Lactente Sibilante Flashcards

1
Q

(SES-PE 2014 ACESSO DIRETO) - Paciente de 15 meses é encaminhado para consulta, por apresentar crises frequentes de sibilância. O primeiro episódio aconteceu aos 6 meses, após infecção respiratória viral. Desde então, os episódios de sibilância são graves, com necessidade de internamento, uso de oxigenioterapia e resolução lenta. O último episódio ocorreu há 15 dias. Antecedentes pessoais: parto normal, termo, sem intercorrências. No exame físico, apresenta sibilância difusa, frequência respiratória de 68 ipm, tiragem intercostal e saturação de oxigênio de 92%. As radiografias de tórax revelam discretas condensações peri-hilares. A principal hipótese diagnóstica é:

 A) Asma
 B) Fibrose cística
 C) Displasia broncopulmonar
 D) Bronquiolite obliterante
 E) Malformação adenomatoide cística
A

Letra “D” - Bronquiolite obliterante
APÓS BRONQUIOLITE POR ADENOVÍRUS

MALFORMAÇÃO ADENOMATOIDE CÍSTICA (MAC):
MAIS PRECOCE
RX DE TÓRAX MOSTRARIA

DISPLASIA BROCOPULMOBAR: SEQUELA DE PREMATURIDADE EXTREMA
FARIA USO DE O2 PROLONGADO (ATÉ 28 DIAS DE VIDA)

FIBROSE CÍSTICA:
TERIA ALGUMA SINTOMATOLOGIA MAIS PRECOCE

ASMA:
VARIÁVEL - CASO COM EPISÓDIOS GRAVES E SEMPRE COM INTERNAMENTO E DE RESOLUÇÃO LENTA

Questão a respeito de paciente de 15 meses, que aos seis meses apresentou primeiro episódio de sibilância e, desde então, vem tendo crises graves e frequentes, em geral, com necessidade de internamento, uso de oxigenoterapia e resolução lenta, sendo o último episódio há 15 dias. Ao exame físico, apresenta sibilância difusa, taquipneia intensa (FR 68 ipm), desconforto respiratório, evidenciado por tiragem intercostal e saturação de oxigênio de 92%. Traz radiografia de tórax, na qual é possível observar a presença de discretas condensações peri-hilares. Sobre o caso, seguem as hipóteses diagnósticas. ALTERNATIVA A – INCORRETA: A sintomatologia da asma costuma ser variável, tanto em tempo, com os intervalos intercrítico, como em intensidade. Porém, na questão, existe o relato que, desde a primeira crise, o paciente, quando sintomático, possui necessidade de internamento e resolução lenta. ALTERNATIVA B – INCORRETA: Embora o quadro possa ser compatível com acometimento da fibrose cística, é referido que as manifestações pulmonares se iniciaram aos seis meses de idade, tendo como gatilho uma infecção respiratória. Dessa forma, vale lembrar que, quando apresenta acometimento pulmonar tão importante, os casos de fibrose cística se iniciam mais precocemente, no segundo ou terceiro mês de vida. Ainda que o leque de manifestações dessa doença seja amplo, nota-se que a questão solicita a PRINCIPAL hipótese diagnóstica. ALTERNATIVA C – INCORRETA: A displasia corresponde a uma sequela pulmonar, decorrente de prematuridade extrema, mas a questão deixa claro que o paciente foi de termo e não apresentou intercorrências ao nascer. É importante frisar que, para identificar um paciente broncodisplásico, ele deve ter feito uso prolongado de oxigênio, mais ou menos, até os 28 dias de vida. ALTERNATIVA D – CORRETA: A bronquiolite obliterante é uma doença que se desenvolve, principalmente, após bronqueolite viral aguda, por adenovírus. Caracteriza-se por inflamação e, consequentemente, obstrução dos bronquíolos. O quadro clínico costuma ser compatível ao apresentado acima. ALTERNATIVA E – INCORRETA: A malformação adenomatosa cística (MAC) poderia ser compatível ao quadro clínico apresentado, ainda que os sintomas costumem aparecer antes dos 6 meses de vida, muitas vezes, surgindo ainda no primeiro ou segundo mês. Entretanto, o exame de imagem do paciente não é compatível com a presença de malformação, afastando essa hipótese.

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Q

(SES-PE 2019 ACESSO DIRETO) - Felipe, 8 meses, nascido de parto vaginal, veio para consulta com história de estridor inspiratório desde os primeiros meses de vida. Houve piora do sintoma até o terceiro mês de vida e, desde então, a acompanhante vem notando melhora. O estridor piora quando a criança está deitada e nega relação com a alimentação. Qual o diagnóstico mais provável?

 A) Traqueomalácia
 B) Laringomalácia
 C) Papilomatose laríngea
 D) Disfunção de cordas vocais
 E) Anel vascular
A

Letra “B” - Laringomalácia

ESTRIDOR INSPIRATÓRIO: LARINGE

  • AGUDA: EPIGLOTITE E CRUPE
  • CRÔNICA: LARINGOMALÁCIA (VAI MELHORANDO)

ESTRIDOR BIFÁSICO (INS/EX): TRAQUEIA

Para o diagnóstico diferencial do estridor, é importante dividir os casos em inspiratórios e bifásicos, ou seja, aqueles que apresentam o sintoma na inspiração e expiração. Como o referido na questão, estridores inspiratórios estão relacionados com afecções da laringe, que podem ser agudas ou crônicas. No primeiro grupo, embora a prevalência tenha diminuído após a inserção da vacinação contra o hemófilos tipo B, merece destaque a epiglotite. Além dela, é importante lembrar-se da síndrome crupe. Para o acometimento laríngeo crônico, destaca-se a presença da laringomalácia, caracterizada pelo surgimento nos primeiros meses de vida, com melhora espontânea, como foi descrito na questão (ALTERNATIVA B – CORRETA). Dessa forma, mantem-se acompanhamento com observação do paciente, esperando que a afecção apresente resolução completa até os 18 a 24 meses de vida. Contudo, se forem observados crises de cianose ou desconforto respiratório importante, com ganho de peso excessivo, pode-se tornar necessária a realização de intervenção. Um fato curioso sobre essa afecção é que, muitas vezes, o estridor só é observado quando a criança se exalta, por exemplo, durante o choro, sendo assintomática na maior parte do tempo. Já os casos de estridor bifásico estão, normalmente, associados à patologia na traqueia.

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