Antiinflamatórios Flashcards

1
Q

Qual o mecanismo geral de ação dos AINES?

A

Todos os AINES agem inibindo a síntese de prostaglandinas; principalmente inibindo as enzimas COX que catalisam o primeiro estágio da biosíntese das prostaglandinas. Isso leva à redução da síntese de prostaglandinas, com efeitos desejados e indesejados. A detecção de graves eventos cardiovasculares com os inibidores COX-2 causou a retirada do rofecoxibe e do valecoxibe do mercado (o celecoxibe continua disponível para o tratamento da osteoartrite, Artrite Reumatoide, dor e tratamento auxiliar da polipose adenomatosa familiar)

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Q

AAS (Ácido Acetil Salicílico)

A

É o protótipo dos AINES tradicionais.

Antiinflamatório + Analgésico + Antipirético

MECANISMO DE AÇÃO

  • O ácido acetilsalicí/ico (AAS) é um ácido orgânico fraco, único entre os AINEs capaz de acetilar irreversivelmente (e dessa forma inativar) a ciclo-oxigenase.
    • Os outros AINEs, inclusive os salicilatos, são inibidores reversíveis da COX.
  • O AAS é rapidamente desacetilado no organismo pelas esterases, produzindo salicilato, que possui efeitos anti­-inflamatórios, antipiréticos e analgésicos. Os efeitos antipiréticos e anti inflamatórios dos salicilatos são devidos, principalmente, ao bloqueio da síntese das prostaglandinas no centro termorregulador do hipotálamo e nos sítios-alvo da periferia. Além disso, reduzindo a síntese das prostaglandinas, os salicilatos também evitam a sensibilização dos nociceptores a estímulos mecânicos e químicos. O AAS também pode deprimir o estímulo doloroso em sítios subcorticais (i.e., no tálamo e hipotálamo).

COMO ANTIINFLAMATÓRIO

  • Como o AAS inibe a atividade da COX, ele diminui a formação de prostaglandinas e, assim, modula os aspectos da inflamação nos quais elas agem como mediadores. O AAS inibe a inflamação na artrite, mas não evita o progresso da doença nem induz sua remissão.

COMO ANALGÉSICO

  • Acredita-se que a prostaglandina E2 sensibilize as terminações nervosas à ação da bradicinina, histamina e outros mediadores químicos liberados localmente pelo processo inflamatório. Assim, reduzindo a síntese de prostaglandina E2, o AAS e outros AINEs reprimem a sensação de dor. Os salicilatos são utilizados principalmente no tratamento da dor de intensidade leve a moderada originada de distúrbios músculo­-esqueléticos e não os originados das vísceras. A associação de opioides e AINEs é eficaz no tratamento da dor causada pelo cancer.

COMO ANTIPIRÉTICO

  • A febre ocorre quando o “ponto de referência” do centro termorregulador hipotalâmico anterior é elevado. Isso pode ser causado pela síntese da PGE2, que é estimulada quando agentes endógenos produtores de febre (pirógeno), como a citocina, são liberados pelos leucócitos ativados pela infecção, por hipersensibilidade, câncer ou inflamação. Os salicilatos diminuem a temperatura corporal em pacientes febris impedindo a síntese e a liberação da PGE2• O AAS e outros AINEs regulam o “termostato” para o normal, baixando rapidamente a temperatura corporal de pacientes febris aumentando a dissipação do calor como resultado da vasodilatação periférica e da sudoração. O AAS não possui efeito sobre a temperatura normal do organismo.
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Q

AAS

Efeito no Sistema Respiratório

A

Em doses terapêuticas o AAS aumenta a ventilação alveolar. (Nota: os salicilatos desacoplam a fosforilação oxidativa, o que eleva o C02 e aumenta a respiração.) Doses mais elevadas agem diretamente sobre o centro respiratório no bulbo, resultando em hiperventilação e alcalose respiratória que, em geral, é adequadamente compensada pelos rins. Em níveis tóxicos, ocorre paralisia respiratória central, e se estabelece a acidose respiratória devido à produção contínua de co2.

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