Traumatismo facial em pacientes pediátricos Flashcards

1
Q

Quais as diferenças anatômicas facial entre crianças e adultos?

A

Crianças:
Área superficial corporal grande, tamanho corporal pequeno (forças de lesões maiores relacionadas com um corpo pequeno e a mais órgãos);
Proporção crânio/corpo grande (traumatismo craniano e maior tensão cervical);
Esqueleto elástico (menor trauma externo (ou seja, fraturas) com lesões internas ocultas;
Pescoço flexível e curto, língua volumosa (via respiratória difícil, tubos endotraqueais sem cuff em pacientes muito pequenos);
Laringe anterior, curta e cefálica, com porção mais estreita na cricoide (aumenta risco de intubação do brônquio direito);
Aumento de resistência periférica e taquicardia reflexa, menor reserva (Resposta rápida à hipovolemia inicialmente, mas também declínio cardiovascular rápido com perda sanguínea contínua).

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2
Q

Como proceder inicialmente em fraturas faciais em crianças?

A

1º Avaliação ATLS
Avaliação secundária: outras lesões de cabeça e pescoço, fístulas de líquido cefalorraquidiano e rápido exame dos nervos cranianos Avaliar pescoço; Tórax (simetria e ruídos respiratórios bilaterais; lesões abdominais ou integridade vascular (temperatura extremidades, pulsos, cor).
A - Alergias
M - medicações
P - história médica passada
R - última refeição
E - eventos

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3
Q

Lesões cefálicas podem ser:

A

São mais comuns em adultos.
Hematomas subdurais (abaixo dura-mater): associados à ruptura venosa.
Hematomas epidurais (é a mais comum em crianças) (ao redor dura-mater, vais expandindo, comprimindo cérebro): associado de artérias meningeas

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4
Q

Traumas em crianças na região do pescoço e vias respiratórias:

A

85% traumas situados na zona II (maior zona);
Mortalidade aumenta nas zonas I e III devido acesso limitado (pequeno).

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5
Q

Nas lesões de tecido mole em pacientes pediátricos realizar:

A

remoção mecânica pulsátil (pressão) com solução fisiológica.

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6
Q

A orelha recebe irrigação das artérias:

A

temporal superficial
Auricular posterior
Anastomose auricular posterior e artéria occipital
Ramos artéria auricular profunda (maxilar) - irriga meato

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7
Q

Antibióticos são necessários em fraturas faciais em crianças?

A

Não são necessários, realizar os procedimentos iniciais (limpar, soro), a menos que haja contaminação ou maceração pericondral (pericondro (cartilagem) não é bem vascularizado).
Manter limpa e úmida, pode manter por 5 a 7 dias uma gaze iodoformada (ir trocando gazes)

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8
Q

Fraturas nasais em crianças:

A

Plexo de Kiesselbach ou área de Little, Plexo de Woodruffs.
Hematoma septo nasal pode levar a necrose -> precisa drenar (corte) mucosa do septo deve ser recolada depois com um ponto de sutura apertado.
Esponjas de acetato de povilivinila ou contenções de silicone devem ser aplicadas nas entradas das narinas e fossa nasal para prevenir novos acúmulos de sangue (sutura 1 ponto).
Pode ser utilizado um stent suturado nas entradas das narinas, encoberto por gaze com vaselina ou pasta de fenolato de bismuto para evitar estenose (estreitamento corpo humano) das narinas (quando laceração).

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9
Q

Lesão no escalpo em paciente pediatricos:

A

Por ser uma região irrigada pela carótida interna (oftálmica, supratroclear, supraorbital) quanto pela externa (temporal superficial, occipital e auricular posterior). Laceração no escalpo pode iniciar choque hemorrágico (principalmente criança).
Avulsão: quando pericrânio intacto empregar enxerto de derme acelular ou pele de espessura dividia. Quando osso exposto (reconstrução secundárias): retalhos locais rotacionais, retalhos a distância (pele e tec. subcutâneo ex. glúteo) ou expansão tecidual em estágio.

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10
Q

Lesões nas bochechas :

A

Verificar se tem lesão do ducto parótideo.
Para avaliar: acoplar parte não agulhada de um cateter em uma seringa solução fisiológica e o ducto canulado e injeta (se for visualizado soro dentro da ferida existe lesão).
Se sim: identifica extremidades e sutura.
Dano nervo facial (parte), pode voltar meses depois. Quando completo pode tentar laser, fisio, atoneuril

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11
Q

Lesões no lábio e cavidade bucal:

A

Laceração do assoalho da boca e língua são perigosas devido ao potencial de causar edema tardio e obstrução vias aéreas.
Lesões de palato mole e orofaringe, aparentemente sem risco, podem causar propagação de coágulos através anastomoses faríngeas com a artéria carótida interna e causas sequelas neurológicas (AVC).

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12
Q

Suportes para tratamentos de lacerações:

A

Lacerações simples - Cianoacrilato (substitui sutura ‘‘cola’’) - quantidade moderada evitar extravasamento;
Lacerações profundas - espaço morto/profundo precisa ser fechado com suturas tradicionais.
Materiais reabsórviveis naturais sofrem degradação enzimática e os sintéticos sofrem hidrólise (ponto) vicryl. Criança estética semelhante diferente de adulto.

Pomadas antibióticas: mantém ferida limpa e úmida (neonicina + bactericina). Alégicos: usa vaselina líquida.
Crianças resposta de defesa exagerada, por isso um curto período com pomadas com corticoide pode ser utilizado. Evitando cicatriz.
Auxiliar de silicone (2 a 3 semanas depois): Silastic (pressão, hidrata), cicatriz (regula remodelagem)
Loção de lanolina (hidratante) massagem em cima da cicatriz.

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13
Q

Mordidas de cachorro:

A

Quando o animal é de casa observar por 10 dias o cachorro.
Desconhecido: imunização passiva com IgG (proteção imediata com meia vida de 21 dias). Dose de 20 UI/Hg -> o máximo possível da dose é administrada ao redor e dentro da ferida, e o restante da dose via intramuscular no glúteo.
Imunização ativa através da vacina (demora de 7 a 10 dias para produzir resposta imune e dura 2 anos (é depositado a vacina no deltóide dia 0, 3, 7, 14 e 28 dias de vacina).
Reação inflamatória por mordeduras é intensa e geralmente se resolve em 5-7 dias

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14
Q

Fraturas cranianas em crianças:

A

Difícil diferenciar entre fraturas e suturas (em fechamento) cranianas.
Suturas: mais corrugadas e irregulares
Fraturas: margens lisas e separação evidente
No entanto, pode haver suturas mais abertas devido ao impacto (camadas dura-mater romper, LCR extravasa e ir abrindo sutura), resultou hematoma ou laceração da dura-mater -> fratura craniana crescente que se forma a partir de um cisto leptomeníngeo (semelhante hernia).

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15
Q

Fratura frontal e complexo nasal em crianças:

A

+ ganho verde;
Maioria seio frontal pode tratar de forma conservadora. Caso necessário cirurgia deve ser realizada da mesma forma que em adultos.
Nariz -> complexas, menos é mais, pois intervenção cirúrgica agressiva nesta região pode afetar o desenvolvimento facial por afetar o centro de crescimento naso-septal.

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16
Q

Fraturas no complexo orbitário em crianças:

A

Altíssimo escore de trauma (trauma grande).
Fraturas orbitais em crianças pequenas podem causar grande atrofia dos tecidos periorbitários, ainda mais se houver lesão por esmagamento. Esta tendencia diminui após 5-6 anos de idade.
Pacientes pediátricos com pinçamento dos músculos podem não ter qualquer sinal clássico de uma fratura orbital, mas irão apresentar náusea e vômito. -> TC
Bradicardia sem explicação pode ser devido ao fenômeno de Aschener, também chamado de reflexo oculocardíaco (pressão orbital que causa).
Geralmente em galho verde -> melhoram com observação e quando edema diminui, os fragmentos ósseos se auto reduzem.

17
Q

Qual a distância intercantal em crianças e adultos?

A

Em crianças é variável, porem em média é de 22 mm em lactantes, aumentado gradualmente conforme idade.
Adulto em média 28 a 32 mm.

18
Q

Fraturas em maxila de crianças:

A

Fratura não deslocada -> bloqueio maxilomandibular, se for criança maiorzinha braquetes e borracha. -> 1 a 2 semanas.
Cuidar com forças de tração durante o BMM para evitar possíveis alargamento verticais de face (fica forçando abertura com BMM). Observação cuidadosa (ter em casa dispositivos de aspiração e oxímetro (controle vias aéreas)… casos de vômitos cortar elásticos.
Caso necessário cirurgia, incisão no vestíbulo maxilar (de Keene).

19
Q

Fratura na mandíbula em crianças:

A

1º achar oclusão
cuidado germes dentários
Princípios: não colocar placa na zona de tração (só de compressão + em baixo), utilizar parafusos monocorticais (não atravessa - 4 - 5 mm), incisão e dissecção limitada.
Em fraturas condilares, alterações degenerativas podem ocorrer levando ao paciente em um quadro de artrite precoce (desgaste).
Maioria não precisa cirurgia, reabsorve e cresce de novo (remodela).