Câncer de mama Flashcards

1
Q

Fatores de risco

A
  • Sexo feminino
  • Idade >50 anos
  • História de câncer de mama ou ovário
  • Hormônios exógenos (TH)
  • Consumo de álcool
  • Radiação
  • Obesidade: aromatização da andosterediona em estrona (estrogênio fraco e ruim) ocorre no tecido gorduroso [também associado a SUA]
  • Duração do período reprodutivo: inicio precoce e cessação tardia
  • Nuliparidade: mais tempo sob ação do estrogênio. Menos progesterona + amamentação é um fator protetor, pois a prolactina ocupa os mesmos
    receptores do estrogênionas gl mamarias
  • Amamentação é um fator de proteção pois as glândulas sofrem lipossubstituição (glândulas são substituídas por tecido gorduroso, sendo benéficas na proteção contra o CM)
    Risco muito elevado: mãe ou irmã com CA de mama na pré-menopausa, antecedente de hiperplasia epitelial atípica ou neoplasia lobular in situ, BRCA1\BRCA2
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2
Q

Anatomia

A
  • Acomete principalmente ductos e lóbulos:
    carcinomaductal (70-75%) e carcinoma lobular (5-10%)
    • ductal: in situ (células aumentadas e desordenada, mas não atravessa membrana basal), invasivo (invade todo tecido mamário)
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3
Q

Carcinogênese

A
  • Epitélio normal -> hiperplasia epitelial típica ordenada -> hiperplasia epitelial atípica desordenada -> carciona intraductal ou intralobular -> carcinoma invasor
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4
Q

Patologia e anatomia

A
  • Carcinoma ductal: 75% -> Duro, imóvel e de bordas irregulares
  • Carcinoma lobular: 5-10% -> difícil identificação radiológica se apresentado como microcalcificações agrupadas
    Tipos especiais: (mais raros)
  • Carcinoma tubular
  • Carcinoma medular
  • Carcinoma mucinoso
  • CEC, cistossarcoma filodes, carcinossarcoma e linfomas
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5
Q

CARCINOMA DUCTAL IN SITU (CDIS)

A
  • Lesão precursora do câncer de mama (não invade)
  • Restrito ao ducto: palpação permite identificar as nodulações
  • Prognóstico favorável
  • Microscopia: dilatação da luz dos ductos, achado de células padrão ductal, alterações malignas não invadem a membra basal
  • Tipo celular característico: célula grande poligonal, coesa, com tendência aos arranjos ductais e/ou papiliformes
  • Tipos histológicos: cribiforme, mricropapilar, papilar, sólidos, comedocarcinoma
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6
Q

CARCINOMA LOBULAR IN SITU (CLIS)

A
  • Lesão inicial que acomete os lóbulos, respeitando os limites da membrana
  • Não se apresenta com lesão palpável: se apresenta mais como microcalcificações
  • Normalmente não há expressão mamográfica, apenas se invadir o estroma mamário
  • Geralmente é um achado microscópico incidental
  • Ocorre geralmente na pré-menopausa: sugerindo influência hormonal (lóbulos estão mais suscetíveis a ação hormonal – por isso, durante o ciclo normal, ocorre turgidez mamária aumentada
  • Deve ser tratado com biópsia excisional e acompanhamento rigoroso
  • Histologia: hiperplasia lobular atípica, células epiteliais pequenas, não coesas, extensão para ductos terminais e intermediários
  • Lesão precursora de câncer de mama
  • Aumenta risco de tumor invasivo
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6
Q

CARCINOMA DUCTAL INFILTRANTE

A
  • CANCER
  • Tipo invasivo mais comum
  • Capacidade de promover reação estromal com retração de pele (reação fibrótica intensa) e abaulamento (crescimento rápido com pouca fibrose)
  • Reação estromal intensa: estroma denso e firme
  • Massa palpável e consistência pétrea, geralmente imóveis
  • Grande expressão radiológica e USG: lesão sólida típica de carcinomas. Radiopacos a MMG
  • Prognóstico: se isolado tem bom prognóstico. Se metástase, tem prognóstico ruim
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7
Q

CARCINOMA LOBULAR INFILTRANTE

A
  • CANCER
  • 5-10%
    Os achados típicos são:
  • Área mal definida, infiltrada
  • Espessada na mama
  • Pouco expressão mamográfica
  • Maior tendência a bilateralidade, multicentricidade
    Associado com influencia hormonal, mais comum no período pré-menopausa e TRH (importante)
    Geralmente não tem lesão macroscópica
    Microscopicamente:
  • Células pequenas e ovais
  • Infiltração característica em fila indiana
    2-3 relacionados ao CLIS
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8
Q

Carcinoma mucinoso

A

Crescimento lento
* Acúmulo de mucina ao redor
* de células tumorais
* Pacientes idosas
* Macroscopicamente: aparência gelatinosa e bem circunscrito
* Lesão invasiva
* Bom prognóstico

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9
Q

Carcinoma tubular

A
  • 2% dos carcinomas de mama
  • Estruturas lobulares ou glandulares bem formadas infiltrando o estroma
  • Raras metástases axilares
  • Bom prognóstico
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10
Q

Carcinoma medular

A

5% carcinoma da mama
* Jovens e associado ao BRCA1
* Circunscrito ao exame macroscópico
* Pode haver necrose ou hemorragia ao redor
* Células tumorais são pouco diferenciadas
* Melhor prognóstico/CDI
* Aparência histológica ruim

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11
Q

Doença de Paget

A

Desordem do mamilo e aréola
* Aparência eczematóide
* Erosão e descamação: células tumorais acometem a epiderme
das papilas
* Destruição da papila é a principal característica

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12
Q

Carcinoma inflamatório

A
  • Forma distinta de câncer isoladamente avançada
  • Eritema, edema, calor, endurecimento
  • Invasão das células tumorais no sistema linfático (regional ou a
    distancia)
  • DX: biopsia de pele, subcutaneo, parênquima
  • Aspecto de casca de laranja, pode haver ou não nódulo palpável
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13
Q

Carcinoma papilífero

A

1 -2%
* Preferencialmente no pósmenopausa
* Região central da mama
* Manifestação: derrame papilar sanguinolento ou tipo águade rocha (fazer expressãodo mamilo)

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14
Q

DIAGNÓSTICO

A
  1. Exame físico
  2. Exame de imagem
  3. Biópsia
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15
Q

Exame físico

A
  • Rotina
  • Detecta tumores a partir de 1 cm
  • Depende da experiencia e prática do avaliador Importante lembrar de examinar axilas e fossa subclavicular em
    busca de linfonodos infartados e aumento de volume. Não é mais indicada expressão mamilar
  • Inspeção estática: Paciente sentada, com tórax despido e braços relaxados na lateral do
    corpo. Observar a simetria, abaulamentos ou retrações de tecido ou mamilo. Uma leve assimetria de mamas é normal
  • Inspeção dinâmica: Paciente com as mãos nos quadris. Movimentar ombros para frente e
    para cima. Paciente levanta os braços. Observar se a partir da contração há o aparecimento de abaulamentos ou retrações não obs quando a pct estava em repouso
  • Palpação: Palpa cadeias linfáticas, mamas e fazer inspeção dos mamilos
    Técnica de Velpeaux: usa a face palmar dos dedos para examinar o gradeado costal
    Técnica de Bloodgood: usa as falanges distais do 2º e 3º dedos
16
Q

Mamografia

A
  • Melhor método para diagnosticar
  • 50-69 anos, feito de 2 em 2 anos (MS)
  • 40-75 anos, feito anualmente (SBM) [se localizado lesão rastreio até o fim da vida]
  • São achados sugestivos de malignidade: Nódulos espiculados, limites mal definidos, distorção de parênquima adjacente, presença de microcalcificações <0,5cm pleomórficas e agrupadas, linfadenomegalias nas axilas
17
Q

BI -RADS 2013

A

0: incompleta, necessidade de mais exames - reconvocação
1: negativa - rotina
2: benigna - rotina
3: provavelmente benigna - seguimento
4: suspeita para malignidade - biopsia
4A: baixa
4B: moderada
4C: alta
5: altamente sugestiva para malignidade - biopsia percutânea e cirurgica
6: malignidade confirmada - cirurgia quando der

18
Q

USG

A
  • É um exame complementar quando vier BIRADS 0
  • Diferencia lesões císticas de sólidas
  • Pedir para o paciente com menos de 35 anos, porque como a densidade da mama é maior, a mamografia não mostraria achados relevantes
    São achados sugestivos de malignidade:
  • Margem irregular
  • Hipoecogênicidade e textura heterogênea
  • Diâmetro crânio-caudal > diâmetro látero-lateral (nódulo mais alto que largo)
  • Sombra acústica posterior (significa que lesão é sólida, forma-se atrás do objeto, como sombra do sol)
  • Contornos microlobulares e espiculados
19
Q

RM

A

Estudo da mama contralateral
Avaliar focos secundários
Rastreio de recidiva local
Avaliar pacientes em uso de próteses
Identificar focos de metástases

20
Q

Outros exames

A

Cintilografia óssea: metástase à distância
TC: metástase à distância
Rx simples: lesões ósseas e pulmonares
Tomossíntese

21
Q

DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO

A
  • Core biopsy: punção com agulha grossa ou biópsia defragmento. Tem alta precisão diagnóstica
  • Mamotomia: biópsia percutânea à vácuo, agulha mais calibrosa e maior amostra tumoral
  • Estereotaxia para microcalcificações mamarias: agulha inserida no tecido e retirada depois com amostra para o exame
22
Q

TRATAMENTO

A

Pode ser curativo, paliativo ou higiênico
É multidisciplinar
Cirurgia e radio: tratamento local-regional
Hormonioterapia e quimio: tratamentos sistêmicos
Tamoxifeno é usado no tratamento por ser modular seletivo do estrogênio. Efeitos colaterais: espessamento do endométrio

23
Q

Cirurgia

A
  1. Conservadoras
    * Tumorectomia
    * Ressecção segmentar ou setorectomia
    * Quadrantectomia
  2. Não-conservadoras
    * Mastectomia simples ou total
    * Adenomastectomia ou mastectomia subcutânea
    * Reconstrução imediata
  3. OncoPlásticas
  4. Reconstrução com próteses, expansores, retalhos miocutâneos
    * Pode utilizar músculos abdominais, músculo grande dorsal ou prótese de silicone