Onco - Emergências Oncológicas Flashcards

1
Q

Emergências oncológicas

Quais são as principais? [6]

A
  • Obstrução intestinal maligna
  • Síndrome da veia cava superior
  • Hipercalcemia da malignidade
  • Síndrome da compressão medular
  • Neutropenia febril
  • Síndrome de lise tumoral
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2
Q

Obstrução intestinal maligna

Neoplasias mais comuns?

A
  • Trato ginecológico (50%)
  • Trato gastrointestinal (28%)

Carcinomatose peritoneal

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3
Q

Obstrução intestinal maligna

Quadro clínico

A
  • Cólica
  • Distensão abdominal
  • Náuseas e vômitos (principal)
  • Eliminação das fezes ou diarreia paradoxal
  • EF: ausência de RHA (oclusão total); som metálico (suboclusão)
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4
Q

Obstrução intestinal maligna

Classificação

A

Mecânica:
- Extrínsecas: compressão, fibrose actínica, aderências.
- Intrínsecas: obstrução direta, linite gástrica.

Funcional:
- Infiltração: mesentério, nervos
- Neuropatia paraneoplásica: íleo secundário
- Infecções: ascite
- Medicações

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5
Q

Obstrução intestinal maligna

Diagnóstico (exames complementares)

A
  • Radiografia de abdome (supina)
  • TC de abdome com contraste IV
  • Outras: radiografia baritada, RM abdominopélvica
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6
Q

Obstrução intestinal maligna

Arsenal terapêutico

A
  • Dexametasona: < 10 dias, ↓edema peritumoral, antiemético central.
  • Antieméticos: Haloperidol (1ª linha); metoclopramida (se obstrução incompleta); Antagonistas 5-HT3 (2ª linha - Ondansetrona)
  • IBP’s + Anticolinérgicos¹ (vômitos, cólicas)
  • Análogos da somastatina: ↓secreção/motilidade; ↓fluxo esplâncnico e portal; ↑reabsorção de água e eletrólitos

¹Escopolamina

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7
Q

Obstrução intestinal maligna

Prescrição

A
  • Jejum ou dieta líquida
  • SNG aberta
  • Dexametasona 8 mg EV 2x ao dia
  • Morfina 2 mg EV 4/4h
  • Escopolamina 20 mg EV 6/6h
  • Ondansetrona 8 mg EV 8/8h
  • Haloperidol 1 mg EV 8/8h
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8
Q

Obstrução intestinal maligna

Ausência de melhora após 3-5 dias

A
  • Associar Octreotide 150 mcg SC/EV 6/6h
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9
Q

Obstrução intestinal maligna

Outras opções terapêuticas

A
  • Cirurgia: indicação?
  • Tratamento oncológico específico: boa performance, quimiossensível
  • Outros: Stens metálicos, autoexpansivos, gastrostomia descompressiva.
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10
Q

Síndrome da Veia Cava Superior

Principais etiologias?

A
  • CA pulmão: não pequenas células
  • CA pulmão: pequenas células
  • Linfoma
  • Metástases
  • Causas benignas

DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO É FUNDAMENTAL!

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11
Q

Síndrome da Veia Cava Superior

Quadro clínico?

A
  • Edema de face, pescoço e membros
  • Estase jugular
  • Circulação colateral
  • Dispneia/ Tosse
  • Pletora facial e rouquidão
  • SINAL DE PEMBERTON.
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12
Q

Síndrome da Veia Cava Superior

Sinais de Gravidade/Emergência

A
  • ↓Nível de consciência
  • Compressão traqueal
  • Edema laríngeo

Indicação: terapia endovascular (stent)

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13
Q

Síndrome da Veia Cava Superior

Tratamento?

A

Estabilização clínica:
- ABC + cabeceira elevada
- Anticoagulação profilática
- Restrição hídrica
- Suporte O2
- Evitar hipervolemia (furosemida?)

Neoplasia de base (dx etiológico):
- Quimioterapia x radioterapia

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14
Q

Hipercalcemia da malignidade

Tumores mais associados?

A
  • CA pulmão não pequenas células
  • CA mama
  • MM
  • CEC (CP)
  • Carcinoma urotelial
  • CA ovário
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15
Q

Hipercalcemia da malignidade

É 4 x mais comum em:

A

Estádio clínico IV
- Pior prognóstico (mortalidade em 30 dias = 50%)

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16
Q

Hipercalcemia da malignidade

Fisiopatologia: secreção de PTH-like (principal)

A
  • TGU, TGI, CCP, Mama, Ovário, Linfoma, Paratireoide.

“TUDO”

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17
Q

Hipercalcemia da malignidade

Fisiopatologia: produção de vitamina D

A

OVÁRIO + LINFOMA

Limpa Osso”

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18
Q

Hipercalcemia da malignidade

Fisiopatologia: metástase osteolítica

A

MAMA + MM

Mata Medula”

MM MM

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19
Q

Hipercalcemia da malignidade

Manifestações clínicas

A
  • Gastrointestinal: anorexia, náuseas, vômitos, obstipação (crônica).
  • Renal: poliúria/polidipsia; nefrolitíase (crônica)
  • Neurológico: confusão, esturpor, coma, fraqueza (crônica)
  • Cardíaco: bradicardia, BAV, HAS (crônica)
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20
Q

Hipercalcemia da malignidade

Classificação da hipercalcemia?

A

Leve: 10,5-11,9 mg/dl
Moderada: 12-13 mg/dl
Grave: > 14 mg/dl

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21
Q

Hipercalcemia da malignidade

Diferencial: hiperparatireoidismo primário

Como diferenciar?

A
  • PTH elevado/LSN
  • Hipercalcemia + Hipofosfatemia
  • Calciúria 24h > 200
  • FE[Ca] > 1%

Adenoma solitário (80%) ou hiperplasia de parótidas (20%

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22
Q

Hipercalcemia da malignidade

Diferencial: Hipercalcemia hipocalciúrica familiar

Como diferenciar?

A
  • Calciúria 24h reduzida
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23
Q

Hipercalcemia da malignidade

Diferencial: hipercalcemia associada a doença grnaulomatosa

Como diferenciar?

A
  • ↑Prod. vitamina D: Wegener, sarcoidose, TB, hanseníase.
24
Q

Hipercalcemia da malignidade

Quais exames pedir antes de iniciar o tto?

A
  • Cálcio iônico + PTH + vitamina D.
  • CaT corrigido: CaT¹ + 0,8 x (4 - albumina²)

¹mg/dl ²g/dl

25
Q

Hipercalcemia da malignidade

Tratamento geral

A
  • Hidratação venosa: 200-300 ml/h SF ➟ DU: 100-150 ml/h
  • Furosemida: 20-40 mg EV (hipervolemia)
26
Q

Hipercalcemia da malignidade

Tratamento específico

A

Reabsorção óssea:
- ¹Pamidronato: 60-90 mg EV em 2-24h; IRA grave ou Cr > 4,5 (sem dados de segurança)
- ¹Ácido zoledrônico: 4 mg EV 15-30 min; evitar DRC grave (Cr > 3 ou ClCr < 30)
- Denosumabe: 120 mg SC

Calcitonina: 4-8 UI/Kg SC ou EV

Corticoide: hemorragias (↑vitamina D)

¹EA’s: osteonecrose de mandíbula, olho vermelho e disf. renal

27
Q

Hipercalcemia da malignidade

Quais medicações devem ser suspensas?

A
  • HCTZ
  • Lítio
  • Suplemento de Cálcio
28
Q

Síndrome da compressão medular

Definição

A
  • Compressão, deslocamento ou encarceramento do saco dural.
29
Q

Síndrome da compressão medular

Regiões da coluna vertebral mais acometidas?

A

Torácicas > Lombares > Cervicais

30
Q

Síndrome da compressão medular

Tumores mais associados?

A
  • Próstata
  • Pulmão
  • Rim
  • MM
  • Linfoma não Hodgkin

“Para Pintar o Rim, Hodgkin Meteu Massa”

31
Q

Síndrome da compressão medular

Quadro clínico

A
  • Dor (95%): precede os sintomas neurológicos.
  • Déficit motor + sensorial + autonômico (disf. urinária e intestinal)
32
Q

Síndrome da compressão medular

Diagnóstico (Exame complementar)

Melhor exame?

A
  • RM de coluna cervical + torácica + lombar + sacral.

TC (2ª linha)

33
Q

Síndrome da compressão medular

Tratamento

A
  • Dexametasona 10 mg EV bolus ➟ 4-6 mg 6/6h (↓edema vasogênico ~isquema medular)
  • Ivermectina 12 mg dose única
  • Omeprazol
  • Controle glicêmico
  • Cirurgia: < 72h; instabilidade coluna; pouco sensível à radioterapia.
  • Radioterapia
  • Reabilitação
34
Q

Neutropenia febril

Critérios diagnósticos?

A
  • Quimioterapia em nadir
  • Febre: T oral ≥ 38,3 ºC OU T oral ≥ 38ºC (1h)
  • Neutropenia: < 500 neut; < 100 neut (previsão queda: 48h)
35
Q

Neutropenia febril

Neoplasias associadas

A
  • Tumores hematológicos (80%)
  • Neoplasias sólidas em andamento (10-50%)
36
Q

Neutropenia febril

Avaliação inicial

A
  • Anamnese + EF (pele, orofaringe e genitálias)¹
  • Laboratório: Hmg, ClCr, F. hepática, Eletrólitos, provas inflamatórias, 2 hmcts, urina 1 + urocultura, radiografia de tórax.

¹Toque Retal NÃO INDICADO !

37
Q

Neutropenia febril

MASCC score (Risco)

BAIXO RISCO?

A

≥ 21

38
Q

Neutropenia Febril

MASCC score < 21: Tratamento?

A

Amoxicilina/clavulanato + ciprofloxacino:
- EV ➟ 4-24h (estável) VO (ambulatorial)

39
Q

Neutropenia febril

MASCC score ≥ 21: Tratamento?

A
  • Piperacilina-tazobactam OU Cefepime
  • 2ª opção: Carbapenêmico/ guiado por cultura.

Tasocin

40
Q

Neutropenia febril

Indicação de associação de Vancomicina?

A
  • Infec. cateter ou infecção de pele
  • Instabilidade hemodinâmica
  • Pneumonia (documentada)
  • Hmc cocos gram +
  • Mucosite grave
  • ATB profilático com quinolona
  • Colonização previa
41
Q

Neutropenia febril

Reavaliação 48-72h

SEM MELHORA?

A
  • Adicionar carbapenêmico
  • TC tórax + seios da face
  • Considerar antifúngico empírico
  • Diarreia: pesquisa de Clostridium, coprocultura e protoparasitológico de fezes.
  • TC abdome: colite neutropênica
42
Q

Neutropenia febril

Reavaliação 96h:

SEM MELHORA?

A
  • Hmg + Hmc 2-3 dias
  • TC tórax + seios face 2-3 dias
  • Exame focos suspeitos; procedimentos invasivos e biópsias.
  • Hmc p/ fungo
43
Q

Neutropenia febril

Indicação de Anfotericina B (reavaliação 96h)

A
  • Neutropenia febril > 4 dias + padrão radiológico sugestivo.
  • Neutropenia febril > 7 dias
  • Galactomanana¹ positiva
  • Antecedente de infec. fúngica invasiva

¹Aspergilose invasiva

44
Q

Neutropenia febril

Tempo de tratamento

A
  • Foco definido ➟ depende do foco
  • Sem foco definido: afebril 48h + cultura negativas + neutrófilos > 500 em ascenção.
45
Q

Neutropenia febril

Indicação de Filgrastim (G-CSF)

Estimulador de colônias granulocíticas

A
  • Risco neutropenia ≥ 20%
  • Reduz tempo de internação!
  • Não altera a mortalidade global
46
Q

Síndrome de Lise Tumoral

Neoplasias associadas

A
  • Tumores sólidos¹: CA pulmão pequenas células + tumores germinativos.
  • Tumores hematológicos: LLA, LMA, LNH, LH
  • Disf renal prévia e desidratação
  • ↑Proliferação ↑Volume e ↑Sensibilidade à QT

¹QT citotóxica ➟ ↑ Incidência

¹Maior mortalidade

47
Q

Síndrome de Lise Tumoral

Critérios de Cairo-Bishop

2 laboratoriais OU 1 Lab + 1 clínico

A
  • Laboratoriais: hiperfosfatemia, hiperpotassemia, hiperuricemia e hipocalcemia.
  • Clínicos: arritimia, morte súbita, convulsão, irritabilidade neuromuscular, IRA (↑0,3 mg/dl) ou Oligúria (< 0,5 ml/kg/h por 6 horas)

↑/↓ 25% basal

48
Q

Síndrome de Lise Tumoral

Fatores de risco

A
  • Tumor: volume; infiltração de órgãos sólidos e MO
  • Potencial de lise: DHL > 2LSN e leucocitose > 25000
  • Paciente: DRC, oligúria, desidratação, depleção volume; acidez urinária; nefrotoxinas, hiperuricemia > 7,5 mg/dl
49
Q

Síndrome de Lise Tumoral

Clínica?

A
  • Náuseas e vômitos
  • Diarreia
  • Oligúria
  • Letargia
  • Tetania
  • Convulsões
  • Arritimias
  • PCR

DHE e Uremia

50
Q

Síndrome de Lise Tumoral

Sinais de hipocalcemia?

A
  • Sinal de Chvostek
  • Sinal de Trousseau
51
Q

Síndrome de Lise Tumoral

Risco aumentado de nefropatia por:

A
  • Urato
  • Deposição de fosfato de cálcio
52
Q

Síndrome de Lise Tumoral

Prevenção (pacientes de risco)?

A
  • Hidratação EV: 2-3 L/dia ➟ DU 2 ml/kg/h

Hipouricemiantes:
- Alopurinol: 100 mg 8/8h; inibidor xantina-oxidase (↓formação)
- Rasburicase: 0,2 mg/kg/dia por 5 dias (catabolismo)

53
Q

Síndrome de Lise Tumoral

Tratamento

A
  • MOV
  • Eletrólitos, ácido úrico, Clcr (4-6h)
  • Hidratação EV vigorosa
  • DU > 3L/dia
  • Rasburicase
  • Correção de DHE e AB
  • Avaliar diálise
54
Q

Síndrome de Lise Tumoral

Tratamento: O que é proscrito?

A
  • Alcalinização da urina (piora dos cristais de fosfato de cálcio)
55
Q

Síndrome de Lise Tumoral

Qual hipouricemiante requer correção pelo ClCr?

A

Alopurinol