Alguma poesia Flashcards
Quem escreveu o livro Alguma Poesia ?
Carlos Drummond de Andrade
O livro Alguma Poesia inaugura a presença de Carlos Drummond de Andrade no Modernismo brasileiro ?
Verdadeiro.
Quais são as principais características do Modernismo brasileiro ?
- Versos livres e brancos (sem métrica e sem rimas)
- Versos curtos
- Ironia
- Nacionalismo crítico
- Linguaguem coloquial
- Paródias
- Intertextualidades
- Denúncia social
- Poemas piadas
Em que ano ocorreu a Semana de Arte Moderna ?
1922.
Qual o nome do poema que inicia o livro Alguma Poesia ?
Poema de sete faces.
O livro Alguma Poesia é composto por prosas ?
Falso, o livro Alguma Poesia é composto por poemas, ou seja, é um livro de poesia.
Logo na primeria estrofe do Poema de sete faces Carlos Drummond utiliza a palavra francesa “gauche” para se autodescrever, qual o significado de tal palavra ?
A palavra “gauche” se refere a um sujeito torto, desajustado perante a sociedade.
Podemos dizer que Carlos Drummond de Andrade é um poeta gauche ?
Verdadeiro, pois o mesmo não consegue se enquadrar e se inserir na sociedade.
Quais são os principais temas que são tratados no livro Alguma Poesia ?
- Poeta gauche
- Ironia das formas
- Metrópole e província
No livro Alguma Poesia, Carlos Drummond sente-se mais à vontade na cidade (metrópole) do que no campo (província) ?
Falso, Carlos Drummond não consegue se enquandrar nem na cidade nem no campo, afinal ele é um poeta gauche. Desta forma, nem a cidade e nem o campo o satisfazem.
Como o tema do amor é tratado ao longo do livro Alguma Poesia ?
O amor aparece no livro por meio de desencontros arbitrários que ocorrem na vida de todos nós, exemplo disso é visto no poema “Quadrilha”, de modo que nem sempre os sentimentos amorosos são correspondidos.
Meus olhos brasileiros sonhando exotismos.
Paris. A torre Eiffel alastrada de antenas como um caranguejo.
Os cais bolorentos de livros judeus
e a água suja do Sena escorrendo sabedoria.
O pulo da Mancha num segundo.
Meus olhos espiam olhos ingleses vigilantes nas docas.
Tarifas bancos fábricas trustes craques.
Milhões de dorsos agachados em colônias longínquas formam um tapete
para sua Graciosa Majestade Britânica pisar.
E a lua de Londres como um remorso.
Submarinos inúteis retalham mares vencidos.
O navio alemão cauteloso exporta dolicocéfalos arruinados.
Hamburgo, umbigo do mundo.
Homens de cabeça rachada cismam em rachar a cabeça dos outros
dentro de alguns anos.
A Itália explora conscienciosamente vulcões apagados,
vulcões que nunca estiveram acesos
a não ser na cabeça de Mussolini.
E a Suíça cândida se oferece
numa coleção de postais de altitudes altíssimas.
Meus olhos brasileiros se enjoam da Europa.
Não há mais Turquia
O impossível dos serralhos esfacela erotismos prestes a deslanchar.
Mas a Rússia tem as cores da vida.
A Rússia é vermelha e branca.
Sujeitos com um brilho esquisito nos olhos criam o filme bolchevista
e no túmulo de Lenin em Moscou parece que um coração enorme
está batendo, batendo
mas não bate igual ao da gente…
Chega!
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos.
Minha boca procura a “canção do exílio”.
Como era mesmo a “canção do exílio”?
Eu tão esquecido de minha terra…
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
I. Correta. Ao ressaltar no início do poema, “Meus olhos brasileiros sonhando exotismos”, e no final do poema, “Meus olhos brasileiros se fecham saudosos”, o autor evidencia sua íntima identidade nacionalista.
II. Incorreta. Não ocorre uma inversão irônica do trecho da Canção de Exílio, de Goçalves Dias.
III. Incorreta. Embora ao longo do poema notamos que Drummond tece certas críticas aos países europeus, o mesmo não ocorre com o Brasil, muito pelo contrário, o poeta retrata seu país de origem positivamente.
