Medidas De Saúde Coletiva Flashcards

1
Q

A engenharia reversa mostrou que as Medidas de Saúde Coletiva correspondem a 8,6% do total de questões de Medicina Preventiva, ocupando assim o 4° lugar entre os temas mais cobrados. E olhe que interessante: dentro desse tema, é notável a preferência das bancas pelos indicadores de morbidade e de mortalidade (veja o gráfico a seguir).

  1. O que são Indicadores de morbidade?
  2. O Coeficiente de Incidência também é conhecido como
A

1. São medidas que contabilizam as doenças e/ou agravos existentes em um determinado espaço geográfico.

Essa contagem pode ser feita de duas formas:

1.1. Podemos contar todos os indivíduos que estão doentes naquela localidade, independentemente da causa. Quando isso acontece, temos a morbidade geral, que é representada pelo coeficiente de morbidade geral. Informa o número de indivíduos doentes para um determinado número de habitantes. Esse indicador não informa risco de adoecimento. Apenas informa a fração de indivíduos que estão doentes na localidade, independentemente da causa.

1.2. Podemos contar apenas os casos específicos de uma determinada doença ou agravo. Nesse sentido, teremos a morbidade específica, que, por sua vez, é mensurada pelas famosas prevalência e incidência!

2. Risco absoluto

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2
Q

Quanto aos indicadores de saúde, o COEFICIENTE exemplifica valores (1) e mede o (2)

A
  1. Relativos
  2. Risco
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3
Q

Quanto aos indicadores de saúde, o ÍNDICE exemplifica valores (1) e mede uma (2)

A
  1. Relativos
  2. Proporção
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4
Q

É o número de casos novos de uma determinada doença, ou de um agravo, em uma localidade, em um dado intervalo de tempo. É uma medida absoluta.

A

INCIDÊNCIA

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5
Q

Número de casos novos da doença supracitada em relação à população em risco dessa doença no mesmo intervalo de tempo. É uma medida relativa. Avalia o risco absoluto (ou a probabilidade) de uma população adquirir uma doença.

A

Coeficiente de incidência

ATENÇÃO: Embora sejam conceitos diferentes, muitas bancas utilizam os termos coeficiente ou taxa de incidência como sinônimos. Falaremos mais sobre isso a seguir.

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6
Q
  1. Coeficiente mede o…
  2. Incidência mede o:
  3. Índice mede uma…
A

1. Risco
2. Risco: O coeficiente de incidência verifica quantos indivíduos mudaram seus status de saudáveis para doentes em relação ao total de indivíduos que estavam expostos ao adoecimento. Assim, esse indicador avalia o risco de contrair a doença naquela população.
3. Proporção

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7
Q

Coeficiente medido quando é dividido o número de casos novos de uma doença em intervalo de tempo pela população exposta (ou em risco de adoecimento) durante o mesmo intervalo de tempo.

A

Coeficiente de incidência

O conceito correto de incidência traz sempre a população em risco no denominador!

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8
Q

Existem diversos tipos de incidência, mas apenas 3 são cobrados em provas de Residência Médica:

A

1. INCIDÊNCIA ACUMULADA
2. DENSIDADE DE INCIDÊNCIA
3. COEFICIENTE DE ATAQUE

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9
Q

É o tipo de incidência calculada para populações estáticas, isto é, comunidades que não apresentam fluxos migratórios significativos e cujos habitantes podem ser acompanhados ao longo de todo o período de observação. Como é possível conhecer o desfecho de todos os participantes, ela informa o risco médio de adoecimento.

A

INCIDÊNCIA ACUMULADA

FÓRMULA:

Número de casos novos de dengue / População em risco X 100.

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10
Q

É o tipo de incidência calculada para populações dinâmicas, isto é, comunidades que apresentam fluxos migratórios importantes. Utilizada para populações abertas. Não informa o risco médio de adoecimento, pois não sabemos quantos eventos, de fato, ocorreriam se todos permanecessem na localidade. Porém, informa a velocidade com que os casos novos da doença surgem na unidade do tempo, considerando um determinado número de pessoas para isso

A

DENSIDADE DE INCIDÊNCIA

Fórmula:
Número de casos da doença / (Número de pessoas observadas x tempo de observação)

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11
Q

Nada mais é do que um nome especial dado para a incidência acumulada quando o fenômeno avaliado é um surto! Como o surto é o aumento do número de casos de uma doença em uma população muito específica (como creches, quartéis ou festas de casamentos), temos que esse coeficiente é dado pela seguinte fórmula:
Número de casos novos de uma doença de uma população específica / número de indivíduos susceptíveis nessa população

A

COEFICIENTE DE ATAQUE

O surto é ocasionado por uma infecção transmitida por fonte comum pontual, isto é, os suscetíveis são expostos à fonte de infecção ao mesmo tempo.

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12
Q

É o número total de casos de uma doença (ou agravo) em uma determinada localidade, considerando um determinado
momento de uma linha do tempo.

A

PREVALÊNCIA

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13
Q

O que pode aumentar a prevalência?

A

Incidência

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14
Q

A proporção de prevalência é corriqueiramente chamada pelas bancas de residência médica de coeficiente ou taxa de prevalência.
A FÓRMULA DE PROPORÇÃO DE PREVALÊNCIA PONTUAL =

A

NÚMERO TOTAL DE CASOS DE UMA DOENÇA EM UMA DETERMINADA LOCALIDADE / POPULAÇÃO RESIDENTE NA LOCALIDADE X 10 elevado a N

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15
Q

A principal diferença entre a prevalência e a incidência reside no fato de que, na primeira, a população é avaliada em um único momento de uma linha do tempo. Por isso, também chamamos essa prevalência de pontual. Em contrapartida, na incidência, avaliamos a população ao longo de um intervalo de tempo. Logo, a prevalência…

A

Não afere risco

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16
Q

O que reduz a prevalência?

A

Morte e cura

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17
Q

Se, em determinada população, temos uma droga que cura a doença, a prevalência aumenta ou diminui?

A

Diminui

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18
Q

Se, em determinada população, temos uma droga que melhora a doença, a prevalência aumenta ou diminui?

A

Aumenta

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19
Q

Existem diversos tipos de prevalência, mas 2 são os mais comuns:

A

1. prevalência pontual
2. prevalência de período

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20
Q

É possível contarmos quantos casos de uma determinada doença, ou de um agravo, existiram ao longo de um intervalo de tempo. Esse tipo de prevalência contabiliza o número de casos existentes no primeiro dia do intervalo de tempo (prevalência pontual) mais o número de casos novos que surgem ao longo do tempo (incidência). Quando isso acontece, temos a:

A

Prevalência de período

Um ponto importantíssimo: quando a banca solicitar o cálculo da prevalência de período, você não deve descontar a velocidade de defecção, isto é, o número total de indivíduos doentes que a localidade perdeu naquele período: curas + óbitos + emigrações.

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21
Q

EXEMPLO PREVALÊNCIA DE PERÍODO

Por exemplo, suponha que um determinado município apresentou 1.050 casos de hanseníase em 01/02/2020 (prevalência pontual). Ao longo do mês de fevereiro, mais 100 casos foram diagnosticados (incidência). Em contrapartida, 10 pacientes evoluíram para o óbito, 30 receberam alta por cura e 2 saíram da localidade (emigrações). Portanto, a velocidade de defecção da doença naquele período foi igual a 42. Se a população na metade do período (14/02/2020) for igual a 11.500 habitantes, a proporção de prevalência será:

A

Proporção de Prevalência de Período = (1.050 casos pré-existentes + 100 casos novos) / 11.500 habitantes na metade do período x 100 = 10%.

Observe que não descontamos a velocidade de defecção. Portanto, a prevalência de período funciona como uma espécie de acumulado de casos no intervalo de tempo estudado.

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22
Q

A prevalência de período, apesar de incluir a incidência, NÃO informa RISCO de adoecimento. Ela apenas contabiliza os casos que existiam naquele período.

A
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23
Q

FATORES QUE INFLUENCIAM NA PREVALÊNCIA DE UMA DOENÇA

  1. Incidência da doença:
  2. Imigração de doentes
  3. Número de indivíduos curados ou percentual de cura da doença
  4. Número de óbitos ou letalidade da doença
  5. Emigração de doentes:
A

1. Incidência da doença: quanto maior a incidência da doença, maior será sua prevalência

2. Imigração de doentes: quanto maior a imigração de doentes, maior a prevalência

3. Número de indivíduos curados ou percentual de cura da doença: quanto maior o número de indivíduos curados, menor a prevalência.

4. Número de óbitos ou letalidade da doença: quanto maior a letalidade, menor será a prevalência.

5. Emigração de doentes: quanto maior for a saída de indivíduos doentes da localidade, menor será a prevalência da doença

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24
Q

CONCEITOS PREVALÊNCIA

Prevalência = (Incidência + Imigração) – (Curas + Óbitos + Emigrações)

Curas + Óbitos + Emigrações = velocidade de defecção

Prevalência (P) = Incidência (I) x Tempo de duração da doença (D)

A

A introdução de novos tratamentos que aumentam a sobrevida da doença, mas sem promover a cura, acabam por aumentar a prevalência da doença na população. Isso porque a letalidade diminui e o tempo de duração da doença aumenta.

E a incidência? Em princípio, permanece inalterada! Por exemplo, a introdução de novos hipoglicemiantes orais contribuiu para o aumento da sobrevida e da prevalência do diabetes mellitus, mas não foi capaz de alterar a incidência da doença, uma vez que o aparecimento de casos novos não é influenciado pelo tratamento

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25
Q

CONCEITOS PREVALÊNCIA

É importante não confundir doenças crônicas com doenças de evolução crônica. Neste tópico, estamos falando sobre doenças que não têm cura, como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, infecção pelo vírus HIV, entre outras. Para essas doenças, o objetivo do tratamento é aumentar a sobrevida do paciente. Em contrapartida, nas doenças que podem evoluir de forma crônica (no sentido de terem evolução arrastada), mas que são curáveis, como tuberculose, hanseníase e sífilis, o tratamento diminuirá a prevalência da doença, porque aumentará o número de indivíduos curados.

A
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26
Q
  1. Alta incidência com curta duração da doença =
  2. baixa incidência com longa duração da doença =
A
  1. Baixa prevalência.
  2. Alta prevalência
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27
Q

USOS DA INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA

1. De uma forma geral, é utilizada em estudos epidemiológicos que têm por objetivo avaliar a etiologia de determinadas doenças ou agravos. Estudos com delineamento longitudinal do tipo prospectivo (coortes, ensaios clínicos e ensaios de campo). Doenças agudas ou de curta duração.

2. É mais utilizada no planejamento em saúde, sendo útil no dimensionamento dos recursos em saúde. É mais utilizada para mensurar a morbidade ocasionada por doenças crônicas e de longa duração. Estudos com delineamento transversal.

A

1. INCIDÊNCIA

2. PREVALÊNCIA

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28
Q

MEDIDAS FUNDAMENTAIS DE MORTALIDADE

Jogo rápido: as medidas fundamentais de mortalidade somam 11,6% do total de questões sobre os indicadores de mortalidade. Entre elas, a mais prevalente em prova é a mortalidade específica por causa, seguida da mortalidade proporcional por causa. O coeficiente geral de mortalidade é pouco prevalente.

1. Também é conhecido como taxa geral ou bruta de mortalidade, é a medida que contabiliza todos os óbitos que ocorreram em uma determinada localidade em um dado intervalo de tempo.

A
  1. Coeficiente Geral de Mortalidade
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29
Q

Qual principal limitação do Coeficiente de mortalidade geral?

A

Dificuldade de comparação entre duas regiões, principalmente quando elas possuírem estrutura etária muito distinta.

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30
Q

São fatores que influenciam o indicador COEFICIENTE GERAL DE MORTALIDADE:

A

* A estrutura etária da população: comunidades com maior número de idosos podem apresentar CGM mais elevado do que populações mais jovens, sem que isso necessariamente signifique pior nível socioeconômico ou de saúde. Por isso, antes de compararmos tais regiões, é necessário padronizarmos os coeficientes segundo a estrutura etária. O CGM não reflete a qualidade de vida justamente porque ele é influenciado pela estrutura etária da população.

* Tragédias naturais: fenômenos como tsunamis, terremotos e epidemias de grandes proporções podem aumentar esse indicador. É o que se espera para o Brasil (e para o mundo) em relação aos anos de 2020 e 2021 devido à pandemia de COVID-19.

* Proporção entre homens e mulheres: populações com maior número de homens tendem a apresentar maior mortalidade geral como reflexo da sobremortalidade masculina, principalmente por causas externas.

Por isso, ele informa um “meio termo” para a população total, mas não revela a mortalidade de segmentos específicos. É por isso que utilizamos a mortalidade específica

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31
Q

MORTALIDADE ESPECÍFICA

JOGO RÁPIDO: A engenharia reversa mostrou que a maioria das questões sobre a mortalidade específica deseja que o candidato identifique o numerador e o denominador desse indicador. O tipo mais cobrado é a mortalidade específica por causa.

O Coeficiente de Mortalidade Específica é a medida que informa o risco de morte especificamente em indivíduos que apresentam uma determinada característica, seja uma idade, um gênero, uma profissão, um hábito e assim por diante. De forma geral, ela pode ser calculada pela seguinte fórmula:

A

Número de óbitos com uma determinada característica / População que apresenta aquela característica x 100.000

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32
Q

MORTALIDADE ESPECÍFICA

Quando a característica de interesse for alguma doença ou agravo, nós não utilizaremos no denominador a população que já tem essa característica (isso é, a população doente); se procedermos dessa forma, calcularemos a letalidade. Para a mortalidade específica por causa, nós utilizamos a população saudável que está em risco de adoecimento.

Por exemplo, suponha que um determinado município brasileiro tenha 10.000 habitantes. No mês de janeiro de 2021, foram confirmados 150 casos de dengue. Infelizmente, 20 evoluíram para o óbito. Qual é a letalidade e a mortalidade específica dessa doença naquela localidade?

A
  1. Mortalidade específica da dengue = Número de óbitos causados pela dengue / População em risco de adoecimento x 100.000

Como todos da localidade podem contrair dengue, temos que:

  • Mortalidade específica da dengue = (20/10.000) x 100.000 = 2 óbitos/1.000 habitantes.
  1. Letalidade da dengue = Número de óbitos pela dengue/ População doente x 100
  • Letalidade da dengue = (20/150) x 100 = 13,3%.

Observe que ambas as medidas têm o mesmo numerador, porém o denominador difere consideravelmente.

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33
Q

Letalidade = risco de morte pela doença ou agravo na população doente (isso é, o indivíduo já adoeceu)

Mortalidade específica por causa = risco de morte pela doença na população saudável.

O denominador da mortalidade específica por causa é a população que pode ficar doente por aquela enfermidade, e NÃO a população total da localidade.

A
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34
Q

É o indicador que informa o percentual de contribuição de uma determinada característica na quantidade total de óbitos de uma determinada população ou grupo. Observe que o resultado é multiplicado por 100 porque estamos lidando com proporcionalidade.

Sua fórmula é:

A

Mortalidade proporcional

Mortalidade proporcional = Número de óbitos com uma determinada característica/ Óbitos totais x100

Mortalidade proporcional em indivíduos ≥ 50 anos = Óbitos de indivíduos ≥ 50 anos/ Óbitos totais da localidade x 100

Em contrapartida, se quisermos calcular a mortalidade proporcional em mulheres (um tipo de mortalidade proporcional por gênero), basta dividirmos o número de óbitos femininos pelo total de óbitos da localidade (denominador).

Mortalidade proporcional em mulheres = Óbitos em mulheres/ Óbitos totais da localidade x 100

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35
Q

Suponha que a fictícia cidade de Arumã contabilizou 1.000 óbitos em 2020, sendo que 150 foram por acidente de moto, 400 foram por COVID-19, 175 foram por infarto agudo do miocárdio (IAM) e 275 foram por neoplasia. Qual é a contribuição de cada uma dessas causas no total de óbitos registrados?

A
  • Mortalidade proporcional por COVID: 400/1000 X 100 = 40%
  • Mortalidade proporcional por ACIDENTE DE MOTO: 150/1000 X 100 = 15%

E assim por diante.

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36
Q

SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE A MORTALIDADE ESPECÍFICA E A MORTALIDADE PROPORCIONAL

Por exemplo, veja novamente as fórmulas desses dois indicadores e observe que o numerador é o mesmo. No entanto, eles diferenciam-se pelo denominador. Enquanto a mortalidade específica utiliza a população que apresenta especificamente a característica de interesse, a mortalidade proporcional utiliza os óbitos totais, seja em determinada localidade ou em determinado grupo.

  • A mortalidade específica utiliza uma base multiplicativa de 100.000, enquanto a mortalidade proporcional é multiplicada por 100 para que o resultado seja em porcentagem.
  • A mortalidade específica afere risco de morte, enquanto a mortalidade proporcional informa a contribuição daquela característica na totalidade dos óbitos. Portanto, mortalidade proporcional não afere risco de morte.

FÓRMULAS:

A

Mortalidade específica = Óbitos com uma determinada característica/ População que apresenta aquela característica x 100.000

Mortalidade proporcional = Óbitos com uma determinada característica/ Óbitos totais x 100

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37
Q

MORTALIDADE PROPORCIONAL

No entanto, nem sempre o conjunto de óbitos totais será o da localidade. Por exemplo, suponha que uma determinada cidade registrou 1.000 óbitos no ano de 2020. Desses, 120 óbitos ocorreram exclusivamente no trânsito. Ainda, desses óbitos que ocorreram no trânsito, 90 foram provocados por acidentes de moto. Qual é a mortalidade proporcional por acidentes de moto naquela cidade? E no trânsito?

Sim, existe diferença nas duas perguntas. A primeira deseja saber a mortalidade proporcional dos acidentes de moto em relação aos óbitos totais da cidade. Já a segunda, em relação aos óbitos que ocorreram exclusivamente no trânsito

A

Mortalidade proporcional (acidente de moto na cidade) = Número de óbitos por acidentes de moto/ Óbitos totais na localidade x 100

Mortalidade proporcional (acidente de moto na cidade) = (90/1.000) x 100 = 9%.

Mortalidade proporcional (acidente de moto no trânsito) = Número de óbitos por acidentes de moto/ Óbitos totais no trânsito x 100

Mortalidade proporcional (acidente de moto no trânsito) = (90/120) x 100 = 75%.

Observe que os acidentes de moto são responsáveis por apenas 9% dos óbitos na cidade, mas são os grandes vilões quando falamos exclusivamente sobre as mortes no trânsito, contribuindo com 75% delas. Portanto, embora o denominador da mortalidade proporcional seja o número de óbitos totais, ele depende de quais óbitos totais tomamos como referência, se são aqueles de toda a localidade ou de um grupo específico. No entanto, fique tranquilo(a) , pois a banca sinalizará isso para você.

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38
Q

É a proporção de óbitos ocasionados por uma doença em relação ao número de casos confirmados. Portanto, é a medida que representa o risco de morte dos indivíduos doentes.

Observações:

(1) considerar sempre o mesmo espaço geográfico e o mesmo período de observação, para o numerador e o denominador; e

(2) utilizamos os casos confirmados, e não os casos notificados, uma vez que nem todo caso notificado se confirmará como sendo pertencente àquela doença.

A

LETALIDADE

Coeficiente de letalidade (ou fatalidade) = Número de óbitos causados pela doença/ Número total de casos confirmados da doença x 100

Ainda, é possível inferirmos sobre a gravidade de uma doença por meio de sua letalidade. De forma geral, quanto mais grave for a enfermidade, maior será sua letalidade

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39
Q

É importantíssimo que você não confunda a letalidade com a mortalidade específica por uma causa

A

Letalidade apresenta como denominador a população que está doente.

Mortalidade específica por uma causa utiliza a população saudável.

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40
Q

Nada mais é do que a capacidade de um agente etiológico produzir casos graves ou fatais

A

Virulência

Portanto, em teoria, quanto maior for a virulência do bioagente, maior é a letalidade da doença que ele produz.

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41
Q

É “a qualidade do agente infeccioso de uma vez instalado no organismo do ser humano ou outros animais, produzir sintomas em maior ou menor proporção dentre os hospedeiros infectados”

A

Patogenicidade

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42
Q

É a “capacidade de certos organismos de penetrar e se desenvolver ou multiplicar no novo hospedeiro, ocasionando infecção”

A

Infectividade

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43
Q

É a capacidade que o agente infeccioso tem de produzir imunidade no hospedeiro.

A

Imunogenicidade

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44
Q

SÃO FATORES QUE INFLUENCIAM NA LETALIDADE

A

Características biológicas da população(imunocompetência, sexo, idade, prevalência de determinados genes)

Fatores assistenciais (experiência da equipe de atendimento, recursos disponíveis, tipos de tratamentos oferecidos, entre outros)

O rastreamento ou a testagem em massa é um dos principais fatores que influenciam na letalidade de uma doença. Isso porque temos o aumento do número de casos confirmados às custas de indivíduos assintomáticos, ou seja, com baixa probabilidade de óbito. Portanto, há um aumento no denominador da letalidade, sem que haja um aumento proporcional do numerador. Com isso, a letalidade diminui.

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45
Q

RELAÇÃO ENTRE INCIDÊNCIA, MORTALIDADE ESPECÍFICA POR UMA CAUSA (DOENÇA) E LETALIDADE

A

Letalidade de uma doença = Mortalidade específica pela doença/ Incidência da doença

ou

L = M/I

Nessa fórmula, a letalidade deve ser usada em seu valor bruto, isso é, sem o percentual. Por isso, ela vai fornecer valores entre 0 e 1.

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46
Q

Tipos de risco fornecidos pela incidência, mortalidade específica por uma doença e letalidade.

1. Incidência

2. Mortalidade específica por uma doença

3. Letalidade

A

1. Incidência: Risco de contrair a doença na população geral (ou população que está inicialmente saudável).

2. Mortalidade específica por uma doença: Risco de morrer pela doença na população geral (ou população que está inicialmente saudável)

3. Letalidade: Risco de morrer pela doença na população que já está doente.

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47
Q

Tipos de risco fornecidos pela incidência, mortalidade específica por uma doença e letalidade.

OBSERVAÇÕES:

1. Incidência

2. Mortalidade específica por uma doença

3. Letalidade

A

OBSERVAÇÕES:

1. Incidência: Do ponto de vista matemático, a incidência deve ser maior que a mortalidade específica pela doença (isso é, mais pessoas ficam doentes do que morrem). No máximo, elas podem ser iguais, isto é, todos que adoecem, morrem. Mas a mortalidade específica pode ser maior que a incidência.

2. Mortalidade específica por uma doença: Inclui 2 riscos de forma combinada: o risco de adoecer pela doença e, uma vez adoecendo, de morrer por aquela doença. Não é à toa que se L = M/I, então M = L x I. Por isso, afirmamos que esse indicador conjuga a incidência e a letalidade da doença em uma só medida.

3. Letalidade: Seu valor numérico deve estar entre 0 e 1. Dessa forma, se analisarmos a fórmula L = M/I, ela reforça que a mortalidade específica deve ser menor que a incidência; caso contrário, os valores da letalidade não ficam entre 0 e 1.

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48
Q

MORBIMORTALIDADE MATERNA

Jogo rápido: a engenharia reversa mostrou que 3 indicadores de morbimortalidade materna podem aparecer em sua prova de acesso direto ao R1:

A

» A razão de near miss materno (RNMM);

» A razão de mortalidade materna (RMM);

» A razão de mortalidade materna (RMMt) tardia.

Sem dúvidas, a RMM é o indicador mais cobrado.

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49
Q

É a situação em que uma mulher, “estando próxima da morte, sobrevive a uma complicação que ocorreu durante sua gestação, parto ou em até 42 dias após o término da sua gestação” (OMS, 2009). Em outras palavras, é uma mulher que, apesar de uma complicação obstétrica extremamente grave (CAV), acaba sobrevivendo (OMS, 2011). Chamamos de:

A

Near Miss Materno (NMM)

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50
Q

É a “morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez. É causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela.”

A

Morte materna (MM)

“Não é considerada morte materna a que é provocada por fatores acidentais ou incidentais.” (Ministério da Saúde, Vigilância do Óbito Materno, 2009)

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51
Q

É aquela que ocorre por complicações obstétricas durante gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos resultantes de qualquer dessas causas”.

A

Morte materna por causa obstétrica direta

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52
Q

É aquela resultante de doenças que existiam antes da gestação ou que se desenvolveram durante esse período, não provocadas por causas obstétricas diretas, mas agravadas pelos efeitos fisiológicos da gravidez”.

A

Morte materna por causa obstétrica indireta

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53
Q

É aquela que ocorre em uma mulher durante o ciclo gravídico-puerperal em decorrência de causas acidentais ou incidentais.

A

MORTE MATERNA NÃO OBSTÉTRICA

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54
Q

Observe que a soma dos casos de near miss materno com os óbitos maternos resultam nos casos com condições ameaçadoras de vida (CAV).

A

CAV = NMM + MM

Agora vem o voo da Coruja: os casos de near miss materno são contabilizados pela razão de near miss materno, enquanto os óbitos maternos até o 42º dia após o fim da gestação serão quantificados pela razão de mortalidade materna.

E a razão de mortalidade materna tardia? É o indicador que quantifica os óbitos após o 42º dia.

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55
Q

Ela contabiliza o número de casos de near miss materno em relação ao total de nascidos vivos de uma localidade (utilizamos o número de nascidos vivos como uma estimativa do número de gestantes da localidade). Portanto, ela não é uma medida de mortalidade, mas sim de morbidade materna extremamente grave.

A

RNMM

Razão de near miss materno (RNMM) = Número de casos de near miss/ Número de nascidos vivos x 1.000**

Mas, veja bem: para ser um caso de near miss materno, a mulher deve ter sobrevivido a uma condição ameaçadora de vida (CAV). Casos de mulheres com CPAV não são considerados como near miss.

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56
Q

Na teoria, você já sabe que uma CPAV é uma complicação obstétrica grave e uma CAV é complicação obstétrica muito grave (em outras palavras, é uma CPAV que evoluiu com falência orgânica). Mas, e na prática? Existem critérios para diferenciá-las?

Sim, existem, e é o que efetivamente cai na prova quando falamos de near miss materno. Por isso, preciso que você tenha muita atenção nas duas tabelas a seguir. Infelizmente, será preciso decorá-las, porque as bancas perguntam justamente os detalhes delas.

1. Lista de condições potencialmente ameaçadoras de vida no contexto obstétrico (CPAV)

2. Critérios diagnósticos de near miss materno (NMM) segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)

A

1. Lista de condições potencialmente ameaçadoras de vida no contexto obstétrico (CPAV)

  • Desordens hemorrágicas Desordens hipertensivas
  • Outras desordens sistêmicas
  • Indicadores de manejo para situações severas

2. Critérios diagnósticos de near miss materno (NMM) segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)

  • Critérios clínicos: cianose aguda, gasping, FR >40 <6/min, choque, oligúria, icterícia, perda consciência, ave, convulsões significativas
  • Critérios laboratoriais: ph <7,1, lactato >5, bilirrubina >6,0, creatinina > 3,5mg, spO2 < 90%, PaO2 < 200, trombocitopenia
  • Critérios baseados no manejo: Uso contínuo de drogas ativas, transfusão de ≥ 5 unidades de CH, IOT por + 60min, RCP, diálise.
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57
Q

Mais uma vez: apenas os casos com pelo menos um critério descrito na 2ª tabela são considerados casos de near miss materno (NMM). As bancas gostam justamente de saber se você sabe identificar os critérios diagnósticos de NMM e de CPAV.

A
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58
Q

RAZÃO DE MORTALIDADE MATERNA (RMM) E RAZÃO DE MORTALIDADE MATERNA TARDIA (RMMT)

QUAIS AS FÓRMULAS DE CADA RAZÃO?

1. Razão de mortalidade materna (RMM): - Para ser considerado um óbito materno, a causa da morte deve ser necessariamente uma causa obstétrica, isso é, o óbito deve estar ligado ao ciclo gravídico-puerperal, entre a concepção e até 42 dias após o parto

2. Razão de mortalidade materna tardia (RMMT) - contabilizamos as mortes a partir do 43º dia após o fim da gestação até, no máximo, o 365º dia

A

1. Razão de mortalidade materna (RMM) = Número de óbitos maternos/ Número de nascidos vivos x100.000

2. Razão de mortalidade materna tardia (RMMt) = Número de óbitos por causas maternas/ Número de nascidos vivos x 100.000

Agora, olha que interessante: com o avanço da medicina, é muito comum prolongarmos a vida do paciente por meio de diversas intervenções, postergando a conclusão do processo de morte. Nesse sentido, é possível que uma puérpera evolua para o óbito após o 42º dia do fim da gestação. Quando isso acontece, esse óbito não é mais chamado de óbito ou morte materna, mas sim de óbito ou morte por causa materna. Nesse sentido, a razão de mortalidade materna tardia (RMMt) é a estratégia utilizada justamente para contabilizarmos as mortes decorrentes do ciclo gravídico-puerperal que só ocorreram após esse período.

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59
Q

Conceitos de MORTE MATERNA

A
  • ocorre durante a gestação ou até 42d pós parto
  • depende da duração da gravidez
  • não engloba óbitos acidentais ou incidentais
  • relação entre mortes maternas / nascidos vivos X 100.000
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60
Q

RAZÃO DE MORTALIDADE MATERNA (RMM)

Se o motivo do óbito foi uma causa externa (acidental ou incidental), como atropelamento ou acidente de carro, ele não é contabilizado para as estatísticas de óbito materno. Fique atento, pois essa é uma pegadinha muito comum em provas de Residência Médica!

A
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61
Q

MORTALIDADE MATERNA TARDIA

A engenharia reversa mostrou que 100% das questões sobre RMMt querem saber qual é o intervalo máximo de tempo em que as mortes por causas maternas podem ser contabilizadas. Como vimos acima, contabilizamos as mortes a partir do 43º dia após o fim da gestação até, no máximo, o 365º dia.

A
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62
Q

MORTALIDADE MATERNA
As causas obstétricas podem ser divididas em diretas e indiretas.

  1. São aquelas que foram desencadeadas diretamente pelo ciclo gravídico-puerperal. Em outras palavras, são condições que a gestante, parturiente ou puérpera, não apresentaria se não estivesse no ciclo supracitado, como as infecções puerperais e as hemorragias uterinas.
  2. São doenças ou condições clínicas da mãe (muitas vezes anteriores à gestação), mas que foram agravadas pelo ciclo gravídico puerperal. Um exemplo clássico é o da mulher previamente hipertensa que apresenta descompensação clínica durante a gestação e acaba evoluindo para o óbito em decorrência disso.
A

1. Causas Obstétricas Diretas

2. Causas Obstétricas Indiretas

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63
Q

Quais as 5 principais causas de mortalidade materna?

A

1. HAS
2. Hemorragia
3. Infecção puerperal
4. Doenças circulatórias complicadas na gravidez
5. Aborto

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64
Q

Causa acidental é ou não é causa de morte materna direta/indireta?

A

Não é.

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65
Q

Definição de morte materna

A

Morte de mulher durante gestação até 42 dias pós parto, independente de duração ou localização de gravidez, porém não devido a causas acirentais/ incidentais.

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66
Q

Definição de morte materna tardia

A

Morte de mulher por causas obstétricas diretas ou indiretas, entre 43 dias e 1 ano do parto.

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67
Q

Relação entre prevalência e incidência na morbidade.

A

Prevalência = Incidência x Duração (P= I x D)

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68
Q

MORTALIDADE EM CRIANÇAS

Os mais cobrados são o COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL e seus 2 componentes, o coeficiente de mortalidade neonatal e o coeficiente de mortalidade pós-neonatal.

Diferenças entre: 1. nascimento vivo, 2. óbito fetal e 3. óbito infantil.

A

Nascimento vivo: expulsão ou extração completa do corpo da mãe, independentemente da duração da gravidez, de um produto de concepção que, depois da separação, respire ou apresente qualquer outro sinal de vida, tal como batimentos do coração, pulsações do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária, estando ou não cortado o cordão umbilical e estando ou não desprendida a placenta.

Óbito fetal: é a morte de um produto da concepção, antes da expulsão ou da extração completa do corpo da mãe, com peso ao nascer igual ou superior a 500 gramas. Quando não se dispuser de informações sobre o peso ao nascer, considerar aqueles com idade gestacional de 22 semanas (154 dias) de gestação ou mais. Quando não se dispuser de informações sobre o peso ao nascer e idade gestacional, considerar aqueles com comprimento corpóreo de 25 centímetros cabeça calcanhar ou mais.

Óbito infantil: é aquele ocorrido em crianças nascidas vivas desde o momento do nascimento até um ano de idade incompleto, ou seja, 364 (trezentos e sessenta e quatro) dias.

Doença vascular prévia

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69
Q

É o principal indicador dessa categoria, uma vez que contabiliza TODOS os óbitos infantis da localidade, do 0 ao 364º dia de vida, e informa o risco de óbito durante o primeiro ano de vida. Quanto maior for o valor desse indicador, piores são as condições de vida e de saúde da região.

A

Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI)

CMI = Número de óbitos em menores de 1 ano de idade/ Número de nascidos vivos x 1.000

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70
Q

Contabiliza todos os óbitos infantis que ocorreram entre 0 e 27 dias de vida.

A

Coeficiente de mortalidade neonatal (CMN)

CMN = Número de óbitos em crianças entre 0 e 27 dias (ou < 28 dias)/ Número de nascidos vivos x 1.000

71
Q

Contabiliza o total de óbitos infantis que ocorreram entre 0 e 6 dias de vida (ou < 7 dias)

A

Coeficiente de mortalidade neonatal precoce (CMNP)

CMNP = Número de óbitos em crianças entre 0 e 6 dias ( ou < 7 dias)/ Número de nascidos vivos x 1.000

72
Q

Contabiliza o total de óbitos infantis que ocorreram entre 7 e 27 dias de vida (ou < 7 dias).

A

Coeficiente de mortalidade neonatal tardio (CMNT)

CMNT = Número de óbitos em crianças entre 7 e 27 dias/ Número de nascidos vivos x 1.000

73
Q

Contabiliza todos os óbitos infantis que ocorreram no entre 28 e 364 dias de vida.

A

Coeficiente de mortalidade pós-neonatal (CMPN)

CMPN = Número de óbitos em crianças entre 28 e 364 dias/ Número de nascidos vivos x 1.000

74
Q

INDICADORES DE MORTALIDADE FETAL

Entre os indicadores dessa categoria, o mais prevalente em provas é o COEFICIENTE DE MORTALIDADE PERINATAL! Ainda, como os óbitos fetais são aqueles que ocorrem antes do nascimento, não podemos utilizar apenas os nascidos vivos no denominador, mas precisamos também considerar os nascimentos em que o produto da concepção já tinha evoluído para óbito.

Portanto, o denominador do coeficiente de mortalidade perinatal é:

A

NÚMERO TOTAL DE NASCIMENTOS (nascidos vivos + nascidos mortos ou óbitos fetais).

75
Q

Contabiliza todos os óbitos fetais tardios, isso é, a partir da 28ª idade gestacional. Pode ser superestimado por erros de classificação entre nascimento vivo e óbito fetal.

A

Coeficiente de mortalidade fetal tardia ou natimortalidade (CMFT ou CN)

CN = Número de óbitos fetais a partir da 28ª idade gestacional/ Número total de nascimentos x 1.000

76
Q

Defina mortalidade infantil proporcional

A

Número de óbitos em < 1 ano / número óbitos em todas as idades, excluídos os de idade ignorada.

77
Q

GRUPOS DE CAUSAS DE ÓBITOS FETAIS E INFANTIS

1. Período Neonatal:

2. Período Pós-Neonatal:

A

1. Período Neonatal: Causas endógenas como gestação, assistência ao pré-natal ao parto e puerpério, nascimento, malformações genéticas.

2. Período Pós-Neonatal: causas exógenas como meio ambiente, UBS, família, meio social.

78
Q

Principais causas de mortalidade PÓS-NEONATAL

A

1. Malformações congênitas
2. Afecções perinatais
3. Doenças respiratórias
4. Doenças infectoparasitárias

79
Q

No Brasil, nos últimos anos, qual componente do coeficiente de mortalidade infantil mais apresentou queda?

A
  1. Pós-neonatal (devido melhorias na vacinação, amamentação, saneamento e moradia)
80
Q

Contabiliza todos os óbitos fetais, incluindo aqueles cuja idade gestacional é ignorada, a partir da 22ª semana de gestação.

Esse indicador inclui também os óbitos fetais cuja idade gestacional é ignorada, mas que foram classificados como óbitos fetais (e não abortamento) porque atingiram a antropometria mínima (≥ 500 gramas e/ou ≥ 25 cm). Também pode ser superestimado por erros de classificação entre nascidos vivos e óbitos fetais.

A

Coeficiente de mortalidade fetal (CMF)

(CMF) = Número de óbitos fetais (≥ 22ª idade gestacional)/ Número total de nascimentos x 1.000

81
Q

**Na verdade, esse indicador é misto, uma vez que contabiliza óbitos fetais e infantis. Ele contabiliza óbitos fetais a partir da 22ª semana e óbitos infantis até o 7º dia de vida (não é até o 6º, como no coeficiente de mortalidade neonatal precoce, mas até o 7º dia propriamente dito).

Uma das grandes vantagens desse indicador é que, como ele quantifica os dois tipos de óbitos, ele não é influenciado por erros de classificação entre nascimento vivo e óbito fetal.

A

Coeficiente de mortalidade perinatal (CMP)

(CMP) = N° de óbitos fetais ≥ 22ª idade gestacional + óbitos infantis (0 a 7 dias)/ Número total de nascimentos x 1.000

82
Q

Tipos de mortalidade infantil

A

Natimortos: avalia o obstetra
Perinatal: avalia o parto e RN
Neonatal: avalia o pediatra
Pós neonatal: avalia o meio ambiente/qualidade de vida que país oferece.

83
Q

Quais o 3 indicadores epidemiológicos que levam em consideração os óbitos em menores de 1 ano:

A

1. Coeficiente Mortalidade infantil

2. Coeficiente Mortalidade proporcional em < 1 ano

3. Curvas de proporcionalidade de Nelson Moraes

84
Q

Qual 1a causa de mortalidade infantil no Brasil?

A

Perinatal

85
Q

Qual 2a causa de mortalidade infantil no Brasil?

A

Doenças congênitas

86
Q

Principais causas de mortalidade no Brasil, em ordem decrescente.

A

Cir - Ca - Cex

  1. Circulatórias
  2. Câncer
  3. Causas Externas
  4. Respiratórias
87
Q

Principal causa de morte no Brasil entre 1-49 anos.

A

Causas Externas

88
Q

Principais causas de mortalidade em HOMENS

A

1. Circulatórias
2. Causas Externas

89
Q

Principais causas de mortalidade em MULHERES

A

1. Circulatórias
2. Câncer
3. Respiratórias
4. Causas Externas

90
Q

Principais causas de mortalidade INFANTIL

A

1. Perinatal (afecções)
2. Doenças congênitas
3. Respiratórias

91
Q

INDICADORES ESPECIAIS DE MORTALIDADE PROPORCIONAL POR IDADE

Existem 3 indicadores de mortalidade proporcional por idade que podem aparecer em sua prova de Residência Médica:

A

1. Mortalidade infantil proporcional (MIP)
2. Índice de Swaroop-Uemura (ISU)
3. Curvas de Nelson de Moraes.

92
Q

A mortalidade de uma população também pode ser estudada por meio da distribuição dos óbitos segundo as idades em que eles ocorreram. De forma geral, cinco grupos etários são avaliados:

* Óbitos infantis:

* Óbitos de pré-escolares:

* Óbitos de escolares e adolescentes:

* Óbitos de adultos jovens:

* Óbitos de indivíduos com:

A

* Óbitos infantis = < 1 ano de idade

* Óbitos de pré-escolares = de 1 a 4 anos

* Óbitos de escolares e adolescentes = de 5 a 19 anos

* Óbitos de adultos jovens = 20 a 49 anos

* Óbitos de indivíduos ≥ 50 anos

93
Q

Qual fórmula de coeficiente de mortalidade na infância?

A

Número de óbitos em < 5 anos idade / número de nascidos vivos.

94
Q

É a proporção de óbitos infantis em relação ao total de óbitos da localidade. Quanto maior for o valor desse indicador, piores são as condições de saúde e de vida da região, uma vez que a maior parte dos óbitos corresponde a indivíduos que morrem antes de completar o primeiro ano de vida.

A

Mortalidade Infantil Proporcional (MIP)

MIP = Número de óbitos infantis (< 1 ano)/ Óbitos totais da localidade x 100

95
Q

Existem 8 coeficientes de mortalidade em crianças que são comumente cobrados em provas de Residência Médica.

1 – Mortalidade neonatal precoce:

2 – Mortalidade neonatal tardia:

3 – Mortalidade neonatal:

4 – Mortalidade pós-neonatal ou mortalidade infantil tardia:

5 – Mortalidade infantil:

6 – Mortalidade na infância:

7 – Mortalidade perinatal:

8 – Natimortalidade:

A

1 – Mortalidade neonatal precoce: óbitos infantis (isto é, após o nascimento) em crianças com idade até 7 dias de vida incompletos;

2 – Mortalidade neonatal tardia: óbitos infantis (isto é, após o nascimento) em crianças com idade entre 7 dias de vida completos e 28 dias incompletos de vida;

3 – Mortalidade neonatal: óbitos infantis (isto é, após o nascimento) em crianças com idade até 28 dias de vida incompletos;

⇨ Veja que a soma da mortalidade neonatal precoce com a mortalidade neonatal tardia compõe o indicador de mortalidade neonatal.

4 – Mortalidade pós-neonatal ou mortalidade infantil tardia: óbitos infantis (isto é, após o nascimento) em crianças com idade entre 28 dias de vida completos e 1 ano de vida incompleto;

5 – Mortalidade infantil: óbitos infantis (isto é, após o nascimento) em até 1 ano incompletos de vida;

⇨ Veja que a soma da mortalidade neonatal com a mortalidade pós-neonatal compõe o indicador de mortalidade infantil.

6 – Mortalidade na infância: óbitos infantis (isto é, após o nascimento) em até 5 anos incompletos de vida;

7 – Mortalidade perinatal: Esse indicador soma os óbitos fetais (isto é, antes do nascimento) a partir da 22ª semana de gestação com os óbitos infantis (isto é, após o nascimento) em crianças com idade entre 7 dias de vida incompleto.

8 – Natimortalidade: contabiliza os óbitos fetais (isto é, antes do nascimento) a partir da 22ª ou 28ª semana, dependendo da referência bibliográfica.

96
Q

É a medida que informa a proporção de óbitos de indivíduos com idade igual ou superior a 50 anos. Para isso, utilizamos o mesmo conjunto de óbitos totais da localidade, utilizado anteriormente para o MIP.

Quanto maior for o valor desse indicador, melhores são as condições de saúde e de vida da região, uma vez que a maior parte dos óbitos advém de pessoas com idade avançada.

Geralmente, consideramos um valor aceitável a partir de 50% e elevado, a partir de 75 (isto é, a cada 100 óbitos, 75 pertencem a indivíduos com 50 anos ou mais)

A

Indice de Swaroop-Uemura (ISU)

ISU = Número de óbitos em ≥ 1 ano/ Óbitos totais da localidade x 100

97
Q

INDICADORES ESPECIAIS DE MORTALIDADE
PROPORCIONAL POR IDADE

Agora vem o voo da Coruja: quanto maior for o MIP, e menor for o ISU, PIORES serão as condições de vida (nível socioeconômico) e de saúde da localidade, uma vez que temos proporcionalmente mais óbitos em menores de 1 ano do que em indivíduos com 50 anos ou mais.

Isso significa uma alta mortalidade infantil e
uma baixa expectativa de vida.

A
98
Q

INDICADORES ESPECIAIS DE MORTALIDADE
PROPORCIONAL POR IDADE

Agora vem o voo da Coruja: No entanto, quanto menor for o MIP e maior for o ISU, MELHORES serão as condições de vida e de saúde da localidade, uma vez que temos mais óbitos em indivíduos com 50 anos ou mais do que em menores de 1 ano. Isso significa uma baixa mortalidade infantil e uma expectativa de vida elevada

A
99
Q

Nelson de Moraes, um grande epidemiologista brasileiro, percebeu que determinados níveis de saúde (ou níveis sanitários) correspondiam quase sempre ao mesmo formato de curva.

Curva Padrão I =

Curva Padrão II =

Curva Padrão III =

Curva Padrão IV =

A

Curva Padrão I = FORMATO DE N INVERTIDO, representa um NÍVEL DE SAÚDE MUITO BAIXO. Esse padrão apresenta MIP elevada, ISU diminuído e mortalidade proporcional

Curva Padrão II = FORMATO DE J INVERTIDO, representa um NÍVEL DE SAÚDE BAIXO. Esse padrão apresenta MIP elevada, ISU diminuído e mortalidade proporcional entre os adultos jovens (20-49 anos) mais baixa do que no nível I.

Curva Padrão III = FORMATO DE U (MAS PODE APRESENTAR UMA VARIAÇÃO EM V), representa um NÍVEL DE SAÚDE REGULAR. Esse padrão apresenta MIP elevada, mas o ISU já lidera a proporção de número de óbitos. Representa o modelo básico de saúde.

Curva Padrão IV = FORMATO DE J e representa um NÍVEL DE SAÚDE ELEVADO. Esse padrão apresenta MIP diminuída e ISU muito elevado.

100
Q

Quais os marcadores da transição demográfica ?

A

Menor Fecundidade
Menor Mortalidade geral
Maior Expectativa de vida
Maior IDH

101
Q

É um indicador que calcula a média de óbitos causados por uma determinada doença ou agravo nos últimos 7 dias. Para isso, é necessário somarmos os óbitos registrados na data de hoje mais os óbitos registrados nos 6 últimos dias e dividirmos esse resultado por 7. Sua fórmula é:

A

MÉDIA MÓVEL DE ÓBITOS

MMO = Óbitos de hoje + Óbitos dos 6 últimos dias/ 7

102
Q

O que define a transição epidemiológica ?

A

Substituição das doenças transmissíveis pelas não transmissível, ou seja, aumento de doenças crônicas.

103
Q

Também conhecido como taxa bruta de natalidade, é o indicador que informa o número de nascidos vivos em relação à população total.

Esse indicador é influenciado pela estrutura etária e pela proporção entre homens e mulheres da população. Portanto, para compararmos duas regiões diferentes, é necessário padronizá-lo.

A

Coeficiente Geral de Natalidade (CGN)

CGN= Número de nascidos vivos/ População total x 1.000

104
Q

Os dados referentes ao número de nascidos vivos são obtidos no

A

Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC).

105
Q

É o número de filhos tidos por uma mulher ao final do seu período reprodutivo, que vai dos 15 aos 49 anos. Cabe ressaltar que apenas os filhos que nasceram vivos devem ser contabilizados. Portanto, ela não é igual ao número de gestações.

A

Fecundidade

106
Q

É o indicador que informa a média geral da fecundidade naquele local para o referido ano. Para o seu cálculo, dividimos o número de nascidos vivos em um determinado período (por exemplo, o ano de 2020) pelo número total de mulheres em período reprodutivo que existiam na localidade na METADE do período considerado.

A

Taxa de fecundidade geral ou bruta (TFG)

TFG = Número de nascidos vivos em uma determinada localidade, em um intervalo de tempo / População de mulheres em idade fértil naquela localidade, na metade do intervalo de tempo x 1.000

107
Q

É o indicador utilizado para avaliar a fecundidade em uma idade específica, levando em consideração que essa idade precisa fazer parte do período reprodutivo (isto é, dos 15 aos 49 anos).

A

Taxa de fecundidade específica por idade – TFE

TFE = Número de nascidos vivos de mães com 18 anos, em uma localidade no ano de 2020/ População de mulheres com 18 anos naquela localidade em 01/07/2020 x 1000.

108
Q

É o somatório de todas as fecundidades específicas calculadas em cada idade do intervalo de 15 e 49 anos.

A

Taxa de fecundidade total – TFT

TFT = ∑ Taxas de fecundidade específicas por idade (somatório das fecundidades entre 15 e 49 anos)

109
Q

Esse é o cálculo mais acurado de fecundidade, uma vez que ele não fornece uma média geral, como na TFG. Como a fecundidade diminui com o avanço da idade, ele fornece o indicador de forma mais fidedigna, porque é o somatório de todas as fecundidades ao longo do período reprodutivo. Além disso, ele não precisa ser padronizado.

A

Taxa de fecundidade total – TFT

Por exemplo, calculamos a taxa de fecundidade específica para os 15, 16, 17 até os 49 anos, e depois somamos todas essas 35 fecundidades específicas, já que existem 35 faixas etárias entre 15 e 49 anos – por isso, o indicador chama-se fecundidade total.

110
Q

RESUMO - TAXAS DE FECUNDIDADE

GRAVE BEM ISSO: quando a banca falar em TAXA GERAL DE FECUNDIDADE, ela estará falando sobre a MÉDIA de fecundidade da população; quando a banca falar em TAXA TOTAL, ela estará falando sobre o SOMATÓRIO das fecundidades específicas.

Até agora, a preferência das bancas é pela taxa de fecundidade GERAL. Além disso, a engenharia reversa mostrou que existem poucas questões sobre as taxas de fecundidade. A última vez que elas foram cobradas nas provas de Residência Médica foi no ano de 2018.

A principal “pegadinha” é a seguinte: as bancas sempre colocam, entre as alternativas, o cálculo da taxa de fecundidade GERAL tendo como denominador a POPULAÇÃO TOTAL DE MULHERES da localidade. Porém, lembre-se de que esse indicador é calculado com a POPULAÇÃO DE MULHERES ENTRE 15 E 49 ANOS

A
111
Q

TAXA DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO

O crescimento absoluto ou demográfico informa, de maneira bruta, quanto uma determinada população cresceu (ou reduziu) ao longo de um intervalo de tempo. Ele é calculado por meio da diferença entre o número de “entradas” na população (nascimentos + imigrações) e o número de “saídas” (óbitos + emigrações).

FÓRMULA:

A

Crescimento populacional = (nº de nascimentos + imigrações) – (nº de óbitos + emigrações)

Por exemplo, suponha que a fictícia cidade de Arumã registrou 100 nascimentos e 80 óbitos ao longo de 2020. Ainda, o município recebeu 20 imigrantes, enquanto 30 moradores deixaram a região. Portanto, a população aumentou em 10 habitantes.

Crescimento populacional = (100 + 20) – (80 + 30) = 120 – 110 = 10 habitantes.

112
Q

É o percentual de incremento médio anual da população residente em determinado espaço geográfico, no período considerado”. Portanto, quando dividimos o crescimento populacional pelo intervalo de tempo em que ele ocorreu, temos a:

A

TAXA DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO

113
Q

Ao contrário do crescimento absoluto, esse crescimento desconsidera os fluxos migratórios e utiliza apenas a diferença entre a natalidade e a mortalidade. Sua Fórmula é:

A

CRESCIMENTO VEGETATIVO

Crescimento vegetativo = nº de nascimentos – nº de óbitos

114
Q

RESUMO

1. Crescimento absoluto =

2. Crescimento vegetativo =

A

1. Crescimento absoluto = Nascimentos - Óbitos| Imigrações - Emigrações.

2. Crescimento vegetativo = Nascimentos - Óbito

115
Q

Quando o número de nascimentos (coeficiente de natalidade) supera muito o número de óbitos (coeficiente de mortalidade), temos uma:

A

EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA

116
Q

É o valor que divide a população em duas partes iguais.

A

MEDIANA

Por exemplo, suponha um vilarejo com 25 moradores, considerando que eles estão dispostos em ordem crescente de idade. Nesse sentido, nós vamos procurar pelo habitante que está na posição 13, uma vez que é essa a posição que vai dividir o grupo em duas metades com 12 indivíduos cada

117
Q

Conforme a (1) aumenta (isto é, conforme a população envelhece), é perceptível a diminuição progressiva da base da pirâmide e o alargamento concomitante do ápice.

Essas modificações indicam que a proporção de crianças e adolescentes está diminuindo, enquanto o número de idosos está aumentando.

A

Mediana de Idade da População

118
Q

Você não precisa decorar os formatos de pirâmide, apenas compreender que quanto maior for a mediana de idade, mais estreita será a base da pirâmide e mais largo será o seu ápice.

Logo:

A

→ populações com grande número de indivíduos jovens (principalmente crianças e adolescentes) têm base larga e ápice estreito.

→ populações com grande número de idosos apresentam base estreita e ápice alargado.

119
Q

Por isso, conforme a mediana de idade da população aumenta (isto é, conforme a população envelhece), é perceptível a:

A

diminuição progressiva da base da pirâmide e o alargamento concomitante do ápice

120
Q

A definição de idoso muda de acordo com o que a localidade acredita ser um indivíduo idoso.

A engenharia reversa mostrou que as bancas não costumam cobrar a proporção de idosos isoladamente, e sim em conjunto com outros indicadores.

A proporção de idosos é, portanto:

A

A porcentagem de indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos em uma determinada comunidade.

Proporção de idosos = Número de indivíduos ≥ 60 anos/ População total* x 100

*Como estamos diante de um indicador que usa a idade, excluímos do denominador os indivíduos com idade ignorada

121
Q

De acordo com a Política Nacional do Idoso (publicada pela primeira vez em 1994 – Lei nº 8.842), a população idosa brasileira é aquela a partir dos:

A

60 anos

122
Q

É a razão entre o número de indivíduos com 60 anos ou mais (ou seja, a proporção de idosos) e o número de indivíduos menores de 15 anos. O resultado é fornecido em porcentagem (%).’

A

Índice de envelhecimento - (IC)

IC = Número de indivíduos ≥ 60 anos/ Número de indivíduos < 15 anos x 100**

123
Q

É a razão entre a parcela da população que é considerada economicamente dependente (< 15 anos + ≥ 60 anos) em relação à parcela que é considerada produtiva (indivíduos com idade entre 15 e 59 anos). Observe que a proporção de idosos faz parte desse indicador.

Em outras palavras, esse indicador informa a proporção de indivíduos que deve ser “sustentada” pela parcela produtiva.

A

RAZÃO DE DEPENDÊNCIA

Razão de dependência = Indivíduos entre 0 e 14 anos (ou < 15 anos) + indivíduos ≥ 60 anos/ Indivíduos entre 15 e 59 anos x 100

OU

Razão de dependência = População economicamente inativa/ População economicamente ativa x 100

124
Q

É o número esperado de anos a serem vividos, em média, pelos indivíduos integrantes de uma coorte. Uma coorte nada mais é do que um grupo de indivíduos que apresentam uma determinada característica em comum. Pode ser o mesmo gênero, a mesma profissão, a mesma doença ou qualquer outra característica.

A

ESPERANÇA OU EXPECTATIVA DE VIDA AO NASCER

125
Q

No caso da esperança de vida ao nascer, o ponto em comum é:

A

ano de nascimento.

126
Q

E como esse tempo esperado de vida é calculado?

Por meio da observação da média de idade dos óbitos que ocorreram naquele ano!

Em outras palavras:

A

A expectativa de vida é baseada na média de idade com que a população morre.

Por exemplo: como estamos em plena pandemia de covid-19, é esperado que o IBGE divulgue uma diminuição da expectativa de vida para a coorte de nascidos vivos do ano de 2020.

127
Q

É o indicador que informa o número de homens para cada 100 mulheres em uma determinada localidade. Ele é utilizado para avaliar a distribuição da população segundo o gênero (masculino x feminino) (RIPSA, 2012)

A

RAZÃO DE SEXOS

Razão de sexo = Número de homens/ Número de mulheres x 100

Se acima de 100, apresenta maior número de homens; se abaixo de 100, apresenta maior número de mulheres (RIPSA, 2012).

Além disso, no nosso país, a razão de sexos diminui ainda mais com o avanço da idade. Por exemplo, temos mais idosas do que idosos, justamente porque os homens vivem menos, o que faz com que exista uma concentração de mulheres nos grupos etários mais avançados

128
Q

EXPECTATIVA DE VIDA NO BRASIL

a. As mulheres vivem em média (X anos) a mais que os homens.

b. Expectativa de vida 2023.

c. É o estado brasileiro com menor expectativa de vida:

d. É o estado brasileiro com maior expectativa de vida:

e. o Brasil apresenta, atualmente, uma razão de sexos igual a

A

a. 7 anos.

b. 75,5 anos.

c. Maranhão.

d. Santa Catarina.

e. 96 (96 homens para cada 100 mulheres)

129
Q

INDICADORES SOCIOECONÔMICOS
Existem 2 indicadores socioeconômicos que podem ser cobrados na sua prova:

A

índice de desenvolvimento humano (IDH)

índice de vulnerabilidade social (IVS).

130
Q

O IDH é uma medida que tem por objetivo mensurar o grau de desenvolvimento dos indivíduos que pertencem a uma determinada nação. Para isso, foram escolhidas três dimensões que mensuram a qualidade de vida e que são consideradas essenciais, a saber:

A
  1. o consumo e a economia, que serão quantificados por meio da renda ou do PIB per capita;
  2. a educação, que será aferida por meio dos anos de escolaridade (ou anos de escola); e
  3. a saúde, que será aferida pela longevidade ou expectativa de vida ao nascer.
131
Q

O Índice de vulnerabilidade social - IVS mede indiretamente quanto o Estado está falhando naquela região em fornecer as condições básicas de vida, o que deixa sua população em risco.

A definição de vulnerabilidade social em que este IVS se ancora diz respeito à:

A

Ausência ou à insuficiência de ativos que podem, em grande medida, ser providos pelo Estado, em seus três níveis administrativos (União, estados e municípios.

132
Q

Quanto maior a vulnerabilidade social, mais intensa é a ausência ou a insuficiência dos 3 ativos:

A

1. infraestrutura urbana;
2. capital humano;
3. renda e trabalho

133
Q

Índice de vulnerabilidade social - IVS

Componentes da Dimensão Infraestrutura

A
  1. Percentual de indivíduos que vivem em domicílios urbanos sem coleta de lixo adequada.
  2. Percentual de indivíduos que vivem em domicílios com água e esgoto inadequados
  3. Percentual de pessoas que vivem em domicílios com renda per capita < a meio salário mínimo (ano base: 2010) e que gastam mais de uma hora até o trabalho em relação ao total de pessoas ocupadas, vulneráveis e que retornam diariamente do trabalho.
134
Q

Índice de vulnerabilidade social - IVS

Componentes da Dimensão capital humano

A
  1. Coeficiente de mortalidade infantil
  2. Percentual de crianças de 0 a 5 anos que não frequentam a escola em relação ao total de crianças nessa faixa etária.
  3. Percentual de crianças de 6 a 14 anos que não frequentam a escola em relação a toda a população de mesma idade.
  4. Percentual de crianças que vivem em domicílios em que nenhum dos moradores tem Ensino Fundamental completo.
  5. Percentual de mulheres entre 10 e 17 anos que já têm filhos (mães jovens).
  6. Taxa de analfabetismo (≥ 15 anos)
  7. Percentual de pessoas entre 15 e 24 anos que não trabalham e não estudam, e cuja renda familiar per capita é < meio salário mínimo (ano-base: 2010) em relação a toda a população de mesma idade.
  8. Percentual de mães chefes de família sem Ensino Fundamental completo e com pelo menos um filho menor de 15 anos de idade, no total de mães chefes de família.
135
Q

Índice de vulnerabilidade social - IVS

Componentes da Dimensão renda e trabalho

A
  1. Proporção de pessoas com renda domiciliar per capita igual ou inferior a meio salário-mínimo (ano base: 2010), ou seja, ≤ R$ 255
  2. Taxa de desocupação da população ≥ 18 anos.
  3. Percentual de pessoas de 18 anos ou mais sem Ensino Fundamental completo e em ocupação informal (ou ocupação informal sem Ensino Fundamental).
  4. Percentual de pessoas em domicílios com renda per capita inferior a meio salário mínimo (de 2010) e dependentes de idosos.
  5. Taxa de atividade das pessoas de 10 a 14 anos de idade (trabalho infantil).
136
Q

De forma geral:

* Quanto maior o IVS, maior a vulnerabilidade social da região estudada.

* Ainda, o IVS guarda uma relação inversamente proporcional com o IDH. Quanto maior for o IDH, menor será o IVS e vice-versa.

A
137
Q

TRANSIÇÕES DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLÓGICA

Ao contrário das medidas de saúde coletiva, as questões que versam sobre as transições demográfica e epidemiológica são pouco prevalentes nas provas de acesso direto, uma vez que somam apenas 1,5% do total de questões.

A
138
Q

É a “passagem de um contexto populacional onde prevalecem altos coeficientes de mortalidade e natalidade, para outro, onde esses coeficientes alcançam valores muito reduzidos”.

A

TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

139
Q

É comum dividirmos a transição demográfica em 4 fases, para que seus conceitos tornem-se didáticos:

* Fase 1
* Fase 2
* Fase 3
* Fase 4

A

* Fase 1: PRÉ-TRANSICIONAL OU PRÉ-INDUSTRIALIZAÇÃO. A sociedade apresenta valores elevados de natalidade e mortalidade geral (especialmente à custa da mortalidade infantil). O crescimento populacional é positivo, mas lento. O índice de envelhecimento é baixo, mas a razão de dependência é alta em virtude da grande quantidade de crianças.

* Fase 2: INTERMEDIÁRIA/EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA. Há uma queda importante no coeficiente de mortalidade geral (queda acelerada), principalmente porque o coeficiente de mortalidade infantil diminui com a melhora nas condições socioeconômicas. Porém, o coeficiente de natalidade ainda permanece o mesmo (elevado). É a fase em que mortalidade e natalidade posicionam-se de forma divergente. Há um relativo aumento na expectativa de vida e a mediana de idade aumenta um pouco.

* Fase 3: INTERMEDIÁRIA/ENVELHECIMENTO POPULACIONAL. Nessa fase, é a vez do coeficiente de natalidade reduzir de forma importante (queda acelerada). Os coeficientes de natalidade e mortalidade começam a convergir, a população começa a envelhecer, visto que a fecundidade e os nascimentos caem. A razão de dependência cai.

* Fase 4: ESTABILIZAÇÃO OU PÓS-TRANSIÇÃO. O coeficiente de natalidade começa a frear a sua redução (queda lenta) e o coeficiente de mortalidade estabiliza. A pirâmide etária assume a forma de uma urna, com base muito estreita e ápice largo.

* Fase 5: essa fase não está originalmente prevista no modelo elaborado por Thompson nem está nos tradicionais livros de epidemiologia, mas alguns autores informam que, após a fase 4, algumas sociedades migrariam para a fase 5, que é a de retração populacional. Para manter a sua força produtiva, já que existe um alto número de idosos e poucos indivíduos jovens, é necessária a importação de mão de obra, o que geraria uma pirâmide rejuvenescida, em formato de ás de espada.

140
Q

RESUMO - FASES DA TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

Natalidade x Mortalidade x Crescimento vegetativo

* Fase 1
* Fase 2
* Fase 3
* Fase 4

A

* Fase 1:
- Natalidade: ELEVADA
- Mortalidade: ELEVADA
- Crescimento vegetativo: ESTÁVEL OU LENTO - equilíbrio populacional.
- Pirâmide formato: EM BICO

* Fase 2:
- Natalidade: ELEVADA
- Mortalidade: EM QUEDA ACELERADA
- Crescimento vegetativo: CRESCIMENTO ACELERADO
- Pirâmide formato: PIRAMIDAL

* Fase 3:
- Natalidade: EM QUEDA
- Mortalidade: A QUEDA DESACELERA
- Crescimento vegetativo: O CRESCIMENTO DESACELERA
- Pirâmide formato: SEM NOME ESPECÍFICO

* Fase 4:
- Natalidade: BAIXO
- Mortalidade: BAIXO
- Crescimento vegetativo: ESTÁVEL E LENTO
- Pirâmide formato: BULBO

* Fase 5:
- Natalidade: MUITO BAIXO
- Mortalidade: BAIXO
- Crescimento vegetativo: POPULAÇÃO DIMINUI LENTAMENTE.
- Pirâmide formato: DE URNA PARA ÁS DE ESPADAS

141
Q

Em relação aos fatores relacionados à transição demográfica brasileira, saiba que eles são os mesmos dos outros países que, por sua vez, acompanham a teoria clássica, a saber:

A

→ redução no coeficiente geral de mortalidade;

→ redução no coeficiente geral de natalidade;

→ redução da fecundidade;

→ envelhecimento populacional;

→ aumento de expectativa de vida

142
Q

É o processo de mudança no padrão de morbimortalidade de uma população, de forma que a elevada carga de doenças infectoparasitárias, carenciais e perinatais (isto é, doenças agudas e/ou transmissíveis) é substituída gradativamente pela carga das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e causas externas.

A

TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

143
Q

Por isso, podemos dizer que a TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA é a mudança nos INDICADORES DEMOGRÁFICOS (mortalidade geral, expectativa de vida, natalidade, fecundidade…), enquanto a TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA é a mudança nos INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS, que são:

A

morbidade (prevalência e incidência)

mortalidades específica e proporcional

144
Q

Segundo essa Teoria, a transição epidemiológica caminha em sentido único, isto é, em FLUXO UNIDIRECIONAL, com a substituição irrevogável das doenças infectoparasitárias (DIP) e carenciais e afecções perinatais pelas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e causas externas

A

Teoria de Omran

145
Q

Para alguns autores, as transições demográfica e
epidemiológica fazem parte de uma transição maior, chamada transição em saúde. Esse tipo de transição inclui também a:

A

1. transição nutricional: mudança do estado nutricional da população, que geralmente está em um perfil de desnutrição, para a obesidade. Uma das principais causas dessa transição é a mudança no padrão alimentar,

2. transição social: corresponderia à mudança na estrutura socioeconômica da população.

3. transição sanitária: exige uma transição sanitária, que é a mudança do sistema de saúde para que este consiga responder às novas demandas de saúde e ao perfil de doenças crônicas.

146
Q

Conceito de TRIPLA CARGA DE DOENÇA

A

Doenças Crônicas Não transmissíveis (DCNT)+ Doenças infecciosas + Causas Externas

147
Q

A transição epidemiológica do Brasil é do tipo

A

polarizada prolongada

A contratransição brasileira. Segundo a teoria de Omran, o Brasil deveria caminhar apenas do ponto A (predominância de doenças infectoparasitárias) para o ponto B. No entanto, o processo de transição epidemiológica desenrola-se de maneira diferente, com alguns retrocessos (ou seja, em alguns momentos, o país caminha no sentido de B para A e acaba vivenciando uma transição prolonga

148
Q

CONCEITO DE TRIPLA CARGA NO BRASIL:

“A situação de saúde no Brasil, provocada pela transição demográfica e epidemiológica, exige que o sistema de saúde brasileiro responda pela “tripla carga de doenças”. Esta é caracterizada por:

A
  1. presença das doenças infecciosas e parasitárias: dengue, H1N1, malária, hanseníase, tuberculose;
  2. aumento das doenças crônicas, pelo envelhecimento das pessoas e aumento dos fatores de risco (fumo, sedentarismo, inatividade física, sobrepeso e má alimentação);
  3. aumento da violência e morbimortalidade por causas externas.”
149
Q

PERFIL DE MORTALIDADE PROPORCIONAL POR CAUSAS - BRASIL (2019 - DATASUS)

A

1° lugar: doenças do aparelho circulatório, com mortalidade proporcional igual a 26,98% = IAM e AVE

2° lugar: neoplasias, com mortalidade proporcional igual a 17,43% = CA pele não melanoma é o de maior incidência no Brasil. Outros com incidência elevada são os cânceres de próstata, de mama, de pulmão e de cólon e reto (INCA, 2020).

3° lugar: doenças do aparelho respiratório, com 12% =

4° lugar: causas externas de morbidade e mortalidade, com 10,58% da totalidade dos óbitos.

  • as doenças infecciosas e parasitárias ocupam, atualmente, o 8º lugar na mortalidade proporcional brasileira.
150
Q

PERFIL DE MORTALIDADE ESPECÍFICA POR CAUSAS - BRASIL

A

1° lugar: doença isquêmica do coração;
2° lugar: acidente vascular encefálico;
3° lugar: Alzheimer e outras demências crônico-degenerativas;
4° lugar: doença pulmonar obstrutiva crônica;
5° lugar: infecções respiratórias

151
Q

Quando se fala em óbitos por DCNT, os homens e mulheres morrem principalmente de

A

1. Homens: doenças cardiovasculares,
2. Mulheres: neoplasias

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020).

152
Q

Sobre a mortalidade proporcional por neoplasias, segundo gênero:

1. Homens:
2. Mulheres:

A

1. Homens: pulmão > próstata > cólon e reto

2. Mulheres: mama > pulmão > cólon e reto

153
Q

São a principal causa de morte a partir dos 50 anos, o que inclui os idosos

A

DCNT

154
Q

PERFIL DA MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS - DATASUS (2019)

A

1° lugar: agressões, com 30,84% das causas externas;

2° lugar: acidentes de transporte, com 23,02% das causas externas;

3° lugar: outras causas externas de traumatismos acidentais (quedas, queimaduras, entre outros), com 22,31%;

4° lugar: lesões autoprovocadas (11,66%).

155
Q

São o principal grupo afetado pela mortalidade por causas externas:

A

homens jovens e adultos (15 a 39 anos)

156
Q

São o grupo cuja principal causa de morte é a violência

A

Adolescentes

157
Q

PERFIL DAS DOENÇAS INFECTOPARASITÁRIAS

  1. Tendências decrescentes:
  2. Tendências de persistência:
  3. Tendências de emergência ou reemergência:
A
  1. Tendências decrescentes: é composto basicamente das doenças imunopreveníveis, exceto o sarampo e a febre amarela, que apresentaram reemergência nos últimos anos.
  2. Tendências de persistência:
  3. Tendências de emergência ou reemergência:
158
Q

PERFIL DAS DOENÇAS INFECTOPARASITÁRIAS

  1. Tendências decrescentes - exemplos:
A
  1. Tendências decrescentes - exemplos: Varíola, Polio, Rubéola, Tétano, Dfiteria, Coqueluxe, Raiva, Chagas, Febre Tifóide, Oncocercose, Filariose, Peste.
159
Q

PERFIL DAS DOENÇAS INFECTOPARASITÁRIAS

  1. Tendências de persistência - exemplos:
A
  1. Tendências de persistência - exemplos: Esquistossomose, Hanseníase, TB, Leishmanioses visceral e tegumentar, Malária, Febre amarela silvestre, hepaatites virais, leptospirose, meningite por N. meningitidis B e C, animais peçonhentos.
160
Q

PERFIL DAS DOENÇAS INFECTOPARASITÁRIAS

  1. Tendências de emergência ou reemergência - exemplos:
A
  1. Tendências de emergência ou reemergência - exemplos: HIV/AIDS, cólera, dengue, hantavirose, febre maculosa.
161
Q

PERFIL DA MORTALIDADE INFANTIL NO BRASIL

  1. A redução da mortalidade infantil foi perceptível em todo o território nacional, mas foi mais acelerada na região
  2. Brasil tem um coeficiente de mortalidade na infância (< 5 anos) igual a:
  3. Quais estado com maior CMI (22,6 óbitos NV‰), e menor valor desse indicador no país (7,8 óbitos NV‰:
  4. o CMI em meninos é um pouco maior do que em meninas:
A
  1. Nordeste
  2. 14 óbitos NV‰
  3. Amapá (>), Espírito Santo (<)
  4. 12,9 versus 11,0
162
Q

MORTALIDADE MATERNA

  1. até 2018, a razão de mortalidade materna (RMM) é de:

A engenharia reversa mostrou que as bancas querem saber por que o Brasil falhou na redução da mortalidade materna. Essa falha não é explicada por um único fator, e sim por uma série de fatores, a saber:

A
  1. 59,1 óbitos por 100.000 nascidos

a. Implantação da vigilância do óbito materno a partir de 2009.

b. Fatores ligados à qualidade do pré-natal e assistência ao parto.

c. Ilegalidade do aborto

d. Excesso de cesarianas

163
Q

Resolução CFM nº 2.144/2016 (17/03/2016), diz que:

A

“Art. 2º Para garantir a segurança do feto, a cesariana a pedido da gestante, nas situações de risco habitual, somente poderá ser realizada a partir da 39ª semana de gestação, devendo haver o registro em prontuário”.

164
Q

MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE PREFERENCIAL PARA A SITUAÇÃO DO BRASIL

A solução é reorganizarmos o sistema segundo o modelo das:

A

Redes de Atenção à Saúde (RAS), que tem como porta de entrada preferencial a atenção básica ou atenção primária à saúde (conhecida carinhosamente como APS). Esse modelo permite o acompanhamento longitudinal dos indivíduos

165
Q

Dentre as doenças de notificação compulsória, quais as 3 com maior incidência?

A

Dengue
Malária
Tuberculose

166
Q

O indicador anos de vida perdidos ajustados pela idade mede

A

Simultâneamente, o efeito da mortalidade e dos problemas de saúde que afetam a qualidade de vida dos indivíduos.

167
Q

Dentre as causas externas, quais as 2 principais causas de mortalidade no Brasil?

A
  1. Agressões e homicídios
  2. Acidentes de transportes
168
Q

No Brasil, quais as neoplasias mais prevalentes do sexo masculino ?

A
  1. Pele não melanoma
  2. Próstata
  3. Pulmão
  4. Cólon, reto, ânus.
169
Q

No Brasil, quais as neoplasias mais prevalentes do sexo feminino ?

A
  1. Pele não melanoma
  2. Mama
  3. Cólon, reto e ânus.
  4. Colo do útero.
170
Q

No Brasil, quais as neoplasias mais prevalentes, juntando ambos os sexos?

A
  1. Pele não melanoma
  2. Próstata
  3. Mama
  4. Cólon, reto e ânus.
  5. Pulmão
  6. Estômago
171
Q

Primeira maior causa de envenenamento humano no Brasil?

A

Intoxicação medicamentosa

172
Q

Segunda maior causa de envenenamento humano no Brasil?

A

Acidente com animal peçonhento

173
Q

ANÁLISE DA SAÚDE BRASILEIRA:

A

Causas externas 31%
Doenças infecciosas e parasitárias 29 %
Doenças crônicas 26%
Mortalidade infantil 9%
Mortalidade materna 5%

174
Q
A