ABORTAMENTO Flashcards

1
Q

Defina abortamento.

A

Extração ou expulsão do feto com menos de 20 semanas ou menos de 500g.

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2
Q

Classificações de abortamento.

A

Espontâneo ou induzido, quanto à intenção. Precoce se até 12 semanas e tardio entre 12-20 semanas, quanto à cronologia.

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3
Q

Cite as principais etiologias do abortamento.

A
  • Alterações cromossômicas: trissomia autossômica, monossomia do x, triploidia e aneuploidia.
  • Alterações endócrinas: tireopatias, diabetes mellitus, síndrome dos ovários policísticos (recorrente) e defeitos de fase lútea.
  • Infecções: treponema pallidum.
  • Causas uterinas: sinéquia intrauterinas, miomas (intramurais e submucosos), incompetência do istmo cervical, malformações uterinas (defeitos da fusão dos ductos de muller, utero unicorno, didelfo, septado, bicorno e arqueado).
  • Fatores imunológicos: causas autoimunes (síndrome antifosfolípide), causas aloimunes (repetição).
  • Trombofilias hereditárias.
  • Agentes nocivos: tagabismo, álcool.
  • Trauma.
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4
Q

Sobre as sinéquias intrauterinas. O que são, tratamento.

A

São aderências intrauterinas secundárias à curetagens que interferem no processo de implantação ovular, podendo provocar abortamentos de repetição. Tratamento consiste em lise das aderências em histeroscopia e inserção de DIU, com administração de estrógeno para reepitelizar o endométrio.

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5
Q

Sobre a síndrome antifosfolípide. O que é, tratamento.

A

Síndrome autoimune em que os anticorpos antifosfolípides reagem contra fosfolipídios das membranas e envolvidos na coagulação, promovendo fenômenos trombóticos e podendo ter implicações obstétricas como CIUR, DPP, DHEG, prematuridade, abortamento de repetição. O diagnóstico laboratorial se dá por meio de imunoensaios, como o ELISA. O tratamento padrão-ouro é heparina não fracionada ou de baixo peso molecular + ácido acetilsalicílico.

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6
Q

O que é incompetência do istmo cervical. Causas, fatores etiológicos.

A

Perda fetal recorrente no segundo trimestre de gravidez, em decorrência da insuficiência do sistema de oclusão do colo uterino. Causas podem ser traumáticas (curetagens, dilatação, lacerações pós-parto traumático ou pós-abortamento, amputação do colo uterino) ou congênitas (alterações do colágeno).

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7
Q

Quadro clínico da incompetência cervical.

A

Dilatação cervical indolor, sem sangramento, protusão de membranas amnióticas com posterior expulsão fetal.

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8
Q

Diagnóstico da incompetência istmo cervical.

A

História obstétrica de abortos recorrentes no 2°T e/ou partos prematuros extremos, largura do istmocervical >8mm, passagem da vela n°8 de Hegar sem resistência pelo colo uterino. Pelo USG, vê-se o comprimento do cérvix, forma do canal e protusão de membranas, notando o encurtamento precoce do colo uterino. Faz o USG entre 16-24 semanas em mulheres com suspeita e repete cada 2 semanas.

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9
Q

Tratamento da incompetência cervical.

A

O tratamento é feito quando o comprimento do colo é < 25mm e/ou dilatação cervical com protusão de membranas, e o padrão-ouro é a cerclagem de colo uterino, que previne o encurtamento do colo por uma sutura circular no OCI.

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10
Q

Diferencie cerclagem profilática de cerclagem de emergência.

A

A cerclagem profilática ocorre antes da cervicodilatação, preferencialmente entre 12-16 semanas. A de emergência ocorre já com alterações no colo, como dilatação >3cm e protusão de membranas, podendo ser feita até a 26 semana.

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11
Q

Complicações da cerclagem.

A

Afrouxamento da sutua, corioamnionite, RUPREMA, TP prematuro, incidência de cesariana.

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12
Q

Quando se deve remover a cerclagem?

A

Tem que remover até 36 semanas ou se a paciente entrar em TP não inibível, tiver corioamnionite ou RUPREMA.

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13
Q

Caracterize ameaça de abortamento.

A

Sangramento vaginal pequeno, dor em cólica no hipogástrio presente ou ausente e colo uterino fechado. Ao USG visualiza-se o produto conceptual ou saco gestacional se < 6 semanas. Também pode-se ver hematoma subcoriônico.

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14
Q

Sobre o uso de progesterona para prevenir abortamento.

A

Alguns estudos têm evidenciado diminuição da taxa de abortamento em mulheres que fizeram uso de progesterona, mas ainda não há evidências o suficiente, apesar de os resultados serem promissores.

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15
Q

Usa-se imunoglobulina anti-D em ameaça de abortamento?

A

É controverso, mas não realiza-se.

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16
Q

Caracterize abortamento em curso.

A

Sangramento vaginal ativo de moderada ou grande intensidade, podendo ter restos dos produtos de concepção, OCI dilatado, dor abdominal em cólica de forte intensidade. USG com descolamento ovular e SG em posição baixa.

17
Q

Caracterize abortamento completo. Conduta.

A

Normalmente ocorre no 1°T nas 10 semanas iniciais, o útero se contrai, o sangramento e as cólicas diminuem e o OCI fecha-se em poucas horas. Ao USG verifica-se a ausência de conteúdo uterino. Conduta expectante.

18
Q

Caracterize abortamento incompleto. Conduta.

A

Mais frequente após 10 semanas, o sangramento persiste, por vezes se tornando intermitente, o OCI permanece pérvio, o volume uterino é pequeno para idade gestacional. Ao USG verifica-se a presença de conteúdo uterino amorfo e heterogêneo. A conduta, normalmente, é esvaziamento uterino por curetagem o AMI.

19
Q

Caracterize aborto retido.

A

Morte emrbionária ou fetal antes de 20 semanas com retenção dos produtos conceptuais por tempo prolongado, dias ou semanas. O sangramento é pequeno, há cessação de sintomas da gravidez, AFU pequena para IG e o OCI encontra-se fechado. No USG, verifica-se morte fetal, com BCF ausente e CNN <7mm.

20
Q

Caracterize gestação anembrionada.

A

Quando ocorre a reabsorção do embrião e sem o desenvolvimento deste. Não visualiza-se embrião no USG ou diâmetro interno médio do SG < 25mm, ausência de BCF após 2 semanas de USG que evidenciou SG sem vesícula vitelínica. Repete-se USG em 1 semana.

21
Q

Defina abortamento habitual.

A

Ocorrência de 3 ou + abortamentos consecutivos espontâneos.

22
Q

Caracterize abortamento infectado. Principais agente etiológicos.

A

Pode estra ligado à ilegalidade. Hipertermia, sangramento vaginal com conteúdo purulento, útero doloroso à palpação e mobilização, abdome doloroso. Os principais agentes etiológicos são estrepttococus do grupo b hemolítico, enterococus, e. coli, clostridium spp e bacteroides fragilis.

23
Q

Conduta para abortamento infectado.

A

Trata a hipovolemia com infusão de ringer lactato ao soro fisiológico 9%, ocitocina ou metilergometrina em caso de hemorragia por atonia uterina, ATB para polimicrobiana com ampicilina ou penicilina + gentamicina + metronidazol. Pode ser necessário tratamento cirúrgico em caso de lesões, com curetagem e AMI, sutura de lacerações, laparotomia exploradora diante de perfuração uterina e histerectomia em sangramento incontrolável.

24
Q

Quando empregar conduta expectante. Quando ocorre a eliminação.

A

Abortamento incompleto. Não é empregado em aborto retido e gestação anembrionada. Normalmente a eliminação do produto conceptual ocorre nas primeiras semanas de acompanhamento.

25
Q

Como é o tratamento medicamentoso?

A

Misoprostol 800uG por via vaginal a cada 24h, por até 2 dias. Usa-se mais no 1°T.

26
Q

Como é o tratamento cirúrgico do aborto?

A

Curetagem uterina. Pode complicar com infecção e esvaziamento incompleto. Pode fazer aspiração elétrica a vácuo como alternativa em 1°T.