Convulsão febril Flashcards

1
Q

Faixa de idade mais acometida?

A
  • Principalmente em menores de 3 anos
  • Pico de incidência aos 18 meses
  • 6 meses - 5 anos
  • Máximo até 8 anos (acima → sempre investigar)
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2
Q

Definição de convulsão febril?

A
  • Crise convulsiva que ocorre 6m-5a, na vigência se febre, sem sinais de infecção intracraniana ou desordem neurológica, distúrbios metabólicos e antecedentes de convulsão afebril
  • Autolimitadas
  • Baixo risco de evolução para epilepsia
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3
Q

Classificação das convulsões febris? (2)

A
  • Simples

- Complexa

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4
Q

Definição CF simples? (4)

A

70-75% dos casos de CF

  • Convulsão tônico clínica generaliza
  • < 10/15 minutos
  • Recorrência em > 24h
  • Recuperação espontânea e completa
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5
Q

Definição CF complexa? (4)

A

1 ou mais das características

  • Crises focais
  • Crises seguidas de alterações neurológicas pós ictais (Paralisia de Todd - hemiparesia transitória)
  • > 10/15 minutos
  • Recorrência em menos de 24h ou na mesma doença febril
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6
Q

O que é o estado de mal epilético?

A
  • Duração > 30 minutos (crise prolongada ou crises subentrantes sem recuperação completa)
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7
Q

Período de maior risco de CF?

A

Primeiras 24 horas de doença febril

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8
Q

Fatores de risco? (Levam a redução do limiar convulsivo da temperatura)

A
  • Susceptibilidade genética
  • Baixa idade
  • Imaturidade do SNC
  • Fatores ambientais
  • Variáveis sazonais, circadianas, geográficas, eletrolíticas e nutricionais
  • HF, infecções
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9
Q

Deficiência de que substâncias nutricionais pode aumentar a susceptibilidade a convulsões? (2)

A
  • Zinco e ferro
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10
Q

Como a variações sazonais afetam a incidência de Convulsão febril?

A
  • Frequência maior na primavera e inverno (mais infecções respiratórias)
  • Frequência menor no verão
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11
Q

Principal etiologia das convulsões febris?

A
  • Infecções virais

Menor escala: bactérias

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12
Q

Vírus muito relacionados ao estado de mal epilético?

A
  • Herpes vírus 6 e 7 (HHV-6 e HHV-7)

- Responsáveis por 1/3 dos casos

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13
Q

Vírus muito relacionados ao estado de mal epilético?

A
  • Herpes vírus 6 e 7 (HHV-6 e HHV-7)

- Responsáveis por 1/3 dos casos

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14
Q

Principais vírus envolvidos nas convulsões febris?

A
  • Influenza, parainfluenza, adenovírus, HHV-6
  • Risco meno com rotavírus
  • Outros: herpes vírus 7, citomegalovirus, VSR
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15
Q

Fisiopatologia

A
  • Limiar convulsivo individual de temperatura: idade tem papel importante (↑ idade = ↑ limiar convulsivo)
  • Limiar convulsivo varia de acordo com: idade, genética, fatores ambientais
  • Tipo simples ou complexo pode estar relacionado a um neurotropismo viral ou a gravidade de uma resposta imune de citocinas à infecção
  • Citocinas pró inflamatórias e resposta imune podem estar envolvidos, sendo o aumento da temperatura o fator desencadeante essencial
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16
Q

Agentes com neurotropismo ou propriedades invasivas do SNC?

A
  • HHV-6 (exantema súbito/roséola), Influenza A

- Shigella dysenterae (neurotoxina)

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17
Q

Achados da Infecção por HHV-6?

A
  • Exantema súbito (roséola)

- Erupção cutânea + Linfoadenopatia + Sintomas gastrointestinais + Sintomas respiratórios

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18
Q

A Recorrência de convulsões febris pode estar relacionada a?

A
  • Reativação do HHV-6
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19
Q

Convulsões em menores de 6 meses?

A
  • Se febre baixa? Atípicas: realizar pesquisa de meningite bacteriana aguda ou outras patologias no SNC
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19
Q

Convulsões em menores de 6 meses?

A
  • Se febre baixa? Muito atípicas: realizar pesquisa de meningite bacteriana aguda ou outras patologias no SNC

Outra apresentação atípica: CF + paresia de Todd

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20
Q

Diagnóstico?

A
  • Clínico

- Testes complementares se necessidade de descartar meningite

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21
Q

Como é a história da CF?

A
  • Masculino, geralmente 12-24 meses com febre seguida logo depois de perda de consciência + movimentos clônicos generalizados e/ou enrijecimento tônico
  • Dura 3-5 minutos
  • Recuperação rápida, sem sequelas
  • Geralmente a febre é alta
  • Geralmente história familiar positiva
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22
Q

Exame físico?

A
  • Febre
  • Infecção extracraniana
  • Rápida recuperação de consciência (<30 min)
  • Ausência de rigidez de nuca
  • Ausência de déficit neurologico focal
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23
Q

Quando é indicada a punção lombar?

A
  • Sinais meníngeos (rigidez de nuca, fontanela abaulada)
  • < 12 meses (sinais meníngeos geralmente ausentes nessa faixa)
  • Crise focal prolongada ou múltipla dentro de 24h
  • História irritabilidade persistente ou letargia
  • Considerar: tratamento prévio com ATB (pode mascarar meningite)

meningite bacteriana: 0,2% nas simples e 0,6% nas complexas

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24
Q

Exames diagnósticos?

A
  • Punção lombar
  • Estudos virais
  • Sódio
  • Hemocultura
  • EEG, RNM: ¹ quando recorrência de convulsões febris complexas; ² Comprometimento prolongado da consciência após a convulsão (> 60 min); ³ Sinais neurológicos anormais
  • Hmg, glicose, eletrolitos: causa da febre (pp comprometimento prolongado e pós ictal da consciência, ou vômitos, ou cetose)
  • Perfil de ferro

não precisa dosar cálcio, fósforo e magnésio

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25
Q

Como deve ser o exame neurológico no período pós ictal na CF?

A

Normal

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26
Q

Fatores de risco fortes? (4)

A
  • Temperatura elevada
  • Idade jovem (imaturidade SNC, exposição infecções)
  • HF positiva (padrão genético)
  • Infecção extra craniana
27
Q

Como a elevação da temperatura aumenta o risco de CF?

A
  • Risco quase duplica para cada grau Celsius acima de 37,8° C
28
Q

Fatores de risco fracos para CF?

A
  • Masculino 1,6:1
  • Vacinação (Tríplice viral ± varicela e DTP)
  • Risco maior quanto mais precoce a administração
  • Exposição pré natal a nicotina
  • Deficiência de ferro
  • Complicações na gestação, TP ou parto (↑ no RCIU)
29
Q

Resultado da punção lombar na CF?

A
  • Celularidade, proteínas e glicose normais
30
Q

Quando estudos virais podem ser úteis na CF?

A
  • Crises complexas + sintomas de encefalite ou encefalopatia
31
Q

Resultado do EEG na CF?

A
  • Geralmente normal
  • Possível lentificação ou atenuação focal do EEG após estado de mal epilético febril

Resultados associados a lesão hipocampal aguda na RNM > lesão aguda associada a epilepsia com convulsão febril

32
Q

Indicações do EEG e/ou RNM? (3)

A

¹ quando recorrência de convulsões febris complexas (Recorrência com convulsão afebril)
² Comprometimento prolongado da consciência após a convulsão (> 60 min);
³ Sinais neurológicos anormais ou atraso no desenvolvimento

não prevê desenvolvimento de epilepsia

33
Q

Resultado na RNM?

A
  • Geralmente normal

- Pode exibir edema hipocampal agudo ou esclerose hipocampal crônica > pode estar associado a epilepsia com CF

34
Q

Como pode.estar o sódio serico?

A

Diminuído: hiponatremia ↑ risco de convulsões múltiplas durante a mesma enfermidade febril

35
Q

Diagnósticos diferenciais?

A
  • Meningite bacteriana aguda
  • Meningite viral
  • Encefalite viral
  • Encefalopatia aguda
  • Crises epiléticas
  • Epilepsia + CF
  • Epilepsia de água quente
  • Períodos de apneia voluntária (bebê 6-18 meses após choro: afebril, apneia, cianose + inconsciência + tremor + EEG normal)
  • Síndrome de Dravet
36
Q

Sinais/sintomas de meningite bacteriana aguda?

A
  • Febre, cefaléia e rigidez de nuca
  • Irritabilidade persistente ou letargia
  • Consciência obnubilada pós ictal prolongada
  • Erupção cutânea
  • Fontanela abaulada
  • Rigidez de nuca
37
Q

Achados no LCR de meningite bacteriana aguda?

A
  • Pleocitose (↑ leucócitos)
  • ↑ proteínas
  • ↓ glicose
  • cultura +
38
Q

Sinais e sintomas de meningite viral?

A
  • Febre, cefaléia e rigidez de nuca

- Náuseas, vômitos, fotofobia

39
Q

Achados no LCR de meningite viral?

A
  • ↑ linfócitos (pleocitose linfocítica)
  • Glicose normal ou alta
  • Cultura ou Gram -
40
Q

Sinais e sintomas de encefalite viral?

A
  • Pródromos: IVAS + febre e mal estar
  • Cefaléia, rigidez de nuca e convulsão
  • Erupção cutânea
41
Q

Achados no LCR de encefalite viral?

A
  • Pleocitose
  • ↑ Proteínas ou normal
  • Cultura -
  • Estudos virais + (varicela, herpes simples)
42
Q

Sinais e sintomas de encefalopatia aguda?

A
  • Pródromos virais + vômitos > seguido de comprometimento profundo da consciência e convulsões
  • Toxinas incluem a aspirina (Sd de Reye)
43
Q

Exames de diferenciação para Encefalopatia aguda?

A
  • PL: pressão elevada do liquor, ↑ células e proteínas, glicose moderadamente reduzida
  • Culturas bacterianas negativas
  • ↑ albumina no liquor > comprometimento BHE > primeiro sinal de encefalopatia viral aguda
  • ↑ enzimas hepáticas e amônia
  • RNM anormal: necrose talâmica bilateral, edema cerebral, lesões subst branca
  • Estudos virais podem se positivos
44
Q

Sinais e sintomas de crise epilética?

A
  • Convulsão afebril
45
Q

Exame para diferenciar de crise epilética? Resultado?

A
  • EEG

- Descargas epileptiformes paroxísticas

46
Q

O que é a epilepsia generalizada com convulsões febris plus (GEFS+)?

A
  • Sd epilética familiar
  • Pode ter convulsão febril clássica, CF além dos 5 anos (CF plus) e/ou epilepsia
  • Cessam na metade da infância (11 anos)
  • Diag: testes genéticos
47
Q

O que é a Síndrome de Dravet?

A
  • Epilepsia mioclônica grave do lactente
  • Intratável
  • Início precoce, recorrente (> 5), prolongado, geralmente focal e clonico
# Vacinação: 1/3
# Diag: estudo genético
48
Q

Tratamento durante a convulsão?

A
  • Proteger contra lesão física

- Avaliação ABC

49
Q

Tratamento da primeira convulsão febril simples?

A
  • Maioria viral: não querer ATB
  • Antipirético: ibuprofeno tem ação prolongada
  • Convulsão febril plus simples (+ CF em 24h): msm prognóstico
  • ALGUNS: anticonvulsivantes (Diazepam: < 2 anos → consultar doses)
50
Q

Por que os antipiréticos e o.diazepam não são recomendados precocemente no primeiro sinal de febre ou atividade convulsiva?

A
  • Antipiréticos não são absorvidos com rapidez suficiente para reduzir o pico de temperatura
  • Toxicidades agts Anticonvulsivantes são maiores que os riscos da CF

uso de antipireticos e anticonvulsivantes não previnem novos episódios

51
Q

Tratamento da convulsão febril complexa?

A
  • Ibuprofeno até febre abaixar
  • TODOS: persistir + 5 min? diazepam via retal (pode repetir) > FF > DIV (+1 em 5min) > especialista
  • Midazolam oral é preferível
  • Avaliar encaminhamento ao pediatra
52
Q

Tratamento do estado de mal epilético febril?

A
  • Primeira linha: consultar especialista (geralmente vc já iniciou tratamento e n cedeu as convulsões)
  • Geralmente: diazepam IV
53
Q

Tratamento com anticonvulsivantes. Abordagem em paciente permanece em convulsão por mais de 5 minutos na avaliação?

A
  • ADM diazepam via retal
  • Não melhora em 10 minutos? Nova dose
    # Preferir Midazolam VO se disponível
  • Não melhorou com as duas doses: fazer FOSFENITOÍNA IV
  • Sem melhora: Diazepam IV (pode repetir em 5 minutos)
  • Falha: consultar neurologista pediatra ou emergencista pediatra

< 2 anos: internar para terapia com anticonvulsivante IV

54
Q

Qual o maior preditor de recorrência da CF? Outros fatores?

A

< 14-16 meses na primeira CF

  • Temperatura mais baixa e duração mas curta da febre nos episódios
  • História familiar de CF
  • Temperatura muito alta: risco de recorrência no mesmo dia
55
Q

90% das recorrências ocorrem após quanto tempo da CF inicial?

A

Até 2 anos

56
Q

Crianças com 2 ou + CF complexa com diazepam profilático ineficaz. Conduta?

A
  • Encaminhar para neurologista para avaliação de uso de anticonvulsivantes
57
Q

Quando utilizar Diazepam intermitente de forma profilática? (4)

A

Geralmente não indicado para CF simples

¹ Recorrência frequente de CF
² Baixo limiar de temperatura para convulsão ml ³ Ansiedade parental
⁴ ≥ história prévia de 1 CF complexa + enfermidade febril momentânea (usar Diazepam até ceder a febre)

58
Q

Novidades no tratamento da CF?

A
  • Inibidores da neuramidase (Oseltamivir, Zanamivir)
  • Vacinas: ↓ infecções virais que causam CF
  • Antipireticos mais eficazes

considerar em CF complexas de repetição

59
Q

Prevenção da CF?

A
  • PRIMÁRIA: higiene ambiental (escolas, creches, casa)
  • SECUNDÁRIA: lavar as mãos com frequência, vacinas em dia (crianças com maior risco pode receber a SCR separada da Varicela), diazepam profilático intermitente em pacientes selecionados
60
Q

Quais são as instruções que os pais devem receber?

A
  • Proteger a criança contra lesões
  • Algumas crianças tem susceptibilidade a recorrência da CF (pp dentro de um ano)
  • Remite antes dos 6 meses de idade
  • Risco de convulsões não febris e epilepsia são pequenos
  • Instalar medidas preventivas auxiliam a evitar recorrências
  • Se ocorrer convulsão durando mais de 3-5 minutos: levar ao PS
  • Os pais devem receber treinamento em RCP
61
Q

Monitoramento da criança?

A
  • Reavaliar a criança que teve recuperação de CF em até 24h
  • Hospitalizar: febre não remite, causa indefinida da infecção, acompanhamento incerto ou difícil
  • Consultar neurologista: CF complexa, comprometimento consciência pós ictal prolongado ou sequelas neurológicas focais
  • Educar os pais
62
Q

Complicações?

A
  • Paralisia de Todd
  • Convulsão não febril (HF, anormalidade neurológica pré existente [paralisia cerebral], ma condições ao nascer)
  • Epilepsia (2-6%): ↑ em recorrentes, predisp genética, focais, HF, complexa, paresia de Todd, febre baixa e de início muito recente desenvolvendo CF, > 3 anos,
  • CF prolongada: ↑ risco de Epilepsia focal ou Esclerose mesial temporal (EMT) ou Anormalidades hipocampais
  • Transtornos de comportamento e cognitivo
63
Q

Qual a definição de Paralisia de Todd? Conduta?

A
  • Hemiparesia transitória após uma convulsão febril (geralmente do tipo complexa e focal)
  • EEG, RNM, avaliação do especialista
64
Q

Prognóstico

A
  • Favorável
  • 3-6% CF simples > epilepsia
  • 10-20% CF complexas > epilepsia
  • ## Recorrência em 30%