Incontinência Urinária Flashcards

1
Q

Qual a definição de Incontinência Urinária?

A

Qualquer perda involuntária de urina, exceto para crianças, objetivamente demonstrável, causando problema social ou higiênico.

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2
Q

Porque a Incontinência Urinária (IU) é mais comum em mulheres?

A
  1. Menor comprimento uretral
  2. Maior chance de injúria musculofascial durante a gestação e o parto
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3
Q

Qual a epidemiologia de Incontinência Urinaria?

A
  1. Mulheres jovens = 12 a 42%.
  2. Mulheres na pós-menopausa = 17 a 55%.
  3. 10% das pacientes tem como queixa principal, a perda urinária.
  4. 40% das mulheres apresentará, pelo menos uma vez em suas vidas, um episódio de incontinência.
  5. Mas, somente 20% destes tornam-se sintomáticos o bastante para justicar auxílio médico.
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4
Q

O que é a complacência vesical?

A

Capacidade de acomodar elevado volume de urina sem marcantes alterações na sua pressão.

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5
Q

Qual o músculo responsável pelo relaxamento e ontração da Bexiga?

A

Músculo detrusor da bexiga

é composto por 3 camadas: externa, interna e intermediária.
– As camadas externa e interna apresentam disposição longitudinal.

– A camada intermediária tem disposição circular.
A contração muscular diminui todos os diâmetros do órgão e é capaz de esvaziá-lo completamente.

Excetuando-se as fibras superficiais do trígono, a musculatura do detrusor apresenta inervação parassimpática, cujo neurotransmissor é a acetilcolina.

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6
Q

O que é o Trigono Vesical?

A
  1. Localiza-se na base da bexiga.
  2. É limitado superiormente pelos orifícios ureterais e inferiormente pela uretra proximal (óstio uretral interno).
  3. É constituído de musculatura lisa especializada, disposta em duas camadas.
  • A camada interna ou superficial, relativamente fina, continua-se com a camada muscular lisa dos ureteres e, possivelmente, auxilia no controle da junção ureterovesical.
  • A camada externa é semelhante ao restante da musculatura do detrusor.
  1. Neste trígono a túnica mucosa é sempre lisa, mesmo quando a bexiga está vazia, porque a túnica mucosa sobre o trígono é firmemente aderida à túnica muscular adjacente
  2. Sitio de infecções..
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7
Q

Qual o tamanho aproximado da uretra feminina?

A

4 a 5 cm.

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8
Q

O Simpático…

A

Segura Urina (enchimento vesical)

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9
Q

O Parassimpático…

A

Perde Urina (esvaziamento vesical)

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10
Q

Qual o principal neurotransmissor pós-ganglionar e sobre qual receptores ele atua?

A

Noradrenlina.

Receptores alfa e beta-adrenérgico.

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11
Q

Na bexiga, o que os receptores alfa e beta-adrenérgicos fazem quando estimulados pela noradrenalina?

A
  1. Os receptores beta, situados no corpo vesical, diminuem o tônus desta região
  2. Os receptores alfa, na musculatura lisa da uretra e do colo vesical (trígono vesical), aumenta o seu tônus, promovendo o fechamento uretral.
  3. Assim, o estímulo do SNS contrai a uretra e o trígono vesical, e relaxa a musculatura do corpo da bexiga. Ambas as ações promovem o enchimento vesical.
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12
Q

Na bexiga, o que a A acetilcolina (neurotransmissor do SNP) faz?

A
  1. Controla a função motora vesical, através do estímulo à contração do músculo detrusor, atuando sobre receptores muscarínicos (M2 e M3)
  2. Apesar de os receptores M2 serem mais predominantes na bexiga, os receptores M3 são mais importantes por mediar contração direta do músculo detrusor, enquanto os recep- tores M2 parecem modular a contração detrusora por diversos mecanismos.
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13
Q

Qual importancia do Sistema Nervoso Somático para a micção?

A

É importante no controle voluntário da micção e um importante alvo nos tratamentos relacionados a treinamento da musculatura.

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14
Q

Quais os mecanismos com função de manutenção da continência do trato urinário feminino?

A

Mecanisco extrinsico (ativo) e intrinseco (passivo).

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15
Q

Sobre continência urinária, quais estruturas compoem o mecanismo extrinseco (ativo)?

A
  1. Tecido conjuntivo pélvico subperitoneal e sua fixação à parede pélvica.
  2. Músculos elevadores do ânus.
  3. Conexão dos músculos elevadores do ânus ao tecido conjuntivo pélvico subperitoneal.
  4. Coordenação da contração dos elevadores do ânus nos momentos de aumento súbito da pressão intra-abdominal (como na tosse, por exemplo).
  5. Estas estruturas formam uma rede em torno da uretra, que permanece tensa em vigência de aumentos da pressão intra-abdominal. Quando esta sustentação torna-se deficiente por alguma razão, a incontinência urinária de esforço se desenvolve.
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16
Q

Sobre continência urinária, quais os comonentes do mecanismo intrinseco (passivo)?

A
  1. Inervação autonômica (SNS) e tônus uretral mediado por receptores alfa-adrenérgicos.
  2. Musculatura estriada da parede uretral.
  3. Coaptação da mucosa uretral.
  4. Plexo vascular submucoso da uretra.
  5. Musculatura lisa da parede uretral e vasos periuretrais.
  6. Elasticidade da parede uretral.
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17
Q

Quais os fatores que podem afetar a competência intrinseca?

A
  1. Defeitos congênitos do desenvolvimento.
  2. Fibrose por trauma ou procedimentos cirúrgicos repetidos e malsucedidos.
  3. Deficiência de estrogênio.
  4. Lesão neurológica.
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18
Q

Como é a fase de enchimento vesical?

A
  1. Ocorre sem aumento da pressão no interior da bexiga (complacência ou acomodaçào vesical).
  2. O fechamento uretral é mantido pelos mecanismos extrínseco (ativo) e intrínseco (passivo).
  3. Inicio do enchimento > sinais dos receptores de tensão na parede a bexiga vão para raizes dorsais S2-S4 > eles vão até a ponte no centro de controle de micção que envia impulsos para inibir resposta motora do detrusor.
  4. Quando o enchimento chega em 200 - 300 ml, os impulsos chegam ao córtex (passa a ser consciente) e a inibição passa a vir do córtex.
  5. Com maior enchimento vesical > estímulos das raízes simpáticas de T10-L12 chegam ao córtex e o desejo urinário é percebido com mais intensidade (além da inibição cortical da atividade do detrusor, pode ocorrer a contração voluntária do assoalho pélvico numa tentativa de manter o fechamento uretral.
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19
Q

Como é a fase de esvaziamento na Micção?

A

É dividido e mduas fases:

  1. Fase de Iniciação
  2. Inibição cortical da micção é suprimida
  3. Impulsos eferentes parassimpáticos para causar contração do detrusor.
  4. Tensão da parede vesical aumenta na ausência de micção > pressão intravesical também aumenta.
  5. Quando nível crítico de pressão é atingido, o fluxo é iniciado. A pressão permanece constante na micção.
  6. Micção
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20
Q

Como ocorre a interrupção voluntária da micção?

A

Contração do assoalho pélvico (provoca rápido aumento da pressão intrauretral, que excede a pressão intravesical e, por conseguinte, para o fluxo urinário).

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21
Q

Qual a definição de Inconstinência Urinária de Esforço (IUE)?

A

Perda involuntária de urina, que ocorre após exercício físico, riso, tosse ou espirro.

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22
Q

Qual a definição de INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR URGÊNCIA?

A

É a perda involuntária de urina acompanhada ou imediatamente precedida pela sensação de urgência.

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23
Q

Qual a definição de Incontinência Urinária Mista?

A

É a perda involuntária de urina associada à urgência e aos esforços (exercício, esforço, tosse ou espirro).

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24
Q

Qual a definição de incontinência Urinária Postural?

A

É a perda involuntária de urina associada à mudança de posição do corpo (ao levantar da posição sentada ou deitada).

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25
Q

Qual a definição de Enurese?

A

Qualquer perda involuntária de urina. Caso seja empregada para denotar incontinência urinária durante o sono, deve ser associada com o adjetivo noturno.

Portanto, enurese noturna é a queixa de perda involuntária durante o sono.

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26
Q

Qual a definição de Incontinência Urinária Contínua?

A

É a queixa de perda urinária involuntária e contínua (ininterrupta).

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27
Q

Qual a definição de Incontinência Urinária ao Coito?

A

Perda involuntária de urina durante o intercurso sexual.

O sintoma pode ser dividido como a perda que ocorre na penetração ou que ocorre no orgasmo.

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28
Q

Qual a definição de INCONTINÊNCIA URINÁRIA INSENSÍVEL?

A

Perda involuntária de urina em que a mulher é incapaz de definir como ocorreu.

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29
Q

O que é a SÍNDROME DA BEXIGA HIPERATIVA?

A

Presença de sintomas de urgência, com ou sem urgeincontinência, frequentemente acompanhados de frequência e noctúria, na ausência de infecção ou qualquer outra doença do trato urinário.

30
Q

Como é classificada a sensação vesical?

A

Normal: a paciente é ciente do enchimento vesical e o desejo miccional aumenta progressivamente.

Aumentada: a paciente tem desejo precoce e persistente de urinar.

Reduzida: a paciente tem consciência do enchimento vesical, mas não tem desejo definitivo de urinar.

Ausente: a paciente não tem sensação de enchimento vesical nem desejo miccional.

31
Q

Quais drogas diminuem a Resistência Uretral?

A

1. Relaxantes Musculares

  1. Benzodiazepínicos
  2. Bacloflen
  3. Dantrolene sódico\

2. Bloqueadores Alfa-adrenérgicos

  1. Prazosin
  2. Terazosin
  3. Doxazosina
32
Q

Quais drogas aumentam a resistência Uretral?

A

1. Estrogênios

  1. Estradiol
  2. Estrogênios conjugados
  3. Estriol

2. Agonistas Adrenérgicos

  1. Efedrina
  2. Pseudoefedrina
  3. Fenilpropanolamina

3. Antidepressivos tricíclicos

  1. Imipramina
  2. Amitriptilina
33
Q

Quais drogas diminuem a contração detrusora?

A

1. Antidepressivos tricíclicos

  1. Amitriptilina
  2. Imipramina

2. Antagonistas do cálcio

  1. Nifedipina
  2. Verapamil
  3. Flunarizina

3. Anticolinérgicos

  1. Brometo de propantelina
  2. Brometo de emeprônio

4. Ação Mista

  1. Oxibutinina
  2. Tolterodina
  3. Diclomina
34
Q

Quais drogas aumentam a contração Detrusora?

A

1. Anticolinesterásico

  1. Brometo de distigmina

2. Colinérgicos

  1. Betanecol
  2. Carbacol

3. Prostaglandinas

  1. Danoprostone
  2. Misoprostol
35
Q

Qual o objetivo do exame físico geral no paciente com queixa de incontinência urinária?

A

Exclusão de tumores abdominais, hérnias, outros fatores de aumento da pressão abdominal.

36
Q

Qual a ordem cronológica no exame Uroginecológico no paciente com queixa de Incontinência Urinária?

A
  1. Exame das condições da Pelve Vulvar (eritema, escoriações, edema - contato com urina?)
  2. Avaliação do trofismo genital (baixos níveis de estrogênio)
  3. Avaliação do meato Uretral (secreções, mobilidade, estenose…)
  4. Avaliação do Prolapso genital (cistoceles, retoceles, enteroceles, Prolapsos Uterinos)
  5. Avaliação Funcional do Assoalho Pélvico.

6. Toque vaginal

7. Medida do volume Urinário Pós-miccional

37
Q

Como é feita a avaliação funcional do assoalho pélvico?

A
  1. Constata-se a capacidade contrátil do assoalho pélvico através da inspeção e palpação do músculo elevador do ânus.
  2. Solicita-se a contração dos m. pélvicos observando:
  • Tônus
  • Duração da contração
  • Grau da contração que é classificado de 0 a 5:
  • *- Grau 0:** sem função perineal objetiva;
  • *- Grau 1:** função débil, percebida somente ao toque;
  • *- Grau 2:** função perineal visível, mas débil ao toque;
  • *- Grau 3:** função perineal objetiva e à palpação mediana;
  • *- Grau 4:** função perineal objetiva e à palpação mantida;
  • *- Grau 5:** função perineal objetiva e à palpação acima de cinco segundos
38
Q

Qual o volume residual fisiológico na mulher adulta?

A

50 ml

39
Q

Quais exames complementares devem ser solicitados na suspeita de incontinência urinária?

A
  1. Urina tipo I
  2. Urinocultura (E. coli produz endotoxina que bloqueia alfa-adrenérgico = redução das pressões uretrais)
  3. Diário ou calendário miccional.
  4. Teste do absorvente (Pad-Test ou do Protetor)
  5. Estudo da mobilidade do colo vesical
    * Teste do cotonete ou Q-Tip Test
    * Ultrassonograia

6. Avaliação Urodinâmica (PRINCIPAL!)

40
Q

Quais são os valores de normalidade adotados para debito urinário de 24h, volume medio de urina eliminada, capacidade vesical funcional e frequencia de micções?:

A

Débito urinário de 24h de 1.500 ml a 2.500 ml.

Volume médio eliminado de 250 ml.

Capacidade vesical funcional de 400 a 600 ml.

Frequência das micções: até 7 micções.

41
Q

Como é realizado o Teste do cotonete (ou Q-Tip Test)?

A
  1. Introduzir um cotonete embebido em gel anestésico na uretra até a junção uretrovesical
  2. Observar o ângulo que forma com a horizontal, tanto na inspeção estática (repouso) quanto dinâmica (esforço).
  3. Uma variação maior do que 30o, entre a inspeção estática e dinâmica (manobra de tosse da paciete ou manobra de Valsalva) revela defeito no suporte anatômico uretral, ou seja, indica hipermobilidade da junção uretrovesical.
42
Q

Na suspeita de Incontinência urinária na Mulher, qual o dado mais importante oferecido pela avaliação urodinâmica?

A

Fluxo máximo

Normal: > 15 ml/s.

< 15 ml/s = Obstrução intravesical ou hipofunção do detrusor.

43
Q

Quais são as etapas do Estudo Urodinâmico?

A
  1. Urofluxometria
  2. Cistometria
  3. Estudo miccional
  4. Perfil Pressórico Uretral
  5. Eletromiografia
44
Q

O que é a Urofluxometria?

A
  1. Representação gráfica da medida do fluxo e volume urinários em um determinado intervalo de tempo.
  2. Fornece:
  3. Fluxo máximo (em ml/s)
  4. Fluxo médio (em ml/s)
  5. Tempo de fluxo (em s)
  6. Tempo até o fluxo máximo (em s)
  7. Volume urinado (em ml)
  8. Resíduo pós-miccional (em ml)
  9. Aspecto da curva de fluxo (normal, achatada, super fluxo, intermitente, prolongada, irregular, combinadas ou não entre si).
45
Q

O que é a Cistometria?

A
  1. Registro da relação pressão/volume para avaliar a atividade do detrusor, capacidade e complacência vesicais.
  2. Fornece:
  3. Capacidade;
  4. Sensibilidade;
  5. Complacência
  6. Tônus vesicais;
  7. Presença ou ausência de contrações (não inibidas do detrusor);
  8. Presença ou ausência de perda urinária (de esforço, por contrações não inibidas, por transbordamento, por baixa complacência vesical, por insuficiência esfincteriana) e padrão pressórico vesical.
46
Q

Quais dados e valores considerados normais e que devem ser registrados na cistometria segundo a ICS?

A

Urina residual: menor que 50 ml.

Primeiro desejo miccional: primeira sensação de vontade de urinar. Ocorre em torno de 150 a 200 ml.

Forte desejo miccional: desejo forte de urinar sem receio de perda urinária. Ocorre em torno de 300 a 400 ml.

Capacidade cistométrica máxima: volume com o qual uma paciente de sensibilidade vesical normal sente que não pode mais re- tardar a micção; em torno de 400 a 600 ml.

Complacência vesical: é a relação da va- riação de volume com a variação de pressão; 10 a 100 ml/H2O.

ObS.:

1- Não pode haver: dor, urgência ou incontinência.
2- Não podem ser observadas: contrações involuntárias do detrusor.

47
Q

O que é o Estudo Miccional?

A

Obtenção:

  1. Pressões antes, durante e após a micção
  2. Característica do fluxo urinário
  3. Resíduo pós-miccional e sua porcentagem em relação à capacidade vesical
  4. Resistência uretral
  5. Reserva detrusora (capacidade de recuperação vesical)
  6. Manobras de esvaziamento (Valsalva)
  7. Classificação do estudo em não obstruído, dúvida ou obstruído.
  8. Volume urinário residual.
48
Q

O que é o Perfil Pressórico Uretral?

A

Fornece:

  1. Dados sobre o grau de fechamento uretral em repouso e sob esforço
  2. Segmento uretral efetivamente participante da continência urinária.
49
Q

O que é a Eletromiografia?

A
  1. Avalia as disfunções do trato urinário inferior, em pacientes que têm alterações da musculatura estriada por neuropatias.
  2. logo, é indicada em pacientes com alterações nos testes neurológicos, com relato de lesões ou doenças neurológicas.
  3. Requer a colocação perineal, parauretral ou retal de eletrodos de superfície (contato) ou agulha (profundo).
50
Q

Qual é o atual exame “padrão-ouro” na propedêutica da Incontinência urinária aos esforços?

A

Videourodinâmica

51
Q

O que é a Videourodinâmica?

A
  1. Exame que avalia por imagens a função do trato urinário baixo e permite a observação da posição do colo vesical e a da abertura da uretra proximal em repouso e ao esforço, correlacionando-as com a intensidade da perda urinária.
  2. Possibilita a visualização direta do colo vesical durante o esforço.
52
Q

Como é classificada a Incontinência Urinária?

A
53
Q

Qual o tipo mais frequente de Incontinência Urinária na Mulher?

A

Incontinência de Esforço.

54
Q

Qual a definição de incontinência de Esforço?

A

Ela pode ser definida como um sintoma, um sinal e uma condição urodinâmica.

Sintoma: Perda de urina em: tosse, espirro, exercício físico, mudança de posição.

Sinal: Perda involuntária pelo óstio uretral externo observada após esforço.

Condição urodinâmica: Toda perda involuntária de urina pelo meato externo da uretra, que ocorre quando a pressão intravesical excede a pressão máxima de fechamento uretral, na ausência de contração do músculo detrusor.

55
Q

Como é classificada a Incontinência Urinária de Esforço

A

Classificação de Blaivas e Olsson (critérios clínicos e videourodinâmicos)

Tipo 0 – há hipermobilidade da uretra com os esforços, mas sem perda de urina.

Tipo I – Colo vesical se mantém fechado e situado acima da borda inferior da sínfise púbica. Abre-se, aos esforços, mas sua descida é menor que 2 cm em relação à posição de repouso. Observa-se perda de urina durante o esforço.

Tipo IIa – semelhante ao tipo I, porém com descida > 2 cm durante o esforço, abaixo da borda inferior da sínfise púbica.

Tipo IIb – o colo vesical é infrapúbico mesmo em repouso, embora mantenha-se fechado. Durante o esforço pode ou não descer, mas a uretra proximal se abre.

Tipo III – colo vesical e uretra proximal estão permanentemente abertos, mesmo em repouso. É o grau mais acentuado de incontinência.

56
Q

O que é a incontinência urinária tipo III (ou Deficiência Esfincteriana Intrínseca (DEI ou DEUI)) e o que ocorre?

A
  1. É um tipo de IUE causada pela inabilidade do mecanismo esfincteriano uretral.
  2. Há uma falência completa da função esfincteriana uretral, independentemente da posição ou mobilidade uretral.
  3. Nesse caso, as pressões vesicais e na uretra proximal são iguais e o colo vesical se apresenta permanentemente aberto.
  4. A perda de urina pode ocorrer com tanta facilidade e constância que muitas pacientes chegam a confundi-la com uma perda continuada, que levanta a suspeita da presença de fístula.
  5. Clinicamente, a DEI se caracteriza por perda urinária com mínimos esforços, com pequenas oscilações da pressão intra-abdominal.
57
Q

Quais são as teorias para explicar a Incontinência Urinária por Esforço (IUE)?

A

1. Hipermobilidade da uretra e do colo vesical (PRINCIPAL);

  1. TEORIA INTEGRAL;
  2. Deficiência do Mecanismo esfincteriano intrínseco da uretra;
  3. Defeitos do tecido conjuntivo;
  4. Teoria Molecular;
58
Q

Porque a Hipermobilidade da uretra e do colo vesical causa Incontinência Urinária por esforço?

A

As alterações no mecanismo uretral extrínseco, secundário à mudança da posição do colo vesical e da uretra proximal enfraquece o suporte uretral, resultando em menor transmissão da pressão intra-abdominal à uretra nos momentos de esforço. Consequentemente, durante um período, a pressão intravesical excede a pressão intrauretral, e ocorre, então, a perda urinária.

59
Q

Quais os fatores de risco para inconstinência urinária?

A
  1. Parto Vaginal
  2. Multipariedade (Secção e estiramento de musculos e nervos)
  3. Hipoestrogenismo (atrofia muscular, ligamentar, da mucosa uretral e da vascularização periuretral)
  4. Traumatismos pélvicos
  5. Cirurgias em torno do colo vesical
  6. Branco
  7. Tabagismo
  8. obesidade
  9. Constipação
60
Q

O que é incontinência Urinária Mista?

A

Incontinência urinária de esforço + Hiperatividade do detrusor

Deve ser tratado primeiro a hiperatividade.

61
Q

O que é a incontinência por transbordamento?

A

É a perda urinária que acontece quando a pressão intravesical excede a pressão uretral. Está associada à distensão vesical, mas em ausência de atividade do detrusor.

62
Q

Qual o tratamento para incontinência urinária de Esforço (IUE)?

A
  1. Tratamento Conservador (pct leve s/ alteração anatomica):
  • Mudanças de Hábito de vida;
  • Exercicios Peineais (Kegel)
  • Eletroestimulação
  • Cones Vaginais
  • Pessários
  • Biofeedback
  1. Farmacológico
  • Duloxetina : Inibidor da Recaptação de Serotonina e Norepinefrina (ISRS)
  • Agonistas Alfa-adrenérgicos;
  • Reposição Estrogênica;
    3. Tratamento Cirúrgico
  • Procedimentos de Reparo anterior (pouco utilizado)
    • Colporrafia Anterior por Via Vaginal - Cirurgia de Kelly-Kennedy;
  • Uretropexia Retropúbica
    • Cirurgia de Burch;
  • Slings
    • Slings Pubovaginais
    • Slings de Uretra Média
    • Injeções Periuretrais de Colágeno (curta durabilidade)
63
Q

Como é o Tratamento da Bexiga Hiperativa?

A

100 % clínico!

  1. Medidas Gerais
  • Redução de peso
  • Redução a ingesta hídrica
  • Redução do uso de cafeina
  1. Tratamento Clínico (Drogas anticolinérgicas que bloqueiam os receptores muscarínicos).
    * Cloridrato de oxibutinina
    * Tolterodina
    * Antidepressivos tricíclicos (imipramina)
    * Toxina Botulinica
  2. Técnicas Comportamentais
    * Retreinamento vesical (aumenta gradualmente o tempo entre as micções)
    * cinesioterapia com ou sem BiofeedBack
    * Eletroestimulação (EE)
64
Q

Qual o tratamento da Incontinência Urinária Mista?

A

Primeiramente o tratamento da HD e depois, se necessário, a terapêutica da IUE.

65
Q

No tratamento Cirúrgico da Inconstinência Urinária, como é o Procedimento de Reparo Anterior?

A

Cirurgia de Kelly-Kennedy

  1. Cirurgia p/ correção de prolapso da parede vaginal anterior.
  2. É realizada por via vaginal, quando há cistocele por defeito central da fáscia de suporte da uretra.
  3. São realizadas suturas fasciais junto à uretra, com o objetivo de reconstituição do ângulo uretrovesical.
  4. O resultado é o reposicionamento da junção uretrovesical em posição retropúbica.
  5. Vem sendo menos utilizada pelas altas taxas de recidiva.
66
Q

Na incontinência urinária, como é a Cirurgia de Burch?

A
  1. Esta técnica usa a força do ligamento de Cooper para suspender a parede vaginal anterior e o tecido muscular periuretral e perivesical.
  2. É feita a Fixação da fáscia paravaginal anterior ao ligamento iliopectíneo (de Cooper) .

Entre suas complicações incluem-se:

  • Sangramento no espaço de Retzius;
  • Lesões urinárias (vesicais, uretrais e ureterais);
  • Hiperatividade do detrusor de novo;
  • Enterocele devido à anteriorização da vagina, que aumenta o espaço retovaginal, a qual incide em até 20% dos casos.
67
Q

Na IU, como é a Colpossuspensão Retropúbica de Marshall-Marchetti-krantz (MMK)?

A
  1. Realiza-se a fixação da fáscia uretrovesical ao periósteo da face posterior da sínse púbica.
  2. A complicação geralmente associada à MMK é a osteíte púbica.
  3. Por esta razão, colpossuspensão retropúbica de Burch era preferível à MMK.
68
Q

Como são realizados os Slings Pubovaginais?

A
  1. Coloca uma faixa do retoabdominal ou da fáscia lata, através do espaço retropúbico, sob o colo vesical.
  2. As extremidades são fixadas ao nível da fáscia do reto abdominal.
  3. A preferência é pela fáscia autóloga, que é obtida da bainha do reto abdominal da própria paciente.
  4. É utilizada via combinada, vaginal e abdominal. Retira-se faixa de aponeurose dos retoabdominais (8 cm x 2 cm).
69
Q

Como é feito o Sling de Uretra Média?

A
  1. Instalação mediolateral de uma faixa sintética (polipropileno).
    - Alça livre de tensão (TVT, de Tension-free Vaginal Tape), que é um método retropúbico;
    - Alça transobturatória (TOT, de Transobturator Tape)
  2. Cura em curto prazo, próxima de 90%.
  3. Os riscos gerais para este procedimento incluem retenção urinária, lesões do trato genital inferior, lesões vasculares e surgimento de nova disfunção miccional, como urgência ou retenção.
70
Q

Descreva as dorgas que são usadas para tratamento de Bexiga Hiperativa.

A
  1. Cloridrato de Oxibutinina:
  • Propriedades anticolinérgicas a antiespasmódicas (ação mista).
  • Antagonista seletivo de receptores muscarínicos (atua predominantemente em receptores M1 e M3 : > incidência de efeitos colaterais com o uso deste medicamento do que com a Tolterodina).
  • 5 a 10 mg, até 3x/dia.
  • Apresenta efeito de xerostomia (boca seca).
  1. Tolterodina:
  • Propriedades anticolinérgicas a antiespasmódicas (ação mista).
  • Antagonista não seletivo dos receptores muscarínicos -atua igualmente nos receptores muscarínicos (M1 a M5)
  • Logo, menor incidência de efeitos colaterais.
  • 1 a 2 mg 2x/dia.
  1. Antidepressivos Tricíclicos:
  • Ação anticolinérgica e alfa adrenérgica
  • Imipramina é a droga mais utilizada, na dose de 25 a 150 mg/d, em até 4 doses/d.
  • Além dos efeitos colaterais já citados podem ainda acarretar sedação, fadiga, astenia e efeito parkinsoniano, sobretudo nas mais idosas.
  1. Outros anticolinérgicos:
    * Drogas antimuscarínicas com maior afinidade por receptores M3 em estudo atualmente são o Trospium, Solifenacina e Darifenacina.

Darifenacina: menor passagem pela barreira hematoencefálica com menos efeito colateral central, como a piora da função cognitiva em idosos

  1. Toxina Botulínica
    * Aplicação na bexiga de 20 a 30 ml (em cada ponto é aplicado 1 ml - 20 a 30 pontos)
71
Q

Qual é a principal diferença entre a Tolterodina e a Oxibutinina?

A