Sistema Cardiovascular Flashcards

1
Q

Defina sistema cardiovascular

A

Composto por coração e vasos sanguíneos (elementos transversais a todos os órgãos).
É diferente do sistema circulatório, que abrange o sistema vascular sanguíneo e o sistema vascular linfático. Os vasos linfáticos estão incluídos no sistema linfático.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Que tipo de órgãos são o coração e os vasos sanguíneos e como devem ser descritos?

A

O coração e os vasos sanguíneos são órgãos tubulares/cavitários, pelo que devem ser descritos histologicamente do tecido mais próximo do lúmen até ao mais distante a este.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Descreva o Endotélio

A

• Comum a todo o sistema cardiovascular e vasos
linfáticos.
• Forma uma barreira seletiva entre o compartimento
sanguíneo ou linfático e o interior do organismo.
• Epitélio pavimentoso simples com algumas
características muito importantes.
• Pode ou não ter membrana basal (ex: capilares
sanguíneos sinusóides e capilares linfáticos não possuem membrana basal) - se não for dito nada tem membrana basal contínua.
• Nos vasos sanguíneos tem a função especial de produzir factores de coagulação (e não só, pré- hormonas, activação de hormonas etc) - função metabólica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Como é que é constituida a parede cardíaca?

A

• Endocárdio: camada que está em contacto com o sangue, fazendo a delimitação do lúmen (por isso
considerada a primeira camada). Tem espessuras bastante variáveis, podendo ser bastante fino.
• Miocárdio: a mais espessa, a do meio.
• Epicárdio: a camada mais externa.
Esta organização nas 3 camadas acima é consistente em toda a parede cardíaca, excepto nos septos cardíacos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Quais são as camadas do endocárdio ? Como se caracterizam ?

A

Possui 4 camadas:
• A primeira camada é o endotélio (En).
• De seguida temos uma camada de espessura
muito variável, podendo ser tão fina que é indistinguível (ou não), que é a camada subendotelial.
• Camada mioelástica: tem elementos musculares de músculo liso e elementos elásticos. Vai ser contínua com a camada muscular dos vasos sanguíneos, e como tal vai ter células musculares lisas. Nem sempre está presente (nalgumas zonas do coração não existe) e é de espessura variável.
• Camada subendocárdica (CT): tecido conjuntoivo laxo que vai ser contínuo com o tecido conjuntivo laxo que existe entre os fascículos do músculo cardíaco.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Descreva o miocárdio

A

Miocárdio:
• Possui tecido muscular cardíaco, e entre os fascículos de tecido muscular cardíaco tem tecido conjuntivo laxo com os elementos de vascularização e inervação (vasos, nervos, etc)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Descreva o epicárdio.

A

Última camada.
É o folheto visceral da membrana serosa do coração, que se designa pericárdio.
Composto por duas camadas (como todos os folhetos serosos):
• Camada submesotelial: é normal haver nesta camada uma quantidade
grande de adipócitos (tecido adiposo unilocular). Estes adipócitos só desaparecem em situações patológicas metabólicas ou quando o animal morre à fome: são os últimos adipócitos a desaparecer do corpo do animal. Útil para patologia forense.
• Mesotélio: epitélio simples e pavimentoso. Por vezes aparece como sendo uma linha muito fina, quase não se distinguindo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Descreva o pericárdio

A

O pericárdio é a membrana serosa do coração. Como qualquer membrana serosa tem dois folhetos separados por um espaço: o que forma a parede externa do pericárdio é o folheto parietal; o mais interno é o folheto visceral (nos órgãos cavitários o folheto visceral normalmente designa-se por túnica serosa mas no coração
designa-se por epicárdio porque o coração é ✨ especial✨ ).
Como qualquer membrana serosa temos dois folhetos separados por um espaço: o folheto visceral faz parte da víscera, o parietal faz parte da parede da cavidade. São raras as imagens em que se vê os dois folhetos pois, para aceder ao coração, temos de cortar o folheto externo (folheto parietal), que vai ficar no cadáver quando colhemos o órgão. Quando colhemos qualquer órgão com serosa, o que vai ficar representado é o folheto visceral (já que este é o que faz parte da víscera), sendo que o folheto parietal fica no cadáver.
No coração as diferentes partes do pericárdio recebem nomes diferentes:
• O folheto externo (parietal) do coração chama-se folheto fibroso.
• O espaço seroso chama-se espaço pericárdico.
• O folheto visceral chama-se epicárdio.
O epicárdio é constante em toda a parede cardíaca excepto nos septos cardíacos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Descreva septos cardíacos.

A

Existem 2 septos no coração, que separam o lado esquerdo e o direito: o interauricular e o interventricular.
Os septos cardíacos sçao internos, pelo que não possuem epicárdio, apenas endocárdio e miocárdio, numa “sanduíche de miocárdio” - endo, mio, endo - pergunta que pode sair no teste
O septo interauricular é muito estreito, quase não se vê. O interventricular é muito espesso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Explique como funciona o sistema gerador e condutor de impulsos para a contração cardíaca.

A

Conjunto de elementos que vão ser formados por tecido muscular cardíaco especializado - não tem nada a ver com tecido nervoso.
Este sistema vai assegurar que cada cavidade cardíaca se contraem e relaxam no tempo certo.
O sistema gerador e condutor de impulsos para a a contração cardíaca vai gerar um estímulo rítmico que é espalhado por todo o miocárdio. Este sistema é constituído por:
• Nó sino-atrial
• Nó atrioventricular
• Feixe atrioventricular

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Descreva as células nodais

A

As células dos nós, células nodais, geram o impulso (estímulo elétrico) para a contração cardíaca. No músculo cardíaco não são as fibras nervosas a gerar o impulso como no músculo esquelético, mas sim estas células musculares especializadas na geração de impulso rítmico.
• São as mais complexas porque geram o impulso para a contração cardíaca com ritmicidade.
• Os nós não têm cápsula, as células nodais estão em tecido conjuntivo laxo, formando um aglomerado.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Descreva as Fibras de Purkinje.

A

• As fibras de Purkinje são as fibras condutoras do impulso.
• São células grandes porque quanto maior for o diâmetro mais rápida a condução. As fibras de Purkinje
formam feixes e vão conduzir o impulso gerado nos nós pelas células nodais e transmiti-lo aos miócitos do
miocárdio (células musculares cardíacas comuns).
• Vão correr pela camada subendocárdica e depois formam fascículos mais fininhos para transmitirem o
impulso ao miocárdio - procurá-las na camada subendocárdica e não no miocárdio.
• Contém um ou dois núcleos centrais e citoplasma rico em mitocôndrias.
• São células musculares cardíacas, não elementos do sistema nervoso, mas estão especializadas em trabalho
eléctrico. Portanto têm poucos elementos relacionados com o trabalho mecânico (não precisam de contrair), tendo sempre algumas por serem células musculares cardíacas.
As miofibrilhas e sarcómeros são escassas - não são células de contração mas são células musculares na mesma, ainda que especializadas, pelo que vão conter alguns destes elementos típicos das células musculares.
◦Têm um aspecto pálido, distinguindo-se facilmente do miocárdio ◦Poucas miofibrilhas, poucos sarcómeros
◦Selectividade para os iões diferente da que existe nas células
cardíacas comum
• Os feixes vão dispor-se, não ao acaso, mas de forma a conduzir o
impulso cardíaco de tal forma que cada cavidade cardíaca se contraia no tempo e ritmo certo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Descreva as células de transição

A

Fazem a passagem do impulso ao miocárdio. Sendo muito pequenas não se vão distinguir do miocárdio.
Em zonas em que o miocárdio está muito próximo dos nós, por vezes as células nodais, por estarem muito perto do miocárdio, passam diretamente o impulso para as células de transição e miócitos cardíacos, não havendo necessidade de haver fibras de Purkinje. Este sistema só funciona para os fascículos que estejam perto dos nós sino-atrial e atrioventricular.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Descreva o esqueleto cardíaco

A

O músculo, para se contrair, tem de estar ancorado nalgum ponto - tem de ter pontos de inserção dos fascículos do miocárdio. A função do esqueleto cardíaco é dar resisência ao órgão e permitir a inserção dos fascículos do miocárdio.
Os elementos do esqueleto são formados por tecido conjuntivo denso.
Elementos:
• Anéis fibrosos: em volta dos ósteos ventriculares, da artéria
aorta e da artéria pulmonar
• Septo membranoso: junto da separação entre átrios e
ventrículos; estrutura muito fina no início dos ventrículos
• Trígonos fibrosos: forma um triângulo em volta dos anéis

O esqueleto cardíaco serve de inserção a:
• Fascículos do miocárdio
• Cúspides e válvulas cardíacas (expansões que regulam a
passagem do sangue nos ósteos)
• Também tem um papel importante na regulação do ciclo cardíaco pois é formado por tecido com baixa condutância elétrica (elevada resistência e baixa condutância). O impulso cardíaco (elétrico) não vai ser transmitido por este tecido, parando quando o atinge. Estes elementos vão regular a contração cardíaca, permitindo que a transmissão do impulso seja feita pelas fibras de Purkinje e não directamente entre o tecido muscular das cavidades cardíacas, fazendo com que tudo ocorra no tempo certo.
◦O septo membranoso que existe no início do septo interventricular é um tecido conjuntivo denso com muito má condução elétrica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Descreva as cúspides e válvulas.

A

Expansões do endocárdio, inseridas nos anéis fibrosos, que regulam o fluxo sanguíneo.
Formam as valvas:
• Valvas atrio-ventriculares: cúspides
• Valva pulmonar e valva aórtica: válvulas
Há uma grande diferença histológica mas não anatómica destas estruturas: para saber se é uma cúspide ou uma válvula num corte histológico temos de saber de onde foi colhido.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Descreva ao pormenor as cúspides

A

Cúspides:
Entre o átrio e ventrículo.
• Camada atrial (a): endotélio + camada subendotelial
• Camada esponjosa (b): tecido conjuntivo laxo. Ao
pé da via de saída.
• Camada fibrosa (c): tecido conjuntivo denso. Ao pé
da via de entrada
• Camada ventricular (d): endotélio + camada
subendotelial + lâmina fibrosa
Como são expansões do endocárdio têm endotélio e camada subendotelial quer de uma face quer de outra.

17
Q

Descreva com pormenor as válvulas

A

As válvulas são as que estão entre os ventrículos e a artéria aorta ou pulmonar:
• Camada ventricular: endotélio + camada subendotelial + lâmina fibrosa
• Camada esponjosa: tecido conjuntivo laxo. Ao pé da via de saída
• Camada fibrosa: tecido conjuntivo denso. Ao pé da via de entrada
• Camada arterial: endotélio + camada subendotelial (contínua com a túnica íntima da artéria

18
Q

Qual é a organização geral dos vasos?

A

• Túnica íntima: a primeira camada, mais
interna, em contacto com o sangue. Endotélio + camada subendotelial (tecido conjuntivo laxo)
• Túnica média: a mais variável. Tecido muscular liso + tecido conjuntivo
• Túnica adventícia: tecido conjuntivo denso + tecido conjuntivo laxo (nos vasos de maior diâmetro) ou apenas tecido conjuntivo laxo (nos vasos de menor diâmetro)
◦Os vasos, ainda que tenham alguma mobilidade, não andam “à solta” devido à camada adventícia, que tem uma função de ancoragem do vaso. Faz então sentido que os vasos de maior calibre necessitem de tecido conjuntivo denso para os ancorar melhor.
Nos capilares sanguíneos só há túnica íntima.

19
Q

Explique a proporção lúmen/parede das artérias e veias.

A
  • Artéria: parede espessa e compacta, lúmen proporcionalmente menor.
  • Veia: parede muito fininha, lúmen proporcionalmente maior.
20
Q

Quais são as características gerais dos vasos sanguíneos arteriais?

A

• 3 túnicas
• Parede espessa e compacta em relação ao diâmetro do lúmen
• Habitualmente mantém a forma após a interrupção da circulação - parede bem definida. Mantém-se com
forma redonda no corte. Fazem-no porque a parede é espessa e densa.
• Este aspecto compacto torna mais fácil distinguir as 3 túnicas.

21
Q

Quais são os vários tipos de vasos arteriais?

A

Artérias elásticas: à saída do coração; são as mais raras: aorta, carótida comum, um pouco da carótida
interna e externa (dependendo da espécie). (Nota: A pulmonar não é porque tem sangue venoso?; como as pressões são diferentes os vasos pulmonares “pares” são muito difíceis de distinguir uns dos outros - quais são as artérias e quais são as veias)
• Artérias musculares: todas as outras artérias; são as que vão conduzir o sangue por todo o corpo.
• Arteríolas
• Metarteríolas: não temos de saber distinguir das arteríolas; imediatamente antes dos capilares

22
Q

Descreva ao pormenor as artérias elásticas.

A

Artérias elásticas
• Características gerais das artérias (parede e lúmen bem definidas, não colapsam)
• O que nos faz distinguir é a grande quantidade de tecido elástico: a túnica média, para além de tecido
muscular, possui tecido elástico em grande quantidade - lâminas elásticas.
• A túnica íntima é fina - só se distingue o endotélio, pouco mais. É muito pouco evidente.
• Grande quantidade de vasa vasorum (vasos dos vasos): vasos (capilares, arteríolas e vénulas) que vêm da
periferia irrigar alguns vasos. Como as artérias elásticas estão à saída do coração o sangue sai com uma pressão e velocidade tal que não consegue nutrir a parede destas artérias elásticas. Então esta parede tem de ser nutridas por outros vasos. Não são exclusivos das artérias elásticas (outros vasos podem ter) mas são frequentes nestas artérias.

23
Q

Descreva ao pormenor as lâminas elásticas

A

• Lâminas elásticas:
◦As artérias elásticas possuem lâminas elásticas, formadas por elastina, que são diferente de fibras
elásticas - as lâminas elásticas são elementos mais complexos que as fibras elásticas.
◦São concêntricas, não têm ramificação.
◦Entre as lâminas elásticas existem interrupções chamadas fenestras por onde podem passar os
capilares dos vasa vasorum.
◦A túnica média destes vasos consiste então numa série de lâminas elásticas perfuradas, organizadas
concentricamente.
◦Nas lâminas elásticas vão também estar inseridas células musculares lisas, fibras de colagénio,
proteoglicanos e glicoproteínas.
• As fibras elásticas são elementos do tecido conjuntivo que existem um pouco por todo o lado.

24
Q

ARTÉRIAS MUSCULARES

A

• Aspecto espesso e compacto de organização de músculo na túnica média - aspecto que distingue
• Parede espessa, compacta, bem definida
• Lume bem definido
• Túnica média predominantemente muscular
• Todas as artérias que não são elásticas
• Não existem lâminas elásticas na túnica média mas existem duas membranas elásticas limitantes, que
limitam a túnica média, dando-lhe este aspecto organizado:
◦Membrana limitante elástica interna: é a mais espessa, a que se distingue melhor. Uma coisinha às
ondas que se vê no limite do lúmen. Identifica-se bem numa artéria muscular. Por vezes até as conseguimos distinguir nalgumas arteríolas granes. Também pode existir nalgumas veias mas não é constante, nas artérias musculares é. Acidófila (roxa em HE).
◦Membrana limitante elástica externa: à medida que as artérias se vão ramificando vai ficar descontínua, sendo por isso mais difícil de identificar.

25
Q

ARTERÍOLAS

A

• Geralmente consideram-se arteríolas os vasos em que, na túnica média, existam menos de 5 camadas de músculo (1 a 4)
• Ainda pode haver limitante elástica interna mas geralmente vê-se mal.
• Um vaso sanguíneo que tem o diâmetro de um adipócito não pode nunca ser uma artéria (demasiado
pequeno) nem um capilar (demasiado grande) - usar as coisas que estão à volta como régua

26
Q

METARTERÍOLAS

A

• Têm uma única camada de músculo na túnica média

27
Q

VASOS SANGUÍNEOS VENOSOS

A

• Parede fina em relação ao diâmetro do lúmen
• Os vasos arteriais mantém a forma quando a circulação é
interrompida, portanto temos noção do diâmetro do lúmen. Nos venosos a parede colapsa, caindo para dentro do lúmen - não conseguimos perceber bem o diâmetro do lúmen, temos de imaginar como seria se estivesse redondo.
• Ela colapsa porque o lúmen é tão grande em relação à parede que ela não tem estrutura para se sustentar sem sangue lá dentro, então colapsa
• É habitual terem formas mais irregulares

28
Q

VEIAS

A

• Maior variabilidade que as artérias musculares dependendo da localização da veia
• Aspecto característico que é uma sorte vermos porque são irregulares: válvulas (expansões da túnica íntima) - mas se virmos uma válvula num vaso sanguíneo sabemos que é uma veia
• Nalgumas veias distingue-se a membrana limitante elástica interna mas não em todas; a membrana limitante elástica externa nunca existe.
• Nalgumas veias podemos encontrar fascículos de músculo liso na túnica adventícia (setas pretas na última imagem). Estes fascículos têm disposição longitudinal. Enquanto na túnica média o músculo tem disposição circular, rodeando o lúmen, quando existe músculo liso na túnica
adventícia este é longitudinal, correndo ao longo da parede da veia. A maior parte deste músculo não tem estes fascículos longitudinais de músculo liso na túnica adventícia, apenas o músculo liso da túnica média.
• Nas veias, porque transportam sangue venoso, existem bastantes vasa vasorum. As veias, porque transportam sangue venoso, com uma pressão parcial de O2 muito baixa, não conseguem irrigar a parede da veia com o sangue que transportam, necessitando de ser irrigadas por outros vasos.

28
Q

VEIAS

A

• Maior variabilidade que as artérias musculares dependendo da localização da veia
• Aspecto característico que é uma sorte vermos porque são irregulares: válvulas (expansões da túnica íntima) - mas se virmos uma válvula num vaso sanguíneo sabemos que é uma veia
• Nalgumas veias distingue-se a membrana limitante elástica interna mas não em todas; a membrana limitante elástica externa nunca existe.
• Nalgumas veias podemos encontrar fascículos de músculo liso na túnica adventícia (setas pretas na última imagem). Estes fascículos têm disposição longitudinal. Enquanto na túnica média o músculo tem disposição circular, rodeando o lúmen, quando existe músculo liso na túnica
adventícia este é longitudinal, correndo ao longo da parede da veia. A maior parte deste músculo não tem estes fascículos longitudinais de músculo liso na túnica adventícia, apenas o músculo liso da túnica média.
• Nas veias, porque transportam sangue venoso, existem bastantes vasa vasorum. As veias, porque transportam sangue venoso, com uma pressão parcial de O2 muito baixa, não conseguem irrigar a parede da veia com o sangue que transportam, necessitando de ser irrigadas por outros vasos.

29
Q

VÉNULAS

A

• Os vasos venosos mais pequenas
• Parede muito fina (quase não se distingue a túnica
média) e lúmen grande
• Não mantém a forma, ficando com formas mais
irregulares

30
Q

CAPILARES SANGUÍNEOS

A

• São os vasos sanguíneos mais pequenos: mais pequenos do que pensamos
• Têm mais ou menos o diâmetro que têm as células do sangue
• Difíceis ou impossíveis de ver com objectiva 10
• Os vasos sanguíneos com a parede mais fina: formados apenas pela túnica íntima e a membrana basal pode
não existir

31
Q

CAPILAR SANGUÍNEO

A
  • Num capilar contínuo as células estão unidas umas às outras por junções de hiato ou oclusão
  • Quando não se diz nada sobre um capilar é porque é um capilar contínuo
32
Q

CAPILAR FENESTRADO

A

• Não se distinguem dos contínuos em microscopia de luz
• É preciso saber em termos teóricos quando ocorre num órgão
• Tem fenestras: poros/canais que existem nas células endoteliais. O endotélio é contínuo, i.e., as células
endoteliais continuam a estar unidas umas às outras sem que haja espaço entre elas, mas as células endoteliais têm canais ou poros que permitem a passagem de moléculas que não passariam na ausência de fenestras.
• As fenestras podem ser simples: todas as moléculas com x diametro podem passar por difusão simples
• Ou ter diafragma: diminui o lúmen da fenestra e, mais importante que uma limitação do tamanho das
moléculas, exerce uma selecção porque pode ter carga eléctrica, atraindo e repelindo determinadas
moléculas
• Por isso o capilar fenestrado é o tipo de vaso mais selectivo: faz uma espécie de crivo e selecção eléctrica
• Ex: vilosidades intestinais do intestino delgado, maioria das glândulas endócrinas (facilitam a passagem das
hormonas para o sangue), corpúsculo renal

33
Q

CAPILARES SINUSÓIDES OU SINUSOIDAIS

A

Capilares sinusóides ou sinusoidais
• Os de maior diâmetro
• Os mais permeáveis - o endotélio é descontínuo. As células endoteliais não estão todas unidas por junções,
de onde em onde estão aos espaços
• Os espaços são relativamente grandes: os eritrócitos passam por estes espaços
• A membrana basal é descontínua ou não existe de todo
• Os que mais facilmente deixam passar moléculas, células, microorganismos, entre os tecidos e sangue - por
este motivo são os mais raros
• Tal como os fenestrados, quando um órgão tem capilares sinusóides, isso refere-se na descrição do órgão
(porque tem implicações no mecanismo de defesa do organismo)

34
Q

ANASTOMOSES ARTERIOVENOSA

A
  • Tipo de vaso sanguíneo com características muito próprias que vai ligar uma arteríola a uma vénula, permitindo que o sangue passe do sistema venoso para o arterial ou vice-versa sem passar pela rede capilar, onde a circulação é lenta, de forma a aumentar a velocidade de circulação.
  • Nós não temos o sangue igualmente distribuído pelo corpo. A seguir às refeições, por ex, o alimento tem de ser digerido e os nutrientes absorvidos - faz sentido que haja grande vascularização no tubo digestivo. O corpo vai desviar o volume de sangue para essa região. Ou seja, a quantidade de sangue que passa pelos vários órgãos e aparelhos deve ser regulada, e estas anastomoses ajudam nesta regulação. Também ajudam a regular a função eréctil.
  • Curiosidade: depois de comermos ficamos com sono porque, com a quantidade de sangue que está no tubo digestivo, vamos ter menor quantidade de sangue a ir para o cérebro.
  • Ex: tubo digestivo, pele, tecido eréctil.
  • Num aspecto fisiológico não se distinguem de arteríolas - lume menor e parede mais espessa
34
Q

ANASTOMOSES ARTERIOVENOSA

A
  • Tipo de vaso sanguíneo com características muito próprias que vai ligar uma arteríola a uma vénula, permitindo que o sangue passe do sistema venoso para o arterial ou vice-versa sem passar pela rede capilar, onde a circulação é lenta, de forma a aumentar a velocidade de circulação.
  • Nós não temos o sangue igualmente distribuído pelo corpo. A seguir às refeições, por ex, o alimento tem de ser digerido e os nutrientes absorvidos - faz sentido que haja grande vascularização no tubo digestivo. O corpo vai desviar o volume de sangue para essa região. Ou seja, a quantidade de sangue que passa pelos vários órgãos e aparelhos deve ser regulada, e estas anastomoses ajudam nesta regulação. Também ajudam a regular a função eréctil.
  • Curiosidade: depois de comermos ficamos com sono porque, com a quantidade de sangue que está no tubo digestivo, vamos ter menor quantidade de sangue a ir para o cérebro.
  • Ex: tubo digestivo, pele, tecido eréctil.
  • Num aspecto fisiológico não se distinguem de arteríolas - lume menor e parede mais espessa
35
Q

SISTEMAS PORTA

A

Sistemas porta:
• Estes não se distinguem de todo
• Rede capilar entre duas arteríolas ou entre duas vénulas
◦Entre duas arteríolas: sistema porta arterial ◦Entre duas vénulas: sistema porta venoso
◦Entre uma arteríola e uma vénula: sistema porta
comum

36
Q

SISTEMA LINFÁTICO

A
  • O sistema linfático não é contínuo: tem origem nos capilares linfáticos que surgem no tecido conjuntivo laxo (fundo cego), que vão drenar em vasos maiores e finalmente em canais ou ductos linfáticos, que se abrem nas veias subclávias e jugular. Por isso não é um sistema fechado como o sisgtema circulatório
  • A linfa de uma região vai atravessar linfonodos e vai sendo filtrada
37
Q

CAPILARES LINFÁTICOS

A

• Só possuem túnica íntima: endotélio descontínuo, sem lâmina basal
• Vasos mais permeáveis do organismo
• Por serem muito permeáveis (endotélio descontínuo, sem membrana basal) são frequentemente vias de
transporte para microorganismos. Por este motivo a linfa pode disseminar agentes patogénicos e células
tumorais.
• Por causa disto existem os linfonodos, que contêm células do sistema imunitário, com o objectivo de destruir
estas substâncias que podem causar dano ao organismo
• São tão finos e descontínuos que não se distinguem com os métodos histológicos de rotina