All day LUNG Flashcards

(122 cards)

1
Q

Definição de Insuficiência Respiratória

A

É a incapcidade do sistema respiratório de desempenhar as suas principais funções:
1. Transporte de O2 para o sangue arterial
2. Remoção de gas carbônico do sangue venoso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Quais são causas de hipoxemia

A

hipoventilação, baixa relação V/Q, alta relação V/Q, baixa fração de O2 inspirada.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quais são as causas de hipercapnia

A

Hipoventilação, fases tardias de outras alterações

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Qual é a classificação de IRp

A

300-400mmHg= Hipoxemia
<300mmHg= Insuficiência Respiratória
<200mmHg= Insuficiência Respiratória Grave

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

PaCO2 normal e alterada

A

35-45mmHg
Já >50mmHg é considerada Insuficiência Respiratória

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Quais dados te mostram a presença de Insuficiência Respiratória

A

Alteração da frequência respiratória ou do seu padrão
Esforço respiratório aumentado (uso de musculatura acessória, tiragem e batimento das asas do nariz)
Respiração paradoxal (fadiga do diafragma)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

sinais de hipoxemia e de hipercapnia

A

HIPOXEMIA: agitação, bradicardia, choque, hipertensão, palidez, sudorese, cianose

HIPERCAPNIA: depressão progressiva do nível de consciência até o coma, taquicardia, hipotensão, cefaleia, abalos msuculares.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Qual é o melhor exame para confirmar a IRpA

A

O melhor exame para confirmar a IRpA é a GASOMETRIA ARTERIAL

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Quais são tipos de IRpA

A

Tipo 1 (não ventilatória): PaO2 <60mmHg com PaCO2 normal ou baixa (isso porque a CO2 é um gás facilmente difundido pela membrana alveolocapilar )

Tipo 2 (ventilatória): PaO2 <60mmHg com PaCO2 > 50mmHg (isso porque não está tendo a renovação dos gás)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Como tratar a IRpA

A

Manter a troca gasosas em níveis seguros até compensar a causa de IRpA (oxigenação é fundamental para reverter a hipoventilação e hipoxemia)
Eliminar de CO2
Manter a segurança da via aéreas
Evitar o trabalho respiratório excessivo que pode contribuir para a descompensação do paciente.
Tratar a causa básica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Indicações para a ventilação mecânica

A

-PaO2< 55mmHg
-sinais de esforço respiratório (fadiga de diafragma, tiragem intercostal, uso de musculatura assessória)
-Paradas cardiorrespiratórias
-Rebaixamento do nível de consciência

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Qual é o marcador do distúrbio obstrutivo e dê exemplos de doenças com essa padrão

A

O principal marcador é a relação VEF1/CVF <70%
Além disso, pode também encontrar CVF normal, VEF reduzido.
Doenças como DPOC na fase inicial, Asma assumem esse padrão

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

O que é considerado uma prova broncodilatadora positiva

A

CVF >350ml OU VEF1 >12% e >200ml do que o prévio

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Qual é a necessidade do teste de broncoprovocação

A

Teste broncoprovocação é positiva em Asma, uma vez que o paciente tem uma hiperatividade e hipersensibilidade brônquica. Isso é negativo na DPOC.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Quais são as características de um distúrbio obstrutivo com CVF reduzida

A

VEF1 ↓
CVF↓
relação VEF1/CVF↓ prova broncodilatadora negativa ou positiva

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Marcador de distúrbios restritivos

A

CVF↓ (marcador)
VEF↓
VEF1/CVF normal ou aumentado
Prova broncodilatadora negativa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Define pneumonia e quais os sintomas

A

É uma inflamação aguda do parênquima pulmonar distal aos bronquíolos, de natureza infecciosa.
Os sintomas são tosse, expectoração, dor torácica, dispneia, febre.
Outros sintomas como mialgia, adinamia, cefaleia, dor abdominal ou em ombro, diareia, herpes labial, podem acontecer

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Definição de pneumonia hospitalar

A

É um quadro agudo de inflamação do parênquima pulmonar distal aos bronquíolos que acontecem entre 48-72 horas após internação no hospital ou no serviço de prestação de serviço de saúde

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

sinais da síndrome de condensação na pneumonia lobar

A

frêmito toraco-vocal aumentado; submacicez à percussão, som traqueal ao invés de murmurio vesicular, estertores crepitantes

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

qual é principal exame para o diagnóstico da pneumonia
Quais são os outros exames que podem contribuir para o diagnóstico

A

Principal exame é Radiografia de Tórax

Exames como hemograma (mostra a leucocitose), Proteína C Reativa (mostra inflamação aguda), Gasometria arterial (em casos de IRpA), exames microbiológicos (através do escarro do paciente pode ser determinado o agente etiológico)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

qual é principal exame para o diagnóstico da pneumonia
Quais são os outros exames que podem contribuir para o diagnóstico

A

Principal exame é Radiografia de Tórax

Exames como hemograma (mostra a leucocitose), Proteína C Reativa (mostra inflamação aguda), Gasometria arterial (em casos de IRpA), exames microbiológicos (através do escarro do paciente pode ser determinado o agente etiológico)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Quais são os critérios de gravidade que podem ser extraídos da anamnese

A

Idade avançada, indivíduo instituicionalizado, comorbidades como insuficiência hepática, DM, Neoplasia, DPOC, Insuficiência renal crônica, Insuficiência cardíaca congestiva, doença neurológica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Quais são os critérios de gravidade que podem ser extraídos do exame físico

A

FR >30irpm; alteração da consciência, FC>ou =120bpm, PAS<90mmHg, PAD40ºC

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Quais são os critérios de gravidade que podem ser extraídos da radiografia

A

Acometimento bilateral do pneumonia, derrame pleural associada, acometimento de mais de 1 lobo, presença de cavidade, piora após 48horas de tratamento

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Quais são os critérios de gravidade que podem ser extraídos dos exames complementares
Gasometria com hipoxemia, acidose metabólica Anemia Leucocitose (>15,000) Leucopenia (<4000) Glicose elevada Sódio ↓ Alargamento de TTPA
26
O que é CURB-65 e qual é a sua importância
CURB-65 é um escore utilizado para determinar o tratamento de um paciente com pneumonia. 0-1→tratamento ambulatorial 2→internação na enfermaria hospitalar > ou = 3→ internação na UTI C→ Confusão mental U→ uréia maior que 50mg/dL R→ frequência respiratória > ou =30irpm B→ PAS<90mmHg ou PAD< ou = 60mmHg 65→ idade maior que 65 anos
27
Quais são os critérios maiores para internação na UTI
Presença de choque séptico Necessidade de ventilação mecânica
27
Quais são os critérios maiores para internação na UTI
Presença de choque séptico Necessidade de ventilação mecânica
28
Quais outros fatores além de CURB-65 são considerados para internação do paciente com pneumonia
aspectos socioeconômicos, aspectos cognitivos, comprometimento da oxigenação, comordidades descompensadas
29
como fazer o diagnóstico etiológico da pneumonia
testes rápidos moleculares teste sorológico pesquisa de antígeno urinario hemocultura toracocentese quando há derrame pleural, aspirado traqueal ou lavado bronquioalveolar no paciente intubado
30
quais são os fatores de risco para Streptococcus pneumoniae resistente à penicilina
1. idade <2 anos ou >65 anos 2. Imunossupressão 3. Alcoolismo 4. exposição a crianças de creche 5. uso de beta-lactâmicos nos últimos 3 meses.
31
tratamento ambulatorial do paciente sem comorbidades e sem risco de SPRP e nos pacientes com comorbidades e com risco de SPRP
Beta-lactâmicos ou macrolídeos (sem comorbidades e sem risco de SPRP) -Beta-lactâmicos→ Amoxicilina 500mg, VO, 12-12h por 5-7 dias ou Amoxicilina 875mg + Clavulanato 125mg, VO 12-12h por 5-7 dias -Macrolídeo→ Azitromicina 500mg, VO, por 5 dias ou Claritromicina 500mg por 5 dias Após 48h-72h pede um retorno do paciente. Em casos de piora do caso, vá ao pronto socorro. Beta-lactâmicos + Macrolídeos ou Quinolona respiratória (associar os dois medicamentos em pacientes com comorbidades e com risco de SPRP) No caso da quinolona→ Levofloxacino, Moxifloxacino ou Gemifloxacino (500mg)
32
Qual é o tratamento de pneumonia na enfermaria
Beta-lactâmicos + Macrolídeos ou Quinolonas respiratórias -Beta-lactâmicos→ Ceftriaxona 2g IV; cefotaxima 1g IV, Ampicilina-sulbactan, ertapenem -Macrolídeos→ Claritromicina ou Azitromicina -Quinolonas→ Levofloxacino ou Moxifloxacino Na enfermaria, prioriza os medicamentos intravenosos
33
Qual é o esquema de tratamento adequado para o paciente na UTI com e sem risco de Pseudomonas aeruginosa
SEM RISCO DE PSEUDOMONAS Beta-lactâmicos + Macrolídeos ou Quinolonas -Beta-lactâmicos→ ceftruaxona, ampicilina-sulbactan, ertapenem -Macrolídeos→ Azitromicina ou Claritromicina -Quinolonas→ levofloxacino, moxifloxacino COM RISCO DE PSEUDOMONAS Beta-lactâmicos + Quinolonas -Beta-lactâmicos→ imipenem, meropenem, piperacilina-tazobactan quinolonas→ ciprofloxacino, levofloxacino
34
A presença de pneumatoceles é um indício de qual bactéria
Staphylococcus aureus
35
Qual é o tratamento antibiótico para as MRSAs
Vancomicina ou Linezolida
36
Define da Bronquiectasia
É uma dilatação e distorção irreversível de um ou mais brônquios, devido da destruição dos componentes elásticos e musculares da sua parede, levando presença persistente de sintomas, com piora importante da qualidade de vida
37
Explica a patofisiologia da bronquiectasia
Tem 2 elementos fundamentais: Agressão infecciosa que leva inflamação que por sua vez cumula com destruição e distorção das vias aéreas e do aparelho mucociliar e uma deficiência na depuração das secreções brônquicas. Essa secreção brônquica vira um meio de cultura bacteriana e assim, há de novo a inflamação e vira um ciclo vicioso.
38
Qual é um grande fator preocupante da bronquiectasia
A permanência dos microrganismos na secreção, cumulando com a seleção das espécies mais virulentas, levando por sua vez uma inflamação crônica
39
Quais são as etiologias de bronquiectasia
→Desordem genética: Fibrose cística, deficiência de alfa-1-antitripsina e discinesia ciliar primária →Doença pós-infecciosa: bactérias, vírus, fungos (mais comum) e tuberculose →Imunodeficiência: AIDs, imunodeficiências congênitas →Aspiração: DRGE, fístula traqueoesofágico → Malformações congênitas →Resposta inflamatória exacerbada: Doenças autoimunbes, Aspergilose broncopulmonar alérgica →Idiopática >50% dos casos
40
Explique a Fibrose Cística
É uma doença autossômica recessiva que tem um defeito no canal CFTR-ATPase que é responsável para a secreção de cloreto e água fora da célula no epitélio pulmonar e nos. ductos do trato gastrointestinal e reabsorver os mesmos na glândula sudorípara. A alteração desse canal causa acúmulo de secreção espessa na via aérea, sendo assim, um meio de cultura para microrganismos. É uma doença rastreável no teste de pezinho.
41
Explique a Discinesia Ciliar Primária
É uma doença hereditária onda há imobilidade dos cílios do epitélio respiratório. Isso causa uma falha no aparelho mucociliar e assim, há acúmulo de secreção, formando um meio de cultura para os microrganismos. O paciente é um portador frequente de infecções da via aérea inferior, dos seios nasais e do ouvido médio. Além disso, tem infertilidade. Tem uma forma da doença (Síndrome de Kartagener)→ pansinusite crônica, bronquiectasia e situs inversus com dextrocardia
42
Explique a Aspergilose Broncopulmonar Alérgica
É uma resposta de hipersensibilidade pela presença do fungo Aspergillus fumigatus. Acontece principalmente nos pacientes com brônquios hiperreativos como os asmáticos ou pacientes com fibrose cística. A bronquiectasia costuma ser central e tem uma elevação da contagem dos eosinófilos e uma eleação sérica de IgE total e específica para o fungo. O paciente pode ter tosse com moldes brônquicos.
43
quais são os agentes infecciosos ou doenças que podem causar bronquiectasia
Sarampo, coqueluche (B.pertussis), adenovírus, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniar, Mycoplasma pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis, Aspergilus fumigatus e Histoplasma capsulatum
44
classificação da bronquiectasia de acordo com a morfologia
Cístico, varicosa e cilíndricas
45
Bronquiectasia tem predileção para qua lobo pulmonar e qual é classificação de acordo com a localização
Tem predileção aos lobos inferiores Tem a bronquiectasia localizada→ pneumonia e corpo estranho Tem a bronquiectasia generalizada→ doença sistêmica
46
sintomas e sinais de bronquiectasia
tosse produtiva persistente, episódios de exacerbação, dispneia, mal-hálito
47
Explique a bronquiectasia seca
É uma condição que pode surgir no ápice pulmonar e lobos superiores como consequências e sequelas de tuberculose. A tosse é seca e pode ter hemoptise
48
apresentação clínica de bronquiectasia
Crepitações, sibilos, roncos e baqueteamento digital devido a hipoxemia crônica
49
Qual é o melhor exame de imagem para a confirmação do diagnóstico de bronquiectasia
Tomografia computadorizada do tórax de alta resolução: permite o diagnóstico, o diferencial e avaliação da extensão do dano. Radiografia de tórax: mostra linhas de trem, imagens anelares, atelectasias laminares e hiperinsuflação do segmento adjacentes. Permite também um diagnóstico diferencial.
50
quais achados na TC pode auxiliar no diagnóstico de bronquiectasia
diâmetro de brônquico 1,5 vezes maior que o do vaso adjacente (anel de sinete), imagens anelares e lineares, espessamento das paredes brônquicas, perda da diminuição do calibre do brônquico na periferia.
51
Como proceder com a investigação de bronquiectasia
- Inverstigação de fibrose cística - Avaliação de imunidade - Pesquisa de ABPA - Pesquisa da presença de corpo estrnaho ou tumor - Deficiência alfa-1-antitripsina - Pesquisa de discinesia ciliar primária - História familiar sugestivo de bronquiectasia - Taquipneia neonatal não explicada - Dextrocardia ou situs inversus - Condições predisponentes de aspiração
52
Como se faz a pesquisa de fibrose cística
- triagem com teste de pezinho - teste de suor (níveis de sódio e cloro > 60mEq/L - estudo genético
53
Como se faz a investigação etiológica
Contagem de leucócitos Dosagem de imunoglobulinas Dosagem de anticorpos específicos para o agente etiológico em suspeita Determinação dos níveis de complemento Avaliação dos linfócitos T, B e células NK Sorologia para HIV
54
Como fazer a pesquisa de ABPA
pesquisa para asma ou fibrose cística elevação de IgE específica para o fungo e IgE total Bronquiectasia central Reação démrica de pápula e eritema antígeno do Aspergillus Eosinofilia sanguínea (>1000 células)
55
Como se faz a pesquisa de deficiência de alfa-1- antitripsina
Dosagem da alfa-1-antitripsina e estudo genético
56
Como se faz o diagnóstico de discinesia ciliar primária
Biopsia do epitélio brônquico e escovado nasal para avaliar a motilidade e estrutura dos cílios por microscopia
57
Quando usar a broncoscopia
Quando tem suspeita de um corpo estranho, compressão extrínseca do brônquico por um tumor ou quando tiver lesão endobrônquica
58
Como vai ser a espirometria de um paciente com bronquiectasia
Nas fases iniciais: distúrbio obstrutivo (VEF1 e relação VEF-CVF reduzidas) Nas fases avançadas: distúrbio restritivo (CVF reduzido com relação VEF-CVF normal)
59
Como vai ser a gasometria arterial do paciente com bronquiectasia
Fases avançadas da doença: hipoxemia Sat de oxigênio ≤88% ou PaO2 < 60mmHg Fases tardias da doença: hipercapnia (PaCO2 ≥45mmHg)
60
Como tratar o paciente com bronquiectasia
Tratar a causa base, promover higiene brônquica e tratar ou prevenir as exacerbações infecciosas. - Drenagem postural para aumentar a depuração brônquica - Higiene brônquica: Nebulização com manitol 400mg 12-12h, ou com salina hipertônica a 7%, DNAse humana recombinante inalada para os com fibrose cística, mucolítico xarope
61
O que é exacerbação de bronquiectasia e qual é a principal causa, como é tratado e conduzido
exacerbação é a piora do quadro basal da doença, ou seja, mais tosse com purulência, surgimento ou piora da dispnéia, febre, adinamia, sibilos, hemoptise, etc A principal causa de exacerbação é a infecção de vias aéreas. O tratamento consiste em uso de antibióticos empíricos e depois, vai ser feita uma cultura através do escarro do paciente para determinar qual bactéria foi. Isso é feito para melhor direcionar o tratamento do paciente para a antibioticoterapia apropriada para a bactéria.
62
Como prevenir as exacerbações de bronquiectasia
Vacinação contra gripe e pneumococo Higiene brônquica Antibiótico profilaxia inalado (ciprofloxacino, amicacina, azetreonam, etc) ou oral (azitromicina)
63
Qual é o tratamento adjuvante para bronquiectasia
Broncodilatador para combater o broncoespasmo Corticoides sistêmicos que são úteis nas exacerbações Corticoides inalados em alguns pacientes podem diminuir o volume do escarro
64
Quando se indica cirurgia na bronquiectasia
paciente com doença localizada, boa reserva funcional, sem melhora com medidas clínicas, pacientes com hemoptise
65
Quando indicar transplante pulmonar
Quando há grande comprometimento funcional e na qualidade de vida do paciente, maior experiência com fibrose cística
66
Explique tudo sobre a Histoplasmose
Agente etiológico→ Histoplasma capsulatum Encontrada nas fezes de morcego (dado epidemiológico, algo na história relacionado com a exposição ao morcegos) Histoplasmose pulmonar aguda localizada: exposição leve ao fungo, a maioria fica assintomática, ou pode ter febre, mialgia, tosse e dor torácica. Raio X pode ser normal ou aumento dos linfonodos hilares ou mediastinais Histoplasmose pulmonar aguda disseminada: ocorre uma a duas semanas após a exposição maciça de fungo. O quadro clínico é uma infecção pulmonar aguda que pode levar a uma insuficiência respiratória . pode ter acometimento da pele, baço, fígado, linfonodos, medula óssea. No raio tem uma infiltração reticulonodular Histoplasmose pulmonar crônica: acontece em pacientes com doença pulmonar estrutural como DPOC e bronquiectasia. Radiografia lembra tuberculose . Imagens cavit´rias em ápices pulmonares. Com sintomas como tosse, sudorese, dispneia, febre e tosse produtiva. Detecção é a partir do encontro do fungo em espécimes clínicos como biospia do nódulo pulmonar (granulomas, com presença do fungo), sorologia (anticorpos formados após 4 semanas da infecção), antígenos fúngicos na urina, sangue, esarro ou lavado broncoalveolar. Tratamento: casos leves ou não quer ser internado→ Itraconazol 200mg 3 vezes ao dia por 6 a 12 semanas; casos graves e internados→ anfotericina B 0,7mg por kg pela IV e depois Itraconazol. Duração do tratamento é por 12 semanas. Dá metilprednisolona por 2 semanas. No caso de histoplasmose pulmonar crônica, o medicamento Itraconazol deve ser tomado pelo menos por 1 ano até melhor radiológica
67
Explique tudo sobre a Paracoccidioidomicose
Micose sistêmica causada pelo Paracoccidiodes brasiliensis, Paracoccidiodes lutzii. Chamada doença do jardineiro, doença da zona rural. Não há transmissão interhumana. Acontece após a inalação do fungo (micronídeos), há a formação do complexo primário que tem 2 caminhos. 1. Forma uma lesão quiescente e ficar no estado de latência 2. Ter uma progressão para doença de forma aguda na primoinfecção ou há uma reativação do fungo de forma crônica. Tem 2 formas da doença: Forma aguda ou subaguda ou juvenil→ Acontece em crianças e adultos até30 a 35 anos com manifestações de hepatoesplenomegalia, lesão na pele, linfadenopatia e megalias superficiais ou profundas, anemia, febre emagrecimento. Comprometimento pulmonar é RARO!!! Forma crônica ou adulto→ tem predomínio masculino, há envolvimento pulmonar e das mucosas (oral, faringe, nasal, laringe). Outros órgãos como SNC, suprarrenais, baço, fígado, intestino,, sistema osteoarticular. Forma residual: em pacientes com DPOC Achado radiológico é o sinal de borboleta com acometimento perihilar Diagnóstico é feito pela biopsia dos linfonodos, lesões cutâneas e da mucosas, escarro, etc e cultura ou coloração específica, teste sorológico. O fungo tem formato de roda de leme. O diferencial é tuberculose Tratamento: Itraconazol 200mg por dia, VO por 9-18 meses. Sulfametoxazol + Trimetroprim (Bactrim®) 800-160mg 4 vezes por dia por 6 meses + 400-80mg 2 vezes por dia por 3 anos. Caso graves: Anfotericina B IV Tratamento é longo (de 6 a 24 meses). O ideal é tratar até resolução clínica, melhore radiológica.
68
Explique tudo sobre Pneumocistose
Causada pelo agente etiológico Pneumocystis jiroveci Infecção oportunista potencialmente fatal. Os pacientes com HIV e CD4 < 200 células, com neoplasias ativas, com imunossupressão são os mais susceptíveis. Tem transmissão interhumana. Os imunocompetentes são reservatórios e não ficam doentes. Radografia mostra consolidações intersticiais ou alveolares difusas e bilaterais. Faz tomografia quando a radiografia está normal, pode mostrar sinais de vidro fosco e lesões císticas. TC normal, faça outra investigação. Exame laboratorial mostra LDH elevada com Beta-D-glucana, um componente do fungo. Diagnóstico: escarro ou lavado broncoalveolar, PCR, pode fazer diagnóstico presuntivo com fatores de risco, quadro clínico. Tratamento: Bactrim® 15-20mg por peso cada 8h, Corticoides (metilprednisolona 0,5 mg por kilo nos hipoxêmicos. Duração do tratamento é por 21 dias e depois faz a profilaxia secundária até o CD4 > 200 células por 3 meses.
69
Explique tudo sobre Aspergilose
Agente etiológico é Aspergillus fumigatus Causa 4 formas da doença: 1. Aspergilose broncopulmonar alérgica→Hiperssensibiliade pulmonar devido à presença do fungo nas vias aéreas. Mais comum em pacientes com asma ou fibrose cística. Tem uma resposta imune, que culmina com inflamação crônica e a formação de bronquiectasia e fibrose pulmonar. Sinais são asma não controlada, piora do quadro respiratório do paciente com fibrose cística, bronquiectasia central, eliminação de escarro em moldes brônquicos. Diagnóstico é feito pela história clínica, presença de fungo, e teste cutânca de hiperssensibilidade ao fungo, IgE total elevada e elevação de anticorpos específicos ao fungo. Tratamento é corticoide sistêmico por tempo proglongado e itraconazol por 4 meses. 2. Aspergiloma: um conglomerado de fungo, muco, fibrina em uma cavidade pré-formada no pulmonar. Paciente pode ser assintomático ou manifestar com hemoptise. A massa móvel é vista pelo TC e no raio X é só uma cavidade com uma bola dentro. Tratamento é ressecção cirúrgica + itraconazol + embolização da artéria brônquica para controlar a hemoptise com risco de morte. 3. Apsergilose pulmonar necrotizante crônica: progressão lenta do doença no pulmão, acontece em pacientes com doenças pulmonares crônicas ou com imunossupressão. manifest sintomas como febre, tosse produtiva , sudorese noturna, sem melhora a antimicrobiano, tem uma evolução em semanas com formação de imagens cavitárias. Confirmação é feita pelo encontro do fungo na secreção 9escarro ou lavado broncoalveolar), biopsia do tecido pulmonar. tratamento pode ser Itraconazole, voriconazole até a resolução radiológica, ressecção cirúrgica, quando possível, suspenda a imunossupressão 4. Aspergilose invasiva: exclusivamente para o paciente em grave imunossupressão. radiografia mostra múltiplos nódulos e lesões cavitárias. TC do tórax mostra halo invertido (vidro fosco circundado por consolidação. Diagnóstico é pelo encontro do fungo no escarro ou no tecido pulmonar, presença de galactomanana no sangue. Tratamento é voriconazole
70
Sobre o vírus de Influenza
É um vírus encapsulado, com RNA, tem 2 proteinas de superfície: Hemaglutinina para adesão celular e neuroaminidase para provocar lise celular. Existe vírus A, B e C. A e B são as principais preocupaões Antigenic drift: há um acúmulo de séries de mutações que cumulam com pequenas mudanças das glicoproteínas de superfície. Esse fenômeno acarreta nova variante do mesmo vírus e é responsável por surtos e pandemias. Antigenic shift: há uma mistura de genes com outros vírus que afetam outras espécies e isso cumula com o surgimento de um novo vírus. Esse fenômeno é o mais preocupante uma vez que leva a pandemias.
71
Fisiopatologia de Influenza
O vírus tem uma característica de ser sazonal. Há transmissão inter-humana através de secreção respiratória (transmissão direta) e através de contato com objetos contaminados com as gotículas de um portador de influenza e levar aquela mão ao nariz ou à boca. Tem um período de transmissão de 1 a 7 dias depois do início dos sintomas. Um período de incubação de 1 a 4 dias. Os sintomas são FEBRE, adinamia, mialgia, cefaleia, artralgia, tosse, dor de garganta, rouquidão. É uma infecção aguda, evolução benigna, auto-limitada.
72
condições ou fatores de risco para complicação de influenza
gestante, puerpério até 2 semanas paciente com doença cardiovascular ou respiratória crônica diabéticos, nefropatas, IMC >40, imunodeprimidos, paciente hematológica, residentes de asilos e creches, idade >60 anos e <5 anos Esse são os grupos prioritários para a vacinação anual
73
Como identificar casos graves da Influenza
Dispneia (principal marcador de gravidade) Frequência respiratória > 25 irpm Presença de comorbidades com descompensação SpO2 < 95% Alterações nos sinais vitais como hipotensão
74
Como define uma síndrome respiratória grave
Dispneia + Síndrome gripal (febre+sintomas sistêmicos e respiratórios)
75
Quais são as complicações da gripe
Infecções Bacterianas Secundárias (sinusite, otite, pneumonia) Pneumonia pela Influenza Descompensação de comorbidades pré-existentes Encefalite, Guillain-Barré, Mielite Transversa, pericardite, etc
76
Como se faz o diagnóstico de gripe
É CLÍNICO Pode fazer cultutra, detecção de antígeno viral, RT-PCR
77
Como tratar a Influenza
Tratamento sintomático (analgésico, antiemético, antitérmico) Droga antiviral: Oseltamivir 75mg, VO, a cada 12 em 12h por 5 dias. Sempre bom tomar o medicamento nas primeiras 48 horas após o início de sintomas. Pode também usar Zanamivir e Peramivir. Os medicamentos podem ser usado de forma profiláticos para alguns grupos. Deve fazer ajuste de dose em nefropatias (Insuficiência Renal)
78
Quais são as indicações para o uso de tratamento antiviral
Indivíduos sintomáticos com fatores de risco para complicações. Pacientes com síndrome respiratória aguda grave. Nos pacientes sintomáticos sem fatores de risco para complicações, fica ao critério do julgamento clínico e preferencialmente, deve administrar o antiviral nas primeiras 48 horas do início de sintomas.
79
como manejar um paciente com a síndrome respiratória aguda grave
Suporte (hidratação, sintomáticos, oxigenoterapia), monitorização dos sinais vitais, coleta de amostras de secreção respiratória para exame laboratorial, início imediato de oseltamivir
80
Quimioprofilaxia é indicado em quem
paciente não vacinado, com exposição há 48 horas residentes de instituições fechadas durante surtos na instituição profissionais de saúde envolvidos em procedimentos invasivos geradores de aerossóis
81
Fala sobre a vacinação contra gripe
A vacinação é trivalente (2 cepas para o vírus A e 1 cepa para o vírus B), a vacina é feita pela cepa viral determinada pelo OMS. A imunidade surge após 2 semanas
82
Quais são os grupos de prioridade vacinal
criança de 6 meses a 5 anos, gestante e puérperas pacientes com doenças crônicas trabalhadores de saúde professores adultos ≥ 60 anos indígenas população encarcerada e funcionários de prisões
83
quais são as contraindicações da vacina de gripe
criança < 6 meses Indivíduos alérgicos às proteínas do ovo ou de galinha. Histórico com reação adversa grave a vacinação prévia contra gripe
84
explique tudo sobre resfriado comum
É a IVAS mais comum que envolve a cavidade nasal, seios paranasais e região faríngea. Os agentes etiológicos mais comum são rhinovírus, coronavírus, influenza, vírus respiratório sincicial, vírus parainfluenza. É transmitido atráves de gotículas ou de forma indireta (tocar a superfície com essas gotículas presentes), tem um curto período de incubação (24-72 horas). Sintomas são rinorreia, obstrução e prurido nasal, espirros, dor de garganta, mal-estar, conjuntivite. Tem uma duração de 3-7 dias. A complicações incluem rinossinusite bacteriana, IVAI (bronquite aguda), otite média aguda, exacerbação de asma e de DPOC. Tratamento: hidratação, analgésico, anti-térmico (lembre que febre é incomum), anti-histamínicos, Ipratópio nasal ou busonid nasal, descongestionantes nasais ( evite usar por longos períodos, pode levar a rinite medicamentosa
85
Explique tudo sobre a rinossinusite bacteriana
Inflamação da mucosa dos seios paranasais e nasais, provocada pela uma bactéria. Pode ser iniciada como uma sequela de um resfriado comum. Tem uma classificação: Aguda (< 4 semanas), Subaguda (4-12 semanas) crônica (> 12 semanas), recorrente (4 ou mais episódios em um ano). Fatores de risco são anatomia dos seios, alteração do transporte mucociliar, corpo estranho, deficiência imunológica, rinite alérgica, infecções dentárias. Sintomas acima de 7 dias e eles são rinorréia purulenta anterior/posterior (gota pós nasal), dor em pressão ao palpar os locais dos seios, obstrução nasal, cefaléia, redução do olfato, tosse, halitose, dor de garganta, mal estar e FEBRE. diagnóstico é clínico, só se faz exame de imagem nas formas crônicas ou recorrente, ausência de melhora após tratamento e suspeita de complicação. estudo microbiológico (punção do seio) nas formas crônicas e nos imunodeprimidos. As complicações são celulite, abscesso periorbital, meningite, encefalite, trombose do seio cavernoso, osteomielite
86
Sinais de alerta nas rinossinusites.
Ausência de resposta ao tratamento, edema ou eritema palpebral alterações visuais cefaléia intensa toxemia sinais de meninge
87
Tratamento de rinossinusite na fase aguda
Paciente sem uso de antibiótico ultimamente: Amoxicilina (+clavulanato); azitromicina, claritromicina, cefaclor, cefuroxima Paciente com uso de antibiótico ultimamente: quinolona respiratória, cefaclor ou cefuroxima ou cefpodoxima, amoxicilina clavulanato
88
Tratamento de rinossinusite na forma crônica
clindamicina metronidazol+ cefalosporina da 2ª geração (cefaclor ou cefuroxima) Moxifloxacino Duração do tratamento é de 3 a 6 semanas
89
Tratamento adjuvante de rinossinusite
Irrigação nasal com solução salina corticoide sistêmciao prednisona 40mg por dia Corticoide tópico Anti-histamínicos ou descongestionantes
90
Quais são os principais sintomas de bronquite aguda
tosse seca ou produtiva de 5 dias até 3 semanas sibilos febre é incomum
91
quais são as 3 fases de coqueluche
Fase catarral: onde o paciente libera muito escarro Fase paroxística: quando o paciente tem aquela tosse com respiração trabalhosa Fase convalescença: quando o paciente começa a melhorar seus sintoma e estado geral. A duração total é de 6 a 8 semana
92
Diagnóstico diferencial de bronquite aguda e seu tratamento
Bronquite crônica (DPOC), Asma, síndrome de gota pós nasal (resfriado comum, rinite alérgica, rinossinusite), DRGE, Pneumonia Diagnóstico é clínico, pode fazer raio X para. descartar pneumonia ou tuberculose, procalcitonina sérica. Tratamento é sintomático Caso de suspeita de coqueluche: deve medicar o paciente com macrolídeos (azitromicina, claritromicina ou eritromicina) Deve usar antibiótico em paciente com doenças crônicas e várias comorbidades, suspeita de coqueluche, paciente > 65 anos com quadro agudo de tosse e 2 ou mais critérios: - Admissão hospitalar no ano anterior - Diabetes tipos 1 e 2 - História de ICC - Uso atual de corticoide oral.
93
explique a fisiopatologia de DPOC
DPOC é uma doença evitável, inflamatório crônica onde há destruição das vias aéreas e ou alvéolos devido a esposição a partículas nocivas, gases, tabaco, quye acabam produzindo sintomas respiratórios persistentes e limitação do fluxo aéreo. É a terceira causa de morte mundialmente. A fisiopatogenia começa quando as vias aéreas e os alveolos ficam expostas de forma crônica a agentes nocivos, levando inflamação, estreitamento e hipersecreção de muco nos brônquicos→ bronquie crônica e nos alvéolos, leva uma destruição do parênquima pulmonar→ enfisema.
94
Como fazer o diagnóstico de DPOC
Quadro clínico + fatores de risco para o desenvolvimento da doença + espirometria alterada
95
Quais os sintomas são manifestados pelo paciente com suspeita de DPOC
Tosse, dispneia, sibilância, produção de escarro Outros sintomas são fadiga, perda de peso, anorexia, cor pulmonale devido a crônica vivência com baixo oxigenação.
96
Achados do exame físico de paciente com DPOC
tórax em barril, baqueteamento digital, dispneia, sibilânica, hipertimpanismo pulmonar, murmúrios vesiculares diminuídos, turgência jugular, hepatoesplenomegalia, hiperfonese de B2, sopro de regurgitação tricúspide (essas 4 últimas são devido a cor pulmonale)
97
Quais são os principais fatores de risco para desenvolver DPOC
Tabagismo (> 20 maços- ano), exposição a fogão a lenha, deficiência de alfa-1-antitripsina, queima de biomassa, poeiras orgânicas e inorgânicas, poluição.
98
Qual é o padrão da espirometria em paciente com DPOC
VEF ↓ CVF normal nas fases iniciais e ↓ nas fases avançadas da doença Relação VEF-CVF ↓ ou seja, < 70% (marcador ). Prova bonrcodilatadora normalemente é negativa ou fracamente positiva.
99
como se faz a prova broncodilatadora
Dar uma SABA (salbutamol ) e espera 15-20 minutos para repetir a espirometria OU Dar uma SAMA (brometo de ipratrópio) e espera 30-45 minutos para repetir a espirometria.
100
como se faz a prova broncodilatadora
Dar uma SABA (salbutamol ) e espera 15-20 minutos para repetir a espirometria OU Dar uma SAMA (brometo de ipratrópio) e espera 30-45 minutos para repetir a espirometria.
101
Classificação da alteração do VEF1 pelo GOLD
GOLD 1 → VEF1 ≥ 80% GOLD 2→ 50%- < 80% GOLD 3→ 30%- < 50% GOLD 4→ < 30%
102
Porque fazer raio X sabendo que não é o exame de confirmação de DPOC
O raio X é feito como um exame para excluir outras causas dos sintomas respiratórios do paciente. Não podemos usar raio X para confirmar o diagnóstico de DPOC, uma vez que pode ter DPOC sem ter alterações no parênquima pulmonar. O raio X também é importante durante as exacerbações de DPOC para tentar achar a etiologia.
103
Quais são os sinais clássicos radiológicos de DPOC
Aumento do diâmetro anteroposterior do tórax em perfil, Aumento longitudinal do parênquima pulmonar (hiperinsuflação pulmonar), aumento dos espaços intercostais, aumento do espaço retrocardíaco e hipertransparência.
104
Quais são outros exames solicitados na exacerbação de DPOC
Gasometria arterial→ pode mostara uma acidose respiratória Hemograma→ devido a policitemia que ocorrer devido a hipoxemia crônica Ecocardiograma→ para casos de suspeita de edema e cor pulmonale
105
Classificação ABCD de DPOC
Grupo A→ dispneia MRC 0-1, com 0-1 exacerbação não precisando ser atendido no hospital Grupo C→ dispneia MRC 0-1, com ≥1 ou ≥2 exacerbações necessitando atendimento hospitalar Grupo B→ dispneia MRC ≥2 com 0-1 exacerbação, não precisando ser atendido no hospital Grupo D→ dispneia MRC ≥2 com ≥1 ou ≥2 exacerbações, precisando um atendimento hospitalar
106
Tratamento do DPOC estável
Broncodilatadores: SABAs com duração de 4 - 6 h→ salbutamol, fenoterol; SAMA com duração de 4 a 6 h→ brometo de ipratrópio; LABAs com duração de 12h e mais→ Salmeterol ou Formoterol, indacaterol, olodaterol, vilanterol; LAMA com duração de 12h ou mais→ glicopirrônico, umeclidínium, brometo de tiotrópio, aclidinium. Efeito adverso de beta 2 agonistas - tremores, arritmias, taquicardia sinusal, hipocalemia Efeito adverso de muscarínicos - boca seca, glaucoma agudo Corticóide inalatório: Beclometasona (Clenil®), Budesonida (Busonid®), Mometasona, Fluticasona. para diminuir as exacerbações. Indicados nos exacerbadores frequentes, contagem de eosinófilos > 300 células e paciente com asma concomitante.
107
Como é a terapia estratégica para DPOC
Grupo A→ broncodilatador (SAMA ou SABA) Grupo B→ LAMA ou LABA Grupo C→ LAMA Grupo D→ LABA+ LAMA ou LAMA ou ICS + LABA
108
Tratamento não farmacológico de DPOC
Educação, cessação de tabaco, orientação de como identificar as exacerbações, imunização redução da exposição aos fatores de risco, oxigenoterapia domiciliar, reabilitação pulmonar (para melhor tolerância de esforço), atividade física
109
Qual vacina é importante para paciente com DPOC
-Antipneumocócica PCV13 e PPSV23 para pacientes acima de 65 anos ou aqueles jovens com comorbidade e VEF1 < 40 e doença cardiovascular - Anti-influenza anual é recomendada em todos os pacientes com DPOC
110
Como se dá a oxigenioterapia domiciliar
O paciente recebe um cilíndro de O2 e é para pacientes com PaO2 < 55mmHg ou Sat de O2 < 88% com ou sem hipercapnia PaO2 entre 55-60 mmHg com sinais de hipertensão pulmonar ou policitemia O alvo é manter a saturação de O2 entre 88-92% O paciente deve usar pelo menos por 15 horas em um dia
111
Como tratar a exacerbação de DPOC
Bronchodilatador→ SABA ou SABA + SAMA 2 jatos a cada uma hora nas primeiras 2 a 3 horas e após esse tempo, a cada 2 a 3 horas, dependendo da resposta do paciente, manter a LAMA ou LABA Corticóide sistêmico→ para diminuir a inflamação e a exacerbação e melhorar a VEF 1; prednisona 40 mg por dia Antibioticoterapia→ na presença de escarro purulenta ou com necessidade de ventilação mecânica. Oxigenoterapia→ paciente com Sat de O2 < 88%
112
Quando dá suporte ventilatório na exacerbação de DPOC
Acidose respiratório ≥ 45mmHg ou pH < 7,35 Dispneia grave com uso de musculatura acessória, respiração paradoxal ou retração intercostal, hipoxemia persistente a despeito de suplementação de O2. nesse caso, dá ventilação não invasiva
113
Quando dar ventilação invasiva ao paciente
paciente não tolera ou falha na não invasiva Após parada cardiorrespiratória rebaixamento do nível de consciência ou agitação que requer sedação inabilidade de remover a secreção respiratória Instailidade hemodinâmica hipoxemia grave
114
Explique a tríade de Virchow
A tríade de Virchow parte do princípio de que para ter trombose, ter que ter pelo menos um dos seguintes fatores: - lesão endotelial ou a parede vascular - estase sanguínea - hipercoagulabilidade Além disso tem outros fatores predisponentes a formação de trombo e evento de THROMBOSIS T- trauma and travel H- Hospitalization and hormones O- Old age M- Malignancy B- long Bone fracture O- obesity e obstretrics S- smoking and surgery (principally ortopedics) I- immobilization S- other Sickness like Antiphospholipid syndrome, Nephrotic syndrome and Paroxysmal hemoglobinuria
115
Quais são os sintomas de TVP
Dor do membro acometido, espastamento, vermelhidão, edema, etc
116
quais são os sintomas de TEP
dispneia de início súbito, cor pulmonale agudo, infarto pulmonar, taquipneia, taquicardia, hipoxemia, dor pleurítica, tosse com hemoptise, crepitações na ausculta Os sintomas são mais intensos em embolia ou oclusão de grandes artérias
117
quais são os sintomas de cor pulmonale
dispneia, choque cardiogênico, síncope, para cardiorrespiratória, turgência jugular venosa, hipotensão, hiperfonese de B2, taquicardia, edema dos MMII, taquipneia
118
Qual é o melhor exame para o diagnóstico de TEP
Angiotomografia com contraste e janela mediastinal (exame de escolha) Angiografia Cintilografia de ventilação e perfusão (caindo em desuso) Pode usar Ultrassom de compressão
119
Quais são as possíveis alterações no raio X, gasometria arterial, ecocardiograma e ECG
Raio-X→ atelectasias laminas (risquinhos na base e porção lateral do pulmão), sinal de Corcova de Hampton (sinal triangular que mostra o segmento com infarto), Sinal de Westermark (oligoemia, hipoperfusão de uma área pulmonar devido a obstrução) Gasometria arterial→ mostra hipoxemia, pode estar normal. Hipocapnia deve a taquipneia ECG→ pode ou não ter o sinal S1Q3T3 com taquicardia sinusal Ecocardiograma: mostra sobrecarga do VD, disfunção do VD e trombo no seu interior. Não é mandatório em paciente estável, só aponta para diagnóstico diferencial. No paciente inestável, a ausência de sobrecarga ou disfunção do VD exclui TEP como causa de instabilidade hemodinâmica e aponta para diagnóstico diferencial para instabilidade hemodinâmica
120
como avaliação a probabilidade pré teste de ser uma TEP
Dados clínicos + fatores de risco. Os fatores de risco são determinados pelo escore de Wells EATCHIPS E- sinais clínicos de TEP como Edema, dispneia A-alternative diagnosis other than TEP T-Tachycardia (> 100bpm) C- active Cancer H- hemoptise I- immobilization P- past history of TEP ou TVP S-surgery baixo risco→ 0-1 risco intermediário→2-6 alto risco→ ≥7
121
Qual é a importância de D-dímero
O D-dímero é utilizado para excluir TEP em pacientes com baixo risco ou risco intermediário após avaliação com escore de wells. Tem um alto valor preditivo negativo