DERMATOSES INFANTIS Flashcards

1
Q

CRIANÇA COM XERODERMIA, HIPERREATIVIDADE CUTÂNEA E PRURIDO INTENSO DE CARÁTER RECIDIVIDANTE.

Diagnóstico?

A

DERMATITE ATÓPICA.

Na maioria das crianças, as primeiras manifestações surgem durante o primeiro ano de vida.

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Q
A
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3
Q

DERMATITE ATÓPICA:

Qual a fisiopatologia?

A

A barreira cutânea (barreira mecânica, lipídios, ácidos e flora residente) protege a pele da penetração de alérgenos e de agentes infecciosos.

Na dermatite atópica, ocorre alteração do EXTRATO CÓRNEO, que constitui a barreira mecânica da pele! Existe redução dos lipídios que mantém a água no meio intercelular.

Com a alteração da barreira mecânica, ocorre a ativação do sistema imune, tentando evitar a invasão de alérgenos e patógenos.

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4
Q

Qual a principal bactéria que atua como fator desencadeante dos quadros de dermatite atópica?

A

Stafilococcus aureus

Coloniza 90% da pele dos pacientes com dermatite atópica, podendo estar presente tanto na pele lesada, como também na pele sem lesões.

Outros desencadeantes: alimentos, aeroalérgenos, fatores ambientais

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5
Q

Dermatite atópica:

Qual o padrão de evolução das lesões?

(3 estágios)

A

As lesões são sempre eczematosas, mas possuem características diferentes, de acordo com a evolução:

FASE AGUDA: lesões vesico-papulosas eritematosas com exsudação

FASE SUBAGUDA: exsudação menos exuberante e surgem crostas

FASE CRÔNICA: ocorre a liquenificação = espeassamento da pele e aumento dos sulcos naturais

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6
Q

DERMATITE ATÓPICA EM LACTENTES (até 2 anos):

  1. Padrão das lesões?
  2. Localização principal das lesões?
A
  1. Lesões eritematosas papulo-vesiculares que evoluem com descamação e exsudato seroso
  2. Face (poupa região central), couro cabeludo, pescoço, superfícies extensoras.**Poupa região de fraldas**

Obs: quando conseguem começar a coçar, é comum fazerem infecções locais secundárias

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7
Q

DERMATITE ATÓPICA - dos 2 aos 10 anos (pré-púbere):

  1. Qual a característica das lesões?
  2. Principais localizações?
A
  1. Pele muito seca e liquenificação residual persistente, com lesões vesiculosas menos exsudativas.
  2. Áreas flexoras, nádegas, raiz posterior da coxa, tornozelo, pescoço.
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8
Q

DERMATITE ATÓPICA - Fase puberal (semelhante ao adulto):

  1. Qual a característica das lesões?
  2. Localizações principais?
A
  1. Placas mais localizadas e com predomínio de liquenificação. Pele xerótica com descamação fina disseminada.
  2. Superfícies flexoras, punhos, dorso das mãos, pescoço, pálpebras inferiores.
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9
Q

DERMATITE ATÓPICA:

Quais são os CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS?

1 obrigatório + 5

A

Critério OBRIGATÓRIO = PRURIDO ou referência a ele nos últimos 12 meses

+ 3 dos seguintes:

  1. Pele seca ou descrição de pele xerótica no último ano
  2. História pessoal de rinite ou asma (ou, se <4 anos, hx familiar em parentes de 1º grau)
  3. Início dos sintomas < 2 anos de vida
  4. História de lesões em regiões flexoras
  5. Dermatite visível em região flexora (ou, em <4 anos, em região malar, fronte e região extensora de membros)
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10
Q

DERMAMTITE ATÓPICA:

QUAIS OS 3 PILARES PARA O TRATAMENTO ADEQUADO?

A
  1. CONTROLE DOS FATORES DESENCADEANTES
  2. HIDRATAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO DA PELE: limpar a pele com suavidade, evitar banhos quentes e prolongados. Aplicar o hidratante na pele úmida, ao sair do banho (na pele com e sem lesão), no mínimo 2x/dia, em toda a pele.
  3. MEDICAMENTOS: 1ª linha = corticoides tópicos (usar sempre o de menor potência, exceto em lesões moderadas a graves, em que podem ser utilizados de média potência para reduzir o tempo de uso). FACE = só os de baixa potência (risco de atrofia cutânea!!)

** Efeitos colaterais dos corticoides tópicos: atrofia cutânea, alteração de pigmentação, fragilidade vascular, estrias. **

Corticoides baixa potência: hidrocortisona, dexametasona, prednisolona

Corticoides de média potência: mometasona

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11
Q

Quando utilizar os imunomoduladores tópicos na dermatite atópica?

A

Ex: Inibidores de calcineurina - ex: Tacrolimus

  1. Possuem maior segurança para serem utilziados em face, região de fralda e próximo à mucosa.
  2. Podem ser usados em pacientes com exacerbações frequentes, visando reduzir a frequência do uso dos corticoides.
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12
Q

QUAL A OUTRA DERMATOSE QUE SE MANIFESTA NA FORMA DE ECZEMA, ALÉM DA DERMATITE ATÓPICA?

A

DERMATITE DE CONTATO

Inflamação da pele desencadeada por estímulos externos e que se manifesta na forma de eczema. Pode ser causada por irritantes absolutos (ex: ácidos - o principal sintoma é a dor + vesículas, bolhas) ou por irritantes relativos (urina, fezes, toxinas bacterianas - a lesão ocorre por ação repetida dessas substâncias sobre a pele e possui mais descamação e prurido -> EX: DERMATITE DE FRALDAS)

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13
Q
A
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14
Q

RN COM DERMATITE EM REGIÃO DE FRALDAS, COM LESÕES NAS ÁREAS DE MAIOR CONTATO COM A FRALDA, POUPANDO DOBRAS (LESÃO EM W)

DIAGNÓSTICO?

A

DERMATITE DE FRALDAS

É mais frequentemente uma dermatite de contato, podendo ser também causada por dermatite atópica, dentre outras.

obs: frequentemente haverá infecção concomitante por candidíase nos quadros > 3 dias de duração.

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15
Q

DERMATITES DE CONTATO:

QUAIS SÃO OS 4 TIPOS?

A
  1. Dermatite de contato POR IRRITANTE PRIMÁRIO - ex: dermatite de fraldas
  2. Dermatite de contato ALÉRGICA - ex: metais, perfumes, medicamentos tópicos, cosméticos
  3. Dermatite de contato FOTOTÓXICA - ex: limão, alho, salsinha - causam lesão apenas na área fotoexposta (lesões eczematosas ou eritematoedematosas)
  4. Dermatite de contato FOTOALÉRGICA - parece a DCA, porém a exposição à luz solar piora a lesão. Principais agentes: Medicamentos sistêmicos
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16
Q

DERMATITES DE CONTATO:

Qual a conduta para as lesões eczematosas?

(2)

A
  1. COMPRESSAS FRIAS
  2. CORTICOIDES TÓPICOS

Se lesões em face e região genital: Inibidores de calcineurina (o aumento da temperatura na região genital favorece a absorção sistêmica do corticoide)

17
Q

PLACAS ERITEMATOSAS COM ESCAMAS AMARELADAS DE ASPECTO OLEOSO, PRINCIPALMENTE EM COURO CABELUDO, REGIÃO CENTRAL DA FACE E ÁREAS INTERTRIGINOSAS.

  1. DIAGNÓSTICO?
  2. QUAL O MECANISMO DE FORMAÇÃO DA LESÃO?
  3. PRINCIPAL AGENDA ASSOCIADO?
A
  1. DERMATITE SEBORREICA
  2. AUMENTO DA ATIVIDADE DAS GLÂNDULAS SEBÁCEAS POR EXPOSIÇÃO AOS ANDRÓGENOS
  3. MALASSEZIA FURFUR - pode estar relacionada ao desenvolvimento da doença
18
Q

LACTANTE COM CROSTA AMARELADA E OLEOSA NO COURO CABELUDO, SOBRANCELHAS E RETROAURICULARES, NÃO PRURUGINOSA (a criança dorme e se alimenta bem)!!

Diagnóstico?

A

CROSTA LÁCTEA = MANIFESTAÇÃO DA

DERMATITE SEBORREICA EM LACTENTES.

É autolimitada, com resolução geralmente até o primeiro ano de vida. O outro pico de incidência é na adolescência.

A hidratação da pele é normal!

19
Q

ADOLESCENTE COM LESÕES ERITEMATOCROSTOSAS OLEOSAS EM FACE, SULCO NASOLABIAL E REGIÃO RETROAURICULAR, ALÉM DE CASPA E BLEFARITE, DE CARÁTER CRÔNICO E RECIDIVANTE.

DIAGNÓSTICO?

A

DERMATITE SEBORREICA

20
Q

QUAL O TRATAMENTO DAS CROSTAS LÁCTEAS NOS LACTENTES (DERMATITE SEBORREICA)?

A

USAR SUBSTÂNCIAS PARA O AMOLECIMENTO E REMOÇÃO SUAVE DAS ESCAMAS (ÓLEOS, VASELINA)

21
Q

DERMATITE SEBORREICA:

  1. Qual o tratamento para as lesões em couro cabeludo, nos adolescentes?
  2. Qual o tratamento para lesões em outros locais do corpo?
  3. O que pode ser utilizado no caso de lesões resistentes ao tratamento inicial?
A
  1. Xampu à base de enxofre ou ácido salicílico 3-5% ou xampu de cetoconazol 2% - pode ser utilizado diariamente ou em dias intercalados. A duração do tratamento depende da melhora das lesões.
  2. Cetoconazol 2% creme, 1 vez ao dia, por 1-2 semanas.
  3. Hidrocortisona 1% (corticoide de baixa intensidade)
22
Q

QUAL O TUMOR BENIGNO

MAIS COMUM DA INFÂNCIA?

A

HEMANGIOMA DA INFÂNCIA

NÃO estão presentes ao nascimento, mas pode ser verificada mancha hipocrômica, eritematosa ou uma telangiectasia no local.

Pode ser:

  1. Superficial: lesões elevadas, vermelho-brilhantes, bem delimitadas, não compressível
  2. Profundo: nódulos azulados compressíveis

O crescimento é mais intenso nos primeiros 3 meses de vida, sendo que metade regride até os 5 anos de idade e 90% regride até os 9 anos.

Pode ser indicado tratamento específico quando há ulceração da lesão, ou se ela levar a uma desfiguração ou perda de função daquele local.

23
Q

HEMANGIOMAS CONGÊNITOS

(presentes desde o nascimento)

Como diferenciar dos hemangiomas da infância?

(2 características)

A

HEMANGIOMAS DA INFÂNCIA:

NÃO estão presentes ao nacimento

+ marcador GLUT 1 POSITIVO

HEMANGIOMAS CONGÊNITOS:

PRESENTES desde o nascimento

+ marcador GLUT 1 NEGATIVO

24
Q

HEMANGIOMAS - situações especiais:

Os hemangiomas a seguir podem estar relacionados a quais patologias:

  1. Hemangiomas múltiplos (5 ou mais)
  2. Hemangioma em linha média
  3. Hemangioma na “área da barba”
  4. Hemangiomas segmentares cervicofaciais

Qual a complicação mais comum dos hemangiomas?

A
  1. Hemangiomas múltiplos (5 ou mais): maior risco de hemangiomas em órgãos internos + hipotireoidismo
  2. Hemangioma em linha média (ex: lombossacra): alterações em coluna, TGI e TGU
  3. Hemangioma na “área da barba”: associação com hemangiomatose laríngea
  4. Hemangiomas segmentares cervicofaciais

Complicação mais comum = ULCERAÇÃO - aumenta risco de infecção secundária

25
Q

HEMANGIOMAS:

Qual o tratamento dos hemangiomas superficiais e dos hemangiomas profundos?

A

HEMANGIOMAS SUPERFICIAIS:

TIMOLOL TÓPICO 5% - 1 gota 2x/dia. Para lesões superficiais, pequenas e sem comprometimento funcional.

HEMANGIOMAS PROFUNDOS:

PROPRANOLOL SISTÊMICO (vasoconstrictor + reduz fatores de crescimento) - utilizar durante o período de proliferação, até o final do primeiro ano de vida.

26
Q

SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON E NECROSE EPIDÉRMICA TÓXICA:

  1. Quais os principais medicamentos associados?
  2. Principais alterações na pele?
  3. Como diferenciar as 2 condições?
A
  1. São farmacodermias associadas principalmente ao uso de ANTICONVULSIVANTES, AINES E SULFONAMIDAS
  2. São manifestações de um espectro de uma mesma condição, a qual leva a NECROSE E DESCOLAMENTO DA EPIDERME
  3. De acordo com a EXTENSÃO:

SSJ = até 10% da superfície corporal

NET = > 30% da superfície corporal - leva a repercussão sistêmica e necrólise intensa das mucosas

27
Q

Criança desenvolve exantema maculopapular e lesões targetoides (lesões planas com edema não palpável e bolhas no centro) após uso de anticonvulsuvante. Com o tempo, o exantema tende a confluir e a paciente tem sinal de NIKOLSKI positivo, além do acometimento de mucosas. As bolhas levam à áreas de pele desnuda, o que predispõe à perda hídrica.

Diagnóstico?

A

SÍNDROME DE STEVENS JOHNSON

(Sinal de NIOLSKI = descolamento da epiderme após tração manual em área de pele não acometida)

28
Q

SÍNDROME DE STEVENS JOHNSON:

QUAL A CONDUTA?

A

INTERROMPER MEDICAMENTO SUSPEITO

+

SUPORTE E TRATAMENTO SINTOMÁTICO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

**Não é recomendado o uso de antibióticos profiláticos, apesar do uso risco de infecção secundária!

29
Q

PACIENTE COM FEBRE, MAL-ESTAR, EXANTEMA COM PRURIDO DISSEMINADO E HEPATITE CERCA DE 2-6 SEMANAS APÓS O USO DE ANTICONVULSIVANTES/ANTIBIÓTICOS, ALÉM DE HEMOGRAMA COM EOSINOFILIA.

  1. DIAGNÓSTICO?
  2. TRATAMENTO?
A

Diagnóstico: DRESS = DRUG REACTION WITH EOSINOPHILIA AND SYSTEMIC SYMPTOMS.

A lesão hepática pode ser desde um discreto aumento de enzimas até a hepatite fulminante. Pode ser acompanhada de NEFRITE e PNEUMONITE INTERSTICIAIS

Tratamento = SUSPENDER MEDICAÇÃO + TRATAR SINTOMAS (prurido = emolientes + corticoide tópico)

30
Q

EXANTEMA DE INÍCIO SÚBITO COM PREDOMÍNIO EM MEMBROS, MÃOS, PÉS E FACE, PODENDO PROGREDIR CENTRIPETAMENTE PARA O TRONCO E QUE DESAPARECE ESPONTANEAMENTE COM 1-3 SEMANAS, DE CARÁTER BENIGNO. SÃO LESÕES COM DIVERSAS MORFOLOGIAS, INCLUINDO LESÕES EM ALVO.

  1. Diagnóstico?
  2. Fatores desencadeantes?
  3. Tratamento?
A
  1. ERITEMA MULTIFORME
  2. MEDICAMENTOS, VÍRUS HERPES SIMPLES, MYCOPLASMA PNEUMONIAE
  3. SINTOMÁTICOS - ex: anti-histamínicos
31
Q

PEQUENAS PÁPULAS ERITEMATOSAS E EDEMATOSAS COM PEQUENEA VESÍCULA SOBREJACENTE (SEROPÁPULAS DE TOMAZZOLI), PRURIGINOSAS, COM DISTRIBUIÇÃO LINEAR E AOS PARES, PRINCIPALMENTE EM ÁREAS EXPOSTAS.

  1. Diagnóstico?
  2. Tratamento?
A
  1. PRURIGO ESTRÓFULO
  2. PREVENÇÃO DAS PICADAS + CONTROLE DO PRURIDO (anti-histamínicos)

Geralmente, ocorre o desenvolvimento de tolerância às picadas de insetos, mas pode haver o desenvolvimento de cicatrizes.