133 - Leucemia Mielóide Crónica Flashcards

1
Q

Qual é o curso habitual da LMC quando não tratada?

A

A doença tem um curso bifásico ou trifásico, com uma primeira fase indolente crónica, seguida frequentemente por uma fase acelerada e uma fase blástica terminal.

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2
Q

Antes da existência de inibidores da tirosina cinase, qual era a sobrevida média na LMC?

A

Era de 3-7 anos, com uma sobrevida de cerca de 30% ou menos aos 10 anos.

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3
Q

Qual é a sobrevida aos 10 anos na LMC com os inibidores da tirosina cinase?

A

85% com o primeiro inibidor da tirosina cinase aprovado, o imatinib.

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4
Q

A LMC corresponde __% de todas as leucemias

A

15%.

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5
Q

Qual é a idade média de diagnóstico da LMC?

A

55-65 anos.

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6
Q

Existe diferença entre géneros na incidência da LMC?

A

Sim, existe uma ligeira preponderância masculina, com um rádio 1,6:1.

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7
Q

Verdadeiro ou falso.

A LMC é comum em crianças.

A

Falso.

A LMC é incomum em crianças; apenas 3% dos doentes diagnosticados tem menos de 20 anos.

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8
Q

Qual é a taxa de mortalidade anual da LMC após o advento dos inibidores da tirosina cinase?

A

2%

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9
Q

Verdadeiro ou falso.

A LMC está aumentada em gémeos monozigóticos ou em parentes de primeiro grau.

A

Falso.

A LMC NÃO está aumentada em gémeos monozigóticos ou parentes em primeiro grau. Não existe ASSOCIAÇÃO FAMILIAR NA LMC.

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10
Q

Qual é o tipo de radiação que aumenta o risco de LMC? Quantos anos após a exposição se dá o pico de incidência da LMC?

A

Radiação ionizante - pico de incidência da LMC após 5-10 anos e é relacionada com a dose.

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11
Q

Qual é a percentagem de doentes com LMC no qual a t(9;22) está presente?

A

Mais de 90%.

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12
Q

Onde é que se situa o gene BCR e o gene ABL1?

A

O gene BCR situa-se no cromossoma 22 e o gene ABL1 no cromossoma 9.

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13
Q

Quais as células nas quais a t(9;22) se encontra presente?

A

Nas células hematopoiéticas (mieloides, eritroides, megacariócitos e monócitos). Menos frequentemente, nos linfócitos B maduros, raramente em linfócitos T maduros.

NÃO NAS CÉLULAS DO ESTROMA E NÃO NAS OUTRAS CÉLULAS DO CORPO.

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14
Q

Qual é a proteína resultante da fusão do gene BCR com o gene ABL1? Qual é a função desta proteína?

A

É a p210^BCR-ABL1(o 210 provém do peso molecular da proteína, de 210 kDa). Esta proteína tem actividade tirosina cinase constitutiva que leva a proliferação excessiva e apoptose reduzida das células LMC, ganhando assim uma vantagem competitiva em relação às células normais.

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15
Q

Verdadeiro ou falso.

Com o tempo, a hematopoiese normal é suprimida na LMC, mas as células-tronco normais persistem e podem reemergir após tratamento eficaz, por exemplo com inibidores da tirosina-cinase.

A

V

Aumento da proliferação celular com diminuição da apoptose

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16
Q

Quais as outras proteínas que podem resultar da translocação t(9;22)? Quais as implicações no curso da doença?

A
  • Por vezes, o ponto de quebra no gene BCR pode ser mais centromérico, numa região denominada BCR região minor. Esta encontra-se na leucemia linfocítica aguda Ph positiva e em raros casos da LMC. Isto leva a uma fusão de uma sequência BCR menor, o que por sua vez leva a uma oncoproteína de fusão menor, denominada p190^BCR-ABL1. Quando esta proteína está presente numa LMC Ph positiva, condiciona um pior prognóstico.
  • Existe ainda um terceiro ponto de quebra raro ocorre em local telomérico em relação à região BCR principal, resultando numa oncoproteína p230^BCR-ABL1, que se associa a LMC de curso indolente.
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17
Q

Quais são as consequências da activação constitutiva da BCR-ABL1?

A

Levam à autofosforilação e activação de vias de sinalização que modificam a transcrição genética, a apoptose, a organização do citoesqueleto e degradação de proteína inibitórias.

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18
Q

Qual é o domínio do BCR-ABL1 ao qual os inibidores da tirosina cinase se ligam?

A

TKI ligam-se ao domínio cinase.

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19
Q

Verdadeiro ou falso.

A causa do rearranjo molecular BCR-ABL é desconhecida.

A

Verdadeiro.

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20
Q

Qual é a fracção de doentes com leucemia linfocítica aguda Ph-positiva com a oncoproteína p190 presente?

A

Dois terços dos doentes na LLA; Raro na LMC

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21
Q

Qual é a percentagem de adultos normais nos quais é detectado BCR-ABL1 através de técnicas moleculares?

A

25%. Este achado também é encontrado em 5% das crianças normais, mas 0% nas células do cordão umbilical.

Estes achados indiciam que o BCR-ABL1 não é suficiente para causar LMC na grande maioria dos doentes, ainda para mais se tivermos em conta que a incidência anual é de apenas 1,5 por cada 100 000 indivíduos.

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22
Q

Verdadeiro ou falso.

Em todos os doentes com quadro morfológico típico de LMC, a anomalia no cromossoma filadélfia é detectada por análise citogenética standard.

A

Falso
Em ALGUNS doentes com quadro morfológico típico de LMC, a anomalia no cromossoma filadélfia NÃO É detectada por análise citogenética standard, mas sim por FISH e PCR - estes respondem aos TKI e têm curso semelhante à maioria

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23
Q

Quais são as mutações associadas à leucemia mielomonocítica crónica ou LMC atípica?

A

Receptor do factor de estimulação das colónias de granulócitos (CSF3R): leucemia neutrofílica crónica e em alguns casos de LMC atípica.

SETBP1: LMC atípica.

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24
Q

Qual é a esperança média de vida nos doentes com leucemia mielomonocítica crónica e nos doentes com LMC atípica?

A

2-3 anos.

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25
Q

Verdadeiro ou falso.

Os doentes com LMC atípica também respondem aos inibidores da tirosina cinase.

A

Falso.

Os doentes com LMC atípica NÃO respondem aos inibidores da tirosina cinase.

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26
Q

Verdadeiro ou falso.

O BCR-ABL por si só induz instabilidade genética que leva à aquisição de mutações adicionais e eventualmente à transformação blástica.

A

Verdadeiro.

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27
Q

Qual é o papel que os inibidores da tirosina cinase têm no genoma dos doentes com LMC?

A

Os inibidores da tirosina cinase estabilizam o genoma dos doentes com LMC, o que faz com que estes tenham uma taxa de transformação blástica muito menor.

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28
Q

Verdadeiro ou falso.

As transformações blásticas repentinas são frequentes a partir do 3º ano de tratamento com inibidores da tirosina cinase, mesmo nos doentes que continuam com o tratamento com tirosina cinase.

A

Falso.

As transformações blásticas repentinas são raras PARA ALÉM do 3º ano de tratamento com inibidores da tirosina cinase, nos doentes que continuam com o tratamento com os inibidores da tirosina cinase.

TRANSIÇÃO PARA A FASE ACELERADA OU BLÁSTICA

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29
Q

Verdadeiro ou falso.

As experiências inicias sugerem que o curso da LMC se tornou significativamente mais indolente , mesmo sem resposta citogenética, nos doentes em terapia com inibidores da tirosina cinase, comparado com os relatos anteriores com hidroxiureia/bussulfano.

A

Verdadeiro.

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30
Q

Na resistência aos inibidores da tirosina cinase, qual é o mecanismo de resistência clinicamente mais relevante?

A

É o desenvolvimento de diferentes mutações no domínio cínase da ABL, que impedem a ligação dos inibidores da tirosina cinase ao local catalítico da cinase (local de ligação ATP).

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31
Q

Qual é o inibidor da tirosina cinase que tem eficácia selectiva contra a mutação T315I?

A

Ponatinib - eficácia selectiva para a mutação T315I que confere resistência a todos os outros TKI

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32
Q

Verdadeiro ou falso.

A maioria dos doentes apresenta-se com elevados números de blastos na medula óssea.

A

Falso.

A maioria tem percentagem normal de blastos na MO.

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33
Q

Em que fase se apresenta a maioria dos doentes com LMC no momento do diagnóstico?

A

Mais de 90% dos doentes apresenta-se na fase crónica ou indolente.

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34
Q

Caso o doente se apresente sintomático, quais são os principais sintomas?

A

São as manifestações sintomáticas da esplenomegália ou anemia - fadiga, mau-estar, perda de peso (se grande carga de leucemia), saciedade precoce, dor no quadrante superior esquerdo ou massa.

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35
Q

Como se encontram as contagens de leucócitos e plaquetas nos doentes com LMC no momento do diagnóstico?

A

Os doentes tendem a surgir com trombocitose e leucocitose, embora raramente possam surgir com trombocitopénia. A trombocitose e leucocitose podem condicionar episódios trombóticos e vasoclusivos.

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36
Q

Verdadeiro ou falso.

A hepatomegalia e a linfadenopatia são manifestações frequentemente presentes no momento do diagnóstico da LMC.

A

Falso.

A hepatomegália e a linfadenopatia são sintomas pouco comuns no momento do diagnóstico, registando-se em apenas 10-20 e 5-10% dos doentes, respectivamente.

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37
Q

Quais são os sintomas que surgem na fase blástica da LMC?

A
  • febre inexplicada
  • perda de peso significativa
  • fadiga severa
  • dores ósseas e das articulações
  • Hemorragia
  • eventos trombóticos
  • infecções
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38
Q

A presença de blastos numa biópsia de uma lesão extra-medular indica o que?

A

Transformação da LMC.

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39
Q

Qual é o achado ao exame físico mais comum na LMC?

A

Esplenomegalia - presente em 20 a 70% dos doentes.

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40
Q

Uma elevada contagem de basófilos pode estar associado a que?

A

Aumento de histamina, o que por si poderá condicionar prurido, diarreia, rubor, úlceras GI

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41
Q

Na LMC é comum a hematopoiese com desvio à esquerda. O que é que isto significa?

A

Significa predominância de neutrófilos e presença de formas em banda, mielócitos, metamielócitos, promielócitos e blastos.

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42
Q

A presença de leucocitose inexplicada e sustentada, com ou sem esplenomegalia, deve levar a que exame?

A

Biópsia da medula óssea com análise citogenética.

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43
Q

Qual é o significado prognóstico da presença da trombocitopénia na LMC?

A

Trombocitopenia é rara. Quando presente sugere pior prognóstico ou aceleração da doença. Pode também significar uma etilogia não relacionada.

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44
Q

Quais são as anormalidades bioquímicas presentes na LMC?

A

Diminuição da FA leucocitária

Aumento da vit B12

Aumento do ácido úrico

Aumento da desidrogénase láctica

Aumento da lisozima.

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45
Q

Como se encontra a medula óssea na LMC?

A

Hipercelular com hiperplasia mielóide marcada e com elevado racio mielóide-eritróide (15-20:1). A percentagem de blastos é de 5% ou menos.

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46
Q

Quando os blastos se encontram em maior número na medula, o que é que isto nos indica?

A

Mau prognóstico ou aceleração da doença(se >15%)

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47
Q

Verdadeiro ou falso.

A fibrose de reticulina aumentada é comum (na coloração de prata de Snook) e 30-40% apresentam fibrose de reticulina em grau 3-4.

A

Verdadeiro.

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48
Q

Como se encontram as contagens de leucócitos e plaquetas nos doentes com LMC no momento do diagnóstico?

A

Os doentes tendem a surgir com trombocitose e leucocitose, embora raramente possam surgir com trombocitopénia. A trombocitose e leucocitose podem condicionar episódios trombóticos e vasoclusivos.

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49
Q

Verdadeiro ou falso.

A hepatomegalia e a linfadenopatia são manifestações frequentemente presentes no momento do diagnóstico da LMC.

A

Falso.

A hepatomegália e a linfadenopatia são sintomas pouco comuns no momento do diagnóstico, registando-se em apenas 10-20 e 5-10% dos doentes, respectivamente.

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50
Q

Qual é a percentagem de doentes que tem anormalidades cromossómicas adicionais nas células Ph +?

A

5-10% dos doentes - historicamente têm mau prognóstico - +++ trissomia 8, Ph duplo e anomalias Cr 17

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51
Q

Verdadeiro ou falso.

O diagnóstico de LMC deve sempre basear-se numa análise da M.O. com citogenética de rotina.

A

Verdadeiro.

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52
Q

Quais são as vantagens de uma análise da medula óssea com citogenética de rotina quando em comparação com outras técnicas moleculares?

A

A análise à medula óssea permite identificar a presença do cromossomas Ph, verificar a existência de outras alterações cromossómicas presentes nas células Ph positivas (evolução clonal), verificar alterações prognosticas e verificar a percentagem de blastos e basófilos.

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53
Q

Verdadeiro ou falso.

Em 10% dos doentes, a % de blastos e basófilos na M.O. podem ser significativamente maior do que no sangue periférico, sugerindo bom prognóstico ou mesmo cura da doença.

A

Falso.

Em 10% dos doentes, a % de blastos e basófilos na M.O. podem ser significativamente MAIOR do que no sangue periférico, sugerindo MAU prognóstico ou mesmo TRANSFORMAÇÃO da doença.

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54
Q

Como se define uma resposta citogenética parcial?

A

Define-se como menos 35% das metáfases Ph+ na análise citogenética de rotina – equivalente a menos do que 10% de transcritos BCR-ABL (pela escala internacional).

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55
Q

Como se define uma resposta citogenética completa?

A

Define-se como ausência de metáfases Ph+ (0%) – equivalente a menor que 1% de transcritos BCR-ABL.

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56
Q

Como se define uma resposta molecular major?

A

Define-se como transcritos BCR-ABL menor que 0.1% ou redução ≥3 log da carga de LMC desde o valor basal.

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57
Q

Como se define uma resposta molecular completa?

A

Define-se como transcritos BCR-ABL menor que 0.0032% - equivalente a redução ≥4.5 log na carga de LMC desde o valor basal.

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58
Q

Quais são os critérios de LMC em fase acelerada?

A
  • ≥15% blastos periféricos
  • ≥30% blastos e promielócitos periféricos
  • ≥20% basófilos periféricos
  • evolução clonal citogenética
  • trombocitopenia menor que 100x10^9 não relacionada com a terapêutica.
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59
Q

Qual é a sobrevida dos doentes em fase avançada de novo sob terapêutica com inibidores da tirosina cinase?

A

Sobrevida de 75% aos 8 anos.

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60
Q

Qual é a percentagem de doentes que se apresenta com fase avançada de novo?

A

5-10% dos doentes.

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61
Q

Qual é a sobrevida média da fase acelerada que evolui duma fase crónica com o advento dos inibidores da tirosina cinase?

A

70% aos 4 anos.

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62
Q

Como é que é definida a fase blástica da LMC?

A
  • ≥30% blastos na MO OU periféricos

* Doença extramedular (blastos na pele, tecidos moles ou lesões ósseas líticas)

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63
Q

Quais são os dois principais transcritos da BCR-ABL1?

A
  • e13a2 ; e14a2
  • Existe 2 a 5% que exprime transcritos alternativos a estes, por terem outros tipos de RNA fusão, pelo que a utilização dos primers habituais do PCR para detectar a actividade da doença poderá dar origem a falsos negativos.
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64
Q

Verdadeiro ou falso.

A fase blástica da LMC é sempre mielóide.

A

Falso.

A fase blástica da LMC é geralmente mielóide (60% dos casos), mas infrequentemente pode ser eritróide, promielocítica, monocítica ou megacariocítica.

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65
Q

Qual é a percentagem de doentes com LMC que tem fase blástica linfóide?

A

25%

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66
Q

Qual é a importância de se determinar se os blastos são linfóides ou de outra linhagem?

A

Porque ao contrário de fases blásticas com outras morfologias, a LMC com fase blástica linfoide é bastante sensível à QT anti LLA (ciclofosfamida, vincristina, doxorubicina e dexametasona) em combinação com inibidores da tirosina cinase.

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67
Q

Quais são os marcadores que os blastos linfóides expressam?

A
  • CD10, CD19, CD20, CD22.
  • positivos para a transferase terminal dos desoxinucleotídeos
  • negativos para a peroxidase.
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68
Q

Na era do tratamento com inibidores da tirosina cinase, quais são os factores de prognóstico mais importantes e relevantes para a clínica?

A

São os factores de prognóstico relacionados com o tratamento.

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69
Q

Qual é o actual endpoint terapêutico major e o único endpoint associado com aumento da sobrevida?

A

Atingimento de resposta citogenética completa.

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70
Q

Verdadeiro ou falso.

O atingimento de resposta molecular major foi associado a um aumento da sobrevida.

A

Falso.

O atingimento de resposta molecular major está associada a diminuição do risco de recidiva e de progressão, pode predizer diferenças na sobrevida livre de eventos e pequenas diferenças nos rácios de transformação, MAS NÃO FOI ASSOCIADO a aumento de sobrevida.

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71
Q

Verdadeiro ou falso.

A incapacidadede atingir uma resposta molecular major ou completa deve ser considerada como “fracasso terapêutico” dum determinado inibidor da tirosina cinase, devendo levar a alteração do inibidor da tirosina cinase ou a transplante alogénico.

A

Falso.

A incapacidadede atingir uma resposta molecular major ou completa NÃO DEVE ser considerada como “fracasso terapêutico” dum determinado inibidor da tirosina cinase, NEM DEVE levar a alteração do inibidor da tirosina cinase, NEM a considerar transplante alogénico.

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72
Q

Qual é o inibidor da tirosina cinase que não se encontra aprovado para a fase blástica da LMC?

A

Nilotinib.

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73
Q

Para além dos inibidores da tirosina cinase, que outro fármaco é também utilizado no tratamento da LMC?

A
  • Omacetaxine, um inibidor da síntese proteica, que impede assim a síntese da proteína Bcr-Abl1.
  • Deve ser utilizado após falência de outros 2 ou mais TKI’s
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74
Q

Quais são os inibidores da tirosina cinase aprovados para o tratamento de primeira linha da LMC?

A
  • Imatinib
  • Nilotinib (excepto fase blástica)
  • Dasatinib
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75
Q

Qual é a percentagem de doentes com mutação T315I que atinge resposta citogenética completa com o ponatinib?

A

50-70%

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76
Q

Qual é a percentagem de doentes que se encontra em resposta citogenética completa aos 5 anos de follow-up com o imatinib?

A

60-65%

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77
Q

Qual é a percentagem de doentes que atinge resposta citogenética completa com terapêutica de salvação com dasatinib, nilotinib, bosutinib ou ponatinib?

A

30-60%. O grau de resposta depende de o doente se encontrar em recidiva citogenética ou hematológica, da resposta prévia a outros inibTK e da presença de mutaçãoes na recidiva.

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78
Q

No contexto de terapêutica de salvação, qual é a actual taxa de mortalidade anual com as novas terapêuticas?

A

Menor que 5% ao ano.

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79
Q

Verdadeiro ou falso.

Os inibidores da tirosina cinase de segunda geração demonstraram um benefício na sobrevida quando em comparação com o imatinib.

A

Falso.

NENHUM estudo mostrou um benefício na sobrevida com os inib TK 2ª geração.

No entanto, estes demonstraram melhores resultados:
maiores níveis de resposta citogenética completa

de resposta molecular major

de transcritos BCR-ABL indetectáveis

menor % de transformação para fases acelerada/blástica

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80
Q

Preencher os espaços.

A LMC é actualmente considerada uma doença ___________, podendo estar associada a uma sobrevida próxima do ___________.

A

A LMC é actualmente considerada uma doença INDOLENTE,

podendo estar associada a uma sobrevida próxima do NORMAL.

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81
Q

Verdadeiro ou falso.

A incapacidade de atingir resposta molecular major ou de obter transcritos BCR-ABL negativos devem ser consideradas indicações para mudar de inibTK ou para considerar transplante alogénico

A

Falso.

A incapacidade de atingir resposta molecular major ou de obter transcritos BCR-ABL negativos NÃO devem ser consideradas indicações para mudar de inibTK ou para considerar transplante alogénico.

82
Q

Quais são os indicadores de falência de uma determinada terapêutica com um inibidor da tirosina cinase?

A

recidiva citogenética

efeitos inaceitáveis persistentes

83
Q

Qual é a percentagem de doentes a fazer inibidores da tirosina cinase que desenvolve efeitos adversos graves?

A

Os efeitos adversos graves ocorrem em menos de 5 a 10% dos doentes.

84
Q

Quais são os inibidores da tirosina cinase que estão associados com uma alteração electrocardiográfica? Qual é essa alteração?

A

É o nilotinib e o dasatinib, que podem provocar prolongamento do intervalo QTc (>470-480ms).

85
Q

Qual é o inibidor da tirosina cinase que está mais associado a mielossupressão e a derrame pericárdico e pleural?

A

Dasatinib.

86
Q

Qual é o inibidor da tirosina cinase que está mais associado a hiperglicémia?

A

Nilotinib. Também está associado a rash cutâneo, pancreatite e fenómenos vasoclusivos.

87
Q

Qual é o inibidor da tirosina cinase que está mais associado a complicações gastrointestinais como a diarreia?

A

Bosutinib.

88
Q

Qual é o inibidor da tirosina cinase que está mais associado a fenómenos vasoclusivos?

A

Ponatinib

89
Q

Verdadeiro ou falso.

O transplante alogénico de células estaminais hematopoiéticas permite a cura da LMC.

A

Verdadeiro.

90
Q

Qual é a sobrevida do transplante alogénico de células estaminais hematopoiéticas?

A

Tem uma sobrevida a longo prazo de 40-60% quando implementado na fase crónica.

91
Q

Qual é a taxa de mortalidade no primeiro ano após o transplante alogénico?

A

5 a 30%.

92
Q

Quais são as complicações tardias e morbilidade associadas ao transplante alogénico?

A

DEVH

disfunção orgânica

novas neoplasias

taxas de risco de mortalidade > que na pop geral

infertilidade

complicações imunológicas crónicas

cataratas

necrose da anca

93
Q

Qual deve ser a actuação clínica quando temos um doente a entrar em fase blástica, a apresentar-se com fase blástica ou quando este passa de fase crónica para acelerada?

A

Deverá ser feito terapêutica com inibidores da tirosina cinase e quimioterapia seguido de transplante alogénico de células estaminais hematopoiéticas.

94
Q

Verdadeiro ou falso.

A incapacidade de atingir uma resposta citogenética completa por 12 meses é um sinal de falha terapêutica.

A

Verdadeiro.

95
Q

Qual é o grupo de doentes nos quais faz sentido realizar análises moleculares com o número de transcritos BCR-ABL1?

A

Doentes que estejam em resposta molecular major.

96
Q

Qual é a percentagem de mutações detectadas aquando da falência do tratamento com imatinib?

A

30-50%

97
Q

Verdadeiro ou falso.

A resposta citogenética parcial precoce aos 3-6 meses, com redução dos transcritos BCR-ABL1 para menos de 10%, foi identificada como um factor prognóstico para a sobrevida a longo prazo.

A

Verdadeiro.

98
Q

Um doente com LMC a realizar um inibidor da tirosina cinase de segunda geração é expectável que atinga uma resposta citogenética completa em quanto tempo?

A

É expectável que atinga uma resposta citogenética completa em 3 a 6 meses, ao contrário de no imatinib, onde esta apenas é expectável ao fim de 12 meses.

A incapacidade de atingir este objectivo está associada a pior sobrevida livre de eventos, mais transformação e pior sobrevida.

No entanto, mesmo os doentes que não consigam atingir a resposta citogenética completa com os inibidores da tirosina cinase de segunda geração, estes têm uma sobrevida estimada ao fim de 3-5 anos de 80-90%.

99
Q

Verdadeiro ou falso.

As resposta citogenéticas completas são comuns na fase blástica com o tratamento com inibidores da tirosina cinase.

A

Falso.

As resposta citogenéticas completas são pouco comuns na fase blástica com o tratamento com inibidores da tirosina cinase (10-30%) e costumam ser transitórias.

100
Q

Quais são as taxas de resposta da terapêutica isolada com inibidor da tirosina cinase num doente em fase acelerada e fase blástica?

A

30-50% em fase acelerada e de 20-30% em fase blástica.

101
Q

Qual é o tratamento utilizado para a fase blástica linfóide da LMC? Qual o sucesso que este tratamento tem?

A

QT anti-LLA (doxorubicina, ciclofosfamida, vincristina e dexametasona)+ ITK

Respostas completas em 60-70%, com sobrevida média 2-3 anos.

102
Q

Qual é o tratamento utilizado para a fase blástica não-linfóide da LMC? Qual o sucesso que este tratamento tem?

A

QT anti-LMA + ITK.

Respostas completas 30-50%, com sobrevida média 9-12 meses.

103
Q

Quais são os efeitos adversos do bussulfano?

A

Mielossupressão tardia, doença tipo-Addison, fibrose cardíaca e pulmonar, mielofibrose.

104
Q

Como é que é feita a gestão da leucocitose extrema?

A

Citarabina em dose elevada e única ou altas doses de hidroxiureia (com controlo da lise tumoral). Estas têm a vantagem de serem tão efectivas como a leucoferese, que é raramente utilizada, e de não terem as complicações da mesma.

105
Q

Como deve ser feita a gestão da leucocitose extrema é sintomática durante a gravidez?

A

Durante o primeiro trimestre deverá ser utilizada a leucoferese e dai em diante deverá ser utilizada a hidroxiureia.

106
Q

Quais são as anormalidades cromossómicas que os doentes a fazer inibidores da tirosina cinase podem desenvolver nas células Ph negativas?

A

perda do cr Y, trissomia do 8, 20q-, anomalias dos cr 5 ou 7. Estas costumam ser indicativas da instabilidade genética das células hematopoiéticas que condicionou o surgimento da LMC em primeiro lugar e costumam desaparecer espontaneamente. Raramente, as anormalidades que envolvem o cromossoma 5 e 7 são verdadeiramente clonais, evoluindo assim para SMD ou LMA.

107
Q

Qual é a percentagem de doentes que é diagnosticado com LMC de alto risco nos países desenvolvidos e em desenvolvimento?

A

10-20% vs 30 a 50%.

108
Q

A incidência da LMC tem aumentado nas últimas décadas. V/F?

A

Falso

NÃO MUDOU - incidência anual de 1,5/100.000

109
Q

Existe associação familiar na LMC. V/F?

A

Falso

Não existe associação familiar

110
Q

O benzeno é um agente etiológico da LMC. V/F?

A

Falso

NÃO existem agentes etiológicos - sem associação com benzeno, virus, toxinas, fertilizantes

111
Q

A LMC não é frequentemente secundária ao tratamento de outros cancros com agentes alquilantes e/ou radiação. V/F?

A

V

112
Q

A LMC é definida pela presença de BCR/ABL1 num doente com neoplasia mieloproliferativa. V/F?

A

V

113
Q

Quais as características dos doentes com LMC atípica ou leucemia mielomonocitica crónica?

A
  • Não respondem ao TKI
  • Mau prognóstico
  • Sobrevida media 2-3 anos
114
Q

As transformações blásticas súbitas são incomuns, ocorrendo raramente em jovens nos primeiros 1-2 anos de tratamento. V/F?

A

V

115
Q

Transformações súbitas raramente ocorrem além do 3º ano de terapêutica com TKI. V/F?

A

V

116
Q

Com TKI, a LMC torna-se mais indolente, mesmo que não haja resposta citogenética. V/F?

A

V

117
Q

O mecanismo de resistência clinicamente mais relevante é?

A

Desenvolvimento de mutações no dominio cinase ABL1 (impede a ligação dos TKI à cinase)

118
Q

A mutação T315I confere resistência a todos os TKI. V/F?

A

Falso

Excepto o Ponatinib

119
Q

Individuos com LMC são frequentemente assintomáticos ao diagnóstico. V/F?

A

V

120
Q

Eventos trombóticos ou vasooclusivos constituem apresentações iniciais menos comuns. V/F?

A

V

121
Q

Na LMC não tratada, leucocitose entre 10-500x10^9 é comum. V/F?

A

V

122
Q

Os doentes com LMC geralmente têm menos de 5% de blastos em circulação. V/F?

A

V

123
Q

A presença de leucocitose inexplicada e sustentada, com o sem esplenomegalia, deve levar à realização de exame da M.O. e análise citogenética. V/F?

A

V

124
Q

A anemia está presente em mais de 2/3 dos doentes. V/F?

A

Falso

Presente em 1/3 dos doentes - oscilações ciclicas em 25% dos doentes sem tratamento

125
Q

Com a terapêutica com TKI, a fibrose de reticulina resolve na maioria dos doentes. V/F?

A

V

126
Q

A fibrose de reticulina é um indicador de mau prognóstico. V/F?

A

Falso

NÃO É indicador de mau prognóstico

127
Q

A fibrose de colagénio é rara ao diagnóstico. V/F?

A

V

128
Q

A progressão com uma fase de mielofibrose exacerbada é rara com os TKI. V/F?

A

V

era comum com tx com busulfano (20-30%)

129
Q

A técnica FISH e PCR são abordagens mais sensiveis para estimar a carga de LMC em doentes sob TKI. V/F?

A

V

Podem ser usadas amostras de sangue periférico

130
Q

Doentes com LMC ao diagnóstico devem fazer uma análise FISH para quantificar ?

A

A % de células Ph-positivas

131
Q

A técnica de FISH pode não detectar anomalias cromossómicas adicionais. V/F?

A

V

132
Q

Uma análise citogenética geralmente é recomendada na altura do diagnóstico. V/F?

A

V

Dado que o FISH pode não detectar anomalias cromossómicas adicionais

133
Q

Estudos moleculares na altura do diagnóstico são importantes para documentar a presença e o tipo de transcritos BCR/ABL1. V/F?

A

V

134
Q

O diagnóstico de LMC deve basear-se sempre na análise da M.O. com citogenética de rotina. V/F?

A

V

135
Q

A monitorização dos doentes em terapêutica com TKI através da análise citogenética, FISH e estudos moleculares tornaram-se na prática standard. V/F?

A

V

136
Q

A LMC fase blástica linfóide é sensivel a QT anti-LLA em combinação com TKI. V/F?

A

V

Relembrar: 25% em fase blastica linfoide

137
Q

A LMC é uma consequencia precoce do tratamento com agentes alquilantes. V/F?

A

Falso

Não há agente etiologico estabelecido

138
Q

O gene BCR encontra-se no cromossoma 9. V/F?

A

Falso
BCR - cromossoma 22
ABL - cromossoma 9

139
Q

Metades das mortes da LMC são devido a causas não relacionadas com a LMC. V/F?

A

V

140
Q

A introdução dos TKI’s tornaram a evolução da doença previsivel. V/F?

A

V

141
Q

Nos primeiros dois anos de terapeutica com TKI são raras as transformações repentinas, geralmente transforções blásticas mieloides. V/F?

A

Falso
1-2% transformações repentinas - geralmente transformações blásticas LINFÓIDES que respondem a QT+TKI seguido de transplante alogénico

142
Q

A incidência de transformação blástica nos primeiros 2-3 anos diminuiu de 6-8% para 2-4% com a intrudição de TKI de 2ª geração. V/F?

A

V

143
Q

Com o tratamento contínuo com TKI’s, a transformação para fase acelerada ou blástica é rara, sendo inferior a 1%/ano no follow-up 4-8 anos. V/F?

A

V

144
Q

A introdução dos TKI’s anulou ou diminuiu o impacto da maioria dos factores de prognóstico e o significados dos modelos de LMC. V/F?

A

V

145
Q

Os factores prognósticos relacionados com __________ são os mais importantes

A

com o tratamento

146
Q

A resposta ___________________ é o maior endpoint terapêutico e o único endpoint associado a aumento da sobrevida

A

Resposta citogenética completa

147
Q

Quais os beneficios da Resposta Molecular Major?

A
  • Diminuição do risco de recidiva
  • Diminuição da progressão da LMC
  • NÃO AUMENTA A SOBREVIDA
148
Q

Entre doentes com resposta citogenética completa, a sobrevida é semelhante independentemente de se ter atingido resposta molecular major. V/F?

A

V

149
Q

Deve-se considerar fracasso terapêutico em doentes que não atingem resposta molecular major ou completa. V/F?

A

Falso

  • Não deve ser considerado fracasso terapêutico
  • Não alterar o TKI
  • Não considerar transplante alogénico
150
Q

O nilotinib é um dos inibidores da tirosina-cinase usado como 1ª linha para a fase blástica da LMC. V/F?

A

Falso

Apenas aprovado para a fase crónica e fase acelerada

151
Q

Os TKI’s de 2ª geração apresentam beneficio na sobrevida. V/F?

A

Falso

Não existe beneficio na sobrevida com os de 2ª geração

152
Q

__-__% sobrevida a 3-5 anos com os novos TKI’s como tratamento de salvação

A

70-80% sobrevida a 3-5 anos como tx de salvação

153
Q

O uso de TKI’s como tratamento de salvação reduziu a mortalidade anual para _____%

A

inferior a 5%

154
Q

Tratamento de salvação na fase crónica com TKI’s de 2ª geração estão associados a __-__% de respostas citogenéticas completas

A

30-60% - geralmente respostas duradouras

155
Q

A prática standard é o atingimento e manutenção de ________, dado que é o único factor associado a prolongamento da sobrevida

A

Resposta citogenética completa

156
Q

Actualmente a sobrevida de doentes com LMC é próxima do normal. V/F?

A

V

157
Q

Quais são os indicadores de falência de um TKI?

A
  • Recidiva citogenética ou hematológica
  • Efeitos adversos inaceitáveis persistentes
  • Incapacidade de atingir resposta citogenética completa aos 12 M
158
Q

O não atingimento de resposta molecular major não é considerado fracasso terapêutico. V/F?

A

V

159
Q

Ocorrem efeitos adversos graves em menos de __-__% dos doentes a realizar TKI’s.

A

menos de 5-10%

160
Q

Os efeitos adversos dos TKI’s são geralmente leves a moderados, embora possam afectar a qualidade de vida a longo prazo. V/F?

A

V

161
Q

Quais os TKI’s que prolongam o QTc?

A
  • Dasatinib

- Nilotinib

162
Q

Quais os efeitos adversos do Dasatinib?

A
  • Mielosupressão (20-30%), ++ trombocitopenia
  • Derrame pleural (10-20%)
  • Derrame pericárdico (menos de 5%)
163
Q

Quais os efeitos adversos do Nilotinib?

A
  • Hiperglicémia (10-20%)
  • Prurido
  • Rash
  • Cefaleias
  • Pancreatite (menos de 5%)
164
Q

Efeitos adversos do Bosutinib?

A
  • Diarreia (50-70%)
165
Q

Os efeitos adversos frequentemente são dose-dependentes e reversiveis com diminuição da dose ou interrupção do tratamento. V/F?

A

V

166
Q

Quais os TKI’s que podem causar eventos vasoespásticos/vasooclusivos?

A
  • Ponatinib e Nilotinib (menos de 5%) - são indicação para interromper ou reduzir a dose de TKI
167
Q

Qual a dose minima eficaz para os TKI’s?

A
Imatinib - 300mg/dia
Nilotinib - 200 mg/dia
Dasatinib - 20 mg/dia
Bosutinib - 300 mg/dia
Ponatinib - 15mg/dia
168
Q

A disfunção renal e falência renal ocorre em 2-3% dos doentes como consequência do tratamento com TKI’s, sendo irreversiveis. V/F?

A

Falso

Reverte com descontinuação do TKI e inicio empirico de outro

169
Q

A HTPulmonar causada pelo dasatinib pode ser reversivel com a sua descontinuação e com o uso de ______

A

Citrato de sildenafil

170
Q

O transplante alogénico está associado com sobrevida a longo prazo de __-__% quando implementado na fase crónica

A

40-60%

171
Q

Qual é a mortalidade no 1º ano associada ao transplante alogenico?

A

5-30%

172
Q

10-15% dos doentes que realizam transplante morrem nas primeiras duas décadas por ________

A

complicações do transplante

173
Q

Qual a % de cura do transplante na fase acelerada e fase blástica?

A

Fase acelerada - 20-40% cura

Fase blástica - inferior a 15%

174
Q

Os TKI’s parece ser muito eficazes na re-indução de remissão citogenética/molecular em casos de recidiva após transplante. V/F?

A

V

175
Q

Quais as situações em que se deve induzir remissão com QT+TKI seguida de Transplante o mais cedo possivel?

A
  • Fase blástica à apresentação
  • Evolução para fase blástica
  • Evolui de fase crónica para fase acelerada
176
Q

O transplante alogénico é o tratamento de primeira linha num doente com fase acelerada de novo. V/F?

A

Falso

TKI a longo przo

177
Q

Doentes com a mutação T315A respondem melhor a?

A

Nilotinib

178
Q

Quais os doentes em que deve ser considerado o transplante como mais urgente?

A
  • Evolução clonal
  • Mutações desfavoráveis
  • Sem resposta citogenética major/completa após 1 ano salvação com TKI
179
Q

Estudos sugerem que a estratégia de uso combinado de TKI-QT melhora a taxa de resposta, a duração da resposta e aumenta a sobrevida. V/F?

A

V

180
Q

Na LMC fase blástica linfóide, a combinação de QT anti-LLA + TKI resulta em taxas de resposta completa de 60-70%. V/F?

A

V

Sobrevida média 2-3 anos

181
Q

Na LMC fase blástica não linfoide, o uso de QT anti-LMA + TKI resulta em taxas de resposta completa de 30-50%. V/F?

A

V

Sobrevida média 9-12 meses

182
Q

Na fase blástica, respostas citogenéticas completas são pouco comuns, mas frequentemente permanentes. V/F?

A
Falso
Pouco comuns (10-30%) e transitórias
183
Q

Doentes a realizar imatinib devem ter uma monitorização apertada até documentação de ____

A

resposta citogenética completa

184
Q

Doentes a realizar imatinib que atingem a resposta citogenética completa devem ser monitorizados por _______ e ______ a cada ___ meses

A

FISH e PCR a cada 6 meses

185
Q

No caso de recidiva citogenética, o que deve ser feito?

A

Análise de mutações - identifica mutações em 30-50% dos doentes

186
Q

Está indicada uma análise de mutações em doentes com resposta citogenética completa. V/F?

A

Falso

Não está indicada - encontra mutações em menos de 5% dos casos

187
Q

Doentes a realizar TKI’s de 2ª geração devem atingir resposta citogenética completa aos __-__ meses de terapêutica

A

3-6 meses

188
Q

Doentes a fazer TKI’s 2ªgeração que não atingem resposta citogenética completa aos 3-6 meses têm?

A
  • Pior sobrevida livre de eventos
  • Maiores taxas de transformação
  • Pior sobrevida
189
Q

Doentes a fazer TKI’s 2ªgeração que não atingem resposta citogenética completa aos 3-6 meses têm uma sobrevida a 3-5 anos de 80-90%. V/F?

A

V

190
Q

A hidroxiureia mantém-se como um tratamento seguro e eficaz na diminuição da carga inicial da LMC. V/F?

A

V

191
Q

A leucaferese é frequentemente usada em doentes com leucocitose extrema ou coomplicações de leucoestase. V/F?

A

Falso

Raramente usada

192
Q

Mulheres com LMC que engravidam podem continuar a realizar terapêutica com TKI’s. V/F?

A

Falso

Devem parar imediatamente os TKI’s: imatinib parece ser teratogenecidade ocular, esqueletica e renal

193
Q

Como é feito o controlo da LMC durante a gravidez?

A
  • Leucaferese se leucocitose grave e sintomática no 1ºT

- Hidroxiureia no 2º e 3ºT

194
Q

A maioria das anomalias cromossómicas desenvolvidas nas células Ph-negativas em doentes a realizar TKI’s desaparece espontaneamente. V/F?

A

V

Raramente as anomalias do CR 5 ou 7 sao clonais e evoluem para SMD ou LMA

195
Q

Qual é a estimativa mundial de sobrevida da LMC?

A

Inferior a 50%

196
Q

Nos paises desenvolvidos, a maioria dos doentes com LMC são diagnosticados em exames de rotina e apresentam sintomas minimos a apresentação. V/F?

A

V
50-70% dos doentes
Apenas 10-20% com LMC de alto risco

197
Q

Quando o dasatinig origina mielossupressão, a trombocitopenia é o achado mais frequente. V/F?

A

V

198
Q

Se falência terapêutica com imatinib, deve-se alterar para outro TKI como tratamento de salvação. V/F?

A

V

199
Q

O p190 ocorre raramente na LMC e quado presente confere pior prognóstico. V/F?

A

V

200
Q

O IFN-alfa é teratogénico na grávida. V/F?

A

Falso

Não teratogénico mas aumenta risco de aborto espontaneo