DM 1 Flashcards
Etiologia, diagnóstico e tratamento
A DM1 pode ser mono ou poligenica. Discuta sobre a Síndrome Poliglandular autoimune tipo 1 (SPA-1) ou APECED.
Associada ao AIRE. Diagnóstico com 2 dos 3 critérios: candidíase mucocutânea crônica (CMC), hipoparatireoidismo e insuficiência adrenocortical crônica (IAC).
3 manifestações principais da Síndrome Poliglandular autoimune tipo 2
Doença de Addison, doenças tireoidianas, DM1
Principais diferenças entre DM1 e DM2
- DM1 apresenta a maioria intomas clássicos enquanto DM2 é oligossintomatico
- DM1: defiencia absoluta de insulina
- DM2 maior agregação familiar
- DM1 geralmente crianças e adolescentes com IMC normal
- DM1 tende a cetoacidose enquanto a DM2 à S. Hiperosmolar hiperglicemia
DM1: tratamento inicial com insulina enquanto a DM2 é com hipoglicemiantes orais - Na DM1 o peptídeo C é baixo e no DM2 tende ser normal, afinal o peptideo está associado a quantidade de insulina
Quais os principais aspectos da LADA?
- Destruição mais lenta das células beta
- Diferenciados do DM2 através da presença dos anticorpos anti- GAD e ICA. Além disso o peptídeo C costuma estar normal no DM2 e baixo no LADA. Além disso, geralmente os pacientes com LADA tem baixo IMC.
- Critérios diagnósticos: idade entre 25 e 65; ausência de cetoacidose ou hiperglicemia acentuada no diagnóstico, sem necessidade de insulina por pelo menos 6 a 12 meses (diferenciando do DM1), existência dos autoanticorpos anti- GAD e ICA (outros anticorpos também podem estar aumentados)
OBS: Trata-se de uma espécie de DM1 em que a velocidade de destruição das células beta é mais lenta - geralmente o peptideo C é baixo no LADA assim como no DM1 e normal ou alto no DM2
Quais mecanismos fisiopatológicos levam à hiperglicemia no DM2?
1- Resistência periférica nos músculos e adipócitos
2- secreção deficiente de insulina
3- aumento da produção hepática de glicose.
Outros: lipólise acelerada pelos adipócitos (4) deficiência de incretina no TGI (5), hiperglucagonemia pelas alfa pancreáticas (6), reabsorção aumentada de glicose nos rins (7) e resistência à insulina no cérebro (8)
OCTETO DESTRUIDOR
Fatores de riscos para DM2
- obesidade
- ovário policístico
- idade acima de 40 anos
- histórico familiar
- tabagismo
- desnutrição intrauterina
Discorra sobre o MODY
- Diabetes familiar - autossômica dominante
- idade de diagnóstico precoce (infância, adolescentes)
- hiperglicemia
- IMC baixo ou normal
Alterações associadas a mutações no receptor insulico (resistência insulínica)
- Acantose nigricans
- mulheres com virilização e cistos ovarianos
- leprechaunismo e síndrome de Rabson- mendenhall
Resultados do teste de tolerância à glicose (TOTG)
GJ +/= 100 e menor 126: alterado
GJ +/= 126 em duas ocasiões: DM
Glicemia ao acaso maior que 200 + GL+/= 126
Glicemia de 2h entre 140 e 200: tolerância diminuída
Glicemia de 2h maior q 200: DM
A hemoglobina glicada HbAc deve ser mantida idealmente abaixo de 6,5%. Quais fatores podem influenciar no seu valor?
Falso aumento: I. Renal, hipertrigliceridemia, álcool, esplenectomia, deficiência de ferro, toxicidade por chumbo ou opiáceos
Falsa diminuição: anemia,perda sanguínea, transfusão , gravidez ou parto recente, altas doses vitamina C ou E, hemoglobinopatias
Fatores que auxiliam no diagnóstico de diabetes
1- aspectos clínicos: POLIs + vulvovaginites + disfunção erétil
2- hemoglobina glicada (referente aos últimos 2 a 3 meses)
3- glicemia
4- Frutosamina (proteína glicada associada a albumina referente aos últimos 7 a 14 dias)
5- glicosúria
6- Corpos cetônicos
7- Peptídeo C - No DM2: PC maior que 0,9 no basal e maior que 1,8 ng/ml após glucagon- elevado
Diagnóstico Diabetes gestacional
TOTG
Até 95 no jejum; 180 após 1 hora e 155 após 2horas
São necessários dois achados ultrapassando o corte
Cite as principais características do DM1
- destruição autoimune das células beta com bases genéticas associadas a condições ambientais (geralmente infecções virais)
- há deficiência absoluta de insulina
- o paciente tende a cetoacidose
- deve- se iniciar insulinoterapia logo q diagnosticado
- a idade de acometimento é de geralmente em crianças e adolescentes de IMC normal
- Há produção de autoanticorpos ICA/ anti GAD
- Peptídeo C está baixo
- Paciente geralmente apresenta os POLIs (poliúria, polidipsia, polifagia)
Qual o objetivo da terapia para DM2?
Redução das complicações macro e microvasculares.
- hemoglobina abaixo de 7%
- glicemia jejum menor que 130
- glicemia pré -prandial menor que 180
Explique a lipotoxicidade e a dislipidemia diabética
A oxidação dos ácido graxos aumenta a gliconeogênese, esteatose hepática e maior síntese de VLDL. Assim a dislipidemia diabética é caracterizada por: hipertrigliceridemia, colesterol HDL baixo , existência de LDL pequenas e densas
O que é o GLP-1?
GLP-1 e GIP são incretinas, hormônios que estimulam a produção insulínica em resposta à ingesta alimentar, auxiliam tb na saciedade. São degradados pela enzima DPP-4.
O q é o IAPP?
Polipeptídeo amilóide das ilhotas (IAPP) é secretado junto com a insulina. A hipersecreção pode levar a deposição de amilóide no pâncreas e falencia das células beta
Qual o tratamento padrão para DM2?
Mudança estilo de vida (MEV) + Metformina
Quando substituir monoterapia com metformina?
Acrescentar um fármaco para ser usado com a metformina é feito quando o controle glicêmico não está adequado (glicada maior q 7%) ou quando logo de início já se tem glicada maior q 9%. Propõe-se que a partir de 7,5% já iniciar terapia combinada.
Quando a insulinoterapia é introduzida no tratamento da DM2?
-Quando não há controle adequado com metformina (glicada maior q 7%) , em pacientes muito sintomáticos ou com valores muito altos de hiperglicemia ou ainda na vigência de fator de estresse metabólico (IAM ou AVC)
Discorra sobre o uso da metformina
- Classe das biguanidas
- não tem ação direta sobre as células
- reduz glicemia por inibição da gliconeogênese, melhora da sensibilidade periférica à insulina , redução do turnover de glicose
- estimula a tirosiniquinase, expondo o receptor GLUT-4
- Não é metabolizada no fígado e é excretada na urina
Como deve ser feita a administração da metformina?
- Glifage comprimidos de 500 mg, 850 mg e 1 g
- sempre administrada com alimentos (retardam a absorção e diminuem efeitos gastrointestinais)
- reduz risco cardiovascular
- eficácia alta, risco baixo, não há ganho de peso
- efeitos colaterais: acidose láctica
- custo baixo
- redução dos triglicérides
!!! Para pacientes com queixas gastrointestinais prescrever Glifage XR. !!!
Interação medicamentosa metformina
Cimetidina
Recomendações para o uso da metformina
MEV + Metformina segundo ADA: - Glicemia entre 100 e 125 \+ Menor de 60 anos ou \+ IMC maior q 35 ou \+ Histórico familiar de diabetes ou \+ HDL baixo ou \+ Hipertensão ou \+ glicada maior q 6%
Usos da metformina associada a outras doenças
Esteatose hepática não alcoólica (S. Metabolica)
Ovário policístico - aumenta naturalmente a resistência a insulina