Infecções congênitas e icterícia Flashcards

1
Q

Como fazer o cálculo da idade gestacional?

A
  • Se disponível: DUM e USG de 1º trimestre

- Se não disponível, metódos de Capurro e new-Ballard, no período neonatal

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2
Q

Como fazer a classificação do RN com relação a idade gestacional?

A
  • RN < 37 semanas: pré-termo
    • < 28 semanas: pré-termo extremo
    • > 34 semanas: pré-termo tardio
  • RN entre 37s e 41s + 6d: termo (> 41 é pós-datismo)

RN ≥ 42 semanas: pós termo

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3
Q

Como classificar o peso do RN?

A
  • < 2500g: baixo peso ao nascer
  • < 1500g: muito baixo peso ao nascer
  • < 1000g: extremo baixo peso ao nascer
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4
Q

Como classificar pelo peso x idade gestacional?

A

De acordo com tabelas internacionais

  • AIG: adequado para idade gestacional. Percentil entre 10 e 90
  • PIG: pequeno para idade gestacional (infecções congênitas, CIUR). Percentil < 10
  • GIG: grande para idade gestacional (DM). Percentil > 90
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5
Q

Qual a dica para dizer que a criança é PIG?

A
  • RN termo com < 2000g com certeza é PIG
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6
Q

Quando suspeitar de uma infecção congênita?

A

RN assintomático (maioria dos casos)
- suspeita do pré-natal por alterações da sorologia, ou presença de doença materna (ex.: TR sífilis positivo)

RN com manifestações inespecíficas: PIG, microcefalia, alterações de pele, olhos e vísceras

Sequelas: visuais, neurológicas
- prematuridade, CIUR, hepatomegalia, lesões cutâneas, retinite, alterações medulares, neurológicas

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7
Q

Como dar o diagnóstico? E os padrões de anti-corpos?

A
  • geralmente mediante suspeita clínica de manifestações muitas vezes inespecíficas, faz-se sorologia ou identificação do agente
    • PCR para vírus por exemplo
    • RN com IgM positivo confirma infecção
      • RN com IgG positivo, pode ser de origem materna, não confirma
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8
Q

Quando a mãe pode transmitir sífilis para o feto?

A
  • Em qualquer fase da infecção, maior probabilidade nas fase primária e secundária
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9
Q

Qual a clínica inespecífica do RN?

A
  • na maioria das vezes assintomático

- pode ter manifestações inespecíficas como PIG, baixo peso a prematuridade

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10
Q

Qual a clínica específica da sífilis congênita?

A

Precoce (< 2 anos):

  • hepatomegalia
  • rinite sifilítica mucossanguinolenta
  • placas mucosas
  • condiloma plano
  • pênfigo sifilítico palmo-plantar
  • lesões ósseas: periostite, pseudoparalisia de Parrot

Tardia (> 2 anos):

  • tíbia em sabre: sequela da lesão óssea
  • nariz em sela: sequela da rinite
  • rágades sifilíticas: sequela das placas mucosas
  • dentes de Hutchinson e molar em amora
  • retinite em sal e pimenta
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11
Q

Como fazer a avaliação laboratorial do RN?

A

Na suspeita clínica do RN ou de sífilis na gestante, fazer:

 - VDRL do RN no sangue periférico sempre
 - hemograma
 - LCR (VDRL, proteína e celularidade
 - Rx de ossos longos
 - avaliação hepática
 - Rx de tórax e avaliação auditiva e visual
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12
Q

O que avaliar antes de instituir o tratamento? E com relação ao parceiro? O que é considerado critério de retratamento?

A
  • Avaliar o tratamento materno adequado: deve ser feito com penicilina benzatina na dose correta para a fase de doença respeitando o intervalo, iniciado 30 dias antes do parto. Avaliar risco de reinfecção e queda do VDRL
  • Parceiro não tratado não é sinônimo de reinfecção
  • aumento de VDRL em duas titulações no seguimento
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13
Q

O que fazer se mãe tratou errado ou não tratou?

A
  • Definir o RN como caso de sífilis, fazer avaliação completa e instituir o tratamento
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14
Q

Como tratar o RN?

A

Se líquor alterado: VDRL + OU celularidade > 25 OU proteinorraquia > 150
- penicilina cristalina EV 10 dias

Alteração clínica qualquer e líquor normal:
- penicilina procaína IM 10 dias ou cristalina EV 10 dias

Criança assintomática com exames normais (incluindo VDRL NR):
- dose única de penicilina benzatina IM

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15
Q

O que fazer se a mãe foi adequadamente tratada?

A
  • Fazer VDRL sempre
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16
Q

Como interpretar os possíveis resultados do VDRL?

A

VDRL RN ≥ materno em 2 ou mais diluições:
- considerar como caso de sífilis congênita, faz igual mãe não tratada

VDRL RN não é maior que materno em 2 diluições:

 - exame físico normal: criança exposta a sífilis. Acompanhar. Se não der para acompanhar faz benzetacil
 - exame físico alterado + VDRL positivo: caso de sífilis, faz igual mãe não tratada
  - exame físico alterado + VDRL negativo: buscar diagnósticos diferenciais
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17
Q

Sobre o acompanhamento do RN:
Quando repetir VDRL? O que esperar?
Quando repetir PL?
Existe outra avaliação? Como fazer?

A
  • Fazer VDRL com 1,3,6, 12 e 18 meses.
    - Título deve reduzir por volta do 3º mês e ficar negativo por volta do 6 mês
  • Repuncionar de 6/6 meses se líquor alterado
  • avaliação visual, auditiva e neurológica de 6/6 meses por 2 anos
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18
Q

Quando a gestante pode infectar o feto com o toxoplasma gondii?

A
  • somente se infecção aguda na gestação, ou reativação em gestante imunossuprimida
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19
Q

Como fazer o diagnóstico na gestante? O que lembrar dos Ac?

A
  • através da sorologia
  • IgM pode ficar positivo por vários meses
  • Aparece primeiro IgM depois IgG
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20
Q

Como interpretar os possíveis resultados na sorologia no primeiro trimestre?

A
  • IgG + e IgM -: mãe imune para toxoplasmose
  • IgG - e IgM +: pode ser falso positivo, repete e vê se teve soroconversão, se tiver, é infecção aguda
  • IgG + e IgM +: pode ser infecção aguda ou antiga. Deve fazer o teste de avidez. Se vier alta avidez, a infecção ocorreu a 16 semanas, então foi antes da gestação, está tranquilo. Se der baixa avidez, foi infecção na getação deve tratar
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21
Q

Como tratar a gestante, qual o objetivo do tratamento e o que mais investigar?

A
  • Espiramicina 1g 8/8h
  • Busca evitar a infecção fetal
  • Investigar infecção fetal
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22
Q

Como fazer investigação fetal? Quando indicar tratamento?

A
  • USG e PCR de líquido amniótico. Se houver alteração na USG ou PCR trata.
23
Q

Como tratar infecção do RN? Qual o detalhe?

A
  • sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico (não pode ser feito no 1ºtrimestre)
24
Q

Qual a clínica da toxoplasmose congênita?

A
  • Maioria assintomático

- Se sintomático: tríade de sabin (coriorretinite, hidrocefalia e calcificações difusas)

25
Q

Quando e como fazer o tratamento? Quando associar CTC?

A
  • Em todos os RN infectados (sorologia positiva, coriorretinite, neuroimagem, suspeição pelo pré-natal)
  • sulfadiazina, pirimetamina, ácido folínico durante o 1º ano de vida. Associar corticoide em pacientes com coriorretinite grave e proteinorraquia > 1g/dL
26
Q

Quando a gestante pode transmitir CMV para o feto?

A
  • Em casos de infecção aguda, reinfecção ou reativação de infecçao latente
27
Q

Qual a clínica da CMV congênita?

A
  • maioria assintomática
  • Quando presente:
    • microcefalia
    • rash petequial purpúrico
    • calcificações periventriculares
28
Q

Como fazer o diagnóstico? Até quando é preferível fazer o exame?

A
  • Através de PCR na urina ou saliva. Fazer antes de 3 semanas de vida. Pois depois pode confundir com infecção pelo leite materno
29
Q

Quando tratar? Qual o tratamento e o seu objetivo?

A
  • Somente casos graves
  • ganciclovir EV 6 semanas ou valganciclovir VO 6 meses
  • visa reduzir o risco de sequelas, principalmente auditivas
30
Q

Qual a principal sequela do CMV?

A
  • principal causa de surdez neurossensorial na infância
31
Q

Quando deve ocorrer a transmissão para que ocorra a síndrome da rubéola congênita?

A
  • deve ocorrer infecção aguda no primeiro trimestre de gestação
32
Q

Qual a clínica mais característica da síndrome da rubeola congênita?

A
  • surdez
  • catarata
  • cardiopatia congênita: PCA e estenose de artéria pulmonar
33
Q

Como tratar ?

A
  • somente manejo das sequelas
34
Q

Qual ocorre o estabelecimento da síndrome da varicela congênita?

A
  • se ocorrer infecção aguda em gestantes < 20 semanas
35
Q

Qual a clínica e qual o tratamento?

A
  • lesões cicatriciais zoosteriformes
  • hipoplasia de membros e acometimento do SNC
  • somente manejo das sequelas
36
Q

Qual a principal causa de icterícia neonatal?

A
  • icterícia fisiológica
37
Q

Quais os motivos que levam ao seu aparcimento? Qual o aumento esperado? Quanto tempo dura? O que muda se usa fórmula?

A
  • maior hemólise do RN: maior hematócrito e menor meia vida de hemácia (Hb fetal)
  • menor conjugação e excreção hepática
  • maior circulação entero-hepática (menor transito e mais ß-glicuronidase)
  • leva a aumento de 2-3mg/dL ao dia
  • Dura em media 7-10 dias no RNT e 10-14 dias no RNPT
  • Se RN con fórmula, surge mais cedo e acaba mais cedo
38
Q

Quando suspeitar de icterícia não fisiológica?

A
  • Aparecimento < 24-36 horas de vida
  • Aumento > 5mg/dL ao dia de Bb
  • Bb > 12mg/dL (clinicamente icterícia zona 3 de Kramer)
  • icterícia persistente
  • acompanhada de alguma manifestação clínica
  • sinais de colestase ou aumento de BD
39
Q

O que são as zonas de kramer? Como classificá-las

A
  • zonas que inferem o nivel de bilirrubina respeitando seu aparecimento crânio caudal
  • zona 1 até pescoço
  • zona 2: supraumbilical
  • zona 3: infraumbilical e proximal de membros
  • zona 4: antebraço e pernas
  • zona 5: palmas e plantas
40
Q

Qual a principal causa de icterícia precoce?

A
  • anemia hemolítica decorrente de incompatiblidade materno-fetal
41
Q

Como ocorre a incompatibilidade Rh? Como está o CD?

A
  • mãe Rh negativo previamente sensibilizada produz Ac anti-D (Coombs indireto positivo). Se houver feto Rh +, ocorre passagem de Ac pela placenta a anemia hemolítica fetal imunomediada (CD positivo). Geralmente ocorre numa segunda gestação. Geralmente é mais grave
42
Q

Como ocorre a incompatibilidade ABO? Como está o CD?

A
  • mãe sorotipo O e feto A ou B. Ocorre produção normalmente de Ac anti-A ou anti-B no sangue materno que passa para o feto. Geralmente ocorre na primeira gestação, não necessita sensibilização previa e é menos grave.
  • O CD pode ser negativo ou positivo no RN a depender a quantidade de Ac que foram passados
43
Q

Quais as outras causas de icterícia neonatal?

A
  • esferocitose: hemólise não imunomediada. CD sempre negativo
  • deficiência de G6PD
  • normalmente não cursam com icterícia precoce
44
Q

Como fazer a avaliação complementar?

A
  • tipagem sanguínea com RH: ver incompatibilidade
  • hemograma com reticulócitos
  • CD: vê processo imune
  • Bilirrubinas totais e frações: aumento de BI
  • hematoscopia: pode ver esferócitos (esferocitose ou ABO)
45
Q

Se ver esferócitos na hematoscopia, como diferenciar incompatibilidade ABO de esferocitose?

A
  • Se CD +: é incompatiblidade ABO

- Se CD -: fazer teste do eluato. Que vê diretamente os Ac. Se der positivo é incompatiblidade ABO

46
Q

Quais as causas de icterícia persistente ou tardia?

A
  • icterícia do leite materno
  • icterícia do aleitamento
  • colestase
47
Q

O que é icterícia do leite materno, como identificar? Como conduzir?

A
  • é a manifestação da icterícia decorrente de alguma substância do leite materno.
  • RN só se manifesta com icterícia com BI e nada mais
  • processo autolimitado, em alguns casos pode suspender o aleitamento por alguns dias até reduzir os níveis
48
Q

Quais as diferenças para icterícia do aleitamento? Quando suspeitar? Como tratar?

A
  • nesse caso ocorre dificuldade em se estabelecer o aleitamento, com perda de peso acentuada, aumento de circulação entero-hepática
  • perda de > 10% do peso do nascimento sem recuperação com 10 dias de vida
  • menos que 6-8 diureses ao logo do dia
  • Tratamento é garantir aleitamento correto, mamadas longas com pega correta
49
Q

Qual a causa mais temerária de aumento de BD?

A
  • atresia de vias biliares?
50
Q

Como identificar a atresia de vias biliares? Como conduzir?

A
  • RN com icterícia persistente e sinais de colestase como acolia fecal e colúria e aumento de BD
  • encaminhamento urgente para cirurgia de Kasai até 8 semanas de vida de preferência
51
Q

Como tratar a icterícia precoce?

A
  • fototerapia
52
Q

Quando indicar a fototerapia?

A
  • na presença de icterícia precoce, ou Bb > 17 indicar durante investigação diagnóstica
  • Pode utilizar a tabela de Butani para indicação
53
Q

Qual outro tipo de terapia para casos mais graves?

A
  • Exsanguíneotransfusão: retira o sangue com os Ac e coloca outro sangue não imunizado.