NERVOS GLOSSOFARÍNGEO, VAGO, ACESSÓRIO E HIPOGLOSSO. Flashcards

1
Q

Origem aparente do glossofaríngeo. O que é que inerva (no geral).

A

• Tem origem aparente a partir de 3-4 radículas na porção rostral do sulco postero-lateral do bolo
raquidiano, entre a oliva e o pedúnculo cerebeloso inferior.
• É responsável pela inervação do 3º arco faríngeo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Quais os 2 gânglios que o glossofaríngeo apresenta.

A

Apresenta 2 gânglios (sem sinapses, não fazem parte do sistema nervoso autónomo):
- gânglio superior: é intracraniano, localizando-se na porção superior do sulco profundo sobre
o qual o nervo se desloca no interior do buraco jugular; não dá ramos
- gânglio inferior: é maior, localizando-se na chanfradura do bordo inferior da porção petrosa
do temporal; apresenta neurónios pseudounipolares, cujos ramos periféricos transportam sinais
gustativos do 1/3 posterior da língua e sensibilidade geral da orofaringe e do palato mole

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Componentes funcionais do glossofaríngeo.

A

• Fibras aferentes somáticas gerais – veiculam informação termocetiva, nociceptiva e do tato
discriminativo do 1/3 posterior da língua, da amígdala da pele do ouvido externo, da superfície interna
do tímpano e da faringe; relacionam-se com os núcleos espinhal e sensitivo principal do trigémio
• Fibras aferentes viscerais gerais – veiculam a informação proveniente dos quimiorrecetores
localizados no corpo carotídeo e vão estar envolvidas em reflexos, estando associadas ao núcleo do
feixe solitário
• Fibras aferentes viscerais especiais – veiculam a informação gustativa essencialmente do 1/3
posterior da língua e relacionam-se com o núcleo do feixe solitário
• Fibras eferentes viscerais especiais – são fibras motoras que inervam o músculo estilofaríngeo e
associam-se ao núcleo ambíguo (núcleo motor do glossofaríngeo)
• Fibras eferentes viscerais gerais – são fibras parassimpáticas que via gânglio óptico vão inervar a
glândula parótida; associam-se ao núcleo salivar inferior

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Quais os núcleos associados ao glossofaríngeo?

A

• Núcleo espinhal do trigémio – está associado às fibras aferentes somáticas gerais do glossofaríngeo
• Núcleo do feixe solitário – recebe aferentes viscerais especiais provenientes das papilas gustativas
do 1/3 posterior da língua, isto é, prolongamentos centrais dos neurónios unipolares localizados no
gânglio inferior; também recebe aferentes viscerais especiais do corpo carotídeo
• Núcleo ambíguo (núcleo motor do glossofaríngeo): localiza-se profundamente na formação
reticular, medialmente ao feixe e núcleo espinhal do V e dorsalmente ao núcleo olivar inferior; emite
fibras motoras branquiais, que inervam o músculo estilofaríngeo (relacionado com a elevação da
faringe durante a deglutição e a fala)
• Núcleo salivar inferior – emite eferentes viscerais gerais, que são fibras parassimpáticas préganglionares que fazem sinapse no gânglio ótico e inervam depois a glândula parótida. Trajeto destas
fibras: ramo timpânico IX – plexo timpânico – nervo petroso menor – sinapse no gânglio óptico – nervo auriculotemporal
– glândula parótida

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Origem aparente do vago. O que é que inerva (no geral).

A

• Tem origem aparente a partir de 8-10 radículas no sulco postero-lateral do bolo raquidiano,
inferiormente ao glossofaríngeo.
• É responsável pela inervação do 4º arco faríngeo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Através de que buraco é que o vago sai do crânio?

A

Buraco jugular, junto com o glossofaríngeo e o acessório.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Quais os 2 alargamentos proeminentes que o vago apresenta após emergir do buraco jugular?

A
- gânglio superior (jugular): 
• Ramos meníngeo e auricular
- gânglio inferior (nodoso):
• Ramos faríngeos
• Ramos carotídeo
• Nervo laríngeo superior 
• Nervo laríngeo recorrente
• Plexos cardíaco, pulmonar, esofágico, celíaco 
e mesentérico superior
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Componentes funcionais do vago

A

• Fibras aferentes somáticas gerais – veiculam a sensibilidade geral das meninges, do pavilhão
auricular, da faringe e da laringe; relaciona-se com o núcleo espinhal do trigémio
• Fibras aferentes viscerais gerais – veiculam a informação proveniente da laringe, traqueia, esófago
e das vísceras abdominais e torácicas; relacionam-se com o núcleo do feixe solitário
• Fibras aferentes viscerais especiais – veiculam a informação gustativa essencialmente da epiglote
e relacionam-se com o núcleo do feixe solitário
• Fibras eferentes viscerais especiais – são fibras motoras que inervam bilateralmente os músculos
da faringe, o cricotiroideu e os intrínsecos da laringe; tem origem no núcleo ambíguo (núcleo motor
do glossofaríngeo)
• Fibras eferentes viscerais gerais – são fibras parassimpáticas com origem no núcleo dorsal do vago
(núcleo enorme que vai ter relações com o sistema olfativo, com a formação reticular e com o
hipotálamo) que vão inervar o músculo liso e glândulas da faringe, da laringe, das vísceras torácicas
(pulmão, traqueia e coração, porção torácica do esófago) e abdominais (estômago, porção abdominal
do esófago, intestino delgado e parte grande do intestino grosso - cego, colon ascendente e parte do
colon transverso) ou com origem no núcleo ambíguo e que vão inervar o músculo cardíaco (vai libertar
acetilcolina no miocárdio e vai diminuir a frequência cardíaca – bradicardia)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Que núcleos estão associados com o vago

A

• Núcleo espinhal do trigémio – está associado às fibras aferentes somáticas gerais do nervo vago
• Núcleo do feixe solitário – recebe aferentes viscerais gerais provenientes essencialmente das
vísceras torácicas e abdominais e também aferentes viscerais especiais com informação proveniente
das papilas gustativas da epiglote
• Núcleo ambíguo: emite fibras motoras branquiais, que inervam músculos da laringe e da faringe e
também fibras parassimpáticas pré-ganglionares que inervam o músculo cardíaco
• Núcleo dorsal do vago – é o principal núcleo parassimpático do encéfalo e localiza-se no pavimento
do quarto ventrículo, lateralmente ao núcleo ambíguo do hipoglosso; emite fibras eferentes viscerais
gerais, que são fibras parassimpáticas destinadas à inervação motora das vísceras torácicas e
abdominais

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

As vias aferentes e eferentes do reflexo do vómito estão associadas a que nervos?

A

A via aferente deste reflexo é representada pelo nervo glossofaríngeo,
enquanto a via eferente é quase inteiramente representada pelo nervo vago (e pelo sistema nervoso simpático).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

O que é que o nervo acessório inerva, e quais os seus componentes funcionais?

A

• É responsável pela inervação do esternocleidomastoideu e do trapézio (que também é inervado por
C3 e C4 na sua parte inferior), músculos com origem branquial. Assim, este nervo possui fibras
eferentes viscerais especiais. Pode também incluir algumas fibras aferentes viscerais gerais, com
origem no núcleo ambíguo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Caracterizar as duas raízes do acessório

A

A raiz craniana é a mais pequena e as suas fibras têm origem na porção caudal do núcleo ambíguo;
junção com vago superiormente ao gânglio inferior (classicamente designada por “ramo interno”).
A raiz espinhal contém fibras com origem no núcleo espinhal do acessório, núcleo motor alongado
que se localiza na parte lateral do corno ventral da medula espinhal, entre os segmentos medulares
C1-C6.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

O que é que a raiz espinhal do acessório inerva?

A
  • Inerva a totalidade do esternocleidomastoideu e a porções superior e média do trapézio. As fibras
    provenientes da raiz espinhal são ipsilaterais para o esternocleidomastoideu e contralaterais para o
    trapézio, o que é importante para os reflexos visuais (quando rodamos a cabeça, atua o
    esternocleidomastoideu de um lado e o trapézio do lado oposto). No seu trajeto, estas fibras têm uma
    direção posterior profunda ao esternocleidomastoideu, muitas vezes perfurando-o e depois passam
    pelo triangulo posterior do pescoço e dirigem-se, então, para o músculo trapézio.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Consequências de lesão no nervo acessório

A

Quando há uma lesão nas fibras que se
dirigem para o trapézio, há uma queda do
ombro para o lado afetado. O paciente
vai ter também dificuldade em elevar o
membro superior acima da horizontal.
Isto porque, o trapézio vai assistir o
musculo serreado anterior em elevação do membro superior após os 90º. Esta paralisia nunca é
completa, porque a parte inferior do trapézio também vai ter inervações de C3 e C4.
Lesões nas fibras que vão inervar o esternocleidomastoideu (que é exclusivamente inervado pelo
acessório), provocam paralisia flácida, que se traduz na dificuldade em virar a cabeça para o lado
oposto contra resistência.
Se houver lesão dos 2 nervos acessórios (raro), o paciente tem dificuldade em manter a cabeça numa
posição correta, ou seja, posição a olhar horizontalmente em frente. Esta lesão é mais complexa.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Origem aparente do hipoglosso, o que é que inerva. Componentes funcionais.

A

• Tem origem aparente a partir de 10-15 radículas no sulco antero-lateral entre a pirâmide e a oliva.
• É responsável pela inervação motora dos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua, à exceção do
palatoglosso (inervado pelo n. vago), pelo que apenas possui fibras eferentes somáticas gerais.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Em que núcleo tem origem o hipoglosso? Que estrutura é formada por este núcleo no pavimento do 4º ventrículo?

A

Núcleo hipoglosso. Trígono do hipoglosso.

17
Q

Consequências de lesão no nervo hipoglosso.

A

Danos no nervo hipoglosso causam paralisia lingual unilateral e,
eventualmente, hemiatrofia – em protusão, a língua desvia-se para o lado paralisado (é o que se observa quando analisamos o doente – pedir para dizer “Aaaahhhh”), enquanto, em retração, o ladoparalisado da língua eleva-se ainda mais que o lado não afetado.
(Houve lesão do neurónio motor inferior)
Contudo, podem acontecer danos nas regiões corticais que emitem as eferências para o núcleo do hipoglosso. Nesses casos, a lesão diz-se supra-nuclear e é afetado o lado contralateral da língua. (Houve lesão do neurónio motor superior.)
Caso a paralisia do nervo hipoglosso seja bilateral, a língua fica imóvel, sendo que embora o gosto e
a sensibilidade táctil não se encontrem afetadas (pois são da responsabilidade dos nervos facial,
glossofaríngeo e vago), a articulação de movimentos torna-se muito lenta, e a deglutição torna-se
muito difícil.

18
Q

Inervação da língua

A

A língua é um órgão muscular complexo e cuja inervação se
divide:
- relacionado com o gosto: nervo facial, VII nos 2/3
anteriores; nervo glossofaríngeo, IX no 1/3 posterior; nervo vago, X na epiglote
- relacionado com a sensibilidade tátil: nervo trigémio, V nos 2/3 anteriores; nervo glossofaríngeo, IX no 1/3 posterior; nervo vago, X na epiglote

19
Q

sensibilidade gustativa das várias partes da língua

A

• Sensibilidade gustativa da face dorsal da língua anteriormente às papilas valadas
- Prolongamentos periféricos das células do gânglio geniculado do facial: sucessivamente no nervo
facial, corda do tímpano e no nervo lingual
- Prolongamentos centrais: nervo intermédio e incorporação na parte rostral do feixe solitário
• Sensibilidade gustativa da face dorsal da língua, ao nível e posteriormente às papilas valadas
- Prolongamentos periféricos: neurónios do gânglio inferior do glossofaríngeo que seguem no tronco
do nervo e depois nos ramos linguais
- Prolongamentos centrais: penetram no bolbo incorporados no nervo glossofaríngeo e terminam na
parte intermédia do feixe solitário
• Sensibilidade gustativa da porção mais posterior do dorso da língua e da face posterior da epiglote
- Prolongamentos periféricos: gânglio inferior do vago que seguem o seu tronco e depois o nervo
laríngeo superior e seu ramo interno
- Prolongamentos centrais: seguem o tronco do nervo vago terminando na parte inferior do feixe
solitário
• Sensibilidade gustativa da face anterior do véu palatino e do arco palatoglosso
- Prolongamentos periféricos: gânglio geniculado do facial e seguem sucessivamente no nervo grande
petroso, nervo do canal pterigoideu, gânglio pterigopalatino e nervos pequenos palatinos.
- Prolongamentos centrais: nervo intermédio e incorporação na parte rostral do feixe solitário.
• Sensibilidade gustativa da parede posterior da orofaringe
- Prolongamentos periféricos: gânglio inferior do glossofaríngeo seguindo o tronco do nervo e depois
os seus ramos faríngeos
- Prolongamentos centrais: parte intermédia do feixe solitário

20
Q

via gustativa (descrever)

A

Os neurónios gustativos de primeira ordem encontram-se, como já vimos, localizados aos níveis dos
gânglios geniculado ou inferiores dos nervos glossofaríngeo e vago. Os seus prolongamentos centrais
ascendem até ao núcleo do feixe solitário onde ocorre sinapse.
Os prolongamentos dos neurónios gustativos de segunda ordem ascendem no fascículo tegmentar
central até ao núcleo VPM do tálamo ipsilateral; Aqui dá-se nova sinapse e os prolongamentos destes
neurónios de terceira ordem ascendem até ao córtex cerebral.
A área gustativa central está situada na parte inferior e anterior da circunvolução pós-central e no
córtex insular adjacente. Vão também existir relações importantes com hipotálamo e amígdala
(memórias associadas ao sabor da comida e prazer associado à comida).