Transtornos De Humor - Transtorno Depressivo - Kelly Robis Flashcards

1
Q

Como são divididos os transtornos de humor?

A

Transtorno Depressivo Unipolar, Afetivo Bipolar e Periparto.

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2
Q

Tanto melhor é o tratamento da Depressão quanto mais eu consigo especificar o transtorno daquele paciente. Nesse sentido, o que são endofenótipos?

A

Endofenótipos são fenótipos intermediários situados entre o nível etiológico (interação entre genes e a experiência) e o nível fenotípico. O fenótipo do indivíduo pode ser concebido como a expressão de uma malha de endofenótipos entrelaçados, que caracterizam os especificadores de determinados transtornos. Por isso, uma mesma condição pode se apresentar de forma diferente em cada pessoa.

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3
Q

O que são constructos em Saúde Mental?

A

Conceitos provisórios formados para descrever fenômenos (podem ser melhor descritos conforme o conhecimento é aprimorado ao longo do tempo). Os espeficifcadores da Depressão é um exemplo de constructo em saúde mental.

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4
Q

Qual a importância de saber os especificadores da Depressão?

A

Agir antecipadamente nos especificadores de risco e individualizar o tratamento. Exemplo, Depressão com sintomas psicóticos pode ser Bipolar, isso e faz ter cuidado com a prescrição de Antidepressivos, cuidado com ideação suicida.

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5
Q

Qual a diferença de Humor e Afeto?

A

Humor é o somatório de vivências afetivas (emocionais), elemento duradouro, pano de fundo de um dia típico. Afeto (emoção) é uma vivência momentânea, elemento efêmero, resposta aos acontecimentos do mundo. Humor tende a ser constante e influencia o afeto e o afeto uma forma e reagir ao mundo (para menos ou para mais).

“O humor é definido como uma emoção ou um tom de sentimento difuso e persistente que influencia as vivências, a percepção e o comportamento de uma pessoa” - KAPLAN (2016), ele fala a favor da Depressão enquanto a reação afetiva está mais associada aos seus especificadores.

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6
Q

O que é Catatimia e Realismo Depressivo?

A

Catatimia - influência que a vida afetiva, sobretudo o estado de humor, exerce constantemente sobre as demais funções psíquicas (atenção, vivência do tempo, memória, sensopercepção, vontade etc.). De forma mais simples, é quando o humor contamina/nubla as outras funções mentais. Exemplo: A euforia (alteração de humor) pode afetar o juízo de realidade das pessoas na Mania, o gosto da comida esta diferente, a cor do céu está diferente.

Realismo depressivo - hipótese desenvolvida por Lauren Alloy e Lyn Yvonne Abramson que indivíduos deprimidos fazem inferências mais realistas do que indivíduos não deprimidos, por estes serem positivamente tendenciosos. Alteração da percepção de tempo, por exemplo (o mundo tá correndo mais devagar ou mais rápido)

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7
Q

Epidemiologia da Depressão

A
  1. Transtorno mental mais prevalente
  2. Inicio entre 20 e 50 anos (maioria na 3ª década de vida). Se abrir aos 60 anos, investigar outras causas.
  3. 25% dos que tem doenças crônicas desenvolvem Depressão (correlação estatística plausível)
  4. Mais comum no sexo feminino (3:1), porém depende da faixa etária. Homens é mais comum na 5 década. Homens procuram menos a unidade de saúde (tende a ser mais grave por isso).
  5. Pessoas de níveis socioeconômicos mais altos teriam quadros mais agudos, e os de níveis mais baixos, mais crônicos (consequentemente mais graves)

Por isso no SUS os quadros são bem mais complexos.

[https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6390869/]

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8
Q

O que é o conceito de desamparo aprendido?

A

É um modelo animal de depressão, onde sujeitos submetidos a estímulos aversivos incontroláveis desenvolverão dificuldades de aprendizagem, diminuindo a frequência de atividade, ou seja, o indivíduo forçado a suportar estímulos aversivos, dolorosos ou desagradáveis se torna incapaz de evitar encontros posteriores com tais estímulos, mesmo que seja possível evitá-los. É um constructo que compreende a intercessão entre o fenômeno ontológico (desesperança) e biológico da depressão (serotonina). https://www.youtube.com/watch?v=REAP-6hmmD0

Sensação de que não há o que fazer, especialmente nos estresses caóticos

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9
Q

Onde se encontram os Núcleos da Rafe e qual a sua função?

A

São núcleos do tronco cerebral ricos em núcleos de neurônios serotoninérgicos, que se projetam para todo o SNC (por isso Serotonina tem a ver com Depressão). A secreção de serotonina para o resto do cérebro

Estresses levam a danos nos núcleos da rafe, dist. serotonina e depressão

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10
Q

Pessoas que apresentam estresses ao longo da vida (especialmente os que sofriam de Desamparo Aprendido) teriam alteração em Núcleos das Rafe compatíveis com o início da Depressão. Por que, entretanto, em um mesmo ambiente estressor, alguns desenvolvem Depressão e outros não (ou até melhoram como pessoa)?

A

Porque algumas pessoas apresentam maior repertório de padrões de pensamento relacionados a positividade, esperança (que geralmente partem de experiências passadas) que outras. Esses padrões modulam a atividade do córtex pré-frontal de modo a estimular os núcleos da Rafe, reduzindo a hipo ou hiper atividade patológica dessa mesma região, suficiente para não fazer progredir o quadro Depressivo. Ou sejam aspectos cognitivos, comportamentais, noções de esperança, sentido de vida (interneurônios glutamatérgicos, gabaérgicos) neutralizam o dano neuronal serotoninérgico dos núcleos da Rafe que são base fisiopatológica da Depressão (TCC e Logoterapia).

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11
Q

Fatores de risco

A

Afetividade negativa: temperamentos
Eventos negativos ao longo da vida
Historia familiar positiva (primeiro grau): 4x mais
Todos os transtornos não relacionados ao humor
Comorbidades: Uso de substâncias, ansiedade, transtorno de personalidade, Diabetes, DCV

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12
Q

Fatores de proteção (fatores que inserem a pessoa na realidade) para homem e para a mulher

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4345848/

A

Homem: sentido no que faz |Mulher: noções de positividade

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13
Q

Por que fazer terapia farmacológica sem psicoterapia e sem aumentar repertório cognitivo aumenta a chance de recorrência da Depressão?

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4345848/

A

80% dos pacientes em terapia farmacológica, apenas, mantem pensamentos negativos (distorções cognitivas). Os sintomas melhoram, mas o perfil cognitivo não, isso é grande fatores de risco para recorrência, justamente pelo mecanismo dos núcleos da rafe. Por isso, aumentar fatores de proteção é aumentar repertório cognitivo.

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14
Q

O que são as monoaminas?

A

Substâncias bioquímicas derivadas de aminoácidos através do processo de descarboxilação. As principais monoaminas são as CATECOLAMINAS (a saber dopamina, norepinefrina, epinefrina), originadas da tirosina; a serotonina derivada da triptamina e a histamina que vem da histidina. Elas atuam no corpo humano como neurotransmissores, sendo a norepinefrina, a serotonina e a dopamina as mais abundantes no sistema nervoso central.

Aí encontra-se a importância da suplementação de tais precursores.

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15
Q

O que é a hipótese monoaminérgica da Depressão?

A

Teoria que postula que uma menor disponibilidade de aminas biogênicas cerebrais, especialmente de serotonina, noradrenalina e/ou dopamina é responsável pela depressão.

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16
Q

A hipótese monoaminérgica da depressão é suficiente para explicar a Depressão? Por que?

A

Não, pois ela deixa vaga uma série de questões como: “quais as causas dos distúrbios monoaminérgicos?” e “como explicar uma taxa de 30% de refratariedade aos antidepressivos?”, “por que quem tem depressão tem tantas outras doenças crônicas?” . Dessa forma, outras teorias têm sido propostas, entre elas, aquelas que enfocam as participações dos sistemas imune e endócrino.

https://www.scielo.br/j/rpc/a/yj3WRdM8RzhQQj5zXdMTvrk/

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17
Q

Descreva a neurobiologia da Depressão

A
  1. Estressores na vida, condições precárias de saúde propiciam a liberação de um conjunto de fatores neurotróficos cerebrais, tais como citocinas inflamatórias, glicocorticóides, que modulam patologicamente o SNC.
  2. Estressores agudos elevariam o cortisol que, por sua vez, estimulariam o hipocampo (quando estamos sob estresse funcionamos até melhor), o que, em si, é bom.
  3. Após isso, há um feedback negativo nas regiões que estimulariam a produção de cortisol, com diminuição deste.

A desregulação acontece com o aumento da intensidade e cronicidade desses eventos, os quais passariam a lesar o neurônios hipocampais e desregular o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, com REDUÇÃO DA NEURPLASTICIDADE e DANO NEURONAL em córtex pré-frontal e hipocampo, bem como HIPERTROFIA de amigdala.

Exercício físico na Depressão:

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18
Q

Quais as relação da hiperatividade de amigdala e do estresse precoce na Depressão e outros transtornos?

A

A hiperatividade amigdaliana está relacionada a eventos estressores precoces na vida, especialmente em crianças que passaram por pobreza, negligência, violência e abuso. Esse mecanismo predspõe a desregulação emocional e impulsividade, bem como risco aumentado de Depressao, Boderline e TAB, daí investigar de eventos estressores na infância.

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19
Q

Por que quadros de dor crônica respondem bem a Antidepressivos?

A

Entre outros aspectos, devido as relações da Dor Crônica com a desregulção do eixo HHA também presente na Depressão.

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20
Q

A nível celular, um estado estressor crônico está relacionado com a ativação de um conjunto de células, especialmente os __________________, que explicam o viés inflamatório do quadro depressivo. Estas células recrutam _____________________ que levam a lesão de neurônios dopaminérgicos, serotoninérgicos, glutamatérgicos, gabaérgicos, explicando porque a Depressão está ligada também a ___________.

A

Macrófagos, citocinas inflamatóas, insônia

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21
Q

Verdadeiro ou falso?

Segundo a prof Kelly, estágios iniciais da Depressão geralmente não cursam com insônia, mas sim os terminais, por isso a expectativa de melhora do sono precisa se basear essa sequência cronológica. Primeiro o humor vai melhorar, depois o sono. Nesses casos, melhor fazer um indutor do sono junto com antidepressivo e não esperar compensar naturalmente, pra que o paciente consiga inclusive avançar em terapia. Em 4 meses eu já posso tirar o indutor.

A

Verdadeiro.

22
Q

Dos distúrbios mentais, qual a principal causa de morte por suicídio?

A

Anorexia

23
Q

Critérios diagnósticos de Transtorno Depressivo Maior.

A

Presença de pelo menos cinco sintomas específicos, sendo necessário que um deles seja humor deprimido ou anedonia.

1. Humor deprimido
2. Diminuição de interesse ou prazer em atividades

3. Perda ou ganho de peso significativo
4. Insônia ou hipersonia
5. Agitação ou retardo psicomotor
6. Fafiga ou perda de energia
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão
9. Pensamentos de morte, ideação, plano, tentativa suicida

Tais sintomas devem persistir por no mínimo duas semanas, afetando diversas áreas da vida da pessoa e não sendo explicados por outra condição médica.

https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(18)31948-2/abstract

24
Q

Verdadeiro ou falso?

Orientações cognitivas tem efeito sinérgico ao uso de medicações.

A

Verdadeiro. Uma orientação que faça a paciente escovar dente pode melhorar o perfil de resposta a um antidepressivo prescrito.

IMPORTANTE: Especificar quais os sintomas o paciente apresenta para avaliar a resposta à medicação

25
Q

Critérios diagnósticos de Depressão com sintomas ansiosos e especificadores de gravidade.

A

Presença de pelo menos dois dos seguintes sintomas durante a maioria dos dias de um episódio depressivo maior ou distimia:

  1. Sentir-se nervoso ou tenso
  2. Sentir-se anormalmente inquieto
  3. Dificuldade de se concentrar devido a precupações
  4. Temor de que algo terível aconteça
  5. Sentimento de que o indivíduo possa perder o controle de si mesmo

Gravidade: Leve (dois sintomas), Moderada (três), Moderada-grave (quatro a cinco) e Grave (quatro a cinco e agitação psicomotora)

Está mais associado a risco aumentado de tentativa de suicídio.

Tenho que perguntar sobre ideação suicida. Sintomas ansiosos nos levam a noção de menor repertório de vida, isso que leva a ideação suicida.

26
Q

Critérios diagnósticos de Depressão com características mistas

A

A. Pelo menos 3 dos seguintes sintomas maníacos/hipomaníacos estão presentes quase todos os dias durante a maioria dos dias de um episódio depressivo maior:

  1. Humor elevado, expansivo
  2. Autoestima inflada ou grandiosidade
  3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando
  4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados
  5. Aumento na energia ou na atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho, ou na escola ou sexualmente)
  6. Envolvimento maior ou excessico em atividade com elevado potencial para consequências prejudiciais (comprar desenfreadamente, indiscrições sexuais, investimentos insensatos)
  7. Redução da necessidade do sono (sentir-se descansado apresar de dormir menos que o habitual, deve ser contrastado com insônia)

B. Representam alteração do comportamento usual do indivíduo
C. Para indivíduos cujos sintomas satisfazem todos os critérios para mania ou hipomania, o diagnóstico deve ser TAB tipo I ou II.
D. Não são efeitos de outras condições médicas

Ruptura de linha de tempo. Geralmente confundido com TAG ou TAB.

Cerca de 80% vão evoluir com TAB, mas a princípio tem HUMOR DEPRIMIDO e não HUMOR EUFÓRICO. Não se deve fazer antidepressivo, pois tem maior chance de TENTATIVA DE SUICÍDIO e VIRADA MANÍACA. As escolhas são Lurazidona e Aripiprazol, embora Lítio possa ser uma opção.

27
Q

Tratamento medicamentoso da Depressão com ideação suicida.

A

Lítio com Antidepressivo. O Lítio, sendo bipolar ou unipolar, vai ser tratar. Não se tem evidência robusta, mesmo devido ao risco de Suicídio Paradoxal, de não se iniciar antidepressivo em suspeita de Depressão com sintomas mistos.

28
Q

A. Uma das seguintes está presente durante o período mais grave do episódio atual:

a) Perda do prazer por quase todas as atividades
b) Ausência de reatividade aos estímulos em geral agradáveis (não se sente bem, mesmo temporariamente)

B. E três (ou mais) das seguintes:

c) Relato de uma qualidade distinta do humor depressivo caracterizado por prostração profunda, desespero e ou morosidade ou pelo chamado humor vazio
d) Depressão regularmente pela manhã
e) Despertar na madrugada (insônia tardia, pelo menos 2h antes do despertar habitual)
f) Retardo psicomotor ou agitação psicomotora (catatonia agitada)
g) Perda significativa do apetite e do peso corporal
h) Culpa excessiva ou inadequação.

A

Depressão com características melancólicas (tendem a ser graves - pode evoluir para TAB, importante pesquisar outras causas).

Mirtazapina e Trazodona ação prolongada na insônia terminal.

Descartar causas orgânicas (encaminhar para Neuro?). Depressões graves tendem a ser as com características Melancólicas ou Psicóticas. Não são sintomas adicionais, são intensidades maiores.

29
Q

Durante a maior parte episódio depressivo, o humor da pessoa melhora temporariamente em resposta a eventos positivos e piora com eventos negativos. Isso é conhecido como HUMOR REATIVO. Além disso, ela deve apresentar 2 ou mais dos seguintes sintomas:

1- Aumento do apetite ou ganho de peso;
2 - Hipersonia (geralmente mais de 10 horas por dia);
3 - Paralisa *de chumbo (sensação de peso nos membros)
4 - Sensibilidade à rejeição pessoal, causando um impacto significativo em sua vida social ou profissional.

Diagnóstico Diferencial com Borderline

A

Depressão com características atípicas. Diferente do que se pensa, não é a mais grave - pelo contrário, mais leve - e não necessariamente cursa com agitação e ansiedade (marcadores de risco para TAB). Geralmente é uma mulher jovem com história de rejeição. Geralmente se inicia ISRS, pela tendência de ser leve.

A ideia de que se variar de depressão para eutimia ser Bipolar tende a ser errado

30
Q

Episódio depressivo com delírios e/ou alucinações.

A

Depressão com sintomas psicóticos (congruente, mais comum, ou incongruente com o humor). Olhar atento com relação ao juízo de realidade no relato do paciente.

Diagnóstico difícil, é preciso fazer o exame do estado mental várias vezes a fim de perceber se o pano de fundo é psicótico (desconexão da realidade) ou neurótico (emoções disfuncionais conectados com a realidade). Na linha do tempo, se a alteração de humor veio primeiro, pensar em quadro de humor, se a Psicose veio primeiro, a chance de ser Esquizoafetivo é maior (geralmente a régua é 2 semanas de sintomas, se veio até duas semanas do quadro de humor, pensar em TAB, se após duas semanas no quadro de humor, pensar em Esquizoafetivo).

31
Q

Depressão pode ter catatonia? É geralmente semelhante ao do Esquizofrênico?Tende a ser leve ou grave? Quais são as suas caracterísitcas? Com qual entidade clínica pode ser confundida, especialmente em contexto de internação hospitalar?

A

Sim, existe um especificador da Depressão com catatonia, mas geralmente é uma catatonia agitada, repetindo ideias autodepreciativas, por exemplo, diferente do esquizofrênico. Tende a ser muio grave.

Pelo menos 3 dos sintomas:
1. Catalepsia (imóvel, em geral rígido)
2. Negativismo (ausência de respostas aos esttímulos ambientais)
3. Ecopraxia (repetir involuntariamente gestos ou comportamentos, mais comum na Depressão)
3. Mutismo (não fala com as pessoas, mesmo com a consciência preservada)
4. Ecolalia (repetir involuntariamente palavras ou frases, mais comum na Depressão)

Delirium.

Tratamento da Catatonia: Benzodiazepínico ou ECT.

32
Q

Qual a diferença de pensamento de morte e ideação suicida?

A

Pensamento de morte: ideia de que se estivesse morto seria melhor, sem pensar em algo para tal.
Ideação suicida: pensar, considerar ou planejar o suicídio.

Podem ser pensamentos passageiros, pensamentos extensos ou um planejamentos detalhados.

Alimenta-se crenças suicidas quando, ao ser informado, você não age (eu disse que ia me matar e ninguém ligou, realmente eu sou um lixo), mesmo que seja manipulação. O suicídrio e manipulação são ambos baixo repertório de solução de problemas.

33
Q

Difereça das carcterísticas psicóticas congruentes ou incongruentes com o humor.

A

Com características psicóticas congruentes com o humor: Delírios e alucinações cujo conteúdo é coerente com os temas depressivos típicosde inadequação pessoal, culpa, doença, morte, niilismo ou punição merecida.

Com características psicóticas incongruentes com o humor: Delírios ou alucinações cujo conteúdo** não envolve temas depressivos típicos** ou inadequação pessoal, culpa, doença, morte, niilismo ou punição merecida ou cujo conteúdo é uma mistura de temas incongruentes e con- gruentes com o humor.

34
Q

Diferenças de Blues puerperal e Depressão pós-parto

A

Blues são alterações emocionais leves do pós parto imediato. Já a depressão tem sintomas mais intensos e ocorre cerca de 3 meses depois do parto.

Psicose Puerperal: Antipsicótico e internação se ideação ou infanticídio (tende a deixar o remédio por um tempo prolongado)

35
Q

Depressão sazonal

A

Ocorrida no inverno, geralmente em regiões de clima temperado. Banho de sol faz parte do tratamento.

Depressões subsindrômicas são muito mais comuns que transtornos depressivos (assim como na maioria dos transtornos, pois a tendÊncia do homem é a de não ter doença, não a de ter)

36
Q

Alterações de humor, labilidade emocional, e aletração de vivência de tempo cerca de 3 a 5 dias após o parto fala a favor de:

A

Blues puerperal

Obs.: Alterações de vivência de tempo (tamém ocorrida no Delirium) e demais labilidades falam a favor de entidades orgânicas. Não é patológico, tende a ser fisiológico.

37
Q

Conceito de Depressão com início no periparto. Porque hoje ela está mais associada aos transtornos de humor no DSM-V?

A

Depressão que ocorre antes do parto ou até 4 semanas após. Porque antes se associava a evolução da Psicose puerperal somente para quadros de Esquizofrenia, porém foi constatada maior chance de evolução para quadros de humor, especialmente TAB.

38
Q

Qual o tratamento do Blues puerperal?

A

Orientações e acompanhamento. Blues é como que fisiológico, sem cursar com sintomas cognitivos. Na verdade, o que é patológico é mais incomum do que é fisiológico. Ex.: Uma prevalência de 80% de alguma condição em uma cidade. Será que isso não é um fenômeno cultural?

É muito mais comum depressões subsindrômicos, manifestações de autismo sem prejuízo funcional, mulheres com TPM do que os aspectos disfuncionais dessas condições. Será que isso não está em um padrão de normalidade, tendo em vista que a natureza humana tende a dar certo, pois na maioria das condições, a maior probabilidade é de ficar vivo, não de morrer?

39
Q

O que é o conceito de remissão? E de remissão completa? E parcial?

A

Ausência de sintomas ou presença de um ou dois sintomas sem impacto funcional no período de dois meses.

Completa: Remissão dos sintomas durante os últimos dois meses ou presença de um ou dois sintomas sem impacto funcional.

Parcial: melhora de alguns sintomas ou todos os sintomas porém em um período menor que dois meses.

40
Q

De acordo com a interpretação farmacológica, qual a diferença de remissão e recuperação?

A

Remissão: Melhora dos sintomas no período de dois meses.
Recuperação: Manutenção da melhora dos sintomas no período de quatro meses (neuroplasticidade).

41
Q

Qual a plausibilidade Biológica para o conceito de Recuperação?

A

O antidepressivo começa modular o ajuste monoaminérgico fisiológico em cerca de 4 meses e a partir daí há maior efeito de neuroplasticidade que justifica a permanência do antidepressivo e reduze a chance de recorrência.

42
Q

Quais os critérios para Transtorno depressivo persistente (Distimia)?

A

A. O humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relatos subjetivo ou por observação feita por outras pessoas, pelo período mínimo de dois anos.

B. Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das seguintes características:
1. Apetite diminuído ou alimentação em excesso
2. Insônia ou hipersonia
3. Baixa energia ou fadiga
4. Baixa autoestima
5. Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões
6. Sentimento de desesperança

C. Durante o período de dois anos (um ano para crianças ou adolescentes) de perturbação, o indivíduo jamais esteve sem os sintomas dos critérios A e B por mais de dois meses.

D. Os critérios para o tratamento depressivo maior podem estar continuamente presentes por dois anos.

(…)

43
Q

Quais os critérios para Transtorno de Disfórico Pré-Menstrual?

A

A. Na maioria dos ciclos menstruais, pelo - 5 sintomas devem estar presentes na semana final antes do início da menstruação, começar a melhorar poucos dias depois do início da menstruação e tornar-se mínimos ou ausentes na semana pós menstrual.

B. Um (ou mais) dos seguintes sintomas deve estar presente:
1. Labilidade afetiva acentuada
2. Irritabilidade ou raiva acentuada ou aumento dos conflitos interpessoais
3. Humor deprimido acentuado, sentimento de desesperança ou pensamentos autodepreciativos
4. Ansiedade acentuada tensão e ou sentimentos de estar nervosa ou no limite.

C. Um (ou mais) dos seguintes sintomas deve adicionalmente estar presente para atingir no total de cinco sintomas quando combinados com sintomas do critério B.
1. Interesse diminuído pelas atividades habituais (trabalhos escola passatempo)
2. Sentimento objetivo de dificuldade se concentrar
3. Letargia fadiga fácil ou falta de energia acentuada m
4. Alteração acentuada do apetite comer em demasia ou gravidez por alimentos específicos
5. Hipersonia ou insônia
6. Sentisse sobrecarregado ou fora do controle
7. Sintomas físicos como sensibilidade ou inchaço das mamas, dor articular ou muscular, sensação de inchaço ou ganho de peso.

Mulheres que tem mais critério C respondem melhor a Omega-3 e Vitamina E. Sintomas B, antidepressivo mesmo.
Mulheres com alexitimia (baixa percepção de si, de expressar emoções) tem maior dificuldade de perceber o transtorno

44
Q

Tratamento para transtorno de histórico pré menstrual

A

Mudança estilo de vida: Exercício regular, sensação do tabagismo, restrição do álcool, sono reparador e alimentos com diminuição de carboidratos e cafeína.

Suplementação:
Vitamina B6 100 mg 1x/dia
Vitamina E 600 UI 1x/dia por 20 dias
Carbonato de cálcio 1200-1600 mg 1x/dia
Magnésio 500 mg 1x/dia
Triptofano 6g 1x/dia

Não farmacológico:
Redução do estresse
Psicoeducação (causas, diagnóstico e tratamento)
Fototerapia
Terapia cognitivo comportamental
Grupos de autoajuda

45
Q

Transtornos depressivos induzido por substâncias

A

Dependendo da gravidade do quadro, continuar com Antidepressivo mesmo depois da retirada da medicação, pois a ideia é que seja precipitado por medicação, não causado totalmente por medicação.

46
Q

Induzido por Quadro Clínico

A

Pós-AVC, Parkinson, Cushing, Deficiência de B12 e D.

47
Q

Transtorno de Luto prolongado (DSM V TR)

A
  1. Perdido alguém próximo
  2. Ter tido algumas vivências, emocionais ou cognitivas relacionadas a esse luto.

Além disso, afirma quese chama de luto prolongado aquele que se estendeu por um período superior a um ano para adultos e a seis meses para crianças e adolescentes.

Fator de risco: viuvez após vivência conjugal íntima e prolongada. Fator de proteção: desenvolver redes de apoio familiares e demais atividades

48
Q

Comportamento suicida

A
49
Q

Diferença de Ideação x Pensamento de morte x Comportamento autolesivo não suicida (30% dos adolescentes apresentam - automutilação; presente nos pacientes com ideação suicida).

A

Pensamento de morte: ideia de que se estivesse morto seria melhor, sem pensar em algo para tal.
Ideação suicida: pensar, considerar ou planejar o suicídio.
Comportamento autolesivo não suicida: autolesão para minimizar uma angústia interior

50
Q

Fatores de risco para suicídio

A
51
Q

Questões familiares relacionadas a suicídio

A

Ter um familiar que tentou suicídio é fator de risco para comportamento suicida (não por morrerem por suicídio). Ter um familiar que morreu por suicídio é fator de risco para morrer por suicídio.

52
Q

Tratamento para ideacao suicida

A

Antidepressivo, Lítio (é a melhor), Cetamina (promissor), Clozapina, Aripiprazol (cuidado com Acatisia)

O itinerário progressivo até o ato dura cerca de 5 anos