Trypanosoma Flashcards

1
Q

Os parasitas do Gênero Trypanosoma apresentam 3 estágios evolutivos:

A

amastigotas = forma ovoide, de pequena dimensão e pouca mobilidade. É a forma intracelular no hospedeiro vertebrado.

epimatigotas = corpo celular longo e achatado, com cinetoplasto redondo e posteriorizado. O flagelo atravessa toda a extensão da célula, aderido pela
membrana ondulante. Pode ser encontrada nos líquidos intersticiais. Fica no Hospedeiro invertebrado e realiza fissão binária.

tripomastigotas = forma alongada e fusiforme, com cinetoplasto discoide e próximo ao núcleo. O flagelo emerge longe da extremidade anterior, colado à membrana celular pela membrana ondulante.

Apresenta duas formas: sanguínea fina e larga (encontrada nos exames parasitológicos de sangue) e metacíclica (forma infectante presente nas fezes ou urina do barbeiro, o vetor). A forma sanguínea é morfologicamente semelhante à forma metacíclica, diferenciando-se apenas pelo tamanho de seu flagelo: é maior.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Não possuem forma de vida livre, com

A

uma exceção.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Ainda como características,

De acordo com a visão atual, os Tripanosomas de mamíferos são

A

Ocorre a presença de kDNA. Apresenta uma única e longa mitocôndria que percorre quase todo o citoplasma de sua única célula. No entanto, há uma região peculiar em que cerca de 15 a 20% de todo material genético do protozoário se concentra. Esta região recebe o nome de cinetoplasto.

Além do formato celular alongado com flagelo único, presença de genes de cianobactérias e de plantae. A glicólise é do tipo compartimentalizada.

flagelados monofiléticos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

O gênero é constituído por 2 seções:

Na primeira, a transmissão ocorre por meio do contato com … enquanto que na segunda

A

Salivaria, dita mais recente e, Stercoraria, mais antiga.

do contato com a saliva do vetor,

contato com as suas fezes.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

A seção de interesse, Stercoraria, caracteriza-se por apresentar

A

Formas Tripomastigotas com flagelo livre;

Cinetoplasto grande, não terminal;

Reprodução em mamíferos apenas em duas formas;

Formação de metatripanosomos na porção final do trato digestivo dos vetores;

Transmissão contaminativa, ou seja, pelos resíduos fecais.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Parasita que pode ser classificado tanto em uma seção quanto na outra, pois apresenta particularidades de ambas

A

Trypanosoma (Tejeraia) rangeli

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Trypanosoma (Schizotrypanum) cruzi é a espécie causadora da

A

doença de Chagas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quanto aos reservatórios vertebrados,

A

reservatório trata-se de um sistema ecológico (formado por várias espécies) no qual o parasita sobrevive. Esse sistema deve ser consistente, equilibrado e ser considerado sempre numa escala espaço-temporal única.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Existem diferentes formas de transmissão,

sendo a principal via

A

vetor por suas fezes. Este, normalmente possui hábitos domiciliares, no entanto na Região Amazônica existem triatomíneos não domiciliados.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

CB NO HOSPEDEIRO VERTEBRADO

A

Adesão celular - interiorização - vacúolo fagocitário - Ruptura do vacúolo e início da transformação para a forma amastigota - Transformação amastigota p/ tripomastigota - Tripomastigota dentro e fora da célula

Heteroxênico = possui fase de multiplicação
intracelular no hospedeiro vertebrado (homem e mamíferos pertencentes a sete ordens diferentes: cachorros, gatos, macacos) e extracelular no inseto vetor (triatomíneos).

No ser humano podem ser encontradas as formas amastigotas, intracelulares ( só se desenvolve em macrófagos), e no sangue circulante as formas tripomastigotas (por isso chamadas de tripomastigotas sanguícolas).

Ao picar o ser humano, o vetor triatomíneo (barbeiro) elimina formas tripomastigotas metacíclicos nas suas fezes durante o próprio repasto sanguíneo.

Tripomastigotas penetram pelo local da picada e interagem com células do sistema fagocítico mononuclear da pele ou mucosas.

Neste local, ocorre a transformação dos tripomastigotas em amastigotas, que aí se multiplicam por divisão binária simples.

A seguir, ocorre a diferenciação dos amastigotas em tripomastigotas, que são liberados da célula.

Estes tripomastigotas caem na circulação sanguínea, podendo:
• …atingir outras células de qualquer tecido ou órgão para cumprir novo ciclo celular;
• …ser destruídos por mecanismos imunológicos do hospedeiro;
• … ser ingeridos por triatomíneos, onde cumprirão seu ciclo extracelular;

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Hospedeiro intermediário invertebrado

A

hemípteros da subfamília Triatominae (T. infestans, magistus, braziliensis, pseudomaculata e sordita)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

O T. cruzi se reproduz apenas

A

assexuadamente, por divisão binária!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

CB NO HOSPEDEIRO INVERTEBRADO

A

Os triatomíneos se infectam ao ingerir tripomastigotas presentes no sangue do hospedeiro vertebrado durante a hematofagia.

No estômago do inseto esses tripomastigotas se transformam em epimastigota, que se reproduzem por divisão binária no intestino médio.

Na porção final do tubo digestivo, as epimastigotas se diferenciam em tripomastigotas metacíclicas, infectantes para os vertebrados, sendo eliminadas nas fezes ou urina do triatomíneo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Outras formas de transmissão

A

Transmissão pelo vetor: As formas infectantes para o homem são os tripomastigotas metacíclicos contidos nas fezes dos insetos, que penetram facilmente através das mucosas e das conjuntivas ou de qualquer solução de continuidade da pele.

Transfusão sanguínea: importância do controle rigoroso em bancos de sangue.

Transmissão congênita: O diagnóstico diferencial é feito pelo encontro do T. cruzi na placenta ou pesquisa de anticorpos IgM anti T. cruzi no soro do recém nascido.

Transmissão oral: destacam-se surtos relatados através do consumo de caldo de cana e açaí relatados no país.

Transmissão sexual: ocorre mais comumente em casos de homem susceptível com mulher infectada em
período menstrual; existem relatos de eliminação do T. cruzi no esperma de homens infectados.

Também pode ocorrer através de acidentes de laboratório e transplantes.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

PERÍODO DE INCUBAÇÃO

A

Varia entre uma e três semanas. Nas infecções transfusionais, esse período costuma ser mais longo e pode estender-se até mais de 60 dias.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Manifestações clínicas Fase aguda

A

FASE AGUDA( 10 dias a meses): através das manifestações locais, quando o T. cruzi penetra na conjuntiva (sinal de Romaña) ou na pele (chagoma de inoculação). Pode ser sintomática ou assintomática (mais frequente), a depender do estado imunológico do hospedeiro.

As manifestações gerais são febres, edema localizado e generalizado, hepatomegalia, esplenomegalia, e às vezes, insuficiência cardíaca e perturbações neurológicas. O óbito, quando ocorre, é devido a meningoencefalite aguda ou a insuficiência cardíaca por miocardite aguda difusa. + FIBROSE

Determina qual o tipo de F. crônica

17
Q

Manifestações clínicas Fase Crônica

A

FASE CRÔNICA (anos): Após a fase aguda, os sobreviventes passam por um longo período assintomático (10 a 30 anos). Esta fase é chamada de forma indeterminada, pois têm um prognóstico incerto: tanto podem evoluir para as formas crônicas típicas, como permanecer latentes.

A forma indeterminada é caracterizada pelos seguintes parâmetros: positividade de exames sorológicos e parasitológicos +/-; ausência de sintomas; eletrocardiograma convencional normal; coração, esôfago e cólon radiologicamente normais (sem megas). Há lesões semelhantes ao sintomático mas menos intensa (cardite discreta e denervação do SNA) e produção de anticorpos líticos indicando doença ativa. Pode raramente gerar óbito

Já na forma crônica sintomática, os sintomas se manifestam em duas formas principais: a cardíaca e a digestiva.

Forma Cardíaca - Cardiopatia chagásica crônica assintomática ou sintomática: Cardiomegalia; Insuficiência Cardíaca Congestiva; Arritmias; Fenômenos tromboembólicos; vertigens; dor precordial; perda de consciência.

Forma Digestiva - Representada principalmente pelos megas NA MUSC. LISA (dilatações permanentes e difusas das vísceras ocas), onde aparecem alterações morfológicas e funcionais importantes, como, por exemplo, megacólon gerando peritonite, megaesôfago, megaduodeno, megabexiga, etc… Os sintomas principais são: disfagia, odinofagia, dor retroestemal, regurgitação, pirose, soluço, tosse , sialose, alteração na secreção e absorção, dor, prurido, e denutrição

Forma Mista -

18
Q

DIAGNÓSTICO

A

Clínico: Origem e história de viagem do paciente, presença dos sinais de entrada (sinal de Romana e/ou chagoma de inoculação), acompanhados de sintomas (Falta de ar, palpitações, perda de consciência, digafia e obstipação prolongada) fazem suspeitar de fase aguda da doença de Chagas:

Exames de imagem: As alterações cardíacas (reveladas pelo ECG), do esôfago e do cólon (reveladas pela radiogrtafia) e as alterações digestivas e do esôfago e do cólon (reveladas pelos raios X constratado) fazem suspeitar da fase crônica da doença.

No período agudo: e parasitemia é alta e por isso recomenda-se principalmente a pesquisa de parasitos no sangue através de exames parasitoscópicos do
sangue (a fresco, gota espessa, esfregaço sanguíneo, exame de creme leucocitário, microhematócrito, Método de Strout, coloraçao por Giemsa), punção-biópsia de linfonodo, imunofluorescência, a hemaglutinação etc.

Na fase crônica: a parasitemia é baixa e por isso são mais indicadas as provas imunológicas; o xenodiagnóstico e a hemocultura ou a inoculação em animais de laboratório. + 2 teste sorológicos diferentes.

No sangue, a parasitemia provoca uma hipoproteínemia com redução da soro-albumina e aumento das globulinas α, β e γ. O hemograma ainda pode apresentar uma ligeira leucocitose, com linfócitos, mas há tendência à leucopenia, podendo levar a uma anemia grave.

Outros exames laboratoriais são a IMUNOFLORESCENCIA + HEMOAGLUTINAÇÃO

19
Q

Profilaxia

A

Combate aos triatomíneos, interrompendo o ciclo parasitário, e à melhoria das habitações rurais.

A transmissão transfusional deve ser evitada pela exclusão de candidatos a doadores que sejam positivos nos testes sorológicos para o T. cruzi. e pela adição de substâncias tripanossomicidas ao sangue, sempre que não for possível a identificação e
a exclusão dos doadores suspeitos.

Melhoria das habitações rurais;

Combate ao barbeiro com uso de inseticidas

Levantamento das espécies implicadas;

Controle da transmissão congênita.

20
Q

A doença de Chagas também é conhecida como

A

tripanossomose

21
Q

Tratamento

A

Depende do estágio

Benzonidazol: 5 a 8mg/kg/dia por 60 dias. Possui efeitos apenas contra as formas sanguíneas.

Nifurtimox: 8 a 12 mg/kg por dia. Age contra as formas sanguíneas e parcialmente contra as formas teciduais.

Os medicamentos até hoje desenvolvidos só agem na forma tripomastigota sanguínea. Porém, como a doença de Chagas é geralmente diagnosticada na sua fase crônica, os medicamentos não são eficazes contra forma sanguínea larga (presente na fase crônica) ou contra a fase metacíclica

Vale salientar que o tratamento só é indicado na fase aguda da doença. Na fase crônica, faz-se apenas controle das sequelas (tratamento sintomático).

22
Q

Vetor

A

barbeiro (em outras regiões, também é conhecido como chupança, bicho-barbeiro, bicho-de-parede, bicudo, cascudo, fincão, percevejão, procotó, vunvum), insetos hemípteros, reduviídeos, triatomíneos.

23
Q

Diferenciação dos hemípteros conforme o habito alimentar

A

fitófago - Aparelho bucal reto e que ultrapassa o primeiro par de patas

predador - aparelho bucal curto e curvo

hematófago - Aparelho bucal reto e que não ultrapassa o primeiro par de patas

24
Q

Ciclo de vida dos triatomíneos

A

ovos

ninfa de 1º ao 5º estáio

fêmea adulta

25
Q

Resp. imune

A

Humoral ( IgM, G1, G2, G3, G4)

Celular ( NK, IL-1/ IL-2 / NO)