Sangramentos da Gestação e Rotura de Membranas - Monize Flashcards

1
Q

Em quantos períodos é dividida a gestação para considerar hipóteses de diagnóstico de sangramentos?

A

A gestação é dividida em 2 períodos: 1ª metade e 2ª metade.

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2
Q

Por que é útil dividir a gestação em dois períodos ao considerar sangramentos?

A

A divisão facilita o pensamento em hipóteses de diagnóstico mais direcionadas.

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3
Q

O que é considerado um aborto em termos de semanas de gestação?

A

Um aborto é considerado uma interrupção da gravidez antes de 22 semanas.

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4
Q

Quais são as outras duas características que definem um aborto além das semanas de gestação?

A

Feto com peso inferior a 500g ou feto com comprimento inferior a 16,6 cm.

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5
Q

Em que posição o aborto está entre as causas de mortalidade materna no Brasil?

A

É a 4ª causa de mortalidade materna no Brasil.

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6
Q

O que é a síndrome hemorrágica de primeira metade da gravidez?

A

É uma interrupção da gravidez que ocorre na primeira metade da gestação, caracterizada por aborto.

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7
Q

O que diferencia um aborto precoce de um tardio em termos de semanas de gestação?

A

Precoce ocorre antes de 12 semanas e tardio entre 13 e 20 semanas.

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8
Q

O que distingue um aborto espontâneo de um provocado?

A

Espontâneo ocorre sem intervenção externa e pode ser causado por doenças da mãe ou anormalidades do embrião/feto. Provocado é uma interrupção causada por intervenção externa e intencional.

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9
Q

Quais são as duas principais formas de classificar um aborto e suas subcategorias?

A

1) Precoce ou tardio: Precoce antes de 12 semanas, tardio entre 13 e 20 semanas
2) Espontâneo ou provocado: Espontâneo sem intervenção externa, provocado com intervenção externa e intencional.

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10
Q

O que é abortamento evitável ou ameaça de abortamento?

A

É uma forma de abortamento onde há chances de reversão do quadro, ou seja, existem perspectivas na evolução da gravidez.

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11
Q

Quais são os dois principais sintomas de um abortamento evitável?

A

Os dois grandes sintomas são sangramento e dor.

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12
Q

Todo sangramento em gravidez é considerado como o quê?

A

Todo sangramento em gravidez é considerado uma ameaça de aborto.

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13
Q

O que significa deslocamento de embrião maior que 40% no contexto de abortamento evitável?

A

Se o descolamento do embrião for maior que 40%, há uma alta chance de aborto.

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14
Q

E o que implica um deslocamento de embrião menor que 40%?

A

Se o descolamento for menor que 40%, há reabsorção do descolamento e maior chance de viabilidade da gravidez.

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15
Q

O que é o exame especular no contexto de abortamento evitável?

A

É um exame físico que pode revelar características como sangue coletado e sangramento ativo de leve intensidade.

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16
Q

Quais achados podem ser observados ao exame especular em um caso de abortamento evitável?

A

Podem-se encontrar sangue coletado e sangramento ativo de leve intensidade, com colo impérvio.

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17
Q

Quais são os achados com toque vaginal combinado em um abortamento evitável?

A

Útero com tamanho compatível com idade gestacional e atraso menstrual, colo impérvio e sangramento de pequena monta.

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18
Q

O que significa “colo impérvio” no contexto de achados especulares do abortamento evitável?

A

Colo impérvio significa que o colo do útero está fechado, indicando que não há passagem permitida.

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19
Q

O que é indicado por “sangramento de pequena monta” em um abortamento evitável?

A

Indica que o volume de sangramento é relativamente baixo.

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20
Q

Quais são os achados no exame ecográfico transvaginal em um caso de abortamento evitável?

A

1) Saco gestacional regular
2) Batimento cardíaco fetal regular e bpm aumentado
3) Área de descolamento ovular inferior a 40% do diâmetro do saco gestacional.

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21
Q

Qual é a conduta recomendada para um caso de abortamento evitável, mesmo na presença de hematoma retroplacentário, e qual é a eficácia da recomendação de repouso no leito?

A

A conduta é expectante, sem indicação de internação hospitalar, mesmo na presença de hematoma retroplacentário. Não há medidas médicas que possam alterar a evolução do quadro. A recomendação de repouso no leito não demonstrou benefícios.

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22
Q

O que define um caso de abortamento inevitável e quais são os achados clínicos frequentes?

A

O abortamento inevitável é definido quando o colo uterino está aberto e não há medicação para reverter o sangramento, tornando a continuação da gestação inviável. Clinicamente, isso se traduz pela dilatação da cérvice, que permite a detecção, na maioria das vezes, de membranas ovulares e do próprio embrião.

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23
Q

Quais são as subcategorias de aborto inevitável e como elas se diferem?

A

1) Aborto inevitável completo: Material presente no canal vaginal e colo uterino fechado.
2) Aborto inevitável incompleto: Não foi possível eliminar todo o material.

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24
Q

O que é observável em um caso de aborto inevitável incompleto?

A

Espessamento do endométrio.

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25
Q

O que ocorre em relação ao expulsamento do concepto e a eliminação de material em um aborto inevitável incompleto?

A

Há expulsamento do concepto mas permanência da placenta ou restos placentários, ou seja, o ovo é eliminado parcialmente.

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26
Q

Quais são os sintomas típicos de um aborto inevitável incompleto?

A

Os sintomas incluem sangramento, útero menor que o esperado, e dores tipo cólicas.

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27
Q

Quais são as condutas gerais recomendadas para casos de abortamento inevitável?

A

Para abortamento incompleto com menos de 12 semanas, a Aspiração Manual Intrauterina (AMIU) é recomendada. Se não for possível realizar AMIU, a curetagem uterina é a opção. Para abortamentos com mais de 12 semanas, a curetagem uterina é utilizada para eliminar o feto.

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28
Q

Qual é a conduta recomendada para um abortamento inevitável incompleto com menos de 12 semanas?

A

A Aspiração Manual Intrauterina (AMIU) é recomendada. Se AMIU não for possível, a curetagem uterina é realizada.

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29
Q

Qual é a conduta recomendada para um abortamento inevitável com mais de 12 semanas?

A

Curetagem uterina é realizada para eliminar o feto.

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30
Q

O que define um caso de aborto retido?

A

Um aborto retido é definido como um caso onde não houve sangramento e não ocorreu a eliminação do feto.

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31
Q

Qual é a condição do feto em um caso de aborto retido?

A

O feto se encontra sem batimento cardíaco.

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32
Q

Qual é a conduta recomendada em um caso de aborto retido?

A

A conduta é expectante até 30 dias, esperando a eliminação espontânea do feto. Se isso não ocorrer, é necessário realizar a curetagem.

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33
Q

Quais são os sinais inflamatórios em um caso de aborto infectado?

A

Os sinais inflamatórios incluem febre e corrimento com odor fétido.

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34
Q

Como é o sangramento em um caso de aborto infectado?

A

O sangramento geralmente não é profuso e costuma se manifestar como sangue aguado, escuro, tipo “lavado de carne”, frequentemente com odor fétido.

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35
Q

Quais tecidos estão comprometidos nas formas iniciais de um aborto infectado?

A

Nas formas iniciais, apenas o endométrio e o miométrio estão comprometidos pelo processo infeccioso.

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36
Q

Quais são os sintomas de infecção detectados nas formas iniciais de um aborto infectado?

A

Os sintomas que traduzem a infecção incluem febre em torno de 38°C e dor média tipo cólicas intermitentes.

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37
Q

Como é o estado geral do paciente nas formas iniciais de um aborto infectado?

A

O estado geral é bom, permitindo o exame físico que frequentemente revela dor moderada à mobilização do colo uterino e à palpação abdominal.

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38
Q

Quais são os tratamentos comuns para um aborto infectado?

A

Nos casos comuns, o tratamento envolve a administração de antibióticos adequados como Clindamicina + Gentamicina ou Amicacina, além da remoção do foco infeccioso.

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39
Q

Como são tratados os casos mais graves de aborto infectado?

A

Em casos mais graves, além da administração de antibióticos como Penicilina G ou Ampicilina, o tratamento clínico inclui o suporte ao estado geral da paciente com a administração de solutos e, se necessário, sangue.

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40
Q

Qual é o tratamento definitivo para um aborto infectado?

A

O tratamento definitivo é cirúrgico e envolve a curetagem com a remoção do foco infeccioso, que é quase sempre traduzido nos restos placentários infectados.

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41
Q

Qual é a conduta geral em abortamentos com foco infeccioso?

A

A conduta geral em abortamentos com foco infeccioso é a administração de antibióticos (ATB) combinada com o esvaziamento uterino.

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42
Q

O que é gestação ectópica e onde ela geralmente ocorre?

A

A gestação ectópica ocorre quando a implantação e o desenvolvimento do ovo fertilizado acontecem fora da cavidade uterina. Embora possa ocorrer em outros locais, como cicatrizes de cesárea, corno do útero e colo do útero, é mais comumente encontrada na tuba uterina.

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43
Q

Qual é o risco para uma paciente que já teve uma gestação ectópica?

A

Uma paciente que já teve uma gestação ectópica tem um aumento de 15% na chance de ter outra.

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44
Q

Como é feita a observação do ovário em relação à gestação ectópica?

A

Normalmente, o ovário que contém o corpo lúteo é o local onde a gestação ectópica ocorreu.

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45
Q

Quais são os sintomas principais na anamnese para identificar uma gestação ectópica complicada (aborto ou ruptura)?

A

O sintoma principal da gravidez tubária complicada é a dor. Em casos de ruptura tubária, a dor é sincopal e lancinante. Já em casos de aborto, a dor apresenta-se em caráter de cólicas.

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46
Q

Quais são os principais sinais no exame físico geral que caracterizam um estado hipovolêmico em uma gestação ectópica?

A

Os principais sinais que caracterizam um estado hipovolêmico incluem palidez cutaneomucosa sem perda sanguínea visível, taquicardia e hipotensão arterial.

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47
Q

No contexto da gestação ectópica, que achados podem ser evidenciados durante um exame físico especial em ginecologia?

A

No exame físico especial, podem-se observar reação peritoneal, descompressão brusca dolorosa (DB+), e diminuição de ruídos hidroaéreos intestinais (RHA-).

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48
Q

Quais são os principais achados durante o exame dos genitais internos em casos de gestação ectópica?

A

Durante o exame dos genitais internos, há intensa dor notada especialmente com a palpação do fundo de saco posterior, conhecida como “Grito de Douglas” (sinal de Proust). O útero apresenta-se ligeiramente aumentado e amolecido. Nos anexos, tumoração palpável só é detectada em cerca de 50% dos casos.

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49
Q

Quais são alguns fatores de risco associados à gestação ectópica?

A

Gravidez ectópica prévia, cirurgia tubária prévia, infertilidade, Doença Inflamatória Pélvica (DIP), endometriose, usuárias de DIU, anticoncepção de emergência e tabagismo.

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50
Q

No contexto de gestação ectópica, quão significativo é o fator de risco de ter uma gravidez ectópica anterior?

A

Ter uma gravidez ectópica anterior é um fator de risco importante para uma nova gestação ectópica.

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51
Q

Quais fatores cirúrgicos prévios podem aumentar o risco de uma gestação ectópica?

A

Cirurgia tubária prévia, como esterilização feminina e reanastomose tubária, são fatores de risco.

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52
Q

Por que a infertilidade é considerada um fator de risco para a gestação ectópica?

A

A infertilidade é um fator de risco porque as condições que causam infertilidade também podem levar a uma gravidez ectópica.

53
Q

Como a Doença Inflamatória Pélvica (DIP) pode ser um fator de risco para gestação ectópica?

A

A DIP pode causar cicatrizes ou bloqueios nas tubas uterinas, tornando mais provável uma gestação ectópica.

54
Q

De que forma o tabagismo está relacionado ao risco de gestação ectópica?

A

O tabagismo é um fator de risco para gestação ectópica, embora o mecanismo exato ainda seja incerto.

55
Q

Em resumo, quais são os principais fatores de risco para gestação ectópica?

A

Utilização de DIU, cirurgias prévias e endometriose são resumidamente os principais fatores de risco.

56
Q

Quais são os parâmetros de diagnóstico laboratorial e por imagem que indicam uma gestação ectópica?

A

Um beta-hCG positivo acima de 2.000 Ul/Ml, juntamente com a ausência de uma imagem dentro da cavidade uterina, são indicativos de uma gestação ectópica.

57
Q

Quais sintomas são sugestivos de gravidez ectópica, e qual deve ser a conduta em tais casos?

A

Atraso menstrual, sangramento genital e/ou dor abdominal são sintomas sugestivos de gravidez ectópica. Em casos com esses sintomas, deve ser realizado acompanhamento cuidadoso até que o diagnóstico seja esclarecido.

58
Q

Quais exames são necessários para complementar o diagnóstico de gestação ectópica e qual é a conduta correta diante do valor discriminatório da beta-hCG?

A

A conduta inclui o monitoramento da evolução dos títulos da beta-hCG, a realização de USTV (ultrassonografia transvaginal) e, excepcionalmente, a curetagem uterina para confirmar ou descartar o diagnóstico. O valor discriminatório da beta-hCG é de 2.000mUI/mL; valores acima desse indicam que uma gestação intrauterina deveria ser confirmada à USTV.

59
Q

Quais são as indicações para a conduta expectante no tratamento da gestação ectópica?

A

A conduta expectante é indicada quando há queda dos níveis de beta-hCG.

60
Q

Em que situação é indicada a conduta cirúrgica no tratamento da gestação ectópica?

A

A conduta cirúrgica é indicada em casos de rotura tubária.

61
Q

Quais são as indicações para o uso de metotrexato (MTX) no tratamento da gestação ectópica?

A

O MTX é indicado quando há estabilidade hemodinâmica, diâmetro da massa anexial menor ou igual a 3,5 cm, beta-hCG inicial de 5.000 mUI/ml, ausência de dor abdominal e desejo de gravidez futura. Termo de consentimento deve ser assinado. (Não é muito usual nós escolhermos essa conduta)

62
Q

O que sugere uma duplicação dos níveis de beta-hCG a cada 48 horas em uma gestação ectópica?

A

Sugere uma gestação ectópica rota, necessitando de uma conduta mais incisiva.

63
Q

Qual a conduta em uma gestação ectópica com decrescimento dos níveis de beta-hCG?

A

A conduta é expectante.

64
Q

Quais são os sintomas que indicam rotura em uma gestação ectópica e qual é a conduta indicada?

A

Em caso de rotura, a paciente sente muita dor, apresenta abdome agudo e eliminação de sangue na cavidade abdominal, indicando conduta cirúrgica devido à irritação peritoneal.

65
Q

O que sugere uma duplicação dos níveis de beta-hCG a cada 48 horas em uma gestação ectópica?

A

Sugere uma gestação ectópica rota, necessitando de uma conduta mais incisiva.

66
Q

Qual a conduta em uma gestação ectópica com decrescimento dos níveis de beta-hCG?

A

A conduta é expectante.

67
Q

Quais são os sintomas que indicam rotura em uma gestação ectópica e qual é a conduta indicada?

A

Em caso de rotura, a paciente sente muita dor, apresenta abdome agudo e eliminação de sangue na cavidade abdominal, indicando conduta cirúrgica devido à irritação peritoneal.

68
Q

O que é a Doença Trofoblástica Gestacional (DTG) de forma simplificada?

A

É uma anomalia que afeta as células do tecido trofoblástico placentário, podendo levar a problemas como invasão, metástase e recorrência.

69
Q

Como a Doença Trofoblástica Gestacional (DTG) é definida de forma aprofundada?

A

É uma anomalia proliferativa que atinge as células cito e sinciciotrofoblásticas que compõem o tecido trofoblástico placentário, variando em propensão para regressão, invasão, metástase e recorrência.

70
Q

Quais são os achados no USG para Neoplasia Trofoblástica Gestacional?

A

O sangramento tem aspecto de sagu ou cacho de uva.

71
Q

Por que é necessário um acompanhamento posterior em casos de Neoplasia Trofoblástica Gestacional?

A

Para verificar se a doença benigna não evoluiu para uma forma maligna.

72
Q

Qual o fator de risco para neoplasia trofoblástica gestacional (mola hidatiforme)?

A

O principal fator de risco é ter idade ≥ 35 anos (IMA)

73
Q

Quais são as manifestações clínicas de sangramento na neoplasia trofoblástica gestacional?

A

Sangramento transvaginal de repetição e intensidade variável.

74
Q

Como o útero se apresenta na neoplasia trofoblástica gestacional?

A

Aumentado de volume para a idade gestacional.

75
Q

Quais sintomas gastrointestinais são comuns na neoplasia trofoblástica gestacional?

A

Náuseas e vômitos.

76
Q

Que tipo de cisto é visualizado no USG em casos de neoplasia trofoblástica gestacional?

A

Cisto tecaluteínicos, com aspecto de uva/sagu.

77
Q

Qual patologia endócrina tem maior probabilidade de ocorrer na neoplasia trofoblástica gestacional?

A

Hipertireoidismo.

78
Q

Em que período gestacional é mais provável observar sinais de pré-eclâmpsia na neoplasia trofoblástica gestacional?

A

Antes da 20ª semana da gestação.

79
Q

Como as náuseas e vômitos se manifestam em gestações molares evoluídas com úteros volumosos e grande quantidade de material intracavitário?

A

A hiperêmese pode ser incoercível e de difícil inibição.

80
Q

O que são cistos tecaluteínicos e em que percentual dos casos de neoplasia trofoblástica gestacional eles estão presentes?

A

Cistos tecaluteínicos são uma forma de hiperestimulação ovariana causada por níveis elevados do B-hCG. Eles estão presentes em cerca de 20% dos casos de neoplasia trofoblástica gestacional.

81
Q

Qual é a conduta inicial no tratamento da neoplasia trofoblástica gestacional?

A

A conduta inicial é levar o paciente ao centro cirúrgico. Não se realiza curetagem; uma biópsia é necessária.

82
Q

Quais são as etapas do seguimento pós-molar no tratamento da neoplasia trofoblástica gestacional?

A

O principal item do seguimento pós-molar é a dosagem do beta-hCG. Inicialmente, a dosagem é feita semanalmente, depois quinzenalmente, até que haja normalização em três dosagens consecutivas. Após isso, a avaliação é mensal durante seis meses.

83
Q

Durante o seguimento pós-molar, qual é a orientação quanto à possibilidade de engravidar?

A

A orientação é de não engravidar durante o período de seis meses de seguimento pós-molar.

84
Q

O que é o Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP)?

A

O DPP ocorre quando há ruptura dos vasos maternos na decídua basal, levando à separação da placenta e causando sangramento.

85
Q

O que causa imediatamente o Deslocamento Prematuro de Placenta?

A

A causa imediata é a ruptura dos vasos maternos na decídua basal.

86
Q

Qual pode ser a extensão do sangramento em casos de DPP?

A

O sangramento pode ser pequeno e autolimitado ou pode continuar a dissecar a interface placenta-decidual, levando à separação completa ou quase completa da placenta.

87
Q

O que geralmente está relacionado à maioria dos casos de DPP?

A

A maioria dos descolamentos parece estar relacionada a um processo patológico placentário crônico.

88
Q

Quais anormalidades no desenvolvimento das artérias espiraladas podem levar ao DPP?

A

Anormalidades no desenvolvimento precoce das artérias espiraladas podem levar a necrose decidual, inflamação placental e possivelmente infarto, culminando em disrupção vascular e sangramento.

89
Q

O que é o Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP) e em que fase da gravidez ele geralmente ocorre?

A

O Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP) é uma complicação obstétrica que geralmente ocorre na segunda metade da gravidez. É caracterizado pela separação prematura da placenta do útero, levando a sangramentos que podem variar em intensidade.

90
Q

Quais são os três principais sinais e sintomas que compõem a tríade do Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP)?

A

A tríade do Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP) inclui: sangramento, hipertonia e dor.

91
Q

Quais são algumas das causas possíveis para o Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP)?

A

As causas do Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP) podem incluir
trauma,
uso de drogas,
anomalias uterinas,
infecção intra-amniótica,
vasculite,
distúrbios trombóticos,
ruptura prematura das membranas (polidâmnio),
tabagismo e
descolamento placentário anterior.

92
Q

Quantos graus de classificação existem para o Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP)?

A

Existem três graus de classificação para o Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP): Grau I, Grau II e Grau III.

93
Q

O que caracteriza o Grau I de Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP)?

A

O Grau I é geralmente assintomático ou apresenta sangramento discreto. Não há hipertonia uterina significativa e a vitalidade fetal é mantida. O diagnóstico é muitas vezes feito após o nascimento, devido à presença de coágulos retroplacentários.

94
Q

O que caracteriza o Grau II de Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP)?

A

O Grau II envolve sangramento moderado e verificação da presença de batimentos cardíacos fetais. Há repercussão hemodinâmica na mãe, como aumento da frequência cardíaca, alteração postural da pressão arterial e queda do fibrinogênio. A vitalidade fetal é prejudicada.

95
Q

O que caracteriza o Grau III de Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP) e quais são suas subcategorias?

A

O Grau III é caracterizado pela ausência de batimentos cardíacos fetais, indicando óbito fetal. A mãe apresenta hipotensão arterial e hipertonia uterina. Ele é dividido em Grau IIIA, onde há coagulopatia instalada, e Grau IIIB, onde não há coagulopatia instalada.

96
Q

Quais são os sinais e sintomas que podem ser usados para diagnosticar o Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP)?

A

Os sinais e sintomas que podem ser usados para diagnosticar o Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP) incluem:
Sangramento vaginal,
Dor abdominal ou pélvica,
Contração uterina,
Anormalidades na frequência cardíaca fetal e
Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD).

97
Q

No tratamento da DPP, qual é a conduta recomendada para uma gestante estável com feto morto?

A

Se a gestante está estável e o feto está morto, a recomendação é a realização de um parto vaginal.

98
Q

No tratamento da DPP, qual é a conduta recomendada para uma gestante estável com feto vivo?

A

Se a gestante está estável e o feto está vivo, a decisão entre parto vaginal e cesárea depende de se o parto é iminente ou não. Se o parto é iminente, opta-se pelo parto vaginal; caso contrário, a cesárea é a abordagem recomendada.

99
Q

No tratamento da DPP, qual é a conduta em casos de instabilidade materna E/OU sofrimento fetal agudo (SFA) E/OU trabalho de parto lento?

A

Em casos de instabilidade materna, sofrimento fetal agudo (SFA) ou trabalho de parto lento, a conduta recomendada é a realização de uma cesárea.

100
Q

No contexto da DPP, como a escolha entre parto vaginal e cesárea é feita quando a gestante está estável?

A

A escolha entre parto vaginal e cesárea quando a gestante está estável é baseada no status do feto (vivo ou morto) e na iminência do parto. Se o feto está morto, opta-se por parto vaginal. Se o feto está vivo e o parto é iminente, também se opta por parto vaginal. Se o feto está vivo mas o parto não é iminente, a cesárea é recomendada.

101
Q

O que é placenta prévia e quando ela é diagnosticada?

A

A placenta prévia é definida como a presença de tecido placentário total ou parcialmente inserido no segmento inferior do útero, diagnosticada após 28 semanas de gestação.

102
Q

Quais são os tipos de placenta prévia?

A

Há dois tipos principais de placenta prévia:
1) Quando a placenta recobre total ou parcialmente o orifício interno do colo uterino, anteriormente chamada de placenta prévia centro-total ou centro-parcial.
2) Placenta de inserção baixa, onde a borda placentária se insere no segmento inferior do útero mas não chega ao orifício interno, e se localiza a no máximo 2 cm de distância dessa estrutura. Este era conhecido como placenta prévia marginal.

103
Q

O que deve ser descartado no diagnóstico diferencial de placenta prévia?

A

É importante descartar a possibilidade de acretismo placentário quando se diagnostica uma placenta prévia. O acretismo placentário é uma condição em que a placenta adere de maneira anormal ao miométrio (músculo uterino), o que pode complicar a remoção da placenta após o parto e levar a sangramentos severos.

104
Q

Quais são os fatores de risco para placenta prévia?

A

Os fatores de risco para placenta prévia incluem: número de cesarianas prévias, gestação múltipla, antecedente de placenta prévia, número de curetagens uterinas, idade materna avançada, multiparidade e tabagismo.

105
Q

Qual é o exame diagnóstico padrão para placenta prévia?

A

O exame diagnóstico padrão para placenta prévia é o ultrassom obstétrico (USG).

106
Q

Quando deve-se suspeitar de placenta prévia em gestantes?

A

Qualquer gestante acima de 24 semanas com sangramento vaginal indolor deve levar à suspeita de placenta prévia.

107
Q

Quais são os achados típicos em um USG na placenta prévia?

A

Contrações uterinas podem ser encontradas durante ou após o episódio hemorrágico, e o tônus uterino está normal nos seus intervalos. O exame de toque vaginal é proscrito pelo risco de ocasionar hemorragia abundante.

108
Q

Qual é a abordagem de tratamento para placenta prévia?

A

A abordagem de tratamento para placenta prévia é cirúrgica.

109
Q

Até que semana de gestação o diagnóstico de placenta prévia não é fechado?

A

Antes de 28 semanas de gestação, o diagnóstico de placenta prévia não é fechado.

110
Q

A conduta de tratamento para placenta prévia muda dependendo se o feto é pré-termo ou de termo?

A

Sim, a conduta de tratamento para placenta prévia varia dependendo se o feto é pré-termo ou de termo.

111
Q

Qual é a conduta para feto pré-termo com sangramento materno incontrolável ou sofrimento fetal em caso de placenta prévia?

A

Em caso de feto pré-termo com sangramento materno incontrolável ou sofrimento fetal, a interrupção imediata por cesárea é indicada.

112
Q

Qual é a conduta para feto pré-termo com sangramento materno controlável em caso de placenta prévia?

A

Em caso de feto pré-termo com sangramento materno controlável, a indicação é para internação e vigilância do sangramento. Isso inclui controle dos sinais vitais, controle da vitalidade fetal e uso de corticóides entre 25 e 34 semanas de gestação.

113
Q

Qual é a conduta para feto de termo em caso de placenta prévia?

A

Para fetos de termo em casos de placenta prévia, a interrupção com 37 semanas por cesárea é recomendada.

114
Q

É possível o parto vaginal em casos de placenta de inserção baixa?

A

Sim, em casos de placenta de inserção baixa, o parto vaginal é possível.

115
Q

O que é rotura uterina?

A

A rotura uterina é uma abrupta solução de continuidade da parede uterina, envolvendo todas as suas camadas, inclusive a serosa superficial.

116
Q

Quais pacientes estão em risco aumentado de rotura uterina com base em sua história de parto?

A

Pacientes com dois ou mais partos cesáreos anteriores estão em risco aumentado de rotura uterina. A hiperatividade uterina nesses casos é um indicativo para a realização do próximo parto por cesárea devido ao risco elevado de rotura.

117
Q

Quais causas de rotura uterina estão associadas a fatores relacionados à própria gestação, como a condição do útero e do feto?

A

A superdistensão uterina, que pode ocorrer devido a gestação multifetal, polidrâmnio ou anomalia fetal, é uma causa de rotura uterina.

118
Q

Quais são as causas iatrogênicas de rotura uterina e como elas ocorrem?

A

A utilização de ocitocina que leva à hipertonia uterina e a perfuração iatrogênica são causas iatrogênicas de rotura uterina. A ocitocina pode levar a contrações uterinas excessivas que culminam em rotura, enquanto a perfuração iatrogênica pode ocorrer durante procedimentos médicos.

119
Q

Como as cicatrizes uterinas anteriores e a distocia no trabalho de parto podem levar à rotura uterina?

A

Cicatrizes uterinas anteriores tornam o tecido mais frágil e suscetível a romper. A incapacidade de reconhecer distocia durante o trabalho de parto, especialmente com contrações uterinas excessivas em relação a um anel uterino de restrição anterior, também pode levar à rotura.

120
Q

Quais são os sinais e sintomas de rotura uterina?

A

Um sinal comum de rotura uterina é a distensão do segmento uterino interior no abdome.

121
Q

O que é a Síndrome de Bandl-Frommel?

A

A Síndrome de Bandl-Frommel é caracterizada pela formação de um anel próximo à cicatriz umbilical que separa o corpo do útero do segmento. Isso faz com que o ligamento redondo fique distendido.

122
Q

Qual é o tratamento indicado para a Síndrome de Bandl-Frommel?

A

O tratamento indicado para a Síndrome de Bandl-Frommel é cirúrgico.

123
Q

O que é a Rotura do Seio Marginal?

A

A Rotura do Seio Marginal pode ocorrer no periparto e se manifesta por episódios de sangramento vaginal indolores, contínuos e de pequena quantidade, de cor vermelha viva. O tônus uterino e o BCF (Batimento Cardíaco Fetal) são normais, e a placenta está normoposicionada à ultrassonografia.

124
Q

Quais são algumas considerações importantes sobre a Rotura do Seio Marginal?

A
  1. Não há fatores de risco associados. 2. O quadro é idêntico à placenta prévia, mas a ultrassonografia mostra uma inserção normal da placenta. 3. O sangramento é de origem materna e geralmente de pequena intensidade. 4. A conduta é obstétrica.
125
Q

Como diferenciar a Rotura do Seio Marginal de uma Placenta Prévia?

A

Ambos os quadros podem apresentar sintomas semelhantes como sangramento vaginal indolor. A principal diferença é a posição da placenta, que é normoposicionada na Rotura do Seio Marginal, conforme observado através de ultrassonografia. Isso faz dela um diagnóstico diferencial de Placenta Prévia.

126
Q

O que é Rotura de Vasa Prévia?

A

Rotura de Vasa Prévia ocorre quando os vasos fetais que compõem o cordão umbilical, mas que não estão recobertos e protegidos pela membrana do cordão, se rompem. Esses vasos se localizam entre o orifício uterino e a apresentação fetal.

127
Q

Quais são os sintomas mais comuns em um quadro de Rotura de Vasa Prévia?

A

O principal sintoma é o sangramento vaginal em grande quantidade após a ruptura das membranas, seja de forma natural (amniorrexe) ou artificial (amniotomia). Este quadro é frequentemente acompanhado de sofrimento fetal.

128
Q

Como o diagnóstico de Rotura de Vasa Prévia pode ser feito no pré-natal?

A

O diagnóstico de Rotura de Vasa Prévia no pré-natal pode ser realizado através da ultrassonografia com dopplerfluxometria colorida.

129
Q

Qual é a conduta padrão para gestantes com diagnóstico de Rotura de Vasa Prévia que estão com 36 semanas ou mais?

A

A conduta padrão é a interrupção eletiva da gestação por via alta (cesariana) em todas as pacientes com 36 semanas ou mais.