4. IVAS Flashcards

(71 cards)

1
Q

O que compõe o trato respiratório superior?

A

Cavidade nasal
Faringe
Laringe

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2
Q

Faixa etária que mais acomete?

A

> 5 anos (4-14 episódios de IVAS/ano)

  • Maior frequência entre 6 a 24 meses: redução dos anticorpos maternos passados durante a gestação. Quando há aleitamento materno, essa diminuição é tardia (fator protetor)
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3
Q

Fatores de risco da IVAS

A

Creche
Fatores climático
Genética
Atopia
Aleitamento artificial
Fumo passivo
Baixa idade
Uso de chupeta
Imunodeprimidos
Irmão mais velho

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4
Q

O que é o resfriado comum?

A

Natureza benigna
Etiologia viral

É a inflamação da mucosa do nariz, faringe e seios paranasais, predispondo complicações bacterianas (OMA e sinusite)

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Q

Coriza purulenta é sinônimo de infecção bacteriana?

A

NÃO

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6
Q

Etiologia do resfriado comum

A

Rinovírus (50% dos casos)
Coronavírus
Influenza (pneumonia viral)
Adenovírus (bronquiolite)

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7
Q

Qual o período de incubação viral no resfriado comum?

A

2 a 5 dias

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8
Q

Quadro clínico do resfriado comum?

A

-Sensação de garganta arranhando por até 3 dias
-Espirros
-obstrução nasal
-Coriza clara ou purulenta

Resolução: em até 7 dias
Diagnóstico clínico

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9
Q

Quais sintomas são incomuns quando a causa do resfriado é rinovírus?

A

Febre e mialgia

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10
Q

Principal complicação de resfriado comum?

A

OMA

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11
Q

Diagnóstico diferencial de resfriado comum?

A

Rinite alérgica
Sinusite bacteriana
Coqueluche

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12
Q

Tratamento do resfriado comum

A

Sintomático:
-analgésicos e antitérmicos
-solução salina isotônica nas narinas
-hidratação oral

-febere: paracetamol, dipirona, ibuprofeno

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13
Q

Diferença entre gripe e resfriado

A

Gripe é causada APENAS pelo vírus da INFLUENZA
Quadro tem maior repercussão clínica
-febre
-diarreia
-prostração
-mialgia
-calafrios
-vômitos
-dores abdominais

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14
Q

Principais IVAS

A

Resfriado comum
Faringoamigdalite
OMA
Rinossinusite
Obstrução aguda de VAS

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15
Q

O que é a faringoamigdalite?

A

Doença inflamatória da orofaringe caracterizada por eritema e presença (ou não) de exsudato amigdalino, ulcerações e vesículas

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16
Q

Etiologia das faringoamigdalites

A

Bactéria: S. pyogenes
Vírus:
-resfriado: rinovírus, coronavírus, parainfluenza e influenza
-características específicas: adenovírus, coxsackie, epstein-barr e HSV

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17
Q

Manifestações clínicas das faringoamigdalites virais

A

Adenovírus: febre faringoconjuntival
Coxsackie A: herpangina (pequenas vesículas)
Coxsackie A-16: síndrome mão-pé-boca
Epstein-Barr (mononucleose): amigdalite exsudativa e esplenomegalia
Vírus Herpes-simples: gengivoestomatite

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18
Q

Manifestações clínicas das faringoamigdalites bacterianas

A

S. pyogenes:
-cefaleia, dor abdominal, mal estar, vômitos, febre
-evolui com odinofagia
-exsudato de amígdalas
-linfadenopatia cervical dolorosa ÚNICA
-escarlatina / sinal de pastia

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19
Q

O que é escarlatina?

A

Síndrome clínica com faringoamigdalite exsudativa e exantema em aspecto de lixa

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20
Q

O que é o sinal de pastia?

A

Caracterizado por exarcerbação do exantema nas regiões de dobras, como pregas cubitais, axilas e região inguinal; em contexto de faringoamigdalite bacteriana

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21
Q

Diagnóstico de faringoamigdalite

A

Diferenciar entre viral e bacteriana
Padrão ouro para S. pyogenes: swab de orofaringe seguido de cultura
Sorologia para mononucleose
Diagnóstico clínico na maioria dos casos (demora dos resultados dos testes)

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22
Q

Tratamento das faringoamigdalites

A

Faringites virais: tratamento sintomático
Estreptocócica: penicilina benzatina ou amoxicilina

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23
Q

O que é a otite média aguda?

A

Uma infecção bacteriana ou viral do ouvido médio

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24
Q

Idade mais acometida pela OMA?

A

Menores de 3 anos (mais comum ainda em menores de 1 ano)

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25
O que é a otite média recorrente?
3 ou + episódios em 6 meses OU 4 episódios em 1 ano (sendo o último há menos de 6 meses)
26
O que é a otite média supurativa crônica?
Inflamação por mais de 3 meses com secreção através da membrana timpânica
27
Fatores de risco para a OMA
< 2 anos: imaturidade imunológica, tuba auditiva horizontalizada Baixo nível socioeconômico Alimentação com mamadeiras: refluxo do líquido Anomalias craniofaciais Hipertrofia de adenoide com obstrução do óstio tubário Exposição (irmãos, creche) Ausência de imunizações Natação Alergia
28
Etiologia da maioria dos casos de OMA
Bacteriana
29
OMA pode desencadear otorreia?
SIM Se não tratar a OMA, o pus do ouvido médio perfura a membrana timpânica
30
Quadro clínico de OMA
>2 anos: otalgia, febre, astenia, hipoacusia flutuante e inapetência <2 anos: irritabilidade, choro intenso e dificuldade para dormir
31
Qual o diagnóstico evidente de OMA
Otorreia fluida e purulenta
32
Apenas hiperemia é critério para OMA?
NÃO
33
Achados da otoscopia na OMA
Membrana timpânica hiperemiada, convexa e abaulada, de coloração alterada e com mobilidade reduzida
34
Principal achado na otoscopia na OMA
Membrana timpânica abaulada
35
Tratamento de OMA
Analgesia Depende de idade e sintomas Sempre tratar maiores de 6 meses -1a linha: amoxicilina -Falha terapêutica após 3 dias OU uso recente (30 dias) de amoxicilina: amoxicilina + clavulanato / ceftriaxona IM -Alérgicos a penicilinas: clindamicina e claritromicina EVITAR: azitromicina e cefaclor > ALTA RESISTÊNCIA
36
Quais os sintomas graves da OMA?
Toxemia Otalgia persistente por mais de 48h Temperatura > 39 graus
37
Complicações da OMA
Perfuração timpânica Otite média crônica Mastoidite Infecção do SNC (meningite)
38
O que é a otite média com efusão?
Definida pela presença de líquido na orelha média sem sinais ou sintomas de infecção aguda Secreção de conteúdo seroso, sem pus NÃO tem processo infeccioso Criança sem dor e febre
39
Diferença entre OMA e OME
OMA: -muito pus atrás da membrana timpânica -membrana opaca, amarelada e abaulada OME: -membrana translúcida, com triângulo luminoso -secreção clara saindo do ouvido -NÃO tem infecção
40
Prevenção da OMA
-Vacina pneumocócica -Vacina contra a influenza -Não prescrever atb profilático -Evitar exposição ao tabaco -AME por 6 meses
41
O que é a rinossinusite aguda?
É uma inflamação dos seios paranasais e mucosa nasal
42
Fisiopatologia da rinossinusite aguda
-Episódio prévio de IVAS (causa edema e inflamação das mucosas, muco espesso > obstrução dos seios paranasais
43
Fator predisponente da rinossinusite aguda?
Rinite alérgica (leva a edema de mucosa > prejudicial à drenagem do óstio)
44
Etiologia da rinossinusite aguda?
S. pneumoniae H. influenza M. cathrralis
45
Fatores de risco para a rinossinusite aguda
Resfriado comum Rinite alérgica Exposição a fumaça de cigarro Anormalidades estruturais Disfunção ciliar
46
Classificação das rinossinusite
Aguda: até 4 semanas Subaguda: 4-12 semanas Crônica: mais de 12 semanas
47
Critérios diagnósticos em crianças?
-Coriza ou tosse com mais de 10 dias sem melhoras OU -Agravamento ou aparecimento de secreção nasal, tosse diurna, ou febre após melhora inicial OU -Início grave (febre alta e descarga nasal purulenta) por pelo menos 3 dias consecutivos
48
Febre na IVAS não complicada
Presente no início e acompanhada de outros sintomas. Esses sintomas se resolvem nas primeiras 48h e os sintomas respiratórios tornam-se proeminentes
49
Febre na sinusite bacteriana
Apresentação simultânea junto com secreção nasal purulenta (nos 3 primeiros dias de uma IVAS)
50
Quadro clínico da rinossinusite
<5 anos: tosse e secreção nasal por mais de 10 dias, ou descarga nasal purulenta e febre alta por 3 dias >5 anos: dor facial, cefaleia, edema e sensibilidade à percussão da face -TOSSE: principal sintoma -Secreção nasal clara ou purulenta
51
Diagnóstico da rinossinusite
Basicamente clínico Exame físico: gotejamento pós nasal purulento Exame de imagem: desnecessário em <5 anos RX não auxilia na etiologia TC seios da face (maior sensibilidade / indicada em casso de refratariedade ao tto e complicações)
52
Tratamento da rinossinusite
-1a escolha: amoxicilina -<2 anos/frequenta creche/fez uso de atb no último mês ou suspeita de pneumococo resistente: amoxicilina + clavulanato -Duração: 10-14 dias -Sinusite frontal: ceftriaxona IV nos primeiros dias (evitar complicações intracranianas) -Início grave ou piora do quadro: ATB -Evolução persistente: ATB e observar 3 dias
53
Tratamento nasal da rinossinusite
Corticóide nasal: -reduz edema ao redor dos óstios dos seios > melhora a drenagem e acelera a recuperação Solução salina nasal: -remove os detritos > reduz o edema e melhora a drenagem Descongestionantes, mucolíticos e anti-histamínicos: não recomendados
54
Complicações da rinossinusite
Celulite periorbitária ou orbitária Meningite, abscesso e trombose do seio cavernoso TTO: internação e atb IV
55
Obstruções agudas das vias aéreas superiores
Laringite viral ou crupe viral Laringite espasmódica aguda Epiglotite
56
Características em comum das doenças da laringe
Estridor inspiratório Dispneia Tiragem
57
O que é a tosse laríngea?
Tosse de cachorro (laringite)
58
Laringite viral aguda ou crupe viral
Forma mais comum Maior frequência em lactentes e pré-escolares
59
Etiologia mais comum da laringite viral aguda
Vírus: parainfluenza e VSR Bactérias: M. pneumoniae em > 5 anos
60
Clínica da laringite viral aguda
Tríade característica: - Rouquidão + tosse metálica + estridor
61
Duração da laringite viral aguda
3-5 dias
62
Diagnóstico da laringite viral aguda
Clínico RX de pescoço: sinal da ponta de lápis OU torre de igreja (estreitamento da região subglótica)
63
Tratamento da laringite viral aguda
Corticoide: -dexametasona -prednisolona -budesonida Nebulização com adrenalina: em caso de desconforto resp ou estridor em repouso Observação para ver se há rebote
64
Crupe espasmódico
-Semelhante ao crupe viral -Muito rápido, dura poucas horas -Quadro clínico: tosse metálica, inspiração ruidosa e dificuldade resp a noite -Melhora espontânea em algumas horas
65
O que é a epiglotite?
É uma infecção bacteriana da epiglote e dos tecidos circundantes Representa a forma mais grave
66
Etiologia principal da epiglotite
H. influenza
67
Clínica da epiglotite
Início súbito com febre alta, dor de garganta, sialorreia, dispneia e obstrução respiratória rapidamente progressiva - posição tripé (melhor respiração durante o episódio)
68
Diagnóstico da epiglotite
Clínico RX lateral cervical: sinal do polegar ou do dedo de luva (edema de epiglote) Hemograma com leucocitose e desvio à esquerda
69
Tratamento da epiglotite
Iniciar rapidamente Intubação orotraqueal ATB: ceftriaxona e cefuroxima
70
Prevenção da epiglotite
Vacinação H. influenza tipo B: diminui a incidência de forma significativa
71
Conclusão das IVAS
1. muito frequentes na faixa etária pediátrica 2. principais: resfriado comum e faringites 3. fundamental: diferenciar as etiologias (importante para a correta utilização de atb e orientação do paciente)