Neuromuscular Flashcards

1
Q

Qual a principal neuropatia periférica infecciosa?

A

MH

(Mycobacterium leprae)

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2
Q

Qual o segundo país com maior número de MH?

A

Brasil

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3
Q

Qual a principal manifestação da MH?

A

Comprometimento neurológico

100% dos pacientes o apresentam

Seja das terminações nervosas da pele, seja dos troncos neurais

Em 20% dos casos, o paciente evolui com deformidades permanentes, causadas pelas lesões neurológicas.

Casos neurais puros levam a um atraso diagnóstico.

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4
Q

A neuropatia hansênica pode ser aguda ou crônica, e acontecer antes, durante ou após o tratamento com PQT, sobretudo nos estados reacionais, quando ocorrem as neurites - V ou F?

A

Verdadeiro.

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5
Q

O que é a neurite? (MH)

A

Reações inflamatórias dos nervos, levando à perda de função, que, na ausênciai do tratamento adequado, pode ser irreversível.

Na evolução crônica, pode estar associada a dores neuropáticas.

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6
Q

Qual o padrão de comprometimento eletrofisiológico da MH?

A

Desmielinização.

Desmielinização PRECOCE e NÃO-IMUNOMEDIADA.
(Bactéria não tóxica e não citolítica).

Ocorre, pois, desmielinização na fase inicial, na ausência de células imunes.

Afeto pseudobulbar na ELA - prognóstico?
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7
Q

Características do Mycobacterium leprae?

A

Metade dos seus genes não codificam proteínas -> necessita da célula hospedeira para sobreviver ((células de Schwann)

Células finas, pouco mielinizadas, são as preferenciais

A não toxicidade é uma vantagem, permitindo a sobrevivência por longos períodos, sem induzir apoptose.

Replicam-se por longos períodos antes que as células imunológicas entrem em cena e iniciem uma resposta inflamatória -> perda da função sensitivo-motora

Duplicação a cada 14 dias

Inicialmente, causa lesão DESMIELINIZANTE, porém, por interferirem no metabolismo mitocondrial, a posteriori, causam lesões axonais.

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8
Q

Qual a principal consequência da MH?

A

Incapacidadde neurológica pelo comprometimento do SNP

A barreira hematoneural protege o bacilo contra a resposta imune do hospedeiro, levando a uma infecção crônica

O patógeno, mesmo após o tratamento, pode causar dano neurológico.

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9
Q
A

Quando os antígenos do M. leprae são liberados, há um ataque por macrófagos, células T e citocinas (ou seja, resposta celular, levando ao agravamento da lesão neurológica.

Pode-se haver lesões neurológicas agudas ou crônicas.

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10
Q

Quais os dois principais fenótipos histológicos da MH?

A

Tuberculoide (TT)

Lepromatoso (LL)

Presentes nos estágios finais da infecção pelo M. leprae, quando as células de Schwann respondem à infecção intracelular por meio da expressão dos vários fatores inflamatórios e citocinas pró e anti-inflamatórias.

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11
Q

Qual a forma de transmissão da MH?

A

Via respiratória

Após longo e íntimo contato

O bacilo liga-se às células epiteliais nasais por meio da fibronectina (proteína solúvel) -> sangue -> células de Schwann não mielinizadas

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12
Q

Período de incubação do M. leprae?

A

3-5 anos
(intervalos muito mais longos já foram descritos)

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13
Q

Embora a MH seja uma doença infecciosa crônica, em sua maior extensão ela pode ser considerada uma doença imunológica - V ou F?

A

Verdadeiro.

Resposta à infecção: parcialmente celular e humoral.

Recrutamento intenso das células T pode levar a uma cura espontânea ou a uma forma paucibacilar.

Se, por outro lado, recrutar-se muitas células T supressoras, inibe-se a imunidade, constituindo importante fator para a evolução multibacilar da doença.

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14
Q

O que é a forma subclínica da MH?

A

Por algum tempo após a infecção, o M. leprae reside nas células de Schwann sem sinais de infecção, podendo evoluir para a forma clínica ou para a cursa espontânea.

Melhora das condições socioeconômicas, de higiene e nutrilção contribui para a redução do número de indivíduos com a forma clínica da doença.

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15
Q

Características da MH indeterminada?

A

Lesões pouco evidentes (ausência de resposta mediada por células)

Curso variável

As lesões podem seguir os seguintes cursos:

  1. Regredir espontaneamente para a cura completa (90% dos casos);
  2. Permanecer indeterminadas por período prolongado;
  3. Progredir para doença persistente, para qualquer polo do espectro, com diferentes sinais e sintomas e distintas formas de evolução.
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16
Q

Classificação de Ridley e Jopling (MH)?

A

Cinco subgrupos:

  1. TT (tuberculoide);
  2. LL (lepromatoso);
  3. BL (borderline LL);
  4. BB (borderline-borderline);
  5. BT (borderline TT).

Essa classificação busca expressar a imunidade dos pacientes, uma vez que a resposta imune determina tanto o espectro quanto o prognóstico.

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17
Q

Características da MH TT?

A

Poucas lesões dermatológicas

Bordos bem delimitados, com poucos bacilos (marcada resistência imunológica)

Densa e organizada inflamação granulomatosa (células epitelioides cercadas por linfócitos)

Células gigantes de Langhans estão presentes

Zona subepidermal invariavelmente afetada

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18
Q

Características da MH LL?

A

Múltiplas lesões

(O bacilo aparentemente cresce sem limitações, em razão da imunidade celular defeituosa)

A zona subepidermal NÃO é afetada

Infiltrado celular de macrófagos + bacilos + grande quantidade de lipídeos -> células espumosas (HE)

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19
Q

Características da MH Borderline?

A

Grupo complexo e instável, podendo variar a classificação ao longo do tempo

Se não tratados, podem evoluir para o polo LL

Seus três subtipos dependem basicamente da imunidade celular:

  1. BT -> alta resistência à infecção e baixo conteúdo bacilar;
  2. BL -> baixa resistência à infecção e muitas lesões/muitos bacilos;
  3. BB -> paciente instável, com tendência a ser inserido no polo LL ou TT ao longo do tempo.
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20
Q

Classificação da MH pela OMS (para fins de tratamento)?

A
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21
Q
A

C)x.

O M. leprae tem um tropismo pela CS, onde o bacilo permanece protegido do ataque do sistema imunológico e pode se multiplicar.

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22
Q
A

A)x.

Como o M. leprae é uma bactéria não tóxica e não citolítica, muito se discute sobre o mecanismo fisiopatogênico da neuropatia causada por essa infecção. Embora a resposta imune desempenhe papel crítico na manifestação clínica da hanseníase, a identificação da desmielinização precoce, não imunomediada, induzida por M. leprae propõe a existência de mecanismo(s) alternativo(s) para a desmielinização em uma fase inicial da infecção pelo patógeno, na ausência de células imunes. Embora o M. leprae se ligue tanto às CSs mielínicas quanto às não mielínicas, as CSs não mielínicas são preferencialmente suscetíveis à invasão e abrigam o bacilo no SNP.

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23
Q
A

B)x.

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24
Q
A

A)x

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25
Q
A

Nos grupos borderline, estão incluídos pacientes com diferenças acentuadas, particularmente relacionadas com imunidade protetora e resistência à infecção:

BT — paciente com alta resistência à infecção e, frequentemente, baixo conteúdo bacilar nas lesões;
BL — paciente com baixa resistência à infecção, muitas lesões e muitos bacilos;
BB — paciente instável, com tendência a ser inserido no polo LL ou TT do espectro ao longo do tempo.

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26
Q

A hanseníase pode variar desde uma mancha pálida, pouco definida, que pode curar espontaneamente (forma indeterminada) até o comprometimento dermatológico difuso, com infiltrações e envolvimento de outros órgãos, como olhos e testículos (forma LL) - V ou F?

A

Verdadeiro.

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27
Q

Do ponto de vista neurológico, a hanseníase pode variar desde um comprometimento restrito ao ramo digital do mediano (TT) até um comprometimento difuso, com sinais de desmielinização (LL) - V ou F?

A

Verdadeiro.

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28
Q

O que é a neuropatia silenciosa da MH?

A

Disfunção sensitiva ou sensitivo-motora que ocorre SEM DOR e tem evolução indolente

Muitas vezes não percebida pelo paciente

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29
Q

O que é a neurite na MH?

A

Dor + espessamento do nervo à palpação

Disfunção sensitiva e, posteriormente, sensitivo-motora

Decorre do parasitismo da CS + alteração da função do nervo

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30
Q

Qualquer nervo pode ser comprometido pela MH - V ou F?

A

Verdadeiro.

As formas de comprometimento são:

  1. Mononeuropatia -> limitada a um tronco nervoso;
  2. Mononeuropatia múltipla -> forma predominante -> troncos nervosos múltiplos, de forma assimétrica;
  3. Mononeuropatia múltipla confluente -> troncos nervosos distais, de forma simétrica. Rara.
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31
Q

Quais são os sítios de predileção da MH?

A
  1. Nervo ulnar no epicôndilo medial;
  2. Nervo mediano no túnel do carpo;
  3. Nervo fibular na cabeça da fíbula e no tornozelo;
  4. Nervo radial superficial no punho;
  5. Nervo sural;
  6. Nervo grande auricular na região posterior ao esternoclidomastóideo;
  7. Ramo supraorbital do nervo facial.
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32
Q
A
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33
Q

Tratamento de constipação na ELA?

A

Lactulose
Hidratação
Dieta rica em fibras

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34
Q

Evolução clínica da neuropatia da MH?

A

Inicialmente -> fibras amielínicas -> sensibilidade

Com a progressão -> fibras de médio e grosso calibre -> sensibilidades tátil e fraqueza muscular -> atrofia e deformidades, como:

  1. Pé caído;
  2. Garra ulnar;
  3. Garra do mediano;
  4. Mão caída;
  5. Garra mista (em alguns casos).

Garra mista

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35
Q

Pacientes com MH que possuem forma mais lentamente progressiva podem se apresentar com alterações tróficas, reabsorção óssea e úlceras plantares - V ou F?

A

Verdadeiro.

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36
Q

Um sinal característico da MH é a preservação dos reflexos profundos na maioria dos pacientes - V ou F?

A

Verdadeiro.

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37
Q

O envolvimento do SNA é precoce na MH, ocorrendo em graus variados. Quais suas principais manifestações?

A

Alterações tróficas, como perda de fâneros

Eritrocianose (vermelho-arroxeado das extremidades) / eritrodermia

Ressecamento dos dermátomos envolvidos

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38
Q

MH pode ser diagnóstico diferencial de síndrome dolorosa regional complexa - V ou F?

A

Verdadeiro.

Causada por edema e dor intensa

“Mão reacional”

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39
Q

Qual a anormalidade clínica mais frequente da neuropatia hansênica?

A

Espessamento fusiforme do nervo

Comum a todas as formas clínicas da MH. O que varia é a extensão do comprometimento.

Paucibacilares -> comprometimento mais restrito e lesões mais intensas, muitas vezes como neurites.

Multibacilares -> comprometimentos mais extensos, menos graves, sem dor. Predomina a neurodegeneração ou a neuropatia silenciosa.
Pode ocorrer neurite nos estados pós-reacionais, mesmo anos após o tratamento.

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40
Q

A dor neural é um sintoma frequente na hanseníase. Quais os as duas principais formas de dor neural da doença?

A

Dor nociceptiva -> estímmulo nocivo, como a neurite, com processo inflamatório que acomete os nervos.

Dor neuropática -> funcionamento anormal do SNP e central.

Ambas podem ocorrer em qualquer momento da doença (antes, durante ou após a PQT).

Nas formas crônicas fica difícil distinguir entre os dois tipos.

A dor neuropática parece ser mais frequente naqueles pacientes que já apresentaram neurite.

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41
Q

Características da forma neural pura da MH?

A

Comprometimento neurológico sem lesões cutâneas. Sinonímia:

  1. Forma neural primária;
  2. Forma neurítica pura;
  3. Forma neurítica primária.

Rara. Ocorre em 1-16% dos casos. Mononeuropatia múltipla, lentamente progressiva, sem neurite aguda.

Pode variar desde um nervo isolado (como o ramo digital do mediano) até comprometimento extenso dos nervos periféricos, com padrão de mononeuropatia múltipla confluente.

Sinais clínicos importantes:

  1. Acometimento sensitivo inicial;
  2. Espessamento do nervo;
  3. Evolução como mononeuropatia ou mononeuropatia múltipla.
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42
Q

O curso crônico e lento da hanseníase pode ser interrompido por episódios agudos de atividade inflamatória, chamados…?

A

Reações hansênicas.

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43
Q

Órgãos comprometidos pelas reações hansênicas?

A

Geralmente pele e nervos.

Outros:

  1. Olhos;
  2. Articulações;
  3. Músculos;
  4. Tendões;
  5. Ossos;
  6. Rins.

Geralmente os sintomas são reversíveis se tratados a tempo.

Existem dois tipos de reação:

Tipo I -> reação reversa;

Tipo II -> eritema nodoso leproso.

Pode ocorrer ainda uma reação chamada “neurite isolada”, sem o envolvimento dermatológico ou de outros órgãos.

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44
Q

Características da reação de reversão (tipo I)?

A

Resposta de hiperssensibilidade tardia que ocorre naturalmente ao M. leprae nos pacientes do grupo borderline (TT, LL e BB).

Caracterizada por uma atualização do quadro clínico para o polo TT, com redução da carga bacilar.

Forte reatividade nos testes cutâneos e maior capacidade de resposta imune celular.

Resultam da ilfiltração de linfócitos CD4+ secretores de interferon-gama e TNF-alfa, em lesões e nervos, resultando em edema e inflamação dolorosa.

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45
Q

Características da reação tipo II (eritema nodoso leproso)?

A

Subito aparecimento de pequenos nódulos subcutâneos que persistem por alguns dias e depois regridem

Novas lesões podem desenvolver por várias semanas

Pode haver sintomas generalizados de mal-estar, febre e iridociclite.

Os achados histopatológicos incluem intensa infiltração de neutrófilos fragmentados

Há edema do endotélio junto à inflamação granulocítica dos vasos.

Tanto na reação de reversão quanto no ENL, os pacientes podem apresentar piora da função do nervo periférico (sensitiva e motora) associada a dor à palpação do nervo. Ocorre aumento da expressão de TNF-α, interleucina 1 beta (IL-1β) e IFN-γ.

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46
Q

Resumo comparativo entre reações tipo 1 e 2 da MH?

A

Pentoxifilina se mulheres em idade fértil.

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47
Q
A

D)x.

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48
Q
A

A)x.

A neuropatia pela hanseníase ocorre inicialmente nas fibras sensitivas de pequeno calibre, em decorrência do parasitismo das CSs não mielínicas. Portanto, inicialmente, há comprometimento da sensibilidade térmica e dolorosa.

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49
Q
A

A)x.

Um sinal caraterístico da neuropatia pela hanseníase é a preservação dos reflexos profundos na maioria dos pacientes, até estágios mais tardios do comprometimento neurológico. O espessamento do nervo com característica fusiforme é a anormalidade clínica mais frequente nessa condição. Os reflexos, por sua vez, estão preservados na maioria dos casos.

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50
Q
A

B)x.

Em geral, os pacientes PBs apresentam envolvimento neurológico mais restrito, entretanto com destruição mais intensa dos nervos comprometidos pela resposta imunomediada, muitas vezes sob a forma de neurite. O quadro dos pacientes MBs evolui para acometimento neurológico mais extenso, mas sem dor. A evolução é mais lentamente progressiva, com predominância da neurodegeneração ou da neuropatia silenciosa. Os episódios de neurite, muitas vezes, ocorrem associados aos episódios reacionais, em que há agudização do comprometimento neurológico, mesmo anos após o término do tratamento.

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51
Q
A

D)x.

A neurite desencadeia a dor nociceptiva; a disfunção no nervo sensitivo promove a dor neuropática. Esses dois tipos de dor podem ocorrer concomitantemente nos episódios de neurite.

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52
Q

Caracterize, nos contextos clínico e imunológico, o estado reacional tipo I (reação de reversão).

A

Clinicamente, a reação de reversão é caracterizada pela atualização do quadro clínico em direção ao polo TT, incluindo a redução da carga bacilar. Imunologicamente, é caracterizada pelo desenvolvimento de forte reatividade nos testes cutâneos e maior capacidade de resposta imune celular.

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53
Q

Diagnósticos diferenciais da neuropatia hansênica pura?

A

Neuropatias inflamatórias
(Colagenosese e vasculites não sistêmicas)

Neuropatias traumáticas e posturais
(Compressões agudas e crônicas)

Neuropatias hereditárias:
1. CMT;
2. HNPP;
3. HSAN;
4. PAF.

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54
Q

Boa parte dos pacientes com MH só são reconhecidos pelas lesões de pele e até 50% dos casos podem apresentar piora da função neurológica mediante PQT - V ou F?

A

Verdadeiro.

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55
Q
A
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56
Q

Exames subsidiários para o diagnóstico de MH (7)?

A
  1. Biópsia (pele ou nervo);
  2. Baciloscopia -> linfa coletada dos lóbulos da orelha, cotovelos e lesão cutânea (técnica de Ziehl-Neelsen -> coloração dos bacilos com corantes vermelhos -> índices baciloscópicos e morfológicos);
  3. Intradermoreação de Mitsuda -> imunidade celular contra antígenos do M. leprae após a injeção na derme.
    A ausência de resposta é típica das formas MB e LL. Formas tuberculoides e paucibacilares costumam positivar.
    Pápula >/= 5 mm indica positividade (após 04 semanas).
  4. Sorologia -> PGL-1 (glicolipídeo fenólico 1) -> reflete a carga bacilar. Elevados nos pacientes MBs e baixo ou negativo naqueles PBs;
  5. PCR;
  6. ENMG;
  7. USG de nervo.
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57
Q

O PGL-1, específico do bacilo, destaca-se entre os antígenos usados para a pesquisa sorológica de anticorpos anti-M. leprae. Ele induz a produção de anticorpos da imunoglobulina M (IgM), medidos por ensaio imunoenzimático - V ou F?

A

Verdadeiro.

Níveis elevados são encontrados nos episódios reacionais; quando presentes no início do tratamento, indicam risco de reação do tipo I. Entretanto, em países endêmicos, o teste pode ser positivo em pacientes que não apresentam a doença.

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58
Q

A intradermorreação de Mitsuda ajuda a classificar o espectro clínico, mas não é diagnóstica - V ou F?

A

Verdadeiro.

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59
Q

Características do PCR para MH?

A

Detecta, quantifica e determina a viabilidade do M. leprae

Amplifica sequências do genoma bacilar

Específico e sensível, porém necessita de várias amostras

Entre as muitas utilidades da PCR, estão:

  1. Confirmar casos iniciais PBs da FNP;
  2. Demonstrar a infecção subclínica nos contatos;
  3. Monitorar o tratamento;
  4. Determinar a cura ou a resistência do paciente aos medicamentos;
  5. istinguir reação de recorrência;
  6. Auxiliar na compreensão dos mecanismos de transmissão de M. leprae.

A investigação por PCR pode ser realizada em diferentes tipos de amostras, como:

  1. Esfregaço e swab nasal;
  2. Fragmento de biópsia da pele, da concha nasal ou da mucosa oral;
  3. Swab ou fragmento de biópsia do nervo periférico.
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60
Q

A ENMG avalia fibras de médio e grosso calibre (Aβ e Aα). Pode avaliar extensão, distribuição da lesão, padrão de comprometimento do nervo, gravidade e evolução da lesão e tipo de processo patológico. Quais as características da ENMG na MH?

A
  1. Padrão desmielinizante;
  2. Fascicular (fascículos diferentes do mesmo nervo);
  3. Seleção do nervo sensitivo para a biópsia na FNP;
  4. Útil para o diagnóstico de neurites -> com achados de desmielinização, sobretudo:
    • Prolongamento das latências distais;
    • Redução da velocidade de condução;
    • Dispersão temporal dos potenciais de ação muscular compostos.

A ENMG é mais sensível que o exame físico para detecção de alterações.

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61
Q

Quais os objetivos da USG AR na MH?

A

Primeiro sinal a aparecer: fluxo sanguíneo aumentado

Neurite -> aumento da vascularização neural -> power doppler.

Outros:

  1. Avalia o espessamento e a assimetria dos nervos;
  2. Identifica danos mais extensos que pelo exame clínico.
  3. Avalia citoarquitetura,.
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62
Q

Diagnóstico da forma neural pura com base no estudo histopatológico do nervo sensitivo?

A
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63
Q

MH

A

Fascículo nervoso com infiltrado inflamatório mononuclear formando
halo em arco que ocupa toda a região limite entre peri e endoneuro; perineuro
espessado (HE, 100×).

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64
Q

MH

A

ervo periférico com seis fascículos nervosos e infiltrado inflamatório mononuclear situado na região limite entre endo e perineuro em todos os fascículos. Nota-se, ainda, espessamento perineural (HE, 40×).

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65
Q

MH

A

Infiltrado
mononuclear constituído por linfócitos e macrófagos ativados, disposto ao longo de
endoneuro em meio a fibras nervosas (HE, 100×).

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66
Q

MH

A

Visão parcial de dois fascículos nervosos com perineuro espessado por aumento de camadas perineurais, fibrose endoneural e perineural, infiltrado inflamatório endoneural e
perda total de fibras nervosas (tricrômico de Gomori, 100×).

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67
Q

MH

A

Corte longitudinal de fascículo nervoso com infiltrado constituído por macrófagos espumosos (virchovianos) entre as fibras nervosas coradas em vermelho (tricrômico de Gomori, 40×).

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68
Q

MH

A

Presença de BAARs corados pela fucsina (coloração de Wade, 400×).

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69
Q
A

Visão ampliada do ambiente endoneural de um fascículo nervoso, mostrando
ausência total de fibras nervosas mielinizadas. Endoneuro é ocupado por estruturas
microfasciculares, com células inflamatórias, fibras nervosas não mielinizadas e
CSs desnervadas (azul de toluidina, 1.000×).

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70
Q

MH

A

Visão ampliada do ambiente endoneural de fascículo nervoso com brotamentos regenerativos (setas finas), fibras remielinizadas (cabeças de setas) (azul de toluidina, 400×).

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71
Q

Quais são os fatores ambientais que podem determinar a evolução do paciente na MH, em relação ao espectro clínico?

A
  1. Estado nutricional;
  2. Padrão geral de higiene;
  3. Tipo e extensão da exposição prévia a micobactérias ambientais.
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72
Q

Qual o objetivo da PQT na MH?

A
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73
Q

Em que consiste o tratamento da MH?

A

PB -> Seis meses com rifampicina (supervisionada de 600 mg) e dapsona (mensal supervisionada de 100 mg e dose diária autoadministrada de 100 mg).

MB -> 12 meses com rifampicina (igual), dapsona (igual) e clofazimina (mensal administrada de 300 mg e diária de 50 mg).

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74
Q

Drogas que podem ser utilizadas nos casos de intolerância ou contraindicação ao tratamento da MH?

A

Ofloxacino

e/ou

Minociclina

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75
Q

As reações hansênicas, que podem provocar grave lesão neural, infecções secundárias, incapacidades físicas e sequelas. Como trata-las?

A

Prednisona 1mg/kg/dia, com redução lenta

Neurite refratária -> pulsoterapia com metilprednisolona IV em ambiente hospitalar:

1g em dose única durante três dias na primeira semana;

1g em dose única semanal por quatro semanas;

1g em dose única mensal por quatro meses.

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76
Q

Abordagens não farmacológicas na MH?

A
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77
Q

Cite três neuropatias hereditárias que fazem parte dos diagnósticos diferenciais da hanseníase.

A

HSAN
CMT
PAF
HNPP

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78
Q

Observe as afirmativas sobre o exame sorológico para o diagnóstico da hanseníase.&raquo_space; Resposta no final do capítulo

I. Dos antígenos usados para a pesquisa sorológica de anticorpos anti-M. leprae, o PGL-1 é o de maior destaque.

II. Pacientes PBs apresentam níveis elevados de anticorpos e, consequentemente, de carga bacilar.

III. Quando se observa a presença de anticorpos no início do tratamento, há risco de reação do tipo II.

Qual(is) está(ão) correta(s)?

A) Apenas a I.

B) Apenas a III.

C) Apenas a I e a II.

D) Apenas a II e a III.

A

A)x.

A presença de anticorpos anti-PGL-1 reflete a carga bacilar, com títulos elevados nos pacientes MBs e baixos ou ausentes nos indivíduos PBs. Níveis elevados são encontrados nos episódios reacionais; quando presentes no início do tratamento, indicam o risco de reação do tipo I. Entretanto, em países endêmicos, o teste pode ser positivo em pacientes que não apresentam a doença.

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79
Q

Sobre a USG do nervo periférico, assinale a alternativa correta.

A) É um exame portátil e de baixo custo que pode ser usado como método complementar para a avaliação das neuropatias periféricas, embora gere imagens em baixa resolução.

B) Detecta e realiza a avaliação objetiva do espessamento e da assimetria.

C) É menos eficaz para identificar a extensão do envolvimento quando comparada ao exame neurológico.

D) Demonstra redução da vascularização neural na presença de neurite.

A

B)x.

Nos últimos anos, a USG de alta resolução tem sido citada como um método complementar para a avaliação das neuropatias periféricas. É um exame portátil e baixo custo, com captação rápida de imagens dinâmicas e em tempo real. Por meio da USG, é possível identificar envolvimento mais extenso do que pelo exame neurológico. Nos casos de neurite, geralmente há aumento da vascularização neural, em razão da resposta inflamatória local.

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80
Q

Observe as afirmativas sobre as formas para determinar o diagnóstico da FNP da hanseníase.

I. Presença de M. leprae no fragmento do nervo biopsiado.

II. Identificação molecular de M. leprae por meio da PCR.

III. Presença de granuloma epitelioide no fragmento do nervo biopsiado.

Quais estão corretas?

A) Apenas a I e a II.

B) Apenas a I e a III.

C) Apenas a II e a III.

D) A I, a II e a III.

A

D)x.

O diagnóstico da FNP da hanseníase é fundamentado nos achados histopatológicos do fragmento do nervo biopsiado. Tais achados são compostos pela presença de M. leprae e granuloma epitelioide ou pela detecção de material genético do bacilo.

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81
Q

Com relação aos testes e achados nos quais se baseia o tratamento da hanseníase, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).

Baciloscopia.

Intradermorreação de Mitsuda.

Número de lesões.

Número de nervos comprometidos.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) F — V — V — F

B) V — F — V — V

C) F — V — F — V

D) V — F — V — F

A

B)x.

A intradermorreação, um teste epidemiológico, informa apenas se o indivíduo teve contato prévio com o bacilo.

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82
Q

Sobre o tratamento da hanseníase, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).

É puramente clínico; não há indicação de intervenção cirúrgica para a doença.

O tratamento específico é feito por meio de PQT, constituída pelo conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina; ofloxacina; minociclina.

A neurite refratária ao tratamento convencional deve ser tratada com pulsoterapia com MPIV em ambiente hospitalar.

Próteses de silicone podem ser empregadas para melhorar a estética de amiotrofias na região hipotenar, elevando a autoestima dos pacientes.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) V — F — F — V

B) V — V — F — F

C) F — V — V — F

D) F — F — V — V

A

D)x.

O tratamento específico da hanseníase é realizado por meio de PQT, constituída pelo conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina. Em casos de intolerância ou contraindicação, esquemas terapêuticos substitutivos são recomendados, como a combinação de ofloxacina e/ou minociclina. A cirurgia é indicada nos casos de mal perfurante plantar que não respondem ao tratamento clínico.

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83
Q

Quais são as miopatias de causas genéticas mais comuns?

A
  1. Distrofias musculares;
  2. Miopatias congênitas;
  3. Síndromes miotônicas;
  4. Miopatias metabólicas.

Todas elas podem apresentar formas congênitas, com apresentação já no primeiro dia de vida, formas da infância e formas de início em adultos jovens.

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84
Q

Boa parte das miopatias adquiridas são autolimitadas e transitórias, persistindo apenas enquanto há um evento sistêmico causal, como efeitos tóxicos medicamentosos e processos infecciosos virais - V ou F?

A

Verdadeiro.

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85
Q

As miopatias metabólicas são um grupo de doenças causadas por defeitos nas vias bioquímicas relacionadas à produção de ATP. São divididas em três grandes grupos - quais são?

A

Glicogenoses

Lipidoses

Mitocondriopatias

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86
Q

As glicogenoses possuem diversas formas e muitas delas acometem os músculos, com dois fenótipos de apresentações principais - quais são?

As

A
  1. Fraqueza muscular fixa, geralmente proximal, e com envolvimento multissistêmico.

Ex.: GSD 2 (Pompe); GSD 3 (doença de Cori-Forbes); GSD 4 (doença de Andersen).

2, Fraqueza, cãibras, mialgia e mioglobinúria relacionada à atividade física, com exame físico normal entre as crises.

Ex.: GSD 5 (McArdle); GSD 6 (fosfoglicerato-mutase); GSD 11 (lactato desidrogenase); GSD 12 (aldolase).

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87
Q

Quais glicogenoses costumam cursar com hepatopatia?

A

0, 1, 2, 6 e 9.

(Todas, exceto o tipo “0”, cursam com hepatomegalia).

Um fígado aumentado geralmente está ligado a episódios de hipoglicemia, porque o excesso de glicogênio é armazenado no fígado em vez de ser liberado como glicose na corrente sanguínea.

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88
Q

Quais são as glicogenoses que cursam com maior comprometimento muscular (sendo comuns fraqueza muscular e cãibras)?

A

GSD 5 (McArdle) - Miofosforilase (PYGM)

GSD 7 (Tarui) - Fosfofrutoquinase (PFKM)

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89
Q

Características da doença de Pompe (GSD 2)

A

Mutação do gene GAA (cromossoma 17) -> deficiência de alfa-glicosidade ácida (GAA) ou maltase ácida
(Responsável pela quebra do glicogênio em glicose nos lisossomos)

O acúmulo de glicogênio nos lisossomos leva a disfunção em vários tecidos ->

  1. Músculo esquelético;
  2. Músculo cardíaco;
  3. Fígado;
  4. Sistema nervoso.
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90
Q

Características da forma neonatal na doença de Pompe? (9)

A

Primeiros meses de vida. Apresentam:

  1. Cardiomegalia;
  2. Hipotonia;
  3. Insuficiência respiratória;
  4. Fraqueza muscular;
  5. Hepatomegalia;
  6. Macroglossia;
  7. Dificuldades alimentares;
  8. Atraso motor e de crescimento;
  9. Falecem antes do primeiro ano de vida.

A atividade enzimática da GAA encontra-se acentuadamente reduzida.

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91
Q

Características da doença de Pompe de início na infância/vida adulta?

A
  1. Fraqueza muscular lentamente progressiva de predomínio nas cinturas;
  2. Pode haver comprometimento respiratório;
  3. Macroglossia.

Curso lentamente progressivo.

Atividade enzimática da GAA parcialmente reduzida.

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92
Q

Diagnóstico da doença de Pompe (GSD2 - miofosforilase - cromossoma 17)?

A

Gota seca para pesquisa de atividade da GAA em papel filtro

Definitivo -> redução da atividade enzimática em cultura de fibroblastos, de leucócitos ou pesquisa genética.

Biópsia muscular -> vacúolos intracitoplasmáticos com acúmulo de glicogênio (PAS-positivos) e aumento da atividade da fosfatase ácida (indicando ser um vacúolo de origem lisossomal).

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93
Q

Características da doença de McArdle?

A

Glicogenose mais frequente

Herança autossômica recessiva

Deficiência de miofosforilase -> gene PYGM -> cromossoma 11q13

Criança se adultos jovens com intolerância aos exercícios

Cãibras e mialgia após a realização de atividades físicas curtas e intensas

Contraturas e fraqueza muscular podem acompanhar o quadro

Second wind -> alívio dos sintomas quando a atividade é mantida em níveis mais brandos por pelo menos 10 minutos.

A CK está aumentada (podendo estar normal no período intercrise).

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94
Q

Diagnóstico da doença de McArdle?

A

Teste isquêmico do antebraço -> aumento do nível sérico de amônia, sem aumento significativo do ácido láctico.

Biópsia muscular -> vacúolos subsarcolemais e acúmulo subsarcolemal e intermiofibrilar de material PAS-positivo (glicogênio)

Reação histoquímica negativa para miofosforilase

Pesquisa do gene PYGM detecta mutação em até 90% dos casos.

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95
Q
A
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96
Q

Características da GSD 3 (Cori-Forbes)

A

Deficiência da enzima desramificadora de glicogênio

Hipoglicemia

Hepatomegalia

Hiperlipidemia

Fraqueza distal nas pernas

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97
Q

Características da doença de Andersen

A

Deficiência na enzima ramificadora de glicogênio

Hepatomegalia

Cirrose

Miopatia

Cardiomiopatia

Défice de crescimento

Início na infância

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98
Q

Características da GSD 6 (doença de Hers)

A

Deficiência da glicogênio fosforilase hepática (PYGL) e da fosfoglicerato mutase muscular (PGAM2)

Hipoglicemia

Hepatomegalia

Hiperlipidemia

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99
Q

Características da doença de Tarui (GSD7)

A

Intolerância aos exercícios

Cãibras

Fraqueza

Anemia hemolítica

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100
Q

Tratamento das glicogenoses

A

Exercício físico progressivo controlado

Glicose antes dos exercícios físicos nos defeitos glicogenolíticos (como McArdle)

Jejum durante a noite nos defeitos glicolíticos (ex.: Tarui)

Monoidrato de creatina (0,1 g/kg/dia)

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101
Q

A oxidação de ácidos graxos é responsável por boa parte da energia utilizada para manutenção do músculo em repouso e do tônus muscular, na recuperação muscular após atividade física e pela manutenção do funcionamento muscular durante períodos de atividade física intensa e prolongada, na qual a demanda por ATP aumenta com o passar da atividade - V ou F?

A

Verdadeiro.

Os ácidos graxos não são utilizados no início do exercício, passando a serem após alguns minutos de exercício contimuado, sendo a maior fonte de energia após certo tempo de esforço físico.

Assim, defeitos na oxidação de lipídeos causam fadiga durante exercícios prolongados.

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102
Q

Os ácidos graxos, ao serem oxidados, são levados para a corrente sanguínea, adentram as células e as mitocôndrias. Contudo, as membranas mitocondriais são impermeáveis à passagem dos ácidos graxos, de modo que é necessário se utilizar de transportadores. Quais são estes?

A
  1. Carnitina-palmitoiltransferase 1 (CPT1) - parte externa da membrana;
  2. Carnitina-palmitoiltransferase 2 (CPT2) - parte interna da membrana.

(Enzima que liga a carnitina com os ácidos graxos de cadeia longa, necessária ao transporte da carnitina para dentro da mitocôndria (CPT1) e para separar a carnitina do complexo com os ácidos graxos (CPT2)).

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103
Q

As desordens do metabolismo lipídico se manifestam com intolerância a exercícios e mioglobinúria, tanto em adultos quanto em crianças, e nem sempre cursam com depósito de liídios visível na biópsia muscular - V ou F?

A

Verdadeiro.

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104
Q

As principais lipidoses que se apresentam com miopatia isolada ocorrem devido à deficiência de CPT2, acil-CoA desidrogenase de cadeia muito longa (> 14 C) e proteína trifuncional - V ou F?

A

Verdadeiro.

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105
Q

O envolvimento muscular e cardíaco é raro na deficiência de CPT1

A deficiência de CPT2 é a anormalidade bioquímica mais comum do músculo e tem herança autossômica recessiva

A

Ambos verdadeiros.

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106
Q

Sintomatologia das lipidoses?

A

Mialgia e mioglobinúeria após exercícios prolongados, jejum prolongado ou dieta rica em gordura e pobre em carboidratos

Embora as dores e cãibras possam estar presentes desde a infância, a mioglobinúria é incomum antes da adolescência (ocorrem após exercícios prolongados, especialmente antes do café da manhã).

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107
Q

As crises de mioglobinúria na deficiência de CPT podem ser desencadeadas por jejum, quadros infecciosos e até estresse emocional, e são mais graves do que nas desordes da glicólise, tendendo a causar lesão renal - V ou F

A

Verdadeiro.

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108
Q

Nas lipidoses, a CK é normal em repouso e aumenta bastante após exercícios prolongados. Pode haver aumento de triglicérides e ácidos graxos no soro, pela sua utilização prejudicada - V ou F?

A

Verdadeiro.

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109
Q

A forma hepatocardiomuscular da deficiência de CPT é grave, com evolução fatal nos primeiros meses de vida, por falência hepática, renal ou cardíaca - V ou F?

A

Verdadeiro.

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110
Q

Diagnóstico e tratamento das lipidoses?

A

Biópsia -> deficiência de CPT

Estudo molecular -> gene CPT1B (CPT1) e CPT2 (CPT2).

Tratamento -> dieta rica em carbohidratos e pobre em gorduras.

Exercícios físicos devem ser progressivos e controlados

Evitar exercícios durante infecções

Evitar jejum

L-carnitina (somente se nível reduzido ou nas mutações SLC22A5). Iniciar com 300 mg 2x/dia

Usar carboidratos antes e durante os exercícios

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111
Q

Os ácidos graxos (na forma de acetil-CoA) são oxidados no ciclo de Krebs a gás carbônico, enquanto a nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD) e a flavina adenina dinucleotídeo (FAD) são reduzidas para NADH e FADH2 - V ou F?

A

Verdadeiro.

Esses compostos carregam elétros para a cadeia respiratória, onde ocorre a fosforilação oxidativa.

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112
Q

Quais são os cinco complexos enzimáticos da cadeia respiratória?

A
  1. Complexo I (NADH-coenzima Q oxirredutase);
    2.Complexo II (Succinato-ubiquinona redutase);
  2. Complexo III (ubiquinona-citocromo C oxidoredutase);
  3. Complexo IV (citocromo C oxidase - COX);
  4. Complexo V (ATP-sintetase).

Como as proteínas deste complexo são codificadas tanto pelo DNA mitocondrial (DNAmt) quanto pelo DNA nuclear, a genética destas doenças envolve ambos os genomas.

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113
Q
A
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114
Q

As doenças mitocondriais apresentam dois padrçoes de herança - aquelas causadas por mutação do DNAmt, com herança materna, e aquelas do DNA nuclear, com herança mendeliana - V ou F?

A

Verdadeiro.

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115
Q

Tecido muscular esquelético, cardíaco, SN e fígado possuem maior demanda energética, sendo frequentemente comprometido nas mitocondriopatias - V ou F?

A

Verdadeiro.

Os sintomas podem ser variados, em qualquer idade, e precipitadas por infecções ou estresse. O curso geralmente é progressivo e multissistêmico.

As manifestações neuromusculares são as mais encontradas.

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116
Q

Miopatias podem ocorrer isoladamente nas mitocondriopatias, sendo a fraqueza proximal de cinturas o achado mais comum, sobretudo quando relacionado à intolerância aos exercícios - V ou F?

A

Verdadeiro.

Dor muscular e rabdomiólise podem estar associadas.

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117
Q

Qual o achado comum às mitocondriopatias na biópsia?

A

Presença de fibras vermelhas rasgadas (RRF - ragged red fibers) na coloração de Gomori.

Ocorre também a presença de fibras musculares com redução da reação ao COX.

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118
Q
A
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119
Q

Quais são as três mitocondriopatias mais comuns da vida adulta?

A

MELAS
(Encefalopatia mitocondrial; Acidose láctica; Stroke-like events).

MERRF
(Epilepsia mioclônica com fibras vermelhas rasgadas)

Oftalmoplegia externa progressiva (OEP)

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120
Q

Características da síndrome de Kearns-Sayre (SKS)?

A

Ptose palpebral + oftalmoplegia + retinite pigmentar + bloqueio de condução cardíaca

Associados a

Surdez + ataxia + hiperproteinorraquia + hipodesenvolvimento pôndero-estatural + disfunção endócrina.

A fraqueza muscular generaliza-se anos após a manifestação ocular, ocorrendo disfagia e disfonia.

Quase sempre iniciam na segunda década de vida, com curso grave.

Óbito por para dardíaca, sendo indicado o marcapasso se bloqueios graves.

Diagnóstico: teste genético em tecido muscular, pois essas deleções segregam em baixos níveis em leucócitos, não sendo possível o diagnóstico em sangue periférico.

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121
Q

A oftalmoplegia externa progressiva é a forma miopática mais comum das doenças mitocondriais - V ou F?

A

Verdadeiro.

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122
Q

Quais as características da PEO?

A

Ptose palpebral + oftalmoparesia +/- fraqueza de cinturas

Não apresentam manifestações sistêmicas

Pacientes com deleções do DNAmt apresentam disfonia e disfagia

Pode ser autossômica dominante, recessiva ou esporádica

A CK e o lactato podem estar elevados ou normais

O ECG, ao contrário da SKS, costuma estar normal

Biópsia: RRF, fibras negativas à COX e positivas à succinato desidrogenase (SDH), semelhante à SKS (síndrome de Kearns-Sayre).

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123
Q

Características da MELAS?

A

Encefalopatia mitocondrial + Acidose láctica + stroke-like events

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124
Q

Características da MERRF?

A

Epilepsia mioclônica com fibras vermelhas rasgadas (ragged red fibers)

Epilepsia mioclônica progressiva + crises parciais + crises tônico-clônicas e drop attacks.

Pode-se observar, ainda, ataxia cerebelar de graus variáveis, demência (geralmente leve), miopatia com intolerância aos exercícios, acidose láctica, hipoacusia neurossensorial, atrofia óptica, retinite pigmentar, oftalmoplegia, neuropatia, baixa estatura e lipomas cervicais.

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125
Q

Tratamento das miopatias mitocondriais?

A

Complexos vitamínicos e cofatores:

  1. Coenzima Q10 (100-200 mg/dia) em pacientes com RRF, o que protege a membrana mitocondrial da peroxidação
  2. Tiamina (200 mg/dia) e ácido lipoico em deviciência do complexo piruvato-desidrogenase;
  3. Vitamina E (400-800 U/dia) e vitamina C (>1g/dia) - também previnem os danos celulares provocados pelos radicais livres;
  4. L-Carnitina (100 mg/kg/dia) é obrigatório no déficit de transporte de carnitina, além de dieta pobre em gordura
  5. Riboflavina (100-300 mg/dia) na deficiência múltipla da desidrogenase da acil-CoA e na deficiência do complexo I;
  6. Ácido fólico para pacientes com SKS;
  7. Biotina na deficiência da biotinidase, que pode afetar a piruvato carboxidase;
  8. Dicloroacetato, nos defeitos do complexo piruvato-desidrogenase, mantendo essa enzima em atividade máxima e diminuindo os níveis de lactato sérico.
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126
Q

O uso de valproato e dos barbitúricos deve ser evitado nos casos de mitocondriopatias, pois inibem a cadeis respiratória e podem desencadear insuficiência hepática - V ou F?

A

Verdadeiro.

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127
Q

A tetraciclina e o cloranfenicol devem ser evitados nas mitocondriopatias, pois inibem a síntese proteica mitocondrial - V ou F?

A

Verdadeiro.

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128
Q

Forma resumida do tratamento das miopatias mitocondriais?

A
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129
Q

Quais as principais características em comum das miopatias inflamatórias?

A
  1. Fraqueza muscular proximal de início insidioso;
  2. Níveis elevados de CK;
  3. Infiltrado inflamatório à biópsia muscular;
  4. Resposta à terapia imunossupressora.

Obs.: à exceção do infiltrado à biópsia, a IBM não possui as outras características das demais miopatias.

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130
Q

Quais são as principais miopatias inflamatórias?

A
  1. Dermatomiosite;
  2. Polimiosite;
  3. Miosite por corpúsculos de inclusão;
  4. Miopatia necrotisante.

Obs.: à exceção do infiltrado à biópsia, a IBM não possui as outras características das demais miopatias.

Obs2.: a miopatia necrotisante é na verdade um diagnóstico histológico inespecífico que ocorre relacionado a diversas causas, como estatinas, neoplasias ou infecções virais.

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131
Q

A dermatomiosite e a polimiosite possuem mecanismo patogênico primariamente autoimune, o que pode ser observado pela associação com doenças primariamente autoimunes e pelas evidências deb de miotoxicidade mediada por linfócitos T na PM e microangiopatia ativada pelo complemento na DM - V ou F?

A

Verdadeiro.

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132
Q

Características da polimiosite?

A

Mulheres adultas (raramente na infância)

Fraqueza muscular proximal simétrica e progressiva, de intensidade variável, semanas a meses

Pode haver disfagia de transferência

Dx.: dosagem de CK (> 10x se em atividade) + biópsia muscular

Biópsia: infiltrado inflamatório endomisial + infasão de fibras não necróticas e necróticas + linfócitos CD8 + aumento da expressão do MHC I.

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133
Q

Biópsia da polimiosite?

A

Infiltrado inflamatório endomisial + invasão de fibras não necróticas e necróticas + linfócitos CD8 + aumento da expressão do MHC I.

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134
Q

Características da dermatomiosite

A

Mulheres

Bimodal (5-14 anos e 44-55 anos)

Comprometimento cutâneo a diferencia das demais - rash em V, heliótropo (lesão arroxeada da pálpebra superior), sinal de Gottron (lesão eritematosa sobre a face extensora das articulações)

Fraqueza muscular proximal + aumento do CK + mialgia

Pode haver envolvimento cardíaco e doença pulmonar intersticial

Biópsia: infiltrado inflamatório perimisial + perivascular, em associação com atrofia e sinais degenerativos das fibras musculares perifasciculares.

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135
Q

Biópsia da dermatomiosite

A

Infiltrado inflamatório perimisial + perivascular, em associação com atrofia e sinais degenerativos das fibras musculares perifasciculares.

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136
Q

Qual a doença muscular mais comum após os 50 anos?

A

IBM

Predomina no sexo masculino

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137
Q

Características da IBM?

A

Doença muscular mais comum > 50 anos

Predomínio em homens

Lentamente progressiva

Proximal de membros inferiores + distal de membros superiores + hiporreflexia + disfagia

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138
Q

Na IBM, caracteristicamente há envolvimento precoce do quadríceps, iliopsoas, dorsiflexores dos tornozelos e flexores profundos dos dedos e da mão - V ou F?

A

Verdadeiro.

E, também caracteristicamente, os músculos da respiração são poupados.

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139
Q

Flexão dos dedos mais comprometida que a do bíceps, extensão do joelho mais afetado que a flexão dos quadris - pensar em…?

A

IBM

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140
Q

Como estão os exames na IBM?

A

CK levemente aumentada ou normal

Biópsia: degeneração muscular + inflamação mediada por células T + vacúolos marginados + alterações mitocondriais + acúmulo intramuscular de proteínas ubiquitinadas e agregados de proteínas com aspecto congofílico.

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141
Q

Como classificar a miopatia necrosante imunomediada?

Como é o seu quadro clínico?

A

De acordo com a presença de anticorpos, sobretudo:

Anti-SRP (antipartícula reconhecedora de sinal)

Anti-HMGCoA-redutase (relacionada à esposição prévia a estatinas em até 2/3 dos casos).

Geralmente agudo/subagudo, com enzimas musculares elevadas, curso grave e recorrente.

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142
Q

Qual a tríade clássica da síndrome antissintetase? Quais outros sintomas estão comumente associados?

A

Miopatia inflamatória + doença pulmonar intersticial + acometimento articular.

Outros: febre, mãos de mecânico e fenômeno de Raynaud.

Laboratorialmente: anti-Jo1 é o principal anticorpo.

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143
Q

Miosite (DM e PM) pode ocorrer em sobreposição a outras doenças reumatológicas, como esclerodermia, DMTC, Sjögren, LES e AR - V ou F?

A

Verdadeiro.

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144
Q

USG e RM podem auxiliar na avaliação do grau de atrofia muscular, substituição gordurosa, grau de edema, cronicidade da doença e músculos preferencialmente afetados - V ou F?

A

Verdadeiro.

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145
Q

Quando indicar a biópsia nas miopatias?

A

Quando há dúvida diagnóstica e quando o tratamento não foi satisfatório.

Avaliará a inflamação e o tipo de célula inflamatória predominante.

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146
Q

Qual o tratamento das miopatias inflamatórias?

A
  1. Corticoide;
  2. Poupadores: azatioprina, metotrexato, ciclofosfamida e IVIG.

Obs.: não existe um tratamento eficaz para a IBM. A imunoterapia convencional não é benéfica.

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147
Q

Pacientes com quadro de miopatia > 50 anos e sem resposta à imunoterapia provavelmente são pacientes com IBM - V ou F?

A

Verdadeiro.

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148
Q

Todas as formas de miopatias inflamatórias, sobretudo em idosos, podem estar associados a doenças neoplásicas - V ou F?

A

Verdadeiro.

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149
Q

Resumão comparativo das miopatias inflamatórias?

A
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150
Q
A

Achados de miopatias inflamatórias

A) Marcada atrofia de fibras musculares perifasciculares (tricômico de Gomori)

B) Infiltração perivascular na dermatomiosite

C) Infiltrado inflamatório endomisial e perimisial na polimiosite

D) Presença de vacúolo marginado na miosite por corpúsculos de inclusão

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151
Q

As formas adquiridas das miopatias são usualmente relacionadas a efeitos tóxicos de drogas e medicamentos, processos infecciosos e doenças sistêmicas - V ou F?

A

Verdadeiro.

Outro grupo importante é das miopatias inflamatórias autoimunes, incluindo a polimiosite, a dermatomiosite, a miopatia necrotizante e a miosite por corpúsculos de inclusão.

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152
Q

Qual o grupo de miopatias de causas genéticas mais comuns?

A
  1. Distrofias musculares;
  2. Miopatias congênitas;
  3. Síndromes miotônicas;
  4. Miopatias metabólicas.
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153
Q

Características gerais das distrofinopatias

A

Distrofias musculares causadas por mutação do gene da distrofina (DMD) localizado no cromossoma (Xp21)

A distrofina localiza-se junto à parte interna da membrana plasmática das fibras musculares

Resulta em deterioração das fibras musculares, com substituição por tecido conjuntivo e gorduroso

Herança recessiva ligada ao X

Podem ser:

1. Duchenne;
2. Becker;
3. Portadoras manifestantes
(mulheres com algum grau de comprometimento muscular).

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154
Q

DISTROFINOPATIAS

O QUE E QUAIS SÃO?

A

Ausência ou redução na função da distrofina: importante na estabilidade da membrana

  • presente em musculo esqueletico, cardiaco e neuronios

Exemplos: Becker (redução de distrofina) e Duchenne (ausência da distrofina)

  • Homens são afetados, pois se encontra no cromossomo X
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155
Q

DISTROFINOPATIAS

QUAL É MAIS SEVERA

BECKER OU DUCHENNE?

A

DUCHENNE: Ausência de distrofina

BECKER: Redução de distrofina (Início mais tardio - adolescência; sintomas mais leves)

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156
Q

Distrofinopatia

qual a clínica de Duchenne?
Quais os agrupamentos musculatures mais acometidos?

A

Inicia Primeiro ano de vida:

atraso no desenvolvimento motor - Inicia deambulação tardia

fraqueza inicialmente em extensores do quadril (gluteo) e joelho (quadriceps)

*fraqueza nos extensores do quadril leva a lordose excessiva

hipertrofia de panturrilha e sinal de gowers

fraqueza em MMSS proximais é mais tardia (adolescencia): Pode ter escapula alada
e
distal (final da doença)

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157
Q

DISTROFINOPATIA

A PERDA DA DEAMBULAÇÃO É UM MARCADOR PROGNOSTICO

V ou F

A

VERDADEIRO

Prediz menor sobrevida e maior risco para necessidade de suporte ventilatório

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158
Q

duchenne

cite 2 achados semiológicos

A

Hipertrofia da panturrilha

Sinal de Gowers

(não são específicos!!)

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159
Q

DUCHENNE

Há relação com prejuízo cognitvo? Sim ou não

Quais outras manifestações - fora fraqueza de membros pode ser vista?

A

1) Sim! Maior risco de ter déficit intelectual
2) Disfagia (esofago proximal é musculo esqueletico); disartria com hipofonia; fraqueza diafragmatica

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160
Q

CLINICA

QUAL A DIFERENÇA ENTRE BECKER E DUCHENNE?

A

BECKER TENDE A TER MAIS CARDIOPATIA

FRAQUEZA É MAIS LEVE NO BECKER:

  • Garotos que estão andando aos 15 anos com distrofinopatias são descritos como portadores de Becker
  • As vezes pode ter só câimbra isolada
  • As vezes pode ter fraqueza leve - severa
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161
Q

distrofinopatias

há risco de cardiopatia e pneumopatia?

A

sim! alto risco

  • necessita de supervisão com exames
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162
Q

DIAGNÓSTICO DE DISTROFINOPATIA

COMO É FEITO?

COMO É O CPK?

QUAL O GENE ASSOCIADO (MUTAÇÃO?)? EM QUAL CROMOSSOMO°?

A

SUSPEITA: PEDE CPK (NORMAL - EXCLUI); AUMENTADO SEGUE A INVESTIGAÇÃO -> TESTE PARA MUTAÇÃO DMD -> SE OK -> DIAGNOSTICO FEITO -> SE NÃO -> FAZ SEQUENCIAMENTO OU BIOPSIA -> AUSENCIA DE ALTERAÇÃO -> DIAGNOSTICO IMPROVÁVEL

Biópsia muscular ajuda: achados gerais e avaliação de distrofina (ausência é padrão ouro para diagnóstico)

USG/RNM de músculo

CK elevado (5-10X): CK NORMAL AFASTA!

AVALIAÇÃO GENÉTICA = Principal

- mutação no DMD = Ajuda a guiar terapia e prognosticar - CROMOSSOMO X

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163
Q

DISTROFINOPATIAS

  • QUAL O TRATAMENTO?
A

CORTICOIDE: prednisona ou deflazacort

  • Iniciados entre 4 e 7 anos muda a história da doença

*Indicado para DUCHENNE SEMPRE e BECKER Severo

TERAPIAS

- Eteplirsen: restaura parcial as distrofinas => é direcionado a uma mutação específica (15% dos individuos podem receber)

  • Deflazacort: derivado corticoide -> pode ser utilizado em qualquer um
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164
Q

Principais miopatias que causam padrão de fraqueza proximal?

Semiologia UNICAMP 2017

A

Miopatias inflamatórias (dermatomiosite, polimiosite)
Distrofinopatias (Duchenne, Becker)
Distrofias de cinturas

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165
Q

Qual o espectro de apresentações clínicas das distrofinopatias?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Distrofia Muscular de Duchenne
Becker
Mialgia e rabdomiolise
HiperCKemia assintomática (mulheres portadoras)

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166
Q

Qual é a Distrofinopatia mais comum?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Distrofia Muscular de Duchenne

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167
Q
A
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168
Q

Mialgia não é comum nas miopatias estruturais e nas distrofinopatias - V ou F?

A

Verdadeiro.

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169
Q

As distrofinopatias são ligadas ao X - V ou F?

A

Verdadeiro.

Sempre em meninos.

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170
Q
A

Pensar em distrofinopatias (Becker e Duchenne)

É característico, mas não específico.

Distrofias musculares de cintura podem ter -> como a FKRP (Fukutina-Related Protein) e anoctamina.

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171
Q

Distrofias musculares de cinturas associadas à pseudohipertrofia de panturrilhas?

A

FKRP e anoctamina 5 (ANO5).

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172
Q
A
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173
Q

Padrão de herança genética da Distrofia Muscular de Duchenne e Becker

A

Autossomico recessivo ligado ao X

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174
Q

Quadro clinico inicial clássico da Distrofia Muscular de Duchenne e Becker

A

Fraqueza muscular para correr, se levantar, subir escadas, iniciada ao 2 anos de vida (Duchenne) ou na adolescência (Becker)

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175
Q

__% das Distrofias Musculares de Duchenne ocorrem por mutações de novo

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

30%

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176
Q

Qual a função da distrofina no musculo esquelético?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Proteina que conecta o citoesqueleto da célula muscular com a matriz extracelular

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177
Q

Pacientes com Duchenne perdem a capacidade ambulatória em média com que idade?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

13 anos

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178
Q

Em que faixa etária se inicia uso de CTC no Duchenne?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

4 - 6 anos

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179
Q

Dose indicada de CTC no Duchenne?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Prednisona 0.75mg/Kg/dia
Daflazacort 0.9mg/Kg/dia

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180
Q

De que forma uma deleção de éxons no gene da Distrofina pode levar ao fenótipo de Duchenne?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Promovendo uma parada na expressão do restante da proteína (out-of-frame)

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181
Q

Como funciona a terapia gênica de Exon Skipping no Duchenne?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Um oligonucleotideo antisense bloqueia um exon que “não se encaixa” no restante da proteína –> Expressão da proteína encurtada, mas funcional

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182
Q

Caracterize a cardiopatia associada às Distrofias Musculares de Duchenne e Becker

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Cardiomiopatia Dilatada, com reducão progressiva na FE

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183
Q

Com que idade costuma surgir a Cardiopatia na Distrofia Muscular de Duchenne?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

14 anos

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184
Q

Recomendação de rastreio de cardiopatia nos pacientes com Distrofia Muscular de Duchenne

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

<10 anos:
ECG+ECOTT bianual

Nos >/=10 anos:
ECG + ECOTT anual
Holter a cada 1-3 anos

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185
Q

Principais Distrofias Musculares associadas a miocardiopatia dilatada

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Duchenne/Becker (e mães protadoras)
Distrofias de cinturas (Sarcoglicanas e FKRP)

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186
Q

Achados na biópsia muscular de Duchenne?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Proliferação do tecido conjuntivo-gorduroso tanto endo quanto perimesial, com presença de necrose e regeneração.

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187
Q

Porque, na mutação do gene da DMD, as vezes há Duchenne, às vezes Becker?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Duchenne - deleção/perda do éxon 48 ao éxon 50 -> proteína truncada.

Becker - deleção do 48-51, porém há um “encaixe” (deleção “em fase”). Proteína funcionante, porém de menor peso molecular.

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188
Q

O que é o sinal de Gowers?

A

Os pacientes apresentam bastante dificuldade para se levantar do chão. Isto ocorre devido à fraqueza da musculatura da coxa e da pelve. Assim, para se levantar do chão, eles literalmente precisam escalar o próprio corpo – este é o chamado sinal de Gowers, típico da distrofia muscular de Duchenne (DMD).

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189
Q

Duchenne costuma cursar com comprometimento cognitivo leve - V ou F?

A

Verdadeiro.

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190
Q

Achados de ENMG na Duchenne?

A
  1. Fibrilações;
  2. Ondas agudas positivas;
  3. Potenciais motores miopáticos.
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191
Q
A

Distrofinopatia
(Duchenne)

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192
Q

A musculatura predominantemente comprometida na Duchenne é a proximal - V ou F?

A

Verdadeiro.

MMII: ileopsoas, quadríceps, glúteos, músculos pré-tibiais;
Panturrilhas: fibrose + pseudohipertrofia.

Cintura escapular.

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193
Q

Quando pensar em Duchenne?

A

Início nos primeiros anos de vida

Atraso dos marcos motores ->
- Andar na ponta dos pés, com dificuldade de levantar do chão e fraqueza proximal;
- Lordose lombar;
- Sinal de Gowers;
- Pseudohipertrofia de panturrilhas;
- Perda de deambulação 12/13 anos;
- Suporte ventilatório;

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194
Q

A Duchenne pode cursar com comprometimento cardíaco por arritmias, cardiomiopatias e IC - V ou F?

A

Verdadeiro.

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195
Q
A

Imunohistoquímica demonstrando distrofina e Duchenne, respectivamente

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196
Q

Idade média do diagnóstico da distrofia de Duchenne?

A

4-5 anos.
Atraso de 2 anos quando os primeiros sintomas são notados.

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197
Q

Qual a doença muscular mais comum?

A

Duchenne (1:3500 meninOs).

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198
Q

Pode haver escápula alada na Duchenne - V ou F?

A

Verdadeiro.

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199
Q

Resumão comparativo entre Duchenne e Becker

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A
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200
Q

Características gerais das distrofias musculares de cinturas (LGMD)

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Miopatias de herança autossômica dominante ou recessiva

Caráter progressivo

Alta variabilidade clínica e genética

Tipo 1 -> autossômicas dominantes

Tipo 2 -> autossômicas recessivas (90% dos casos)

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201
Q

Quais os cinco principais tipos de LGMD?

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Calpaína (LGMD2A)

Disferlina (LGMD2B)

Sarcoglicanas alfa, beta, gama e delta (LGMD2C a 2F)

Anoctamina 5 (LGMD2L)

FKRP (LGMD2I)

Todas autossômicas recessivas.

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202
Q

Quais os tipos mais comuns de LGMD1?

A

Caveolina-3 (LGMD1C)

Lamina A/C (LGMD1B)

Desmina (LGMD1D)

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203
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

há diferentes genes para o mesmo fenótipo?

A

VERDADEIRO

- por isso hoje pedimos logo o estudo genético

vários genes e cada um pode ter uma evolução diferente

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204
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Como abordar na suspeita?

A

atualmente já podemos partir para o estudo genético

seguido por outros testes se vier incerto

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205
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Qual a epidemiologia?

Como é o CK?

A

Epidemiologia é variável:

pode ser infantil; pode ser inicio na adolescência ou jovem adulto

CK tende a ser alto (5 - 15 vezes) e fraqueza progressiva proximal

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206
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Há manifestação sistêmicas extramusculares?

A

SIM!!

Cardiopatia

  • todos pacientes devem ter avaliação cardiaca se não souber o subtipo genético -> alguns possuem maior risco.
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207
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Pode haver apresentação de miopatia metabólica?

A

SIM!

  • Inclusive rabdomiólise, mioglobinúria e aumento do CK relacionado ao exercício
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208
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

há frequente acometimento familiar?

A

Depende

  • Ausência de HF não exclui que a causa é genética

nem sempre, muitas vezes os parentes são assintomáticos e a herança é recessiva.

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209
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

qual a clínica?

A

CAUSA GENÉTICA

  • FRAQUEZA MUSCULAR DE PREDOMÍNIO PROXIMAL PROGRESSIVA - cintura pélvica e escapular
  • CK ELEVADA
  • DISTROFIAS MUSCULARES NA BIOPSIA

*Há varios diagnósticos diferenciais clinicos: duchenne, becker, mastenia congenita, distrofia fascioescapuloumeral

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210
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

A causa mais comum é calpainopatia

a segunda mais comum é disferlinopatia

V ou F

A

VERDADEIRO

  • Calpainopatia (LGMD 2A): inicio entre os 5 - 20 anos, se dominante o inicio é tardio e a fraqueza é leve
  • disferlinopatia (LGMD2B): inicio entre 15 - 30 anos na maioria, fraqueza inicia nos MMII

EXISTEM VÁRIAS OUTRAS - 30 subtipos => requer estudo genético na suspeita

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211
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

qual o tratamento?

A

Reabilitação e suporte

  • avaliação multidisciplinar: cardiologista, pneumologista e ortopedista
  • fisioterapia
  • terapia de fala

*vários tratamentos estão em processo de estudo

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212
Q

O que diferencia as Distrofias Musculares de Cinturas tipo 1 das tipo 2?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Padrão de Herança
Tipo 1 - AD
Tipo 2 - AR

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213
Q

Qual é a Distrofia Muscular de Cinturas mais frequente?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

LGMD2A (ou R1) (Calpainopatia)

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214
Q

Características da distrofia muscular de Emery-Dreifuss?

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Rara

Herança recessiva ligada ao X

Mutação do gene da emerina (EMD) ou, mais raramente, FHL1

Pode ser autossômica dominante ou recessiva, quando há mutação do gene da lâmica A/C

Fraqueza e atrofia muscular lentamente progressiva UMERO-PERONEAL

Maioria com cardiomiopatia e defeitos de condução AV (sobretudo se deficiência de emerina) -> implante de marcapasso nas primeiras duas décadas de vida

Também pode ocorrer limitação para os movimentos da coluna vertebral e flexão do pescoço

Retrações de cotovelos, joelhos e calcâneos

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215
Q
A

Distrofia muscular de Emery-Dreifuss

Fraqueza muscular escapulohumeroperoneal, progressiva
Acompanhado de contraturas articulares (tornozelos, cotovelos e coluna cervical)

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216
Q

PATOLOGIAS COM FRAQUEZA PROXIMAL DE MMSS E DISTAL DE MMII

(humeroperoneal distribution)

  • QUAIS PATOLOGIAS PODEM CAUSAR?
A

DISTROFIA FACIO-ESCAPULO-UMERAL; DISTROFIA MUSCULAR EMERY-DREIFUSS
AME NÃO-5Q (TRPV4)

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217
Q

DISTROFIA MUSCULAR DE EMERY-DREIFUSS

QUAL O PADRÃO DE ACOMETIMENTO?
QUAL O PRINCIPAL ORGÃO ‘‘EXTRA’’ ENVOLVIDO?

A

CINTURA ESCAPULAR E BRAÇO (proximal)

  • DEPOIS: MEMBRO INFERIOR DISTAL
  • DEPOIS: CINTURA PÉLVICA

PRINCIPAL ORGÃO FORA O MÚSCULO ESQUELÉTICO: CORAÇÃO!

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218
Q

DISTROFIA MUSCULAR DE EMERY-DREIFUSS

QUAL A CLÍNICA?

A

FRAQUEZA PROXIMAL DE MEMBROS SUPERIORES E CINTURA ESCAPULAR (depois MMII distal)
+
CONTRATURAS (podem ser vistas no pescoço, tornozelo e cotovelo)
+
CARDIOPATIA

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219
Q

Tipos de FSHD

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Miopatia de herança autossômica dominante

Deleção de fragmento do cromossoma 4 (D4Z4)

D4Z4 -> fragmento curto presente no cromossoma 4, repetido (> 11 vezes em indivíduos normais), atuando na metilação de diversos genes.

FSHD tipo 1 -> 95% dos casos -> encurtamento da região -> hipometilação de diversos genes, sobretudo do DUX4, causando disfunção da fibra muscular.

FSHD tipo 2 -> 5% dos casos -> mutação do SMCHD1 -> atua regulando a metilação do DUX4.

Obs.: as duas formas se apresentam de formas semelhantes.

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220
Q

Gene mutado na FSHD tipo 2

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

SMCHD1 (5% dos casos)

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221
Q

Características clínicas da FSHD

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Os músculos fixadores da escápula são afetados, assim como os peitorais

Geralmente notados antes dos 20 anos (16 anos em homens, 20 anos em mulheres)

< 20% dos pacientes evoluem para perda de marcha

Não é comum comprometimento cardiorrespiratório nestes casos

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222
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

há diferentes genes para o mesmo fenótipo?

A

VERDADEIRO

- por isso hoje pedimos logo o estudo genético

vários genes e cada um pode teru ma evolução diferente

*

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223
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Como abordar na suspeita?

A

atualmente já podemos partir para o estudo genético

seguido por outros testes se vier incerto

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224
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Qual a epidemiologia?

Como é o CK?

A

Epidemiologia é variável:

pode ser infantil; pode ser inicio na adolescência ou jovem adulto

CK tende a ser alto (5 - 15 vezes) e fraqueza progressiva proximal

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225
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Há manifestação sistêmicas extramusculares?

A

SIM!!

Cardiopatia

  • todos pacientes devem ter avaliação cardiaca se não souber o subtipo genético -> alguns possuem maior risco.
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226
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Pode haver apresentação de miopatia metabólica?

A

SIM!

  • Inclusive rabdomiólise, mioglobinúria e aumento do CK relacionado ao exercício
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227
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

há frequente acometimento familiar?

A

Depende

  • Ausência de HF não exclui que a causa é genética

nem sempre, muitas vezes os parentes são assintomáticos e a herança é recessiva.

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228
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

qual a clínica?

A

CAUSA GENÉTICA

  • FRAQUEZA MUSCULAR DE PREDOMÍNIO PROXIMAL PROGRESSIVA - cintura pélvica e escapular
  • CK ELEVADA
  • DISTROFIAS MUSCULARES NA BIOPSIA

*Há varios diagnósticos diferenciais clinicos: duchenne, becker, mastenia congenita, distrofia fascioescapuloumeral

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229
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

A causa mais comum é calpainopatia

a segunda mais comum é disferlinopatia

V ou F

A

VERDADEIRO

  • Calpainopatia (LGMD 2A): inicio entre os 5 - 20 anos, se dominante o inicio é tardio e a fraqueza é leve
  • disferlinopatia (LGMD2B): inicio entre 15 - 30 anos na maioria, fraqueza inicia nos MMII

EXISTEM VÁRIAS OUTRAS - 30 subtipos => requer estudo genético na suspeita

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230
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

qual o tratamento?

A

Reabilitação e suporte

  • avaliação multidisciplinar: cardiologista, pneumologista e ortopedista
  • fisioterapia
  • terapia de fala

*vários tratamentos estão em processo de estudo

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231
Q

DISTROFIO FACIOESCAPULOUMERAL (ASSINALE V OU F)

  • INICIO DOS SINTOMAS É NA INFÂNCIA GERALMENTE
  • OS SINTOMAS SEMPRE SÃO GRAVES
  • PADRÃO DE HERANÇA AUTOSSÔMICO DOMINANTE É IDENTIFICADO NA MAIORIA
  • DISTÚRBIOS EXTRAMUSCULARES SÃO COMUNS, COMO NA DM
A

1) FALSO: Geralmente na adolescência ou vida adulta (mas pode ser na infância)
2) FALSO, O ESPECTRO VARIA: ASSINTOMÁTICO, LEVE, GRAVES
3) VERDADEIRO, MAS FALTA DE HF NÃO EXCLUI (penetrância etc…)
4) FALSO, são mais raros. Inclusive a expectativa de vida deles é normal

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232
Q

PISTAS CLÍNICAS (SINAIS E SINTOMAS) PARA DISTROFIA FACIOESCAPULOUMERAL

  • NOMEIE ALGUMAS:
A

FRAQUEZA FACIAL (Pode passar despercebido e muitas vezes o paciente não queixa)
- ORBICULAR DAS OLHAS E BOCA ppt
» sorriso transversal (dificuldade em levantar os cantos da boca)
» dormir com olhos abertos, dificuldade para assobiar ou beber com canudo
- NÃO HÁ PTOSE

FRAQUEZA EM OMBROS E PROXIMAL DOS MEMBROS SUPERIORES
- ESCÁPULA ALADA
- DIFICULDADE EM ELEVAR OS BRAÇOS ATÉ 180º
- APARÊNCIA DO POPEYE: Biceps e triceps acometidos, poupando músculos do antebraço

TRONCO (Muitas vezes negligenciado na avaliação)
- ACOMETIMENTO DE MÚSCULOS ABDOMINAIS: SINAL DE BEEVOR (umbigo se move para cima com a flexão cervical) ; dificuldade de sair de posição supina para sentada; lordose lombar acentuada

outro:
MMII: Pé caído é o principal, acometimento de MMII não é muito evidente, fica mais claro com o avançar da doença

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233
Q

QUAIS SINAIS SÃO RED FLAG PARA DISTROFIA FACIOESCAPULOUMERAL (OU SEJA, DEIXAM O DIAGNOSTICO MAIS IMPROVÁVEL)

A

PTOSE
ENVOLVIMENTO DA MUSCULATURA EXTRAOCULAR
DISFAGIA E ENVOLVIMENTO DA MUSCULATURA MASTIGATÓRIA
FRAQUEZA DO BRAÇO DISTAL NO INÍCIO
COMPROMETIMENTO CARDIORRESPIRATÓRIO PRECOCE

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234
Q

QUAL O DIAGNOSTICO DIFERENCIAL MAIS IMPORTANTE DA DISTROFIA FACIOESCAPULOUMERAL?

A

DISTROFIA DE CINTURAS (TIPO 2 A): CALPAINOPATIA

  • Pode-se apresentar com escapula alada

Other disorders that may resemble FSHD include Pompe disease, mitochondrial myopathies, and inclusion body myositis.

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235
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

há diferentes genes para o mesmo fenótipo?

A

VERDADEIRO

- por isso hoje pedimos logo o estudo genético

vários genes e cada um pode teru ma evolução diferente

*

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236
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Como abordar na suspeita?

A

atualmente já podemos partir para o estudo genético

seguido por outros testes se vier incerto

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237
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Qual a epidemiologia?

Como é o CK?

A

Epidemiologia é variável:

pode ser infantil; pode ser inicio na adolescência ou jovem adulto

CK tende a ser alto (5 - 15 vezes) e fraqueza progressiva proximal

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238
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Há manifestação sistêmicas extramusculares?

A

SIM!!

Cardiopatia

  • todos pacientes devem ter avaliação cardiaca se não souber o subtipo genético -> alguns possuem maior risco.
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239
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Pode haver apresentação de miopatia metabólica?

A

SIM!

  • Inclusive rabdomiólise, mioglobinúria e aumento do CK relacionado ao exercício
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240
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

há frequente acometimento familiar?

A

Depende

  • Ausência de HF não exclui que a causa é genética

nem sempre, muitas vezes os parentes são assintomáticos e a herança é recessiva.

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241
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

qual a clínica?

A

CAUSA GENÉTICA

  • FRAQUEZA MUSCULAR DE PREDOMÍNIO PROXIMAL PROGRESSIVA - cintura pélvica e escapular
  • CK ELEVADA
  • DISTROFIAS MUSCULARES NA BIOPSIA

*Há varios diagnósticos diferenciais clinicos: duchenne, becker, mastenia congenita, distrofia fascioescapuloumeral

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242
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

A causa mais comum é calpainopatia

a segunda mais comum é disferlinopatia

V ou F

A

VERDADEIRO

  • Calpainopatia (LGMD 2A): inicio entre os 5 - 20 anos, se dominante o inicio é tardio e a fraqueza é leve
  • disferlinopatia (LGMD2B): inicio entre 15 - 30 anos na maioria, fraqueza inicia nos MMII

EXISTEM VÁRIAS OUTRAS - 30 subtipos => requer estudo genético na suspeita

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243
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

qual o tratamento?

A

Reabilitação e suporte

  • avaliação multidisciplinar: cardiologista, pneumologista e ortopedista
  • fisioterapia
  • terapia de fala

*vários tratamentos estão em processo de estudo

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244
Q

DISTROFIA FACIOESCAPULOUMERAL

QUAL A CLÍNICA?

A

O inicio e severidade variam amplamente

CLÁSSICO

  • Inicio na adolescência ou adulto jovem

- lentamente progressiva

MÚSCULO DA FACE: Orbicular dos olhos, masseter e orbicular da boc

  • Diparesia facial
  • Dificuldade para ocluir totalmente as palpebras
  • Riso transversal, incapacidade de encher a bochecha e assobiar

CINTURA ESCAPULAR

  • Dificuldade para levantar braço
  • Escapula alada
  • Fraqueza na musculatura estabilizadora da escapula

MEMBROS SUPERIORES

  • Atrofia e fraqueza do biceps e triceps => aparencia de popeye
    outros: pode acometer abd, MMII e 20% tornam-se cadeirantes
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245
Q

DISTROFIA FACIOESCAPULOUMERAL

  • COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?
A

clinico + genético

GENÉTICO - autossômica DOMINANTE: DELEÇÃO no cromossomo 4

Tem tipo 1 (95% dos casos) e Tipo 2: mas a clínica é a mesma praticamente

  • BX é inespecífica
  • CK é normal a levemente aumentada

-

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246
Q

DISTROFIA FACIOESCAPULOUMERAL

Acometimento extramuscular

SÃO MUITO COMUNS

V OU F

A

FALSO
- não são muito comuns

EX:
retinopatia

hipoacusia

hipoventilação

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247
Q

DISTROFIA FACIOESCAPULOUMERAL

tratamento?

A

suporte e reabilitação

  • fisioterapia
  • reposição de vitamina D
  • exercicios aerobicos moderados
  • fixação escapular
  • função pulmonar; avaliação da retina e audição
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248
Q

Padrão de Herança da Distrofia Fascioescapulohumeral do tipo 1

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Autossômico Dominante

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249
Q

Qual é a mutação que causa a Distrofia Facioescapulohumeral tipo 1?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Redução no numero de repetições (entre 1-10, normal: 11-100) na região D4Z4 do cromossomo 4 (o que hiperativa o gene DUX4)

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250
Q

Qual é o principal gene associado à Distrofia Facioescapulohumeral?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

DUX4

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251
Q

Qual é a fisiopatologia associada à Distrofia Facioescapulohumeral?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Expressão anormal do gene DUX4 –> Leva a produção de proteínas patologicas que causam a doença por mecanismo pouco compreendido

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252
Q

Qual é o padrão de acometimento muscular da distrofia facioescapulohumeral?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Fraqueza da musculatura da face, periescapular, axial, pelvica e tibial anterior
Assimétrica

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253
Q

Expectativa de vida no paciente com distrofia facioescapulohumeral

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Normal

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254
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

há diferentes genes para o mesmo fenótipo?

A

VERDADEIRO

- por isso hoje pedimos logo o estudo genético

vários genes e cada um pode teru ma evolução diferente

*

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Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Como abordar na suspeita?

A

atualmente já podemos partir para o estudo genético

seguido por outros testes se vier incerto

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256
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Qual a epidemiologia?

Como é o CK?

A

Epidemiologia é variável:

pode ser infantil; pode ser inicio na adolescência ou jovem adulto

CK tende a ser alto (5 - 15 vezes) e fraqueza progressiva proximal

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257
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Há manifestação sistêmicas extramusculares?

A

SIM!!

Cardiopatia

  • todos pacientes devem ter avaliação cardiaca se não souber o subtipo genético -> alguns possuem maior risco.
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258
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Pode haver apresentação de miopatia metabólica?

A

SIM!

  • Inclusive rabdomiólise, mioglobinúria e aumento do CK relacionado ao exercício
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259
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

há frequente acometimento familiar?

A

Depende

  • Ausência de HF não exclui que a causa é genética

nem sempre, muitas vezes os parentes são assintomáticos e a herança é recessiva.

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260
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

qual a clínica?

A

CAUSA GENÉTICA

  • FRAQUEZA MUSCULAR DE PREDOMÍNIO PROXIMAL PROGRESSIVA - cintura pélvica e escapular
  • CK ELEVADA
  • DISTROFIAS MUSCULARES NA BIOPSIA

*Há varios diagnósticos diferenciais clinicos: duchenne, becker, mastenia congenita, distrofia fascioescapuloumeral

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261
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

A causa mais comum é calpainopatia

a segunda mais comum é disferlinopatia

V ou F

A

VERDADEIRO

  • Calpainopatia (LGMD 2A): inicio entre os 5 - 20 anos, se dominante o inicio é tardio e a fraqueza é leve
  • disferlinopatia (LGMD2B): inicio entre 15 - 30 anos na maioria, fraqueza inicia nos MMII

EXISTEM VÁRIAS OUTRAS - 30 subtipos => requer estudo genético na suspeita

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262
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

qual o tratamento?

A

Reabilitação e suporte

  • avaliação multidisciplinar: cardiologista, pneumologista e ortopedista
  • fisioterapia
  • terapia de fala

*vários tratamentos estão em processo de estudo

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263
Q

Distrofia Miotonica

Autossômico o quê?
Qual a clínica básica?

A

Pode ter tipo 1 e tipo 2 (genes diferentes)
autossômica dominante

Fraqueza; Miotonia; catarata: mais evidente na tipo 1

e outros acometimentos organicos

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264
Q

Distrofia Miotonica Tipo 1 (Doença de Steinert)

quando se inicia?

qual a clínica?

é a mais comum?

A

é a mais comum

Idade de inicio depende da extensão do CTG mutado => vai do nascimento até a vida adulta (quanto mais extenso, mais grave e mais cedo)

Clinica: fraqueza de predomínio distal (dedos e dorsiflexão do pé); miotonia; fraqueza facial (ptose, diparesia)

outras: catarata, disturbio de condução cardiacos, sindrome do intestino irritável

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265
Q

Distrofia Miotonica Tipo 1

quais são as principais manifestações extra musculares?

A

CATARATA PRECOCE (<50 ANOS)

Cardiopatia: principal causa de morte

Fadiga: sintoma mais impactante

SONOLÊNCIA DIURNA: SAOS

síndrome do intestino irritável; endocrinopatia

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266
Q

Distrofia miotonica de inicio na infância (1 - 10 anos) ou congênita

A doença é grave e geralmente leva a óbito precoce

V ou F

A

FALSO QUE LEVA A ÓBITO PRECOCE

ocorre quando há muita repetição do CAG

2º É grave sim, inicialmente tem hipotonia, dificuldade respiratória e de alimentação. PORÉM, elas tendem a se recuperarem dentro de alguns anos => deambulam e respiram normalmente

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267
Q

DISTROFIA MIOTONICA TIPO 2

É a mais comum?

Início mais tardio?

qual a clínica (acometimento proximal? miotonia?)?

QUAL PODE SER O SINTOMA MAIS INCAPACITANTE?

A

NÃO é a mais comum

MAIOR ATRASO DIAGNÓSTICO
- padrão mais inespecífico

Clínica: INÍCIO MAIS TARDIO (34 - 48 anos) - CERCA DE 10 ANOS MAIS TARDE QUE A TIPO 1

FRAQUEZA de predomínio PROXIMAL com progressão distal**
(pescoço; quadril)

MIOTONIA (MENOS frequente): se tiver miotonia na ENMG já auxilia na suspeita; mais presente em musculatura proximal (ou seja, gripping infrequente)

CATARATA PRECOCE: Ajuda no diagnóstico (inclusive história familiar de catarata precoce), porque os sintomas podem ser poucos específicos

DOR PROXIMAL (50 - 80%): pode ser provocada por exercício, frio e palpação; pode até confundir com fibromialgia
- Pode ser o sintoma mais incapacitante
- Principalmente em coxas

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268
Q

DISTROFIA MIOTONICA TIPO 1

VS

DISTROFIA MIOTONICA TIPO 2

QUAIS AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS?

É a mais comum?

qual a clínica?

A

TIPO 1

  • Mais comum
  • fraqueza de predomínio distal
  • Miotonia frequente
  • Mais cardiopatia e acometimento cognitivo

Tipo 2

  • Fraqueza de predominio proximal
  • Dor frequente
  • CARDIOPATIA e CATARATA MENOS COMUNS
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269
Q

PADRÃO OURO PARA DIAGNÓSTICO DE DISTROFIA MIOTONICA?

A

Identificação da repetição do CTG ou CCTG

ecg pode demonstrar miotonia

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270
Q

TRATAMENTO DA DISTROFIA MIOTONICA

QUAL É?

A

-Para miotonia: PHT, CBZ, amitriptilina

-Manejo cardiaco

-Manejo para SAOS

-Vigilancia de endocrinopatia (DM e tireoidopatia)

-Manejo oftalmológico

NAO HÁ TERAPIA DIRECIONADA!!

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271
Q

MIOTONIA

Como podemos elicitar?

O que é fenômeno de warmup?

A

resultado da ausência de canais de cloro

Gatilhos: provocar contração (ex: apertar a mão firme por 5 seg e avaliar relaxamento); frio; percussão da eminência tenar ou lingua

Warmup: contração repetida melhora a miotonia

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272
Q

Qual é a segunda Distrofia Muscular mais comum?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Distrofia Miotonica do tipo 1 (Steinert)

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273
Q

Qual é a terceira Distrofia Muscular mais comum?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

FSHD

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274
Q

Qual é a Distrofia Muscular de inicio no adulto mais comum?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Distrofia Miotônica do tipo 1 (Steinert)

Afeta 1:8000 adultos

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275
Q

A Distrofia de Steinert é causada por mutação em qual gene?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

DMPK (dystrophia myotonica protein kinase)

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276
Q

Qual é a alteração genética que causa a Distrofia de Steinert?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Expansão CTG do gene DMPK

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277
Q

Quais as principais manifestações musculares da Distrofia de Steinert?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Fraqueza muscular distal (pior nas mãos)
Miotonia
Fraqueza muscular em face, ptose, atrofia mm temporais
Fraqueza mastigatória

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278
Q

Fascies típica da Distrofia de Steinert

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Alopécia frontal
Atrofia temporal
Fraqueza da musculatura da face

(Fácies em machadinha)

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279
Q

Principais manifestações extra-musculares da Distrofia de Steinert

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Endocrinopatias (DM, falência gonadal)
Catarata (posterior subcapsular)
Cardiomiopatia
Apneia do sono

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280
Q

Quais as principais manifestações clínicas da Distrofia Miotônica tipo 2?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Fraqueza muscular proximal
Mialgia
Miotonia (pouco evidente clinicamente, principalmente na EMG)

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281
Q

Mutação que causa a DM1?

A

Expansão CTG na região 3’ do cromossoma DMPK, no braço longo do cromossoma 19 (19q13.3) -> falha na produção da miotonina-quinase.

Ocorre fenômeno de antecipação gênica

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282
Q

Quais são as três formas clínicas da DM1?

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

1. Forma Leve -> catarata e miotonia, sobrevida normal;
2. Forma clássica -> fraqueza muscular, catarata, miotonia, alterações de condução cardíaca, redução da capacidade funcional e da sobrevida adulta;
3. Forma congênita -> hipotonia e fraqueza difusa já nos primeiros meses de vida, com insuficiência respiratória e alta mortalidade, além de déficit cognitivo e dificuldade de fala se sobreviverem. Boca em “V” invertido (ou “boca em carpa”, pela fraqueza bucomaxilofacial.

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283
Q

A DM2, diferentemente da DM1, não causa a forma congênita - V ou F?

A

Verdadeiro.

Obs.: e a forma congênita é “transmitida” apenas pela mãe.

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284
Q

Mutação que cursa com DM2?

A

Expansão CCTG no íntron 1 do gene CNBP

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285
Q
A
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286
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

há diferentes genes para o mesmo fenótipo?

A

VERDADEIRO

- por isso hoje pedimos logo o estudo genético

vários genes e cada um pode teru ma evolução diferente

*

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287
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Como abordar na suspeita?

A

atualmente já podemos partir para o estudo genético

seguido por outros testes se vier incerto

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288
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Qual a epidemiologia?

Como é o CK?

A

Epidemiologia é variável:

pode ser infantil; pode ser inicio na adolescência ou jovem adulto

CK tende a ser alto (5 - 15 vezes) e fraqueza progressiva proximal

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289
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Há manifestação sistêmicas extramusculares?

A

SIM!!

Cardiopatia

  • todos pacientes devem ter avaliação cardiaca se não souber o subtipo genético -> alguns possuem maior risco.
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290
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Pode haver apresentação de miopatia metabólica?

A

SIM!

  • Inclusive rabdomiólise, mioglobinúria e aumento do CK relacionado ao exercício
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291
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

há frequente acometimento familiar?

A

Depende

  • Ausência de HF não exclui que a causa é genética

nem sempre, muitas vezes os parentes são assintomáticos e a herança é recessiva.

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292
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

qual a clínica?

A

CAUSA GENÉTICA

  • FRAQUEZA MUSCULAR DE PREDOMÍNIO PROXIMAL PROGRESSIVA - cintura pélvica e escapular
  • CK ELEVADA
  • DISTROFIAS MUSCULARES NA BIOPSIA

*Há varios diagnósticos diferenciais clinicos: duchenne, becker, mastenia congenita, distrofia fascioescapuloumeral

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293
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

A causa mais comum é calpainopatia

a segunda mais comum é disferlinopatia

V ou F

A

VERDADEIRO

  • Calpainopatia (LGMD 2A): inicio entre os 5 - 20 anos, se dominante o inicio é tardio e a fraqueza é leve
  • disferlinopatia (LGMD2B): inicio entre 15 - 30 anos na maioria, fraqueza inicia nos MMII

EXISTEM VÁRIAS OUTRAS - 30 subtipos => requer estudo genético na suspeita

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294
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

qual o tratamento?

A

Reabilitação e suporte

  • avaliação multidisciplinar: cardiologista, pneumologista e ortopedista
  • fisioterapia
  • terapia de fala

*vários tratamentos estão em processo de estudo

295
Q

FRAQUEZA COM PREDOMÍNIO OCULO-BULBAR

QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS?

A

NEURÔNIO MOTOR (BULBAR APENAS)
- ELA; AME; ATROFIA MUSCULAR ESPINOBULBAR

NEUROPATIA (NERVO)
- SGB; MFS; NEUROPATIAS CRANIANAS

DOENÇAS DA JUNÇÃO
- MG; BOTULISMO; SD MIASTÊNICA CONGÊNITA

MIOPATIAS
- OFTALMOPARESIA EXTERNA PROGRESSIVA CRÔNICA
- SÍNDROME KEARNS-SAYRE
- DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA
- MIOPATIA MIOTUBULAR
- PTOSE PURA: Distrofia miotônica tipo 1; miopatia nemalínica

296
Q

DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA

Qual a apresentação clinica muscular?

A

INICIO TARDIO de: MANIFESTAÇÕES OCULOFARINGEAS COMO NOME DIZ.

PTOSE (100%) - mais comum e inicial
DISFAGIA/DISFONIA
Fraqueza muscular proximal
Oftalmoparesia menos comum

297
Q

DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA

Quais os possíveis sintomas extramusculares?

A

Demência e disfunção executiva

Hipoacusia

Disfunção respiratória

Fadiga

298
Q

DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA

COMO E FEITO O DIAGNOSTICO?

A

Apresentação clinica
+
Teste genético (expansão do trinucleotideo)

  • CK geralmente normal.
299
Q

DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA

Início dos sintomas é precoce

V ou F

A

Falso

INICIO TARDIO, APOS OS 40 ANOS

300
Q

A Distrofia Oculofaríngea costuma se manifestar em que faixa etária?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

5-6 décadas de vida

301
Q

Quais são os sintomas iniciais na Distrofia Oculofaríngea?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Ptose e disfagia

302
Q

Padrão de herança da Distrofia Oculofaríngea

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Autossômico dominante

303
Q

Principais miopatias que causam padrão de fraqueza acometendo musculatura periorbitária/ocular?

Semiologia UNICAMP 2017

A

Miopatias mitocondriais
Distrofia oculofaríngea

304
Q

Principais diagnósticos diferenciais de miastenia gravis forma ocular?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Distrofia oculofaríngea
Oftalmoparesia externa progressiva (Mitocondriopatias)

305
Q

Clínica da distrofia oculofaríngea?

A
  1. Distrofia muscular de início tardio;
  2. Disfagia + disfonia + ptose;
  3. Alguns pacientes apresentam comprometimento tardio da MOE;
  4. Não há miotonia.
306
Q

Como está a CPK na distrofia oculofaríngea?

A

Normal

307
Q

Padrão de herança da distrofia oculofaríngea?

A
  1. Autossômica dominante;
  2. Expansão da trinca GCG no gene poly-A-bindind protein 2 (PABPN1/PABP-2), do cromossoma 14q11.
308
Q

Resumão da distrofia oculofaríngea?

Neuropost

A
309
Q

Neuropost

A

Miastenia gravis
Distrofia oculofaríngea - não flutuantes
Mitocondriopatias - não flutuantes, terão epilepsia, sem tanta disfagia, fraqueza muscular proximal etc

310
Q

Por que oftalmologista na distrofia oculofaríngea?

Neuropost

A

Cirurgicas/plastias, sobretudo palpebrais.

311
Q

Padrão de biópsia da distrofia oculofaríngea?

Neuropost

A

Fibras de tamanhos variáveis + vacúolos + filamentos tubulares intranucleares.

312
Q
A

Distrofia oculofaríngea

313
Q

Gene comumente acometido na distrofia oculofaríngea?

A

Autossômica dominante
Expansão do PABPN1 (cromossoma 14)

314
Q

Biópsia da DM1?

A

Nucleação central + atrofia de fibras tipo I + massas sarcoplasmáticas periféricas + fibras em anel + aglomerados nucleares picnóticos (cromatina condensada).

315
Q

A artrogripose da DM1 geralmente envolve pelo menos um dos tornozelos, levando a um pé torto congênito - V ou F?

A

Verdadeiro.

316
Q

Achados clínicos menos comuns na DM1?

A
  1. Fraqueza de faringe/laringe;
  2. Fraqueza diafragmática;
  3. Defeitos de condução cardíaca.
317
Q

Ventilação mecânica é necessária em até 80% dos casos de DM1 congênita - V ou F?

A

Verdadeiro.

318
Q

Muitas crianças com DM1 congênita possuem dificuldades de alimentação, necessitando de sonda nasoentérica - V ou F?

A

Verdadeiro.

319
Q

Características clínicas da Distrofia Miotônica tipo 2?

A
  1. Miotonia;
  2. Paresia proximal;
  3. Catarata e cardiopatias (menos comuns que na DM1).
320
Q

Miotonia + fraqueza muscular - pensar em…?

A

Distrofias miotônicas (DM1 e DM2).
Sobretudo se fraqueza distal.

321
Q

Quais são so 4C’s da DM1?

A

Coração
Catarata
Culhões (atrofia testicular)
CPAP

322
Q

A DM1 pode se manifestar de forma neonatal, com diminuição da movimentação fetal + polidrâmnio - V ou F?

A

Verdadeiro.

323
Q
A

Calvície + atrofia do masseter + atrofia dos temporais
(Facies em “machadinha”).

Steinert (DM1).

324
Q

Características clínicas da distrofia miotônica de Steinert (DM1)?

A
  1. Ptose e paresia facial no início da vida adulta;
  2. Atrofia de masseteres e temporais;
  3. Fraqueza e atrofia da musculatura de mãos, antebraços e musculatura fibular (peroneal);
  4. Miotonia -> contração prolongada com relaxamento lentificado.
325
Q

Características da ENMG na DM1?

A
  1. Descargas miotônicas;
  2. Potenciais de ação curtos, precoces e com fibrilação.
326
Q

Os músculos faciais mais afetados na FSHD são o orbicularis oculi, o zigomático e o orbicularis oris - V ou F?

A

Verdadeiro.

327
Q

Comprometimento cardíaco é incomum na FSHD, porém, quando ocorre, qual é geralmente o padrão de comprometimento?

A

BRD

328
Q
A

Prega axilar
Poly-Hill sign

FSHD.

329
Q

Músculos faciais que costumam ser poupados na FSHD?

A
  1. Masseteres;
  2. Temporais;
  3. MOE;
  4. Faríngeos;
  5. Respiratórios.
330
Q

CPK na FSHD?

A

Geralmente normal, mas pode ter um leve aumento.

331
Q

Associações frequentes da doença de Coats (exsudatos intra ou subretinianos)?

A
  1. Retinopatia pigmentar (mais frequente);
  2. FSHD.
332
Q

Manifestações sistêmicas da FSHD?

A

✔️Acometimento cardíaco: incomum (BRD é mais comum).
✔️Acometimento respiratório: incomum.
✔️Perda auditiva para altas frequências.
✔️Vasculopatia retiniana (doença de Coats).

333
Q
A

Sinald de Beevor - flete o pescoço, o umbigo sobe.

Classicamente associado à FSHD, porém outras causas de fraquezas abdominais, como outras miopatias, podem apresentar.

334
Q

A FSHD pode apresentar-se com pé caído (fraqueza na dorsiflexão) com preservação da flexão plantar - V ou F?

A

Verdadeiro.

335
Q

Generalidades sobre a FSHD?

A

✔️3ª distrofia mais comum em adultos.
✔️Autossômica dominante (1/3 mutação de novo).
✔️Causada por expressão aberrante do gene DUX4.
✔️95% dos casos com contração na região D4Z4.
✔️5% dos casos com hipometilação na região D4Z4.

336
Q

Características clínicas da FSHD?

A
  1. Lentamente progressiva;
  2. Compromete face e ombros inicialmente (a longo prazo pode comprometer MMII);
    • Escápula, bíceps, tríceps, trapézio, serrátil anterior e peitoral;
    • Poupa deltóide.
  3. Idade de início: 16 anos (homens) e 20 anos (mulheres);
  4. Paresia assimétrica, predominantemente de membros superiores, com dificuldades de elevar os braços acima da cabeça;
  5. A porção proximal dos membros parece ser mais atrófica que os antebraços - “proeminência dos ombros”;
  6. Fraqueza facial;
  7. Fraqueza abdominal.
337
Q

A fraqueza facial da FSHD pode não ser vista em repouso - V ou F?

A

Verdadeiro.
Necessário pedir pro paciente contrair ativamente a musculatura.

338
Q
A

Sinal de Poly-Hill - tripla onda no ombro.

339
Q

Comprometimento cardíaco na FSHD é raro e a inteligência comumente é poupada - V ou F?

A

Verdadeiro.

340
Q
A

FSHD - inversão do padrão de musculatura - antebraço > braço.

341
Q
A

Sinal de Poly-Hill
Braço do Popeye
Prega axilar

FSHD

342
Q

Tratamento/acompanhamento da FSHD?

A

✔️Exercícios aeróbicos supervisionados
✔️Avaliação respiratória
✔️Avaliação otorrinolaringológica
✔️Avaliação oftalmológica
✔️Futuro: desenvolvimento de medicamentos silenciadores do DUX4.

343
Q

Os níveis de CPK na FSHD geralmente estão normais ou levemente aumentados - V ou F?

A

Verdadeiro.

344
Q

Comparativo entre FSHD, Emery-Dreifuss, DM1 e distrofia oculo-faríngea.

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A
345
Q

Características gerais das miopatias distais

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Grupo heterogêneo de doenças musculares

Predomínio de comprometimento distal (mãos e pés)

Incluem:

  1. Miopatia de Welander (gene TIA1);
  2. Miopatia distal de Udd (gene TTN);
  3. Miopatia distal de Laing (gene MYH7);
  4. Miopatia de Nonaka (gene GNE);
  5. Miopatia distal de Myoshi (gene DYSF);
  6. Miopatias miofibrilares.
346
Q

Características da miopatia de Welander?

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Miopatia distal de início na vida adulta

Autossômica dominante

Paresia inicialmente nas mãos e posteriormente MMII

Evolução lentamente progressiva

347
Q

Características da miopatia de Nonaka?

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Miopatia distal de início nos músculos do compartimento inferior dos membros inferiores

348
Q

Características centrais da miopatia distal de Miyoshi

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Início na primeira décade de vida

Fraqueda do compartimento posterior dos membros inferiores

349
Q

Características gerais das miopatias miofibrilares

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Doenças musculares esqueléticas e cardíacas, por alterações do disco-Z do sarcômero e dos filamentos intermediários

Formação de agregados proteicos e desarranjos das miofibrilas

Biópsia -> diagnóstico -> massas intracitoplasmáticas ou áreas de desarranjo miofibrilar, usualmente para desmina.

A maioria inicia os sintomas na segunda década de vida

Maioria autossômicas dominantes (mas também podem ser recessivas ou ligadas ao X).

Nove genes já descritos.

350
Q

Características gerais das distrofias musculares congênitas

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Comprometimento muscular no primeiro ano de vida

Criança hipotônica com atrasos motores

Biópsia -> distrofia, sem substrato histopatológico específico.

Clínica -> hipotonia + fraqueza + atrofia + retrações fibrotendíneas.

Curso estacionário ou lentramento progressivo.

351
Q

A maior parte das distrofias musculares congênitas é causada por mutações de genes que codificam proteínas da matriz extracelular - V ou F?

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Verdadeiro

As formas mais comuns são de mutação nos genes da merosina e as três subunidades do colágeno VI, levando a um defeito de estabilidade mecânico da fibra.

352
Q

Fisiopatologia das distrofias musculares congênitas

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A
  1. A alfa-distroglicana, localizada na face externa do sarcolema, liga-se a componentes da matriz extracelular (MEC);
  2. Para isso, necessita da adição de açúcares (glicosilação), que ocorre através das glicosiltransferases;
  3. Após glicosilada, liga-se a várias proteínas da MEC, sobretudo a alfa-2-laminina (merosina), que se liga indiretamente às três subunidades do colágeno tipo VI.

As mais comuns são por mutações nos genes da merosina e do colágeno tipo VI, levando a um defeito na estabilidade mecânica da fibra.

Mutações das glicosiltransferases ou de outras proteínas relacionadas à estabilidade do sarcolema também podem ocorrer.

353
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

há diferentes genes para o mesmo fenótipo?

A

VERDADEIRO

- por isso hoje pedimos logo o estudo genético

vários genes e cada um pode teru ma evolução diferente

*

354
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Como abordar na suspeita?

A

atualmente já podemos partir para o estudo genético

seguido por outros testes se vier incerto

355
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Qual a epidemiologia?

Como é o CK?

A

Epidemiologia é variável:

pode ser infantil; pode ser inicio na adolescência ou jovem adulto

CK tende a ser alto (5 - 15 vezes) e fraqueza progressiva proximal

356
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Há manifestação sistêmicas extramusculares?

A

SIM!!

Cardiopatia

  • todos pacientes devem ter avaliação cardiaca se não souber o subtipo genético -> alguns possuem maior risco.
357
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

Pode haver apresentação de miopatia metabólica?

A

SIM!

  • Inclusive rabdomiólise, mioglobinúria e aumento do CK relacionado ao exercício
358
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

há frequente acometimento familiar?

A

Depende

  • Ausência de HF não exclui que a causa é genética

nem sempre, muitas vezes os parentes são assintomáticos e a herança é recessiva.

359
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

qual a clínica?

A

CAUSA GENÉTICA

  • FRAQUEZA MUSCULAR DE PREDOMÍNIO PROXIMAL PROGRESSIVA - cintura pélvica e escapular
  • CK ELEVADA
  • DISTROFIAS MUSCULARES NA BIOPSIA

*Há varios diagnósticos diferenciais clinicos: duchenne, becker, mastenia congenita, distrofia fascioescapuloumeral

360
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

A causa mais comum é calpainopatia

a segunda mais comum é disferlinopatia

V ou F

A

VERDADEIRO

  • Calpainopatia (LGMD 2A): inicio entre os 5 - 20 anos, se dominante o inicio é tardio e a fraqueza é leve
  • disferlinopatia (LGMD2B): inicio entre 15 - 30 anos na maioria, fraqueza inicia nos MMII

EXISTEM VÁRIAS OUTRAS - 30 subtipos => requer estudo genético na suspeita

361
Q

DISTROFIA DE CINTURAS

qual o tratamento?

A

Reabilitação e suporte

  • avaliação multidisciplinar: cardiologista, pneumologista e ortopedista
  • fisioterapia
  • terapia de fala

*vários tratamentos estão em processo de estudo

362
Q

Distrofia muscular congênita - Alfa-Distroglicanopatias

Qual a clínica?

A

25% dos casos

  • É um grupo mais amplo

(de casos severos como Walker Warburg, Muscle Eye Brain a fenótipos mais leves)

GERAL: Doença em forma de cintura: distrofia muscular c/ ou sem deficiência intelectual; Miocardiopatia é comum

fenótipos mais gravs

Walker warburg: hidrocefalia/lissencefalia; displasia retiniana; microftalmia; atraso gravissimo

Muscle Eye Brain: Paquigiria; polimicrogiria; hipoplasia cerebelar; DI

Fukuyama: comum no japão; malformações cerebrais e cerebelares; DI; alteração retiniana; micropoligira

363
Q

Distrofia muscular congênita - Defeito na proteína lamina AC

Clínica?

A

Menos comum do que as outras

  • É uma envelopatia

Heterogeneidade clínica importante
o Atraso inicialmente do sustento cefálico: dropped head
o Fraqueza proximal de MMSS e distal de MMII
o CPK aumentada
o Cardiomiopatia é comum

364
Q

FRAQUEZA COM PREDOMÍNIO OCULO-BULBAR

QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS?

A

NEURÔNIO MOTOR (BULBAR APENAS)
- ELA; AME; ATROFIA MUSCULAR ESPINOBULBAR

NEUROPATIA (NERVO)
- SGB; MFS; NEUROPATIAS CRANIANAS

DOENÇAS DA JUNÇÃO
- MG; BOTULISMO; SD MIASTÊNICA CONGÊNITA

MIOPATIAS
- OFTALMOPARESIA EXTERNA PROGRESSIVA CRÔNICA
- SÍNDROME KEARNS-SAYRE
- DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA
- MIOPATIA MIOTUBULAR
- PTOSE PURA: Distrofia miotônica tipo 1; miopatia nemalínica

365
Q

QUAIS SÃO OS 3 SUBGRUPOS DAS DISTROFIAS MUSCULARES CONGÊNITAS?

A

1) COLAGENOPATIAS: Incluindo distrofia muscular DE ULLRICH

2) MEROSINOPATIAS: Distrofia muscular associada a ALFA-2-LAMININA

3) DISTROGLICANOPATIAS: Incluindo FUKUYAMA, MUSCLE-EYE-BRAIN DISEASE e WALKER-WARBURG

366
Q

DISTROFIA MUSCULAR CONGÊNITA
- FUKUYAMA.

FAZ PARTE DE QUAL DOS 3 SUBGRUPOS DAS DISTROFIAS MUSCULARES CONGENITAS?

QUAL A CLÍNICA?

A

FAZ PARTE DAS DISTROGLICANOPATIAS

  • AUTOSSOMICA RECESSIVA: Mutação no gene FUKUTINA
  • Paciente MOLES e HIPOTÔNICOS
  • CONTRATURAS DE MEMBROS
  • FRAQUEZA E Maioria não aprende a andar
  • CK ELEVADA e biópsia com distrofias musculares e redução da alfa-distroglicanos
  • ACOMETIMENTO DE SNC: Atraso cognitivo e Epilepsia (comum)
  • RNM: ALTERAÇÃO DA MIGRAÇÃO NEURONAL -> Alteração na formação dos giros e da substância branca frontal, e do cerebelo.
367
Q

DISTROFIA MUSCULAR CONGÊNITA
- DEFICIÊNCIA DE ALFA-2-LAMININA

ESTÁ EM QUAL SUBGRUPO DAS DMC?
QUAL A CLÍNICA?

A

SUBGRUPO DAS MEROSINOPATIAS

  • Mutação no GENE DA ALFA-2-LAMININA
  • HIPOTONIA ao nascimento + FRAQUEZA que POUPA FACE e OLHO.
  • Contraturas PÉ e QUADRIL
  • COGNIÇÃO PRESERVADA (Diferente de fukuyama), mas pode ter alteração na RNM
368
Q

DISTROFIA MUSCULAR CONGÊNITA
- ULLRICH

O QUE É?

A

DEFICIÊNCIA DO COLAGENO VI
- FRAQUEZA E HIPOTONIA NEONATAL
- CONTRATURAS e FROUXIDÃO ARTICULAR
- protusão do calcâneo

369
Q

MIOPATIA MIOFIBRILAR e MIOPATIA de BETHLEM

  • Miopatia Miofibrilar é uma distrofia muscular congenita. Caracterizada pelo que?
A

MIOPATIA MIOFIBRILAR: Fraqueza muscular lentamente progressiva, proximal e distal

MIOPATIA DE BETHLEM: Também é uma doença do colágeno tipo VI: fraqueza e frouxidão articular

370
Q

Características centrais da DMC por deficiência da merosina

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Anormalidades da substância branca do SNC + ausência de marcha + aumento da CK

Gene: LAMA2

Autossômica recessiva

371
Q

Características gerais da DMC por deficiência do colágeno VI (forma de Ullrich)

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Frouxidão ligamentar distal + retrações proximais + ausência de marcha + queloide + hiperplasia folicular + CK normal

Genes: COL6A1, COL6A2, COL6A3

Autossômica dominante ou recessiva

372
Q

Características gerais da DMC por colágeno tipo VI (forma de Bethlem)

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Comprometimento motor leve + retração das falanges + queloides + hiperplasia folicular + CK normal

Genes: COL6A1, COL6A2, COL6A3

Autossômica dominante ou recessiva

(Mesma herança genética da forma de Ullrich)

373
Q

Características da distrofia mmuscular congênita de Fukuyama

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Anormalidades do SNC + retardo mental + epilepsia + CK elevada

Gene: FKTN

Autossômica recessiva

374
Q

Características gerais da DMC músculo-olho-cérebro

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Retardo mental + anormalidades do SNC e oculares + epilepsia + CK elevada

Genes: POMGnT1, FKTN, FKRP, LARGE, POMT1, POMT2

Autossômica recessiva

375
Q

Característica sgerais da doença de Walker-Warburg

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Retardo mental + anormalidades oculares + lisencefalia tipo II + CK elevada

Genes: POMGnT1, FKTN, FKRP, LARGE, POMT1, POMT2

Autossômica recessiva

(Mesmo padrão de herança da muscle-eye-brain)

376
Q

Características gerais da DMC com cabeça caída

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Comprometimento motor grave + queda da cabeça (fraqueza cervical) + CK variável

Gene: LAMA2

Autossômica dominante

377
Q

Características da DMC com espinha rígida

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Contratura da coluna vertebral + insuficiência respiratória + CK normal

Gene: SEPN1

Autossômica recessiva

378
Q

Doença autossômica recessiva e aquela dominante por mutação do LAMA2

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

AR -> DMC por deficiência da merosina

AD -> DMC com cabeça caída

379
Q

Clínica da DMC merosina-negativa?

A
  1. Hipotonia ao nascimento;
  2. Fraqueza grave de tronco e membros;
  3. Musculatura facial e MOE são poupados;
  4. Contratura nos pés e quadris;
  5. Pode haver crises epilépticas.

RM: alterações de substância branca e, eventualmente, cinzenta.

380
Q

Mutação associada à DMC de Fukuyama?

A

Mutação do gene da Fukutina, no cromossoma 9q.

381
Q

Achados na RM e na biópsia da DMC de Fukuyama?

A

RM: alterações de substância branca nas regiões frontais;

Biópsia: alterações distróficas + redução de alfa-distroglicano.

382
Q

Cite três exemplos de distrofias musculares congênitas associadas às distroglicanopatias.

A
  1. DMC de Fukuyama;
  2. Doença músculo-olho-cérebro;
  3. Síndrome de Walker-Warburg.
383
Q

Diferentemente da DMC de Fukuyama, a DMC merosina-negativa não costuma comprometer cognição - V ou F?

A

Verdadeiro.

384
Q

Normalmente as distrofias musculares congênitas ocorrem por defeito em proteínas de que localidade?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Na proteínas que fazem a ligação entre a membrana basal e a matriz extracelular

385
Q

3 proteínas mais comumente afetadas nas distrofias musculares congênitas

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Laminina (merosina)
Colágeno VI
Alfa-distroglicana

386
Q

Numero de repetições CTG nas formas congenitas de Distrofia de Steinert

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

> 1000

387
Q

O que caracteriza o grupo das Distrofias Musculares Congênitas?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Inicio dos sintomas com <1ano
Biopsia muscular com padrão distrófico (fibras necróticas, com calibre variável, fibrose e liposubstituição)

388
Q

Qual é a forma de distrofia muscular congênita mais comum no Brasil?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Deficiência de Merosina (LAMA2)

389
Q

Gene associado à deficiência de Merosina

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

LAMA-2 (Laminina alfa-2)

390
Q

Padrão de herança da deficiência de Merosina

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Autossômico recessiva

391
Q

Padrão de acometimento muscular na deficiência de Merosina

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Fraqueza muscular facial e axial, proximal nos membros
Contratura muscular em grandes articulações
Habilidade máxima de sentar

392
Q

Achado na RNM de encefalo mais característico da Deficiência de Merosina

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Hipersinal FLAIR difuso na substancia branca

393
Q

Qual distrofia muscular congênita se associa a hipersinal FLAIR na substancia branca difusamente?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A
394
Q

Qual distrofia muscular congênita se associa a hipersinal FLAIR na substancia branca difusamente?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Deficiência de Merosina (LAMA2)

395
Q

Fenótipo mais grave de distrofia muscular associado a mutação do colágeno VI

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Distrofia muscular de Ullrich

396
Q

Fenótipo mais leve de distrofia muscular associado a mutação do colágeno VI

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Distrofia Muscular de Bethlem

397
Q

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A
398
Q

Principais achados extra-musculares associados a distrofias musculares por defeitos no Colágeno VI

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Cicatrizes hipertróficas/quelóides
Retrações articulares
Hiperelasticidade distal
Hiperceratose folicular

399
Q

Genes associados às Distrofias Musculares Congênitas relacionadas ao Colágeno VI

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

COL6A1, COL6A2, COL6A3

400
Q

Padrão de herança associado a Distrofia Muscular de Bethlem

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

AD

401
Q

Defeitos genéticos mais comuns nas Distrofias Musculares por alfa-distroglicanopatia

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Defeitos nos genes que promovem a glicosilação da proteina alfa-distroglicana

402
Q

Principais sitios anatomicos extra-musculares afetados nas alfa-distroglicanopatias

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Olhos (Microftalmia, retinopatia)
SNC (Displasias corticais, lisencefalia, polimicrogiria)

403
Q

O que caracteriza as Miopatias Congênitas?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Fraqueza muscular que inicia com <1 ano de idade
Pouca ou nenhuma progressão do quadro motor
Biopsia sem padrão distrófico
CPK normal ou levemente elevada

404
Q

Quadro clínico geral das miopatias congênitas

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Deformidades osteo-esqueléticas + hipotonia + fraqueza + atrofia

Afeta musculaturas proximais, distais e axiais, bem como craniofaciais

Primeiro ano de vida, com pouca ou nenhuma progressão do quadro

Três formas clínicas de apresentação:

  1. Neonatal - grave;
  2. Início na infância;
  3. Início no adulto.
405
Q

As miopatias congênitas estruturas são classificadas de acordo com os achados de biópsia, com mais de 30 tipos já descritos. Quais são os 05 principais tipos?

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Nemalínica
Central Core
Multiminicore
Centronuclear
Desproporção congênita dos tipos de fibras

406
Q

Características gerais da miopatia nemalínica

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Fraqueza muscular apendicular e craniofacial (evolução estável) + predomínio distal de fraqueza (eventualmente) + deformidades osteoesqueléticas.

Biópsia: bastões de nemalina.

Genes mais comuns: NEB (50%; AR); ACTA1 (AR; 25%) e TPM3.

407
Q

Achado na biópsia das Miopatias Nemalínicas

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Presença de bastões subsarcolemais (proteínas da linha Z do sarcômero)

408
Q

Qual o gene mutado mais comum nas miopatias nemalínicas?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Nebulina (NEB)

409
Q

Mutações no gene da Nebulina causam __% das Miopatias Nemalínicas

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

50%

410
Q

Características da miopatia congênita central-core

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Fraqueza muscular apendicular + ptose palpebral + evolução estável.

Biópsia -> presença de falha central na atividade oxidativa.

Gene: RYR1 (AD)

Obs.: associação com hipertermina malígna.

411
Q

Achado na biópsia das Miopatias Central Core

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Ausencia de Atividade oxidativa no centro das fibras musculares

412
Q

Principal gene asociado às Miopatias Central Core

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

RYR1 (Rianodina)

AD

413
Q

A hipertermia malígna e a miopatia central corre estão relacionadas e possuem herança autossômica dominante

Estudos genéticos na Hipertermia Maligna eMiopatia de Central Core, Kossugue (2005)

A

Verdadeiro

O principal defeitoprimário em ambas doenças ocorre no gene RYR1, que codifica a rianodina (canal de liberação de cálcio do músculo esquelético).

414
Q

Características da miopatia multiminicore

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Fraqueza facial e craniofacial estável

Biópsia: múltiplas falhas locais.

Genes: RYR1 (AR) e SENP1 (AR)

415
Q

Principal gene asociado às Miopatias Central Core

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

RYR1 (rianodina)

416
Q

Principal gene asociado às Miopatias Multi Minicore

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

RYR1

417
Q

Achado na biópsia das Miopatias Multi Minicore

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Multiplas áreas de ausência de atividade enzimática oxidativa

418
Q

Características da miopatia centronuclear

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Fraqueza apendicular + craniofacial estável

Época de início variável

Biópsia: presença de núcleo anormalmente internalizado

Genes: RYR1 (AR); DNM2 (AR ou AD); BIN1 (AD ou AR)

419
Q

Achado na biópsia das Miopatias Centronucleares

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Nucleos celulares no centro das fibras musculares (e não na periferia)

420
Q

Características da miopatia miotubular

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Grave envolvimento neonatal, com alta mortalidade nos dois primeiros anos de vida

Evolução estável

Núcleo centralizado à biópsia, com fibra muscular simulando fibra muscular fetal.

Gene: MTM1 (recessiva ligada ao X)

421
Q

Características da desproporção congênita de fibras

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Fraqueza muscular apendicular e craniofacial

Evolução estável

Biópsia -> atrofia de fibras tipo I

Genes -> SENP1 (AR), RYR1 (AR)

422
Q

Achado na biópsia das Miopatias com Desproporção Congênita de Fibras

A

Fibras tipo 1 pequenas em comparação com as tipo 2

423
Q

Normalmente as miopatias congênitas ocorrem por mutações em proteínas de que região musculo-esquelética?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Nas proteínas envolvidas no processo de acoplamento, excitação e contração muscular

424
Q

Qual o unico padrão de miopatia congênita que NÃO tem relação com mutações no RYR-1?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Nemalínica.

As demais são de padrão recessivo ligado ao RYR1 (exceto central-core, padrão dominante).

425
Q

AS MIOPATIAS CONGÊNITAS

SÃO TRADICIONALMENTE CLASSIFICADOS PELOS ACHADOS DA:

A

BIÓPSIA

  • centralcore
  • nemalinica: bastão de nemalina
  • centronuclear
  • multiminicore

MAS A GENÉTICA É QUE DEFINE O DIAGNÓSTICO ATUALMENTE (Como em tudo aqui) - visto que a sobreposição de achados histopatologicos

426
Q

MIOPATIA CONGÊNITA - NEMALINICA

  • Presença de nemalina na biopsia

CLÍNICA:

A

VARIA EM SEVERIDADE

  • Inicio neonatal até inicio mais leve na vida adulta
  • fraqueza generalizada, com envolvimento bulbar, facial e respiratório

mutação no NEB (principal - recessivo) ou ACTA1 (dominante)

427
Q

miopatia congênita CORE (Central core)

  • achados na biopsia de core central ou multiminicores

CLÍNICA?

Qual mutação típica?

A

É A MAIS COMUM

Mutação no RYR

geralmente leve nos casos dominantes: HIPOTONIA e FRAQUEZA COM ATRASO NO DESENVOLVIMENTO MOTOR
– FRAQUEZA PROXIMAL (Ppt cintura escapular)
– Exacerbada por atividade física

risco de hipertermia maligna

mais severo nos casos recessivos (como a nemalinica)

-

428
Q

MIOPATIA CONGÊNITA CENTRONUCLEAR

  • SÓ ATINGE CRIANÇAS E É LIGADA AO X (V ou F)
  • ESTÁ SEMPRE LIGADA A MUTAÇÃO NO RYR (V OU F)
A
  • FALSO:
    1) PODE TER A FORAM SEVERA NEONATAL: LIGADA AO X: MIOPATIA MIOTUBULAR -> FORMA MAIS COMUM

2) PODE TER A FORMA DE INÍCIO NA VIDA ADULTA: MAIS INSIDIOSA E AUTOSSÔMICA DOMINANTE

3) PODE TER UM TIPO INFANTIL LENTAMENTE PROGRESSIVO

  • FALSO: LIGADA AO X NA FORMA NEONATAL/MIOTUBULAR QUE É A MAIS COMUM
429
Q

a presença de core na biopsia fecha o diagnostico de determinada patologia

V ou F

A

FALSO

  • Podemos ter core na biopsia de vários fenótipos de miopatia congênita, mas a miopatia congênita central core clássica é relacionada ao RYR

EX: Deficiência de SELENON (Acometimento axial; espinha rígida; acometimento respiratório)

Defeito no MYH7: Cardiopatia associada

430
Q

QUAIS SÃO OS GRUPOS DE DOENÇAS MUSCULARES CONGÊNITAS (5)?

  • Criança hipotônica etc…
A

DISTROFIAS MUSCULARES CONGÊNITAS: Mais acometimento encefálico - há casos bem complicados

MIOPATIA CONGÊNITA

LIMBLE-GIRDLE DYSTROPHY (de cinturas)

MIASTENIA CONGÊNITA

DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE

  • AME não é tipicamente uma doença muscular clara - mas é causa de bebe hipotônico etc…

Cada um possui característica própria

431
Q

FRAQUEZA COM PREDOMÍNIO DISTAL

  • SABEMOS QUE QUASE TODAS AS NEUROPATIAS POSSUEM TAL ACOMETIMENTO, ASSIM COMO É MAIS RARO NA MIASTENIA GRAVIS

QUAIS CAUSA DE MIOPATIA COM POSSÍVEL PREDOMÍNIO DISTAL?

A

MIOSITE COM CORPUSCULO DE INCLUSÃO
DISTROFIA MIOTÔNICA TIPO 1
outras miopatias mais raras
WELANDER, NONAKA e MARKERSBERRY-GRIGGS
ULLRICH
MIYOSHI

432
Q

Os 3 tipos mais comuns da miopatia congênita, na ordem, são:

A

1) Miopatias Centralcore e multi-minicore

2) Miopatia centronuclear

3) Miopatia nemalina

433
Q

MIOPATIA CONGÊNITA CENTRONUCLEAR
- A FORMA NEONATAL LIGADA AO X É TAMBÉM CONHECIDA COMO:

A

MIOPATIA MIOTUBULAR

  • HIPOTONIA e FRAQUEZA AO NASCIMENTO + PTOSE E PARESIA OCULAR + FRAQUEZA FACIAL
  • PODE SER FATAL POR DISFUNÇÃO VENTILATÓRIA
434
Q

MIOPATIA CONGÊNITA CENTRONUCLEAR / MIOPATIA MIOTUBULAR
- FORMA LIGADA AO X

QUAL A CLÍNICA E O QUE DIFERE DAS OUTRAS MIOPATIAS CONGENITAS?

A

DIFERENCIAL: PTOSE E PARESIA OCULAR + FRAQUEZA FACIAL

435
Q

Deleções no gene da distrofina correspondem a cerca de __% dos casos de DMD

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

60-70%

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

436
Q

Mutações nonsense no gene da distrofina correspondem a cerca de __% dos casos de DMD

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

10%

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

437
Q

Duplicações no gene da distrofina correspondem a cerca de __% dos casos de DMD

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

10-15%

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

438
Q

De que forma uma deleção de éxons no gene da Distrofina pode levar ao fenótipo de Duchenne?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Promovendo uma parada na expressão do restante da proteína (out-of-frame)

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

439
Q

De que forma uma deleção de éxons no gene da Distrofina pode levar ao fenótipo de Becker?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Deleção de alguns éxons, porem com manutenção da expressão do restante da proteína (in-frame)

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

440
Q

Explique como uma mutação nonsense na distrofina pode causar DMD

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Inserção de um códon de parada faz com que a proteína seja produzida parcialmente, ficando disfuncional

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

441
Q

Qual grupo de miopatias ocorre predominantemente com mutações em proteínas do complexo acoplamento-excitação-contração muscular?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Miopatias Congênitas

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

442
Q

Qual grupo de miopatias ocorre predominantemente com mutações em proteínas que ancoram o citoesqueleto com a membrana muscular?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Distrofias musculares

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

443
Q

Qual grupo de miopatias ocorre predominantemente com mutações em proteínas que ancoram a membrana muscular com a matriz extracelular?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

DMC

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

444
Q

3 principais grupos de proteínas envolvidas nas Distrofias Musculares de Cinturas

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Calpaína
Disferlina
Sarcoglicanas (alfa, beta, gamma e delta)

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

445
Q

__% das Distrofias Musculares de cinturas tem herança Autossômica Recessiva

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

90%

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

446
Q

__% das Distrofias Musculares de cinturas tem herança Autossômica Dominante

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

10%

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

447
Q

Cite os 5 principais tipos de Distrofias Musculares

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Duchenne
Emery-Dreifuss
Steinert
Fascio-Escapulo-Umeral
Distrofias Musculares de Cinturas

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

448
Q

Quais são as carcterísticas que definem o grupo das Distrofias Musculares de Cinturas?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Inicio da fraqueza com >1-2 anos
Biopsia com distrofia muscular
CPK elevado
Fraqueza em cinturas
Padrão de herança autossômica

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

449
Q

Qual é a forma de distrofia muscular de cinturas mais comum no Brasil?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Deficiência de calpaína

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

450
Q

Curso clínico habitual da Distrofia Muscular de Cinturas por deficiencia de Calpaína

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Inicio insidioso, com evolução progressivade fraqueza em cinturas

451
Q

Na distrofia muscular por deficiência de Calpaína, há comprometimento principalmente de que musculos nos membros inferiores?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Compartimento posterior da coxa e da perna

452
Q

Segundo tipo mais comum de Distrofia Muscular de Cinturas

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Disferlina

453
Q

Que distrofia muscular pode ter uma apresentação clínica semelhante a de uma miopatia inflamatória?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Deficiência de disferlina

454
Q

Que distrofia muscular de cinturas mais comumente se apresenta com escapula alada proeminente?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Deficiência de Calpaína

455
Q

3 principais fenótipos de fraqueza muscular relacionado à deficiência de Disferlina

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Fraqueza muscular de cinturas
Fraqueza muscular distal (Myoshi)
Fraqueza proximal em MMSS e Distal em MMII

456
Q

Que distrofia muscular de cinturas mais comumente se apresenta com sinal do diamante no quadriceps?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Deficiência de Disferlina

457
Q

Padrão de envolvimento muscular nos mmii na deficiência de Disferlina

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Predomina no compartimento anterior da coxa e posterior da perna

458
Q

Que grupo de Distrofia Muscular de Cinturas pode mimetizar um Duchenne?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Mutações nas sarcoglicanas

459
Q

Que grupo de Distrofias Musculares de Cinturas costuma ter uma acometimento mais grave?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Deficiência de sarcoglicanas

460
Q

Que grupo de Distrofias Musculares de Cinturas costuma ter Hipertrofia de panturrilhas?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Deficiência de Sarcoglicanas

461
Q

Que grupo de Distrofias Musculares de Cinturas costuma ter maior acometimento cardio respiratorio?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Deficiência de Sarcoglicanas

462
Q

Na Distrofia Fascio-escapulo-umeral, como é o acometimento cranio-facial?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Fraqueza da musculatura da face, andar superior e inferior, ASSIMÉTRICA
Poupa musculatura bulbar, ocular extrínseca e elevador da palpebra

463
Q

Na Distrofia Fascio-escapulo-umeral, como é o acometimento dos musculos axiais?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Fraqueza abdominal predominando no andar inferior
Hiperlordose e hipercifose

464
Q

Padrão de acometimento muscular na RNM de coxas da Distrofia Fascio-escapulo-umeral

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Predominio de compartimento posterior da coxa, ASSIMÉTRICO

465
Q

Qual o gene alterado na Doença de Pompe?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

GAA (Glicosidade-ácida Alfa)

466
Q

Quais são os fenótipos da Doença de Pompe?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Forma Infantil
Forma Tardia

467
Q

Como é a apresentação clínica da Doença de Pompe forma infantil?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Inicia com <1 ano de idade
Hipotonia
Cardiomiopatia
Fraqueza generalizada progressiva

468
Q

Como é a apresentação clínica da Doença de Pompe forma tardia?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Inicia com > 1 ano
Fraqueza muscular axial e proximal progressiva
Acometimento da musculatura respiratória

469
Q

O que diferencia o fenótipo da Doença de Pompe?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Atividade Residual da Enzima Alfa-glicosidade acida
<1% Forma infatil
1-30% Forma tardia

470
Q

Principais sítios musculares acometidos na Doença de Pompe Late-onset

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Musculatura da língua e mastigatória
Diafragma
Musculos abdominais e paravertebrais

471
Q

2 principais exames no diagnóstico de Doença de Pompe

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Atividade enzimática por papel filtro (Dried Blood Spot)
Sequenciamento do Gene GAA

472
Q

Tratamento na Doença de Pompe

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Reposição enzimática
Terapia de Reabilitação multidisciplinar

473
Q

Qual é a tríade clínica clássica da Distrofia Muscular de Emery-Dreifuss?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Contraturas articulares precoces
Fraqueza e atrofia muscular progressiva
Cardiopatia

474
Q

Em que topografia celular encontram-se as proteínas mutadas na Distrofia de Emery-Dreifuss?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Proteínas do envelope nuclear

475
Q

Padrão de contraturas característico na Distrofia de Emery-Dreifuss

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Contratura para extensão de pescoço, flexão de cotovelo e retração dos aquileus

476
Q

E que faixa etária surgem as contraturas musculares na Distrofia de Emery-Dreifuss?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

1-2 décadas de vida (mais evidente na adolescência)

477
Q

E que faixa etária surge a fraqueza muscular na Distrofia de Emery-Dreifuss?

A

2-3 décadas de vida

(Primeiro ocorrem as contraturas, depois a fraqueza muscular)

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

478
Q

Padrão típico de fraqueza muscular na Distrofia de Emery-Dreifuss

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Proximal em MMSS e distal em MMII
Fraqueza cervical e escapula alada

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

479
Q

Como é o acometimento cardíaco na Distrofia de Emery-Dreifuss?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Disturbios de condução (BAV, arritmias, Morte súbita)

480
Q

Sequencia em geral do surgimento dos sintomas clássicos da Distrofia de Emery-Dreifuss?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

1 - Contraturas musculares (infância-adolescência)
2 - Disturbios de condução cardíaca (inicio da vida adulta)
3 - Fraqueza muscular progressiva (2-3 décadas de vida)

481
Q

Qual a proteína mais frequentemente acometida na Distrofia de Emery-Dreifuss?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Emerina

482
Q

Qual a segunda proteína mais frequentemente acometida na Distrofia de Emery-Dreifuss?

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Laminina A/C

483
Q

Padrão de herança das mutações no gene da Emerina

XII Curso de Atualização em Doenças Neuromusculares USP 2021

A

Autossômico Recessivo ligado ao X

484
Q

QUAIS AS CAUSAS DE PSEUDOMIOPATIA METABÓLICA? OU SEJA, CAUSAS DE RABDOMIÓLISE INDUZIDAS POR EXERCÍCIO

A

DISTROFIA: DISTROFIA DE CINTURAS; DISTROFIA DE BECKER (Dica é CK persistentemente elevada por mais de 20 dias após o surto)

DEFICIÊNCIA DE VIT.D (ABAIXO DE 30 PPT): boa resposta com reposição - é razoável dosar em todos com rabdomiolise induzida por exercício

USO DE ESTATINA

Hipotireoidismo: pode causar CPK persistentemente elevado e miopatia induzida por exercíco

485
Q

QUANDO PENSAR EM MIOPATIA METABÓLICA (MITOCONDRIA, LIPIDOSE E GLICOGENOSE) NO CASO DE RABDOMIÓLISE INDUZIDA POR EXERCÍCIO?

A

**LEMBRANDO QUE PODE-SE APRESENTAR COMO MIALGIA E/OU CAIBRA, COM SÓ ALGUNS PROGREDINDO PARA RABDOMIÓLISE (LESÃO MUSCULAR COM CPK > 10X O LIMITE DA NORMALIDADE)##

-SINTOMAS NA INFÂNCIA ou HISTÓRIA DE SER ‘‘A CRIANÇA MENOS ATLÉTICA’’

-HISTÓRIA FAMILIAR PRESENTE / CONSANGUINIDADE

-RABDOMIÓLISE RECORRENTE (Pode ser metabólica ou pseudometabólica)

-CK PERSISTENTEMENTE ELEVADA: Pode ser recomendado realizar ENMG

-GLICOGENOSE: Geralmente por exercícios de forte intensidade ou no início da atividade

-LIPIDOSE: Execícios prolongados, frequentemente após jejum ou outros estressores metabólicos

-MITOCONDRIAL: Também exercícios prolongados ou sob estresse metabólico. Chave para suspeita é alteração em outros pontos (hipoacusia, ptose, atrofia optica, epilepsia, cardiomiopatia, diabetes)

486
Q

GLICOGENOSE

  • QUAIS SÃO AS DOENÇAS?
A
  • MCARDLE
  • DEFICIÊNCIA DE FOSFORILASE B QUINASE
  • DEFICIÊNCIA DE FOSFORILASE 1 QUINASE
  • DOENÇA DE CORI
  • DOENÇA DE ANDERSEN
  • DOENÇA DE TARUI: deficiência de fosfofrutoquinase muscular (PFK)
    -ENTRE OUTRAS
  • DOENÇA DE POMPE É DOENÇA LISOSSOMAL E NÃO GLICOGENOSE!
487
Q

APRESENTAÇÃO CLÍNICA GERAL DAS GLICOGENOSES:

A

MAIS CAIBRA DO QUE FADIGA

1) SINTOMAS NOS PRIMEIROS SEGUNDOS OU MINUTOS DA ATIVIDADE ou SE A ATIVIDADE AUMENTA DE INTENSIDADE PARA ALÉM DO LIMIAR ANAERÓBICO
2) INTOLERÂNCIA COM EXERCÍCIO - Rabdomiólise durante a vida é comum
3) Caibra, mialgia, pigmentúria
4) Sintomas podem ser aliviados por redução da intensidade ou descanso e então retomando a atividade gradualmente = SECOND WIND (Ex: McArdle)
5) GERALMENTE EXAME FÍSICO NORMAL NO PERÍODO INTERCRISE
- CK pode estar normal no intercrise, mas McArdle a maioria possui CK sustentadamente aumentado

  • histórico de não ser bom atleta, evitar atividade física: as vezes isso pode passar despercebido e atrasar o diagnóstico.
488
Q

QUAL DAS GLICOGENOSES ESTÁ MAIS ASSOCIADA COM O FENÔMENO DE SECOND WIND?

A

McArdle

489
Q

TESTE ISQUÊMICO DE ANTEBRAÇO PARA GLICOGENOSE É UM MÉTODO DIAGNÓSTICO PARA INCLUIR OU AFASTAR GLICOGENOSE DOS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS

  • COMO FAZ?
  • QUAL O ACHADO DAS GLICOGENOSES?
A

Coloca um esfingmo acima da PA do paciente, coleta lactato e amonia antes e depois do exercício (1 minuto de handgrip)
- Coletar amônia e lactato da veia cubital antes e depois do exercício
- resultado da glicogenose: Aumento do Lactato < 2 vezes e Amônia MUITO aumentada

** Normal seria aumento 3 - 5x do lactato e 5 - 10 x de amônia

PS: Pode ser feito de forma não-isquêmica (mais recomendado), ou seja, sem o manguito, apenas com exercício (menos risco de radbdomioise e sind compartimental)

PS: SE A HISTÓRIA FOR MUITO SUGESTIVA, O AUTOR RECOMENDA IR DIRETO PARA TESTE GENÉTICO E RESERVAR O TESTE ISQUÊMICO PARA CASOS MAIS ATÍPICOS.

490
Q

TRATAMENTO DAS GLICOGENOSES
(Focando mais em McArdle)

A

1) EXERCÍCIO FÍSICO PROGRESSIVO E CUIDADOSO: Focando no second-wind
2) INGESTA DE CARBOIDRATO PRÉ-EXERCÍCIO: Recomendado para McArdle
- em outras glicogenoses pode ser recomendado jejum pré-exercício
3) SUPLEMENTAÇÃO DE PIRIDOXINA (McArdle)
4) Dieta hiperproteíca (outra fonte de energia)

etc..

491
Q

LIPIDOSE

  • TODAS AS DOENÇAS SÃO AUTOSSÔMICAS ___
A

RECESSIVAS

492
Q

LIPIDOSE

  • APRESENTAÇÃO CLÍNICA:
  • GATILHOS:
A

MIALGIA INDUZIDA POR EXERCÍCIO (Glicogenose causa mais caibra do que dor)
- PIGMENTURIA mais tarde (horas após o exercício)

GATILHOS: Precipitados por Jejum, exercício prolongado

(Jejum piora porque não há produção de cetoacidos por deficiência do metabolismo de lipidios)

493
Q

LIPIDOSE

  • COMO FICA LACTATO E CK NO PERÍODO INTERCRISE?
  • QUAL UM EXAME SÉRICO (Sem ser genético) BOM PARA AUXILIAR NO DIAGNOSTICO?
  • QUAL O PADRÃO OURO? O QUE FAZER SE O PADRÃO OURO E O PERFIL ACIMA VIEREM NEGATIVOS OU INCONCLUSIVOS?
A
  • NORMAL NO PERÍODO INTERCRISE
  • DOSAGEM DO PERFIL DE ACILCARNITINA: Dosar em Jejum Noturno, Após Um Teste de Exercício Aeróbico ou Durante Um Episódio Agudo de Rabdomiólise Elevará Ainda Mais os Níveis e Melhorará a Sensibilidade e a Especificidade.
  • PADRÃO OURO É TESTE GENÉTICO. SE VIER NEGATIVO PODE FAZER UM TESTE DE ESTRESSE FÍSICO COM DOSAGEM DE LACTATO E ACILCARNITINA.

OUTRO TESTE É BIOPSIA: Pode revelar acumulo de lipídios (doença mitocondrial também pode ter esse achado), mas não é tão realizada atualmente pois há testes genéticos disponíveis.

494
Q

TRATAMENTO GERAL PARA LIPIDOSES:
tratamentos mais específicos (l.car… e trih…):

A

GERAL
1) EVITAR EXECÍCIOS COM GATILHOS (abaixo)
- Jejum
- Doença sobrebosta (ex: gripe)
- Longa duração
2) DIETA RICO EM CARBOIDRATO DIÁRIA- PRINCIPAL MANEJO
3) CARBOIDRATO ANTES E DURANTE EXERCÍCIO (Um estudo não mostrou eficácia na ingesta de bolus de carboidrato pré-exercício)

outros: mais específicos
4) L-CARNITINA COMO SUPLEMENTO (Somente se níveis baixos, OU SEJA, é recomendado dosar)
5) TRIHEPTANOINA (Triglicerídeo): PODE SER USADO EM CASOS MAIS SEVEROS E RESISTENTES AO TRATAMENTO: was shown to reduce hospitalizations in patients with fatty acid oxidation defects in a retrospective study

495
Q

MIOPATIA MITOCONDRIAL

1) QUAIS OUTROS ACHADOS CLÍNICOS PODEM REFORÇAR A HIPÓTESE DA MIOPATIA SER MITOCONDRIAL (NEM TODOS APRESENTAM)?

2) A INTOLERÂNCIA COM EXERCÍCIOS NESSA POPULAÇÃO PODE SER VISTA COMO FADIGA, MIALGIA, PORÉM APRESENTA MENOS CAIBRA DO QUE NAS GLICOGENOSES. (V OU F)

A

1) HIPOACUSIA, ATROFIA ÓPTICA, BAIXA ESTATURA, PTOSE, OFTALMOPARESIA, DIABETES TIPO 2, CEFALÉIAS VARIANTES DA ENXAQUECA, CONVULSÕES, ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS E EPISÓDIOS SEMELHANTES A ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS, LIPOMAS DE CABEÇA E PESCOÇO, NEUROPATIA PERIFÉRICA, ATAXIA, ESPASTICIDADE, CARDIOMIOPATIA, BLOQUEIO DE CONDUÇÃO E PSEUDO-OBSTRUÇÃO INTESTINAL

2) VERDADEIRO: Alguns ainda apresentam fraqueza fixa

496
Q

MIOPATIA METABÓLICA

1) PACIENTE COM CLÍNICA CLÁSSICA MITOCONDRIAL (Um daqueles fenótipos) - ESTUDO INICIAL PODE SER GENÉTICO DIRETO E DEIXAR PAINEL METABÓLICO EXTENSO E BIÓPSIA MUSCULAR PARA DEPOIS (V OU F)

2) CK NORMAL AFASTA DIAGNÓSTICO

3) LACTATO NORMAL AFASTA DIAGNÓSTICO

4) TESTE ERGOMÉTRICO E BICICLETA ERGOMÉTRICO MOSTRA O QUE NESSES PACIENTES?

A

1) VERDADEIRO

2) FALSO, Inclusive um CK normal numa miopatia grave pode favorecer mitocomdriopatia

3) FALSO: Alterado em 65% apenas
- INCLUSIVE: TESTE DE LACTATO PRÉ-EXERCÍCIO E PÓS-EXERCÍCIO PARA UM EXERCÍCIO DE BAIXA INTENSIDADE MOSTROU TER SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE LIMITADAS

4) O TESTE ERGOMÉTRICO USANDO UMA BICICLETA ERGOMÉTRICA OU ESTEIRA PODE MOSTRAR UM BAIXO VO2MAX E/OU UMA ALTA TAXA DE TROCA RESPIRATÓRIA (INDICATIVO DE PRODUÇÃO PRECOCE DE LACTATO) E/OU UMA RESPOSTA DESPROPORCIONAL DA FREQUÊNCIA CARDÍACA NA MIOPATIA MITOCONDRIAL PRIMÁRIA.

497
Q

SABE-SE QUE PARA MIOPATIA MITOCONDRIAL É SUPERIOR UM COQUETEL MITOCONDRIAL DO QUE AGENTES ISOLADOS

  • O QUE HÁ NESSE COQUETEL?
A

RECOMENDAÇÃO DO AUTOR:

1) coenzima Q10 (200 mg 2 vezes ao dia); ácido α-lipóico (200 mg 2 vezes ao dia); vitamina E (400 UI 1 vez ao dia ou 200 UI 2 vezes ao dia) e monohidrato de creatina (75 mg/kg/d a 100 mg/kg/d até um máximo de 5 g/d 1 vez ao dia ou dividido 2 vezes ao dia).

OUTROS SUPLEMENTOS
2) dependendo das deficiências medidas (por exemplo, carnitina, folato, vitamina B12, vitamina D) ou alvos específicos (por exemplo, riboflavina em defeitos do complexo I ou defeitos de oxidação de ácidos graxos, tiamina na deficiência de piruvato desidrogenase).

498
Q

CANALOPATIAS MUSCULARES (Assinale V ou F)

1) OS SINTOMAS TENDEM A APARECER NA VIDA ADULTA
2) PODE SER DECORRENTE DE MUTAÇÕES NOS CANAIS DE SÓDIO E CLORO APENAS
3) A HETEROGENEIDADE FENOTÍPICA E GENÉTICAS DAS CANALOPATIAS É BEM GRANDE E PODE VARIAR DE UM FENÓTIPO MIOTONIA OU PARALISIA PERIÓDICA
4) DIFERENTE DAS DISTROFIAS MIOTÔNICAS (Tipo 1 e 2), AS DISTROFIAS NÃO MIOTÔNICAS OCORREM NA AUSÊNCIA DE FRAQUEZA OU ATROFIA SEVERA

A

1) FALSO, SINTOMAS TENDEM A OCORRER NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA E SÃO DURADOUROS.
2) FALSO, TAMBÉM TEM MUTAÇÃO EM OUTROS CANAIS: CÁLCIO E POTÁSSIO
3) VERDADEIRO
4) VERDADEIRO, MAS RARAMENTE AS DISTROFIAS MIOTÔNICAS PODEM CURSAR COM FENÓTIPO MIOTÔNICO PURO

499
Q

COMO PODEMOS PERGUNTAR AO PACIENTE SOBRE MIOTONIA?

A

pergunte se eles têm dificuldade em abrir as mãos depois de segurar objetos ou se os olhos ficam presos depois de espirrar. Também é importante perguntar aos pacientes sobre os gatilhos; alguns relatarão que a exposição ao frio piora seus sintomas. Outros gatilhos relatados incluem gravidez, fome, estresse emocional, fadiga e potássio na dieta

500
Q

PARAMIOTONIA CONGENITA (ASSINALE V OU F)

1) É CAUSADO POR MUTAÇÃO NO CANAL DE POTÁSSIO
2) POSSUI UMA MIOTONIA DIFERENTE, POR ISSO O NOME É PARAMIOTONIA. QUAL É A DIFERENÇA DA MIOTONIA CONGÊNITA?
3) PARAMIOTONIA DO FECHAMENTO OCULAR É TÍPICO
4) MIOTONIA DE PERCUSSÃO É RARA

A

1) FALSO, MUTAÇÃO NO CANAL MUSCULAR DE SÓDIO - AUTOSSÔMICA DOMINANTE

2)ENTÃO, ELA PIORA COM O EXERCÍCIO SUSTENTADO NA PARAMIOTONIA CONGÊNITA EM UM FENÔMENO REFERIDO COMO “MIOTONIA PARADOXAL” (DAÍ O NOME “ PARADOXALmiotonia”). Pois o normal é melhorar (warm-up)

3) VERDADEIRO, A MIOTONIA PARADOXAL DE FECHAMENTO OCULAR, EM QUE O FECHAMENTO E A ABERTURA OCULARES PIORAM COM A REPETIÇÃO, É EXCLUSIVA DA PARAMIOTONIA CONGÊNITA

4) VERDADEIRO, DIFERENTE DA MIOTONIA CONGÊNITA

501
Q

MIOTONIA POR CANALOPATIA DE SÓDIO

QUAL A CLÍNICA?

A

MIOTONIA COM INÍCIO NAS PRIMEIRAS 2 DÉCADAS

  • ELES TAMBÉM PODEM SER CHAMADOS DE MIOTONIAS AGRAVADAS POR POTÁSSIO, MAS NEM TODOS OS PACIENTES SÃO SENSÍVEIS AO POTÁSSIO.
  • Comum a esses subtipos é a falta de sensibilidade ao frio ou fraqueza
502
Q

MIOTONIA CONGÊNITA (ASSINALE V OU F)

1) CAUSADO POR MUTAÇÃO NOS CANAIS DE SÓDIO
2) AUTOSSÔMICA DOMINANTE É A BECKER, RECESSIVA É A THOMSEN
3) MIOTONIA DE REPOUSO É COMUM, MELHORA COM EXERCÍCIO E É MAIS COMUM NA FACE
4) A EVOLUÇÃO É SEMPRE BENIGNA

A

1) FALSO, CANAL DE CLORO

2) FALSO, O CONTRÁRIO: THOMSEN É DOMINANTE E BECKER É RECESSIVO

3) FALSO, MIOTONIA DE AÇÃO, MELHORA COM EXERCÍCIO (WARM-UP) E É MAIS COMUM EM MMII
- Tipicamente inicia nas 2 primeiras décadas de vida

4) FALSO: EM PACIENTES COM MUTAÇÕES SCN4A, ESSES SINTOMAS INCLUEM MARCHA ANORMAL, CÃIBRAS NAS PERNAS, MIOTONIA PALPEBRAL OU EXTRAOCULAR, ESTRABISMO, ESTRIDOR E EPISÓDIOS DE ASFIXIA. NEONATOS PODEM TER LARINGOESPASMO EPISÓDICO COM RISCO DE VIDA

503
Q

MIOTONIA NÃO DISTRÔFICA

DIAGNÓSTICO É FEITO COMO?

A

HISTÓRIA CLÍNICA
- FENÔMENO MIOTÔNICO/PARAMIOTÔNICO
- HIPERTROFIA MUSCULAR
ENMG: Recomando como passo inicial
GENÉTICO: Centenas de mutações

504
Q

QUAL DISTÚRBIO METABÓLICO/LABORATORIAL PODE CAUSAR MIOTONIA CLÍNICA E E NA ENMG?

A

HIPOTIREOIDISMO

  • OU SEJA, DOSAR TSH
505
Q

TRATAMENTOS FARMACOLÓGICO ‘‘OFF-LABEL’’ PARA MIOTONIA NÃO DISTRÓFICA?

A

até 40% dos pacientes ficam sem tratamento

CARBAMAZEPINA
PROCAINAMIDA
MEXILETINA: Mostrou redução da miotonia e melhora da qualidade de vida
lamotrigina

506
Q

QUAL DISTÚRBIO ENDOCRINO É ASSOCIADO COM PARALISIA PERIÓDICA?

A

TIREOTOXICOSE

  • PARALISIA PERIODICA HIPOCALEMICA TIREOTOXICA.
  • fraqueza e outros sintomas de tireotoxicose.
  • recomenda-se potássio na terapia.

*sem mutação conhecida.

507
Q

PACIENTE COM ATAQUE DE FRAQUEZA AGUDO/TRANSITÓRIO CHEGA ATÉ VOCE NA EMERGÊNCIA

O QUE VOCÊ PEDIRIA?

A

AVALIAR PARALISIA PERIÓDICA

(1) POTÁSSIO ICTAL, QUE PODE ESTAR ALTO, NORMAL OU BAIXO COM POTÁSSIO INTERICTAL NORMAL;
(2) FUNÇÃO TIREOIDIANA PARA AVALIAR A PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA RELACIONADA À TIREOTOXICOSE; (3) TESTE DE ESFORÇO LONGO;
(4) EXCLUSÃO DE CAUSAS SECUNDÁRIAS DE HIPOCALEMIA OU HIPERCALEMIA;
(5) AVALIAÇÃO DE ENVOLVIMENTO CARDÍACO;
(6) EXAME FÍSICO COMPLETO PARA AVALIAR AS CARACTERÍSTICAS ESQUELÉTICAS CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME DE ANDERSEN-TAWIL DESCRITAS ANTERIORMENTE; E
(7) TESTES GENÉTICOS
(8) HISTÓRIA FAMILIAR - Pode ajudar, mas a ausência não exclui

508
Q

PARALISIAS PERIÓDICAS HIPERCALÊMICA

qual o tratamento e profilaxia (farmacológica e dieta)?

A

TERAPIA ABORTIVA:
- EXERCÍCIOS LEVES e SNACKS (carboidrato oral) podem ajudar a cessar a crise; SALBUTAMOL ou GLUCONATO DE CÁLCIO PODEM SER USADOS SE ATAQUE FOR MAIS GRAVE OU PERSISTENTE

PROFILAXIA: ACETAZOLAMIDA; EVITAR DIETA RICA EM POTÁSSIO, SNACKS DE CARBOIDRATO (Realizar?)

509
Q

PACIENTES COM PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALEMICA DEVEM EVITAR DIETA RICA EM CARBOIDRATO POR QUE?

A

ELES ESTIMULAM A SECREÇÃO DE INSULINA, QUE POR SUA VEZ CONDUZ O POTÁSSIO INTRACELULARMENTE E ACIONA OS EPISÓDIOS DE FRAQUEZA.

510
Q

DOENÇA DE POMPE É UMA GLICOGENOSE

V OU F

A

FALSO

É UMA DOENÇA LISOSSOMAL

511
Q

Miosite pós infecciosa tende a cursar com muita dor

V ou F

A

Falso, geralmente leve

  • a não ser que tenha rabdomiolise ou piomiosite
512
Q

INFARTO MUSCULAR DIABETICO (Assinale V ou F)

1) É RELACIONADO COM DM MAL CONTROLADO COM PACIENTE APRESENTANDO OUTRAS COMPLICAÇÕES VASCULARES DIABÉTICAS.
2) É UM ACHADO RARO.

A

OS DOIS VERDADEIROS

513
Q

INFARTO MUSCULAR DIABÉTICO

QUAIS OS ACHADOS CLINICOS?

A

Início agudo de edema e dor, principalmente em coxas e panturrilha.
- sem história de trauma
- duração média de 4 semanas
- geralmente UNILATERAL
- paciente com DM mal controlado

514
Q

INFARTO MUSCULAR DIABÉTICO

  • QUAL O TRATAMento?
A

Antiagregação plaquetaria e Analgésicos

515
Q

Miopatia por estatina

Qual o período de início geralmente?

A

A partir de 4 meses do início ou 4 meses do aumento da dose ou 4 meses da associação

516
Q

paciente com pouco tempo de vida com hipotonia e cardiopatia

É interessante solicitar pompe e prescrever carnitina

v ou f

A

Verdadeiro

  • porque a deficiência de carnitina é tratável e sua reposição n faz mal!
  • pompe também é tratável

Então não devemos comer bola

517
Q

O QUE É O FENOMENO DE HETEROPLASMIA?

A

Para mitocondria
- diz respeito ao seguinte: nem toda mitocondria está disfuncional na mitocondriopatia.
- se todas estiverem: homoplasmia

Para ter sintomas tem que haver pelo menos 15% delas alteradas, e quanto mais tiver, pior os sintomas

518
Q

DOENÇA DE POMPE DE INÍCIO TARDIO É DE DIFICIL DIAGNÓSTICO
- QUANDO PENSAMOS?

A

Quando pensamos em paciente com suspeita de distrofia muscular!!
- quando é de inicio tardio é bem mais confuso

519
Q

CRIANCA COM POUCOS MESES DE VIDA COM HIPOTONIA E INSUFICIENCIA CARDIACA

QUAIS DUAS CAUSAS TRATAVEIS DE MIOPATIA?

A

Doença de POMPE

E

Deficiência de Acilcarnitina

520
Q

PACIENTE COM POUCOS MESES DE VIDA, APRESENTANDO HIPOTONIA E INSUFICIENCIA CARDIACA

  • QUAIS DUAS DOENCAS TRATAVEIS?
A

doença de pompe

E

Deficiência de acilcarnitina

521
Q

CRIANÇA COM SUSPEITA DE DOENÇA DE POMPE

  • DEVEMOS INICIAR REPOSICAO DA ENZIMA ACIDO MALTASE DE FORMA EMPIRICA

V OU F

A

falso

  • pois se não haver a enzima, a criança vai fazer anafilaxia em caso de reposição sem realizar imunossupressao prévia
522
Q

OFTALMOPARESIA EXTERNA PROGRESSIVA COM NEUROPATIA PERIFERICA

PENSAR EM:

A

POLG

523
Q

DISTROFIA MUSCULAR OROFARINGEA

Ocorre por qual expansão?

A

Expansão do trinucleotideo GCN

  • Pode ser dominante ou recessivo
524
Q

DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA

Qual a apresentação clinica muscular?

A

INICIO TARDIO de: MANIFESTAÇÕES OCULOFARINGEAS COMO NOME DIZ.

PTOSE (100%) - mais comum e inicial
DISFAGIA/DISFONIA
Fraqueza muscular proximal
Oftalmoparesia menos comum

525
Q

DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA

Quais os possíveis sintomas extramusculares?

A

Demência e disfunção executiva

Hipoacusia

Disfunção respiratória

Fadiga

526
Q

DISTROFIA MUSCULAR OCULOFARINGEA

COMO E FEITO O DIAGNOSTICO?

A

Apresentação clinica
+
Teste genético (expansão do trinucleotideo)

  • CK geralmente normal.
527
Q

Início dos sintomas é precoce

V ou F

A

Falso

INICIO TARDIO, APOS OS 40 ANOS

528
Q

ADMINISTRACAO DE COENZIMQ Q10 - FORMA MANIPULADA/CAPSULA QUE VIRA PÓ

COMO SE ADMINISTRA?

A

De manhã, de preferência despejar o pó em algo gorduroso (como em uma gota de óleo)

529
Q

Prescrição de maizena e aveia para miopatias metabolicas/mitocondriais

Deve ser na forma de mingau

V OU F

A

Falso

Porque aí deixa de ser carboidrato complexo

530
Q

ACIDO URICO PODE ESTAR AUMENTADO NAS DOENCAS METABOLICAS

POR QUE?

A

Porque pode haver maior consumo da via das proteínas, gerando acúmulo de ácido úrico.

531
Q

PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA
- É ASSOCIADA COM MUTAÇÃO NO CANAL DE SÓDIO OU CÁLCIO?
- É AUTOSSÔMICA…

A

AUTOSSÔMICA DOMINANTE
- NOS 2, MAS PRINCIPALMENTE NO DE CÁLCIO
- CACNA1S: Canal de cálcio
- SCN4A: Canal do sódio

532
Q

PARALISIA PERIÓDICA HIPERCALÊMICA
- É ASSOCIADA COM MUTAÇÃO NO CANAL DE SÓDIO OU CÁLCIO?

A

AUTOSSÔMICA DOMINANTE, associada com MUTAÇÃO NO CANAL DE SÓDIO (SCN4A)

533
Q

PARALISIA PERIÓDICA HIPOCALÊMICA
- É ASSOCIADA COM QUAIS GATILHOS?

A

Gatilhos clássicos: Ingesta de carboidrato, alcool, descansar após exercício, estresse, medicações:

534
Q

PARALISIA PERIÓDICA HIPERCALÊMICA
- É ASSOCIADA COM QUAIS GATILHOS?

A

Gatilhos: jejum, descansar após atividade física prolongada, estresse

535
Q

DOENÇA DE ANDENSEN (Glicogenose tipo IV)

é caracterizado por:

A

ALTERAÇÃO HEPÁTICA

  • Acúmulo de polissacarídeos levando a INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA E CIRROSE.
  • pode
536
Q

QUAIS AS DIFERENÇAS CLÍNICAS DA MIOTONIA CONGÊNITA PARA A PARAMIOTONIA CONGÊNITA?

A

1º WARM UP: MELHORA DA MIOTONIA COM A REPETIÇÃO -> PRESENTE NA MIOTONIA CONGÊNITA

2º MIOTONIA DE PERCUSSÃO: PRESENTE NA MIOTONIA CONGÊNITA, raramente na paramiotonia

3º PIORA DA MIOTONIA COM REPETIÇÃO: PRESENTE NA PARAMIOTONIA

4º A MIOTONIA PARADOXAL DE FECHAMENTO OCULAR, EM QUE O FECHAMENTO E A ABERTURA OCULARES PIORAM COM A REPETIÇÃO, É EXCLUSIVA DA PARAMIOTONIA CONGÊNITA

5º EXPOSIÇÃO AO FRIO PIORA A MIOTONIA E PODE INDUZIR FRAQUEZA: PRESENTE NA PARAMIOTONIA CONGÊNITA

537
Q

COMO É A CPK NO DUCHENNE?

A

ELEVADA: 10 - 100 VEZES

538
Q

MIOPATIA DE NONAKA ou MIOPATIA GNE

É AUTOSSÔMICA ——, COM INÍCIO NA VIDA —

QUAL A CLÍNICA?

A

AUTOSSÔMICA RECESSIVA COM INÍCIO NA VIDA ADULTA JOVEM => MUTAÇÃO DO GENE GNE

  • MIOPATIA DISTAL:
    »> PRINCIPALMENTE DE MEMBROS INFERIORES: PÉ CAÍDO + FRAQUEZA DA MUSCULATURA ANTERIOR DA TÍBIA

> > > EVENTUALMENTE ACOMETIMENTO DE MEM BROS SUPERIORES: MUSCULATURA EXTENSORA

539
Q

WELANDER, NONAKA, MARKERSBERRY-GRIGGS, LAING, MIYOSHI

O QUE ESSAS MIOPATIAS POSSUEM EM COMUM?

A

SÃO DISTAIS!!

MIYOSHI: RECESSIVA, INICIO NA VIDA ADULTA, DISTAL EM MMII, ASSOCIADO COM DISFERLINOPATIA (Mesma de LGMD 2B)

WELANDER: DOMINANTE, INÍCIO NA VIDA ADULTA (40-60 anos), INÍCIO NAS MÃOS E DEPOIS NOS MMII.

NONAKA: RECESSIVA, INÍCIO NA VIDA ADULTA JOVEM, INÍCIO NOS MMII.

MARKERSBERRY-GRIGGS: DOMINANTE, INÍCIO NA VIDA ADULTA TARDIA, INÍCIO NOS MMII.

LAING: MMII DISTAL + FLEXOR DO PESCOÇO
(Eventually, finger extensors, shoulder and hip girdle muscles can become involved)

540
Q

MIOPATIA DE MIYOSHI

O QUE É?

É CAUSADO POR MUTAÇÃO NO GENE QUE CODIFICA A ____, MUTAÇÃO NELA TAMBÉM ESTÁ ASSOCIADA COM ____

A

DOENÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVA

  • INÍCIO NA VIDA ADULTA COM FRAQUEZA E ATROFIA EM MEMBRO INFERIOR DISTAL, PRINCIPALMENTE DE MUSCULATURA POSTERIOR.
  • MUTAÇÃO NO GENE QUE CODIFICA A DISFERLINA (Mutations in dysferlin are also associated with limb-girdle muscular dystrophy type 2B)
541
Q

o uso concomitante de estatina e fibrato aumenta o risco de miopatia?

A

SIM!!

This risk can also be increased by the use of other drugs, such as azole antifungals, macrolides antibiotics, antiretrovirals, and amiodarone, among others

542
Q

QUAIS OS TIPOS DE TOXICIDADE RELACIONADA AO USO DE ESTATINA?

A
  • AUMENTO ASSINTOMÁTICO DO CPK: Geralmente leve-moderada
  • MIALGIA COM ou SEM AUMENTO DO CPK: Pode melhorar após descontinuar medicação
  • RABDOMIÓLISE: complicação rara
  • MIOPATIA NECROTIZANTE IMUNOMEDIADA
543
Q

DISTROFIAS DE CINTURAS (LGMD)

  • TIPO 1 É DOMINANTE e TIPO 2 É RECESSIVO

OS 2 SUBTIPOS PRINCIPAIS SÃO QUAIS?

A

RECESSIVOS

LGMD 2A (CALPAINOPATIA)

LGMD 2B (DISFERLINOPATIA)

544
Q

__% dos casos de ELA são familiares

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

5-10%

545
Q

Qual a doença neurodegenerativa mais comum do neurônio motor?

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

ELA

546
Q

O que significa “esclerose lateral amiotrófica”?

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A
  • Esclerose lateral -> comprometimento do NMS;
  • Amiotrófica -> atrofia muscular pela degeneração do NMI.

Obs.: também chamada de “doença de Charcot” ou “doença de Lou Gehrig”.

547
Q

Epidemiologia da ELA?

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A
  • Incidência: 0,46-2,39 a cada 100.000 habitantes;
  • Prevalência: 2-11: 100.000 habitantes;
  • M 1,5 : 1 F (invertida na forma bulbar, mais comum nas mulheres);
  • Idade média: 55-65 anos; 5% dos casos a partir da segunda década de vida;
  • Progressiva e fatal, com idade média de 3 anos após início da fraqueza;
  • 10% dos pacientes atingem mais de 10 anos de doença;
  • Insuficiência respiratória -> principal causa de mortalidade nesses pacientes;
  • 5% dos pacientes possuem histórico familiar;
  • Outras doenças neurodegenerativas podem se sobrepor, como DFT, DA e DP.

75-80% dos casos é de início espinhal -> comprometimento inicial de membros
20-25% -> comprometimento bulbar inicial.

A doença apresenta pico na sétima década de vida, mas vem antecipando ao longo dos tempos.

548
Q

Os sintomas da ELA decorrem de três parâmetros principais - quais são?

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

Os sintomas decorrem de ->

  • Local do surgimento da doença (segmento cefálico ou membros);
  • Tipo de células envolvidas (NMS ou NMI);
  • Taxa de progressão da doença.

Segmentos -> cefálico, cervical, torácico e lombossacral;

Forma clássica -> comprometimento de dois ou mais segmentos;

549
Q

Quais são os sistemas envolvidos na ELA?

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A
  • NMS do giro pré-central e pré-frontais (envolvidos no planejamento ou orquestração motora);
    A perda de neurônios pré-frontais -> comprometimento cognitivo, disfunção executiva, percepção alterada das implicações sociais e comportamentos mal-adaptativos.
  • NMS -> fraqueza mais leve, espasticidade, perda de destreza e reflexos exaltados (liberação piramidal);
  • NMI nos cornos anteriores da medula e no TE -> fraqueza muscular progressiva, atrofia, fasciculações, cãibras, arreflexia e hipotonia.
550
Q

ELA - doença única?

A

Não!

Causada por diferentes cascatas fisiopatológicas que compartilham como consequência comum a perda progressiva preferencial dos neurônios motores.

551
Q

Qual a fisiopatologia da ELA?

Manual do Residente de Neurologia, 2021

A

A ELA não é um diagnóstico nosológico único, mas um diagnóstico clínico para diferentes cascatas. Que compartilham a perda progressiva do NM.

Alterações de processamento do RNA estão envolvidas na maior parte das cascatas patológicas envolvidas na ELA.

O acúmulo de proteínas malformadas tem paralelos com outras doenças degenerativas, como DA, DP e DH.

O processo patológico surge dentro do neurônio motor e se propaga através deste.

Teoria de disseminação príon-like -> o início focal com a propagação por disseminação da proteína malformada;

Padrão de malignidade -> uma única mutação no DNA ou mutações somativas conferem a atividade patológica e sua disseminação subsequente.

Tabagismo, envelhecimento e toxinas exógenas (sobretudo a BMAA, presente num tipo de planta das ilhas Guam) -> mais associações a alterações do DNA, levando à ELA.

Degeneração Axonal:

Os axônios motores morrem por degeneração Walleriana na ELA e os neurônios motores grandes são afetados mais que os menores;

Os ramos colaterais dos axônios sobreviventes tentam reinervar as fibras desnervadas.

552
Q

Quais são os caminhos para a morte celular na ELA?

A
  1. Excitotoxicidade glutamatérgica (alteração da expressão/atividade do receptor EAAT2 do glutamato nos astrócitos);
  2. Estresse no retículo endoplasmático, induzido por interações anormais entre o SOD1 mutado e as proteínas malformadas (a SOD participa da dismutação do radical livre superóxido, íon altamente lesivo às células);
  3. Inibição do proteossomo;
  4. Disfunção mitocondrial pela deposição da SOD1 em sua membrana, provocando liberação do citocromo C no neurônio e estresse oxidativo nos astrócitos;
  5. Produção de radicais livres pelas células gliais;
  6. Defeitos no transporte axonal;
  7. Suporte trófico mediado pelas células de Schwann.
553
Q

ELA

  • Achados Motores + afeto pseudobulbar + alteração cognitiva variável

são os achados clínicos?

A

VERDADEIRO

  • Achados motores de sinais de neuronio motor superior e inferior
  • Afeto pseudobulbar: pode estar presente por lesão do trato corticopontinocerebelar
  • Alterações cognitivas: 1/2 dos pacientes (5 - 15% associado com DFT; alteração executiva é comum)
554
Q

SPLIT-HAND SIGN

e

ATROFIA DA LINGUA

  • ASSOCIADO COM QUAL DOENÇA?
A

ELA

Atrofia da mão: primeiro interosseo dorsal (ulnar) e abdutor pollicis brevis (mediano)

555
Q

QUAIS OS ACHADOS ENMG DA ELA?

A

Sinais de denervação aguda (potenciais de fibrilação e ondas agudas) e cronica em multiplos miótomos

*PS: Pacientes demandam RNM do menor nivel do neuronio motor

556
Q

ELA se demonstrou com alta incidência em atletas - V ou F?

A

Verdadeiro.

557
Q

Primeira mutação descoberta da ELA?

A

SOD1 -> realizados estudos animais a partir dessa mutação
10% das formas familiares.

558
Q

QUAIS AS DOENÇAS PURAMENTE DO NEURONIO MOTOR?

A

Doenças puramente do neurônio motor

Adquirido do NMS: Esclerose lateral primária

Adquirida do NMI: Atrofia muscular progressiva

Genética do NMS: SPG (Paresia espástica)

Genética do NMI: AME

OS DOIS: ELA e FLAIL Arms e Leg (começam como NM

559
Q

O que prega a teoria oligogênica (ELA)?

A

Múltiplas variantes genéticas podem interagir e compor o quadro clínico.

560
Q

Qual o papel da investigação genética na ELA?

A
  1. Não é diagnóstico - é clínico e eletroneuromiográfico;
  2. Aconselhamento familiar? - Controverso - idade de início mais tardia, geralmente já possuem filhos; há penetrância incompleta (transmitir não significa necessariamente que a doença será transmitida);
  3. Compreensão dos mecanismos fisiopatogênicos;
  4. Terapias gênicas - SOD1, FUS e C9ORF72, bem como targets generalizados, como o ATXN2.
561
Q

Qual a característica principal da ELA?

A

Envolvimento PROGRESSIVO de segmentos DIFERENTES! (Cranianos -> Cervicais -> torácicos -> lombossacros). (Não necessariamente nessa ordem).

562
Q

O que é a progressão “em Z” da ELA?

A

Quadro típico
Ex: Mão direita -> mão esquerda -> perna direita -> perna esquerda

563
Q

Quais os genes mais estudados da ELA?

A
564
Q

QUAIS AS DOENÇAS PURAMENTE DO NEURONIO MOTOR?

A

Doenças puramente do neurônio motor

Adquirido do NMS: Esclerose lateral primária

Adquirida do NMI: Atrofia muscular progressiva

Genética do NMS: SPG (Paresia espástica)

Genética do NMI: AME

OS DOIS: ELA e FLAIL Arms e Leg (começam como NM

565
Q

Sintomas neuropsiquiátricos da ELA?

A
  1. Afeto pseudobulbar;
  2. Disexecução;
  3. Depressão;
  4. Demência Frontotemporal.
566
Q

Segmentos clássicos da ELA?

A
  1. Bulbar;
  2. Cervical;
  3. Torácica;
  4. Lombossacra.
567
Q

Principais genes mendelianos com segregação para ELA?

A

SOD1
C9Orf72
VAPB
TARDBP (TDP43)

Em até 10% dos casos esporádicos, possui-se uma causa mendeliana - pode repassar a doença!

568
Q

Existe um aumento de transcriptos de retrovírus endógenos de pacientes com ELA - V ou F?

A

Verdadeiro! Correlacionam-se com a TDP43.

569
Q

Padrão de agregação da TDP43 (ELA)?

A

Degeneração transneuronal ANTERÓGRADO - NMS -> NMI.

570
Q

Quais os agregados presentes no citoplasma dos neurônios afetados pela ELA?

A

97% apresentam agregados de TDP43.

571
Q

Características do C9ORF72?

A

Características do C9ORF72?

572
Q
A
573
Q

Quais distúrbios do movimento são os mais comuns nos pacientes com C9ORF72?

A

Parkinsonismo, tremores e mioclonia.
Obs.: podem preceder os sinais de ELA e DFT ou mesmo isoladamente.

574
Q

TARDBP - quais outras doenças podem estar associadas, além da ELA?

A

DFT
Parkinsonismo

575
Q

Características do gene VCP?

A
  1. Valosin containing protein;
  2. Causam miosite por corpúsculos de inclusão, doença de Paget, ELA, DFT;
  3. Herança familiar, podem causar todas as doenças em um mesmo paciente ou uma doença em cada membro da família;
  4. Proteinopatia multissistêmica.
576
Q

Mutação da ELA descrita apenas em território brasileiro?

A

VAPB - predomínio do NMI, sobretudo na musculatura axial, com fraqueza abdominal, tremor e disautonomia (sobretudo diarreia)

577
Q

Casos familiares na ELA?

A

5-10% dos casos
50% possuem herança mendeliana

  • Maioria padrão autossômico dominante, com penetrância reduzida (também existem padrões recessivos e ligados ao X);
578
Q

Qual a fisiopatologia da ELA por C9ORF72?

A

O C9ORF72 participa da produção de RNAs tóxicos.

579
Q

Gene de maior relevância na ELA familiar?

A

Cromossomo 9 - hexanucleotídeo - C9ORF72 - mais de 70% dos casos de ELA familiar e algumas esporádicas (nos países nórdicos).

Alta incidência como primomutação em pacientes sem histórico familiar.

580
Q

Qual cromossoma relaciona ELA e DFT?

A

Cromossoma 9
(5% das DFTs apresentam DNM)

581
Q

Características da TARDBP?

A
  1. 97% das formas familiares e esporádicas da ELA apresentam agregados da TDP-43;
  2. TDP-43 é uma proteína nuclear que atua na regulação do splicing, estabilização de transcritos, apoptose, divisão celular e biogênese de microRNA;
  3. Várias outras “RNA-binding proteins” já foram associadas à fisiopatogenia da ELA;
  4. Mutações do gene da TARDBP são responsáveis por 1% dos casos esporádicos e 5% dos casos familiares.
    Não é um alvo visando-se o gene - sua falta e seu excesso são patológicos.
582
Q

ELA que cursa com predomínio do NMI, sobretudo na musculatura axial + tremor fino (lembra tremor essencial)?

A

VAPB
(Pouca fraqueza nos membros, mas andar com instabilidade, barriguinha de chopp).

583
Q

Primeira mutação descoberta da ELA?

A

SOD1 -> realizados estudos animais a partir dessa mutação
10% das formas familiares.

584
Q

Onde age a TDP43 e onde a mesma se acumula na ELA?

A

Age no núcleo. Acumula-se no citoplasma e axônio.

585
Q

Números de genes já associados à ELA?

A

> 100 genes (sendo 30 mais relevantes)

586
Q
A
587
Q

UNC13A x ELA?

A

Variação genética que pode piorar a sobrevida dos pacientes com ELA. (Fator genético modificador).

588
Q

SOD1 - Mutação A4V ou A5V (A - Alanina; V - Valina)?

A

Curso agressivo, sobrevida de 10 meses, penetrância completa
ELA clássica

589
Q

O tamanho da expansão do C9ORF72 tem correlação com o quadro clínico, idade de apresentação e agressividade da ELA?

A

Acredita-se que não.

Obs.: o número de repetições no córtex pré-frontal não é o mesmo do sangue e do cerebelo.

590
Q

Gene que pode cursar com ELA (ALS 8) ou AME não-5q?

A

VAPB.

591
Q

Mutação da FUS que causa forma grave e juvenil da ELA?

A

P525L
(Prolina na posição 525 da Leucina).

592
Q

Quais os principais subtipos da ELA?

A
593
Q

No primeiro défice do paciente com ELA, qual a perda neuronal?

A

Mais de 50% da unidade motora

594
Q

Forma bulbar da ELA - fatores de risco?

A

Mulheres idosas

595
Q

Fenótipo “flail arm syndrome” da ELA - características?

A

Homem > M (9:1)
Nos MMSS, a doença é de rápida progressão (NMI) - diagnóstico diferencial com miopatias
Demais segmentos, lenta progressão (NMS)
Bilateral, simétrico
Melhor prognóstico
“Homem no barril”

596
Q

Subtipo de ELA com pior sobrevida?

A

ELA de início bulbar.

597
Q

Homem x mulher - predomínio de NMS na ELA?

A

Mulher

598
Q

ELA restrita ao segmento cefálico?

A

Paralisia bulbar progressiva. (Ela forma bulbar). Os pacientes costumavam morrer antes de manifestarem no início do corpo.

599
Q

Variante de Mill?

A

ELA hemiplégica.
É variante da Esclerose Lateral Primária, porém só compromete um dimídio.
Hemiplegia ascendente ou descendente de NMS

600
Q

Características da forma de início espinhal da ELA?

A

Comprometimento assimétrico de NMS e NMI entre os membros.

601
Q

Homem x mulher - predomínio de NMI na ELA?

A

Homem.

602
Q

Características da ELA bulbar?

A

Comprometimento de NMS e NMI em músculos bulbares.
Forma de mau prognóstico.
Mulheres idosas.

603
Q

Afeto pseudobulbar na ELA - prognóstico?

A

Marcador isolado de mau prognóstico.

604
Q

Características da ELA por Atrofia Muscular Progressiva?

A

Comprometimento de NMI em braços e pernas, geralmente PROXIMAL.

605
Q

Paralisia bulbar progressiva - características de NMS x NMI?

A

Obs.: SEMPRE realizar os reflexos axiais da face!
Os pacientes que mais possuem alterações comportamentais na ELA são justamente os da PBP - afeto pseudobulbar.

606
Q

Subtipo de ELA com melhor prognóstico de sobrevida?

A

Esclerose lateral primária.

607
Q

Principais sintomas bulbares da ELA?

A
  1. Disfagia;
  2. Espasmos laríngeos;
  3. Sialorreia.
608
Q

ELA de início no NMI?

A

AMP - Amiotrofia muscular progressiva - fica restrita ao NMI, mas em todo o corpo.

609
Q
A
610
Q

QUAIS AS DOENÇAS PURAMENTE DO NEURONIO MOTOR?

A

Doenças puramente do neurônio motor

Adquirido do NMS: Esclerose lateral primária

Adquirida do NMI: Atrofia muscular progressiva

Genética do NMS: SPG (Paresia espástica)

Genética do NMI: AME

OS DOIS: ELA e FLAIL Arms e Leg (começam como NM

611
Q

QUAIS AS DOENÇAS ADQUIRIDAS PURAS DO NEURONIO MOTOR SUPERIOR E INFERIOR (Combinada)?

A

OS DOIS: ELA e FLAIL Arms e Leg (começam como NMI)

612
Q

QUAIS AS DOENÇAS ADQUIRIDAS PURAS DO NEURONIO MOTOR SUPERIOR?

A

Adquirido do NMS: Esclerose lateral primária

613
Q

QUAIS AS DOENÇAS ADQUIRIDAS PURAS DO NEURONIO MOTOR INFERIOR?

A

ATROFIA MUSCULAR PROGRESSIVA

614
Q

QUAL A DOENÇA GENÉTICA PURA DO NMS?

A

SPG (Paresia espástica)

615
Q

QUAL A DOENÇA GENÉTICA PURA DO NMI?

A

AME

616
Q

FLAIL ARMS E FLAIL LEG

O QUE É?

A

VARIANTES DO ELA

(Geralmente começam como NMI)

  • ARMS: Acometimento do segmento superior -> slowly progressive loss of arm function, which is often initially asymmetric and proximal
  • LEG: Acometimento do segmento inferior -> slowly progressive and asymmetric but may be proximal or distal at onset
617
Q

DOENÇA DE HIRAYAMA (Amiotrofia monomélica)

O que é?

A

Fraqueza assimétrica em MMSS de homens jovens = MIÓTOMOS BAIXOS - geralmente

geralmente envolve C8-T1

618
Q

DOENÇA DE HIRAYAMA (Amiotrofia monomélica)

QUAL A CLÍNICA?

A

Atrofia e fraqueza de MMSS em jovens adultos, tipicamente insidiosa, tipicamente unilateral ou assimétrica e sem sinais piramidais

It is also characterized by muscle weakness and atrophy in the hand and forearm with sparing of the brachioradialis, giving the characteristic appearance of oblique amyotrophy that affects the C7, C8 and T1 myotomes

  • Fisiopatologia: Chronic microcirculatory changes in the territory of the anterior spinal artery induced by repeated or sustained flexion account for the necrosis of the anterior horns of the lower cervical cord, which is the hallmark of pathology 5.

Forward displacement of the dura with flexion leading to compression of the spinal cord with resultant ischemia of the anterior horn cells at C8 and T1

RNM cervical: EM Flexão

On myelograms and flexion-extension MR images, there can be a forward migration of the posterior wall of the dura mater. The posterior epidural space becomes enlarged with flexion and is seen as a crescent.

At the site of maximal forward shift of the posterior dural sac the spinal cord is dynamically compressed with a reduction in the AP diameter of the cord compared to neutral imaging

  • > Hipersinal em T2 na flexão
  • > Aumento do espaço liquórico dural posterior e achatamento da medula na flexão
619
Q

DOENÇA DE KENNEDY (Atrofia muscular e bulbar)

  • O QUE É?
  • Qual a clínica?
A

Doença ligada ao X: Mutação no receptor de androgeno

Clínica:

Doença do motoneurônio inferior e neuropatia senstitiva + outros

  • Fraqueza iniciando na região bulbar => lombossacal => cervical
  • Fraqueza, fasciculação e caimbra
  • Hipoandrogenismo: infertilidade, ginecomastia
620
Q

Quais os genes mais estudados da ELA?

A
621
Q

Mutações no C9ORF72 são associadas com

A

PRINCIPAIS CAUSAS DE DFT e ELA familiares - DFT COM SINTOMAS DE DOENÇA DO NEURÔNIO MOTOR
- Além de ser possível causa de Coreia hereditária (fenótipo huntington like)

622
Q

Como pesquisar fasciculações em pacientes com ELA?

A

Nos segmentos cervico, braquiotoracico e lombar

  • pois tem que ter em ao menos 3 segmentos
  • para induzir fasciculacao podemos procurar em posição de ação

DESPIR O PACIENTE E OBSERVAR FASCICULAÇÃO EM TODOS OS SEGMENTOS!! PODEMOS INDUZIR COM PERCUSSÃO DO MÚSCULO E POSTURA DE AÇÃO

623
Q

Paciente com suspeita de ELA, porém com estenose de medula cervical

Como podemos fechar o diagnóstico clinicamente?

A

A
Se tiver alteração de segmento bulbar, pois a estenose cervical não justificaria

624
Q

DISFUNÇÃO DE ESFINCTER É COMUM NA DOENÇA DE ELA

V OU F

A

FALSO, POIS OS NEURÔNIOS SACRAIS RESPONSÁVEIS GERALMENTE SÃO POUPADOS.

Disautonomia e sintomas sensitivos também são INcomuns

625
Q

ESCLEROSE LATERAL PRIMÁRIA

QUANDO HÁ SINTOMAS DE NEURONIO MOTOR SUPERIOR, SEM SINTOMAS DE NEURONIO MOTOR INFERIOR, APÓS ___ TEMPO DO INÍCIO DOS SINTOMAS

A

3 ANOS

É CONSIDERADO DO ESPECTRO DA ELA
TIPICAMENTE INICIA NA 6ª DÉCADA COM TETRAPARESIA ESPÁSTICA PROGRESSIVA, NEUROPATIA CRANIANA TARDIA

626
Q

ELA HEREDITÁRIO GERALMENTE É AUTOSSÔMICA…

A

Dominante

although autosomal recessive forms occur and X-linked inheritance is rare.

627
Q

MUTAÇÃO NO GENE SOD1 CORRESPONDE A CERCA DE 20% dos casos de

A

ELA familiar

628
Q
A
629
Q

Achado Histopatológico nos neuronios motores de pacientes com ELA

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Corpos de Bunina

630
Q

Como geralmente se inicia clinicamente a ELA?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Fraqueza e atrofia em membro superior ou inferior assimétrica
OU
Disfunção bulbar progressiva (disartria e disfagia)

631
Q

Cerca de ___ dos casos de ELA se iniciam com fraqueza unilateral do membro superior

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

1/3

632
Q

Cerca de ___ dos casos de ELA se iniciam com fraqueza unilateral do membro inferior

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

1/3

633
Q

Cerca de ___ dos casos de ELA se iniciam com disfunção bulbar

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

1/3

634
Q

Sobrevida média de paciente com ELA após início dos sintomas

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

3 anos

10% vivem mais de 10 anos

20% vivem mais que 5 anos

635
Q

Nos critérios diagnósticos de ELA de El Escorial, o que define um diagnóstico Clinicamente Definitivo?

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

Presença de sinais de NMS e NMI em 3 ou 4 dos 4 segmentos estudados (Bulbar, Cervical, Torácico e Lombar)

636
Q

Nos critérios diagnósticos de ELA de El Escorial, quais são as 4 regiões do corpo estudadas?

A

Bulbar
Cervical
Torácica
Lombar

637
Q

Nos critérios diagnósticos de ELA de El Escorial, o que define o acometimento de um segmento corpóreo?

A

Presença de sinais de doença do NMI em ao menos 2 musculos diferentes, inervados por 2 nervos diferentes em 2 miótomos diferentes
+
Sinais de doença do NMS no mesmo segmento

638
Q

Nos critérios diagnósticos de ELA de El Escorial, o que define um diagnóstico Clinicamente Provável?

A

Presença de 2 de 4 segmentos corporeos com sinais de NMS e NMI

639
Q

Nos critérios diagnósticos pelo El Escorial, como definir “ELA provável com suporte laboratorial”?

A

Sinais de NMS e NMI em uma região ou sinais de NMS em uma ou mais regiões associados à evidência de denervação aguda à eletroneuromiografia em dois ou mais segmentos.

640
Q

Nos critérios diagnósticos do “El Escorial’, como definir “ELA possível”?

A

Sinais de NMS e NMI em uma região somente.

(O que já fecharia diagnóstico pelo Gold Coast)

641
Q

Pelos critérios diagnósticos do El Escorial, como definir “suspeita de ELA”?

A

Sinais de NMS em uma ou mais regiões (bulbar, cervical, torácica ou lombossacra).
Sinais de NMI em uma ou mais regiões (bulbar, cervical, torácica ou lombossacra).

642
Q

Resumo dos critérios diagnósticos do El Escorial?

A
643
Q

Critérios diagnósticos Gold Coast para ELA?

A
644
Q

Como definir a disfunção de NMS na ELA?

A

1Disfunção do neurónio motor superior implica a presença de pelo menos 1 dos seguintes achados clínicos:
1. Aumento dos reflexos tendinosos profundos, incluindo a presença de um reflexo num músculo clinicamente
enfraquecido e atrofiado, ou extensão aos músculos adjacentes.
2. Presença de reflexos patológicos, incluindo o sinal de Hoffman, sinal de Babinski, reflexo adutor cruzado ou
reflexo do beicinho.
3. Espasticidade
4. Lentificação e incoordenação nos movimentos voluntários, não atribuível a fraqueza com origem no neurónio
motor inferior ou sinais de Parkinsonismo

645
Q

Evidência ao exame clínico de fraqueza muscular e atrofia muscular, Fraqueza muscular e Atrofia muscular

ou

Anomalias EMG que devem incluir:

Ambas as evidências de alterações neurogênicas crônicas, definidas por aumento da duração e/ou amplitude dos
potenciais
de unidade motora largos, com a presença de polifasia e a instabilidade de unidade motora considerada como evidência a favor não obrigatória.

E evidência de desenervação em curso, incluindo:
Potenciais de fibrilação ou ondas agudas positivas
potenciais de fasciculação

Deve haver anomalias clínicas ou EMG em 2 músculos apendiculares inervados por raízes e nervos diferentes, ou 1 músculo bulbar, ou 1 músculo torácico

A
646
Q

Critérios de Awaji para o diagnóstico de ELA

A
647
Q

Principal diagnóstico diferencial de ELA

Mayo Clinic, 2ª Ed, 2022

A

NMM

648
Q

Nome do criterio diagnóstico mais utilizado para ELA

Mayo Clinic Board Review 2ed 2022

A

El Escorial

649
Q

Principais diagnósticos diferenciais da ELA com sinais de NMS

A
650
Q

Principais diagnósticos diferenciais de ELA com comprometimento de NMI

A
651
Q

Principais diagnósticos diferenciais de ELA com comprometimento de ambos NMS e NMI

A
652
Q

Principais diagnósticos diferenciais de ELA com comprometimento bulbar

A
653
Q
A
654
Q

Qual a epidemiologia associada a variante Flail Arm da ELA?

A

Acomete homens (9:1)

655
Q

Que doença infecciosa pode mimetizar ELA?

Continuum, 2023

A

HIV

656
Q

Caracterize o acometimento da ELA no membro inferior evolutivamente

Continuum, 2023

A

Inicia na porção distal do membro (pé caído) e evolui com cãibras/fasciculações e posterior envolvimento proximal do membro

657
Q

Principais achados na RNM Encefalo na ELA

Continuum, 2023

A

1 - Sinal da Banda Cortical/Motor Band Sign (SWI) - presente em ate 80% dos casos
2 - Hipersinal FLAIR/T2 no Trato Corticoespinhal

658
Q

Medicamento no tratamento de ELA por mutações no SOD-1

Continuum, 2023

A

Tofersen

659
Q

Ventilação não Invasiva na ELA deve ser indicada quando a CVF estiver ____

Continuum, 2023

A

< 50%

660
Q

A Indicação de gastrostomia na ELA deve ser feita preferencialmente com uma Espirometria mostrando a CVF ____

Continuum, 2023

A

> 50%

661
Q

Como está o CPK na ELA?

Continuum, 2023

A

Pode estar aumentado, mas <1000

662
Q

Edaravone - ação - ELA?

A

Diminui os radicais livres liberados na morte neuronal, diminuindo apoptose dos demais.

  • Agente antioxidade -> elimina os radicais livres de pirazolona, para diminuir o declínio funcional em pacientes com ELA.
663
Q

Forma de comprovada eficácia do edaravone na redução da progressão da ELA?

A

IV
(Estudos em curso com a forma oral).

664
Q

Características do gene da ataxina 2 (ATXN2)?

A
  1. Repetição de trinucleotídeos da ATXN2 é causa conhecida de ataxia espinocerebelar (> 34 repetições);
  2. Repetições intermediárias foram associadas à DNM;
  3. Funções -> processamento de RNA; Endocitose; Induz a clivagem do TDP43 anormal via caspase 3.

Oligonucleotídeos bloqueando a ataxina 2 -> redução de agregação de TDP43 -> pode ser importante em todos os pacientes com agregados de TDP43.

665
Q

Intuito do uso da Rasagilina na ELA?

A

Melhora do metabolismo mitocondrial por inibição da MAOB, visando a uma melhora de sobrevida e progressão de doença.
Ainda em estudos. Parece ser útil somente naqueles pacientes que apresentam a progressão mais rápida da doença.

666
Q

Função do Arimoclomol na ELA?

A

Prolonga a ativação das chaperonas

Parece ser bem tolerado e aparesentar melhoras prognósticas da ELA SOD1

667
Q

Quais foram as medicações aprovadas até então para o tratamento da ELA?

A

Riluzol
Dextrometorfano/quinidina -> labilidade emocional
Edaravone -> efeito marginal -> diminuição da produção de radicais livres

668
Q

Metilcobalamina e ELA?

A
  1. Forma ativa da B12;
  2. Anti-glutamatérgica - neuroregeneradora;
  3. Prolonga a sobrevida e diminui a progressão da doença em indivíduos < 12 meses de doença. Efeito dose-dependente. (25-50 mg IM 2x/semana);
  4. Ainda necessita de mais estudos.
669
Q

Medicações para tratamento do afetopseudobulbar (risos e choros imotivados) na ELA?

A

Amitriptilina, fluvoxamina e citalopram
Dextrometorfan (não disponível no Brasil)

670
Q

TARV usada na ELA?

A

Triumeq - Abacavir + Lamivudina + Dolutegravir
Aparentemente reduz a velocidade de progressão em 21%.

671
Q

O que monitorizar do ponto de vista respiratório no paciente com ELA?

A

CVF < 80% já fala a favor de comprometimento restritivo.
Sniff-nasal - sobretudo em pacientes com comprometimento bulbar, que não conseguem soprar1

672
Q

O que evitar na insuficiência respiratória na ELA (e em outras causas de doença neuromuscular)?

A

IRespA hipercápnica -> desloca-se a curva de saturação da hemoglobina, mas o O2 está adequado.
Assim, evitar oxigênio sem ventilar.
Evitar CPAP

673
Q

Aderência ao tratamento e primeira hospitalização com o riluzol para ELA?

A

Aderentes - 900 dias até primeira internação
Não aderentes - 579 dias

674
Q

Drogas para ELA com ação de inibição de apoptose?

A

TUDCA - Ácido Tauroursodeoxicólico
Fenilbutarato

Parecem ter efeito nos de mais rápida progressão (perda de mais de um ponto/mês).
6% de descontinuidade por diarreia.

675
Q

Medicações usadas na ELA para tratamento de sialorreia?

A

Amitriptilina
Atropina oral
Propantelina transdérmica
Refratários: toxina botulínica

676
Q

Não demonstraram benefício previamente mas voltaram a ser testadas para ELA?

A

Vitamina E (antioxidante)
Memantina

677
Q

Tratamento da dor na ELA?

A

Analgésicos comuns
AINES
Posicionamento adequado durante o dia e no sono

678
Q

Quando indicar o uso de VNI na ELA?

A

Se o paciente negar -> cuidados paliativos.

  • Melhora a qualidade de vida dos pacientes e prolonga a vida quando bem utilizado
679
Q

Benefícios da VNI na ELA?

A
  1. Prolonga a sobrevida (maior benefício que o riluzol);
  2. Melhora a qualidade de vida naqueles com disfunção bulbar;
  3. Dispositivo de tosse assistida (cough assist) pode ser benéfico, desde que não haja espasticidade dos segmentos bulbares.
680
Q

VMI na ELA?

A

Traqueostomia.

681
Q

Principal motivo para VNI se tornar ineficiente na ELA?

A

Manejo inadequado de secreções.

682
Q

Tratamento de caimbras na ELA?

A

Levetiracetam
Carbamazepina
Fenitoína
Quinino
Fisioterapia/alongamentos/hidroterapia

683
Q

Tratamento celular na ELA?

A

Células-tronco mesenquimais ou neuronais (autólogas) - seguro e reduz progressão no grupo intratecal.

Os ensaios com células tronco têm sinalizado benefícios no sentido de liberação de substâncias neurotróficas, protegendo os neurônios ainda funcionantes, e não na substituição da rede neuronal já danificada.

684
Q

Como inicia a disfagia na ELA?

A

Disfagia para líquidos!

685
Q

Quais as evidências para gastrostomia na ELA?

A

Melhora o estado nutricional
Sem evidências que melhora o número de aspirações.
Atrasar a gastrostomia aumenta os riscos do procedimento - pela piora do padrão respiratório
Utilizar cânulas de GTT de diâmetros 18-22

686
Q

Por que fazer gastrostomia guiada por imagem e não endoscópica percutânea na ELA avançada?

A

Para evitar sedação e piora do padrão ventilatório.

687
Q

Medicação que houve uma melhora >/= 1,5 pontos/mês na escala funcional da ELA?

A

NUROWN - transplante mesenquimal autólogo de medula óssea - o efeito era melhor logo após a aplicação e ia caindo ao longo dos tempos. Sugere necessidade de refazer o transplante.

688
Q

Tratamento da espasticidade da ELA?

A

Fisioterapia/alongamentos
Baclofeno/tizanidina
Casos refratários: baclofeno intratecal

689
Q

Tratamento de depressão na ELA?

A

Amitriptilina (sobretudo se sialorreia)
ISRS
Mirtazapina

690
Q

Subtipo de ELA que tem maior relevância o uso do Riluzol?

A

Ela de início bulbar.

691
Q

Qual a escala funcional utilizada na ELA?

A

ALSFRS-R -
ALS Functional Rating Scale Revised
< 0,5/mês - lento
>/= 1/mês - rápido
Pontuação total = 48 pontos
12 itens

692
Q

Qual a desvantagem da escala funcional da ELA nos estudos dos fármacos?

A

Não consegue demonstrar pequenas melhorias.

693
Q

Resumão de tratamento da ELA

A
694
Q

Mecanismo de ação do Riluzol

A

Riluzol ->
* Antiglutamatérgico -> bloqueia a liberação pré-sináptica do glutamato;
* Eficácia questionável -> benefício terapêutico de 3-4 meses de aumento de sobrevida.
* Sem efeito algum nos parâmetros clínicos da doença (o paciente não se sentirá melhor, apenas não se sentirá pior).

695
Q

Dieta x ELA

A
  • Pacientes com ELA deverão receber dieta HIPERCALÓRICA e HIPERPROTEÍCA;
  • Quanto melhor o componente nutricional, melhor será o prognóstico do paciente;
  • Consultas com nutricionista (evitar o emagrecimento) e fonoaudiólogos (a disfagia);
  • GTT ->
    o Pacientes que não conseguem manter a alimentação + CVF > 50% do previsto;
    o Deve ser realizado antes da completa incapacidade oral do paciente, correndo o risco de não ser possível a posteriori devido à necessidade de anestésicos em pacientes que não desejem traqueostomia.
696
Q

Atividades físicas x ELA

A
  • Inicialmente não é necessária uma restrição às atividades físicas;
  • Os pacientes devem ser incentivados a continuarem suas atividades no início da doença;
  • A atividade física ajuda a estimular as vias funcionantes e a reinervação;
  • Não devem se exceder ao ponto de fadiga -> sobrecarga e sofrimento das vias ainda ativas.
697
Q

Principais complicações da ELA

A
  1. Deterioração da deambulação;
  2. Disfagia com pneumonia por aspiração e desnutrição;
  3. Insuficiência respiratória;
  4. Complicações pela síndrome de imobilidade, como LPP e infecções de pele; tromboses de veias profundas e TEP; além de dor;
  5. Incapacidade progressiva de vida diária.
698
Q

Quando suspeitar de ELA

A

Suspeitar sempre que se tem uma perda insidiosa de função motora, de forma indolor, em uma ou mais regiões do corpo, e que não se tenha nenhuma outra causa imediatamente evidente.

699
Q

Quais os sinais mais precoces na ELA?

A

No NMI -> as fasciculações podem ocorrer precocemente, sobretudo em língua e membros;
NMS -> primeiros sinais -> reflexos exaltados e hipertonia muscular. (Os reflexos podem estar diminuídos devido ao comprometimento do NMI).

Outros sinais de NMS -> afeto pseudobulbar, reflexos axiais de face inesgotáveis, sinal de Babinski, protrusão labial e de preensão palmar.

No início da doença, já foram perdidos cerca ade 50% das unidades motoras.

Do início dos sintomas até o diagnóstico, demora-se cerca de um ano.

700
Q

Na ELA, os exames de imagem são utilizados apenas para se excluírem os diagnósticos diferenciais, como mielopatias cervicais - V ou F?

A

Verdadeiro.

701
Q

ELA x MUNE

A

MUNE -> Motor Unit Number Estimate -> estimative do número de unidades motoras num músculo específico -> restrito a centros de pesquisa.

702
Q

Principais diagnósticos diferenciais da ELA

A
  • Comprometimento bulbar de NMS -> AVC, siringobulbia, desmielinizantes centrais; ;
  • Bulbar de NMI -> paralisia de nervos cranianos;
  • Membros, NMS -> mielopatia e paraparesia espástica hereditária;
  • Membros, NMI -> NMM, Hirayama e doença de Kennedy.
    NMM -> variante motora da PIDC; não comprimento dependente; assimétrica; pode evoluir com atrofia e fasciculações nos segmentos afetados;
    Seu padrão de ENMG é DESMIELINIZANTE, em contraponto ao padrão axonal visto nas doenças do NMI.
    Importante DDX sobretudo por possuir tratamento específico.
    Kennedy -> atrofia bulboespinhal ligada ao X -> herança RECESSIVA ligada ao X; expansão do CAG que codifica o receptor de androgênio. Idade de início entre a 3ª e a 5ª décadas; NMI + sinais de hipogonadismo – infertilidade, ginecomastia e atrofia testicular.
    Amiotrofia monomélica de Hirayama -> NMI restrita a um membro, em geral MS. Benigna e lentamente progressiva. RM com flexão cervical demonstra compressão da medula.
703
Q

Características da Atrofia Muscular Progressiva

A
  • Variante com comprometimento restrito aos NMI;
  • Cerca de 8% das DNM;
  • Acomete mais homens que mulheres;
  • O segmento bulbar geralmente é o último a ser comprometido;
  • Melhor prognóstico que a ELA clássica.
704
Q

Características da Esclerose Lateral Primária

A

Esclerose Lateral Primária
* A doença é chamada de ELP se apenas os NMS são comprometidos;
* Geralmente é medida em décadas;
* Predomínio do sexo feminino e representa 3% dos casos de DNM;
* Variante de Mill -> variante hemiplégica;
As formas que apresentam comprometimento do NMS cursam com maior labilidade emocional, sobretudo quando comprometimento dos NMS que inervam os núcleos bulbares.

705
Q

Os tratamentos da ELA baseiam-se em prolongar a sobrevida (meses) e melhoria da qualidade de vida, agindo na propagação da doença, não no reparo dos neurônios já danificados - V ou F?

A

Verdadeiro.

706
Q

Cuidados de fim de vida na ELA

A
  • Diretrizes antecipadas de fim de vida;
  • Documentação das mesmas em prontuário.
707
Q

Neurônios fusiformes de von Economo?

A

Células frontoinsulares envolvidas em processos cognitivos complexos como socialização, empatia, intuição e tomada de decisões.
Podem ser comprometidas na ELA.

708
Q

Mecanismo príon-like na ELA?

A

Proteínas malformadas de uma célula apoptótica podem ser fagocitadas/endocitadas pelas células vizinhas, “infectando-as”.

709
Q

Tratamento de ansiedade na ELA?

A

Bupropiona
Lorazepam (cuidado) - podem ser gatilho para piorar uma insuficiência respiratória crônica que estava compensada

710
Q

Reticulo endoplasmático e ELA?

A

Proteínas malformadas se acumulam, causando um estresse degenerativo

711
Q

Tempo até que 50% dos pacientes com ELA venham a óbito?

A

30 meses

712
Q

Sequências de RM que PODEM ajudar em lesão de NMS?

A

MTC** e Flair.
(Elas “desenham” o trato corticoespinal - hipersinal).

713
Q

ELA subtipo flail-leg - características?

A

Comprometimento desproporcional de MMII
Ascendente
Proogressiva
Assimétrica
H = M
Rara
Prognóstico melhor

714
Q

Como morrem as células na ELA?

A

Apoptose -> possui algum sinal que faz com que os neurônios próximos provoquem a apoptose dos demais?

715
Q

Dor crônica na ELA?

A

Neuropatia de fibras finas.

716
Q

Inibição do proteossomo e ELA?

A

Há o acúmulo das proteínas malformadas (inibição da via das ubiquitinas).

717
Q

ELA subtipo pseudopolineuropático?

A

Apenas os neurônios motores inferiores são comprometidos.
Geralmente distalmente.

718
Q

Tipos M1 e M2 das micróglicas x ELA?

A

M1 - inflamatória - predomina com a progressão da ELA;
M2 - anti-inflamatórias - predominam na fase inicial da doença.

719
Q

ELA - dying forwards x dying backwards?

A

Dying forwards -> hipótese de Charcot - o local primário é o pericário, com progressão para o compartimento periférico;
Dying backwards -> inicia a doença no compartimento periférico/junção neuromuscular e depois progride para o corpo neuronal.
Obs.: acredita-se que sejam simultâneas e/ou independentes.

720
Q

Os neurônios motores de pacientes com ELA possuem um gasto energético maior que o dos pacientes saudáveis - F ou V?

A

Verdadeiro.

721
Q

Fatores de risco para ELA?

A

Sexo masculino
Tabagismo
Atletas e atividade física de alta performance
Exposição a pesticidas, herbicidas, fertilizantes e inseticidas
Exposição a metais pesados
Ingestão de alta quantidade de glutamato e gordura em pacientes com IMC elevado

722
Q

ELA tipo hemiplégica?

A

Comprometimento UNILATERAL de NMS, POUPANDO A FACE, e discreto comprometimento tardio de NMI.

723
Q

Cãimbras e fasciculações podem estar presentes na NMM. Como diferencia-las da ELA?

A

Costumam ser focais, circunscritas às áreas paréticas.

724
Q

Acrescida de fasciculação:

A

Pensar em ELA!
(Na criança, AME).

725
Q

Pacientes com ELA + comprometimento cognitivo?

A

Até 50%
(DFT ou défices disexecutivos)

726
Q

Qual a característica principal da ELA?

A

Envolvimento PROGRESSIVO de segmentos DIFERENTES! (Cranianos -> Cervicais -> torácicos -> lombossacros). (Não necessariamente nessa ordem).

727
Q

Quais características clínicas me levam a pensar em ELA?

A

Essa região da mão possui grande representatividade cortical. Possui lesão inicialmente em comparação às outras áreas.

728
Q

Doença do neurônio motor que não progride?

A

Não é ELA! Não deve se tratar de quadro degenerativo!

729
Q

Fraqueza muscular na ELA - simétrica ou assimétrica?

A

Geralmente assimétrica e segmentar

730
Q

DNM com HF positivo?

A

· AME;
· Kennedy;
· ELA familiar.

731
Q

DNM com início em jovens?

A

· AME;
· ELA familiar;
· Amiotrofia monomélica.

732
Q

Terceira doença neurodegenerativa mais comum?

A

ELA
(Atrás do Alzheimer e do Parkinson)

733
Q

Doença de Hirayama?

A

Doença monomélica
Homens jovens
Não neurodegenerativa - há uma malformação de dura-máter, que, no estirão, não há a elasticidade adequada, comprimido a medula contra o arco vertebral - isquemia e sofrimento do corno anterior da medula cervical baixa e torácica alta
Realiza-se artrodese, para não fazer flexão extensa
MMSS - assimétrica

734
Q
A