internacionais do Atlântico Sul, sendo quatro na escala de 1:3.500.000 e duas na escala de 1:10.000.000, todas já publicadas.

85
Q

Cartas da antártica

A

Com a participação do Brasil como Membro Consultivo do Tratado Antártico e possuindo estação de pesquisa na região, fez-se necessário um planejamento de cartas na área, que serão confeccionadas em função das necessidades. Até a presente data três cartas já foram construídas.

86
Q

Cartas náuticas de áreas estrangeiras

A

As atividades cartográficas da Diretoria de Hidrografia e Navegação não se têm limitado às Cartas Náuticas da costa brasileira. O desenvolvimento da navegação mercante nacional veio exigir a construção de cartas abrangendo águas estrangeiras. Assim sendo, a DHN já construiu e publicou cartas do Rio da Prata e da costa das Guianas.

A publicação de tais cartas não tem obedecido a qualquer plano específico, dependendo tão somente das necessidades do tráfego marítimo brasileiro, em suas rotas internacionais. Por outro lado, elas não procedem totalmente de Levantamentos Hidrográficos brasileiros; a sua construção tem por base a compilação de cartas estrangeiras, principalmente cartas americanas, britânicas, francesas, alemãs e argentinas.

87
Q

Outros documentos cartográficos publicos pela DHN

A

• Cartas Especiais: preparadas com finalidades militares (Cartas de Bombardeio, de Minagem, para Desembarque Anfíbio, para Submarinos, etc.).

• Carta Batimétrica Geral dos Oceanos: está a cargo da DHN a publicação / atualização de 29 Folhas de Plotagem, na escala de 1:1.000.000, cobrindo extensa área do Atlântico Sul, dentro do programa de cooperação internacional empreendido pela OHI e pela Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI), para confecção da Carta Batimétrica Geral dos Oceanos (GEBCO).

• Cartas Meteorológicas;

• Cartas de Correntes de Maré;
• Cartas Piloto;

• Cartas para o Planejamento de Derrotas; e

• Croquis de Navegação para diversos rios brasileiros.

88
Q

Cartas Internacionais (Cartas INT)

A

Relaciona-se com o II Plano Cartográfico Náutico.

Este esquema contém 8 cartas apresentando coberturas oceânicas mais
abrangentes, nas escala de 1:1.000.000, e uma outra série de 26 cartas na escala de 1:300.000, adotando-se a numeração das Cartas Internacionais (Cartas INT) em substituição ao modelo antigo de numeração na “série 100”.

As cartas de grande escala também serão reavaliadas.