Abdome agudo inflamatório - Apendicite aguda Flashcards
(43 cards)
EPIDEMIOLOGIA da apendicite:
Operação de urgência mais comum:
- 7% da população:
- Nos extremos da faixa etária (< 4 anos e > 80 anos) o diagnóstico tende a ser mais tardio, com maior risco de perfuração chegando a 80%
FISIOPATOLOGIA da apendicite aguda:
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Obstrução da luz do apêndice:
- fecalito, adreência, aumento do tecido linfático, corpo estranho, parasita ou tumor
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Acúmulo de secreção –> aumento da pressão intraluminal levando a um estímulo visceral
- Nervos aferentes T8 a T10, causando dor epigástrica ou periumbilical
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Pressão intraluminal impede drenagem linfática posteriormente venosa / translocação bacteriana
- Acometimento inflamatório da serosa –> dor localizada
- Progressão –> necrose e perfuração, abcesso, peritonite.
A evolução da apendicite é dividida de que forma?
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Fases evolutivas
- Hiperêmica: intraluminal, mucosa
- Edematosa: edema de parede
- Fibrinosa: Extensão até a serosa
- Flegmonosa: Secreção purulenta no lúmen
- Gangrenosa: isquemia
- Perfurativa
Como é a história clínica típica da apendicite?
Dor em mesogástrio, em cólica, acompanhada de náuseas ou vômitos e anorexia (perda do apetite em até 90% dos pacientes), que posteriormente migra para FID, passando a caráter contínuo, acompanhada de sinais inflamatórios (locais e sistêmicos).
Como é feito o diagnóstico de apendicite aguda?
CLÍNICO se história e exame físico típico.
*em casos de dúvida diagnóstica, exames complementares devem ser realizados.
Manifestações atípicas da apendicite:
- Dispepsia
- Alteração do hábito intestinal
- Diarreia
- Mal-estar generalizado
A apresentação da apendicite é clássica em 2/3 dos casos. O exame físico combinado com a história clínica tem a acurácia de até 95%. Sendo assim, como deve ser o exame físico no paciente com apresentação clássica da apendicite?
- Temperatura normal ou febre baixa
- Febre isolada não contribui para o diagnóstico de apendicite
- Maior especificidade: quando guarda relação a outros sintomas (por exemplo: migração da dor para FID)
- Dor e/ou plastão no ponto de McBurney com DB+ é sinal independente preditivo de apendicite
Dor e/ou plastrão palpável no ponto de McBurney com DB+ é sina indenpendente preditivo de apendicite.
Mas onde fica o ponto de McBurney?
Traça-se uma linha da cicatriz umbilical até a espinha ilíaca antero-superior direita e divide essa linha em três porções iguais. Na junção do porção média com a porção lateral fica o ponto de McBurney;

Falando-se de sinais propedêuticos do exame físico do paciente com apendicite: o que é o sinal de Blumberg?
Blumberg:
Descompressão brusca dolorosa após a palpação de FID no ponto de McBurney.
*DB não deve estar presente no restante do abdomen.
Falando-se de sinais propedêuticos do exame físico do paciente com apendicite: o que é o sinal de Rovsing?
Dor na FID quando se palpa a Fossa ilíaca Esquerda (FIE), ocasionando retorno gasoso com distensão do ceco.
*Sinal comumente feito em crianças.
Falando-se de sinais propedêuticos do exame físico do paciente com apendicite: o que é o sinal de Lennander?
Dissociação entre a temperatura retal e axilar > 1ºC.
Falando-se de sinais propedêuticos do exame físico do paciente com apendicite: o que é o sinal de Summer?
Hiperestesia na FID
Falando-se de sinais propedêuticos do exame físico do paciente com apendicite: o que é o sinal de Lapinski?
Dor à compressão da FID enquanto se solicita ao paciente que eleve o membro inferior direito.
Falando-se de sinais propedêuticos do exame físico do paciente com apendicite: o que quer dizer punho percussãp positivo?
Dor na FID a punho-percussão do calcâneo.
Falando-se de sinais propedêuticos do exame físico do paciente com apendicite: o que é o sinal de Dunphy?
Dor desencadeada pela percussão abdominal ou referida quando se solicita ao paciente que tussa.
Falando-se de sinais propedêuticos do exame físico do paciente com apendicite: o que é o sinal do obturador?
Dor durante a rotação interna passiva da coxa direita flexionada
*Sinal aparece quando apendice está localizado posteriormente.
Falando-se de sinais propedêuticos do exame físico do paciente com apendicite: o que é o sinal de Psoas?
Dor na flexão ativa da coxa direita contra uma resistência (ou dor na extensão passiva da coxa), com o paciente deitado em decúbto lateral esquerdo.
*Sinal aparece quando apendice está localizado posteriormente.
Sinais clínicos específicos que devem ser procurados para o diagnóstico diferencial:
- Sinal de Murphy
- Sinal de Giordano
Diferentes posições que o apendice pode assumir:
- Retrocecal
- Subcecal
- Pré ou pós-ileal
- Pélvica
De acordo com sua posição, pode causar sintomatologia diferente.

Localização e características anatômicas do apêndice:
- Próximo à válvula ileocecal
- Convergência das tênias colônicas no ceco
- Em média, 5 a 12cm de comprimento com o,5 a 1,0cm de espessura

Qual é a artéria que irriga o apêndice?
Vascularização terminal pela artéria apendicular, que é ramo da artéria ielocólica.
Quanto mais tempo de apendicite, maior o risco de complicações. A partir de quanto tempo o paciente evoluirá com a necrose e perfuração do apendice, se não tratado?
Média de 48h para necrose e 70h para perfuração:
- < 36h: < 2% perfurações
- > 36h: aumento de 5% a cada 12h
- Não espere o sol raiar para operar uma apendicite.
Pode haver regressão espontânea da apendicite?
Sim!!!
Regressão espontânea possível (9% episódio anterior identico; e 4%, mais de uma crise prévia).
Mas não deve esperar que haja regressão espontânea, o correto é a abordagem cirurgica de urgencia.
Complicações da apendicite:
- Peritonite
- Fístula
- Óbito.




