Anestesia Flashcards

(66 cards)

1
Q

PONTOS IMPORTANTES NA AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA

A

੦ anamnese
੦ revisão do prontuário médico
੦ exame físico
੦ complementação de exames
੦ segurança do procedimento
੦ segurança do paciente
੦ providências antecipadas

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2
Q

DADOS CLÍNICOS PRÉ-ANESTÉSICOS

A
  • ESTADO GERAL ATUAL
  • ANTECEDENTES CIRÚRGICOS OU OBSTÉTRICOS
  • ANTECEDENTES RELATIVOS A COMORBIDADES
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Q

ESTADO GERAL ATUAL

A
  • Atitude mental diante da doença
  • Atividade física e tolerância ao exercício
  • Data da última menstruação
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4
Q

ANTECEDENTES CIRÚRGICOS OU OBSTÉTRICOS

A
  • Dificuldade para intubação, PCR, dificuldades ou complicações em bloqueios anestésicos (parestesias, cefaleia pós-raque)
  • Antecedentes anestésicos relevantes como náuseas, vômitos e tolerância a dor. Experiências traumáticas, como acordar no intraoperatório
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5
Q

ANTECEDENTES RELATIVOS A COMORBIDADES

A
  • doenças pré-existentes
  • alergias [med, latex, anafilaxia]
  • uso de medicamento [interação med]
  • antecedente de quimio/radio
  • antecedente de febre não infecciosa ou desconhecida (hipertermia maligna)
  • transfusões
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6
Q

FATORES DE RISCO ASSOCIADOS A ANAFILAXIA AO LÁTEX

A
  • História de exposição múltiplas a seus derivados
  • Atopia ou alergia a determinados alimentos (Kiwi, banana, abacate, maracujá e frutas secas)
  • Pacientes submetidos a cirurgias múltiplas e/ou
    sondagens vesicais
  • Crianças com defeito de fechamento de tubo neural (meningomielocele)
  • Profissionais de saúde e usuários de látex
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7
Q

PONTOS IMPORTANTES NO EXAME FÍSICO GERAL

A

੦ febre / icterícia / cianose
੦ hidratação / anemia / sinais vitais
੦ hipertensão arterial sistêmica (PA)
੦ ausculta cardíaca e pulmonar
੦ avaliação das vias aéreas

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8
Q

COMO ANALISAR O RISCO CIRÚRGICO ANESTÉSICO?

A

Classificação de risco de mortalidade cirúrgica –> ASA (American Society of Anesthesiologists)

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9
Q

ASA I

A

Paciente saudável

0,08% de mortalidade pela anestesia

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10
Q

ASA II

A

Paciente com doença sistêmica branda controlada

EX = Hipertensão controlada com medicação de uso diário e atividade física

Mortalidade = 0,27%

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11
Q

ASA III

A

Paciente com doença sistêmica limitante, mas não incapacitante

EX = Diabetes mellitus descompensado com
lesão secundária em órgão-alvo

Mortalidade = 1,8%

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12
Q

ASA IV

A

Paciente com doença sistêmica incapacitante que lhe constitui ameaça à vida

EX = DPOC, oxigênio-dependente

Mortalidade = 7,8%

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13
Q

ASA V

A

Paciente moribundo, com sobrevida estimada < 24 horas, com ou sem cirurgia

EX = Insuficiência de 3 ou mais sistemas orgânicos

Mortalidade = 9,4%

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14
Q

ASA VI

A

Doador de órgãos e tecidos

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15
Q

ASA E

A

Recomendável acréscimo do fator E em cirurgias de emergência

Mortalidade = Considerar o dobro do risco cirúrgico

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16
Q

EXAMES LABORATORIAIS NA AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA

A

De acordo com a necessidade

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17
Q

PONTOS IMPORTANTES NA AVALIAÇÃO DAS VIAS AÉREAS

A

੦ alterações da dentição, próteses
੦ anormalidades bucais
੦ mobilidade cervical
੦ avaliação da via aérea nasal

੦ classificação de Mallampati

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18
Q

O QUE É E COMO FAZER A CLASSIFICAÇÃO DE MALLAMPATI?

A

Paciente sentado, pescoço em posição neutra, boca em abertura total e língua em protusão máxima

**proporção entre o tamanho da língua e a
cavidade oral

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19
Q

CLASSE I DE MALLAMPATI

A

Palato mole, pilares, úvula e tonsilas palatinas anterior e posterior visíveis

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20
Q

CLASSE II DE MALLAMPATI

A

Palato mole, pilares e úvula visíveis

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21
Q

CLASSE III DE MALLAMPATI

A

Palato mole e base da úvula visíveis

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22
Q

CLASSEIV DE MALLAMPATI

A

Palato mole parcialmente visível

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23
Q

O QUE CLASSIFICA UMA VIA AÉREA DIFÍCIL?

A

੦ dificuldade na ventilação manual com máscara, na intubação traqueal ou em ambas

੦ Mallampati III e IV

੦ distância esterno-mento < 12,5 cm

੦ laringoscopia difícil – impossibilidade de visualizar as cordas vocais

੦ intubação difícil – Mais de 3 tentativas ou mais de 10 minutos para introdução do tubo

੦ tolerância a ventilação inadequada é variável: depende de idade, peso e estado físico

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24
Q

SINAIS DE INTUBAÇÃO DIFÍCIL

A
  • Complacência reduzida do espaçosub mandibular
  • Incisivos centrais superiores longos
  • Retrognatismo passivo
  • Pescoço curto
  • Pescoço largo
  • Limitação de protusão mandibular
  • Palato ogival
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25
SINAIS DE VENTILAÇÃO DIFÍCIL
- IMC maior que 30 - Presença de barba - Mallampati ≥ 3 - Idade ≥ 57 anos - Protusão mandibular reduzida - Distância tireoide-mento < 6 cm - História de ronco
26
VIA AÉREA DIFÍCIL EM PROCEDIMENTO DE URGÊNCIA
LEMON L = Inspeção externa: Mandíbula pequena, língua grande, dentes grandes, garganta curta E = Regra dos 3-3-2 dedos: 3 dedos para abertura da boca, 3 dedos abaixo da mandíbula, 2 dedos entre laringe e base da língua M = Mallampati: 3 e 4 - difícil O = Obstrução 3 sinais: “voz em batata quente", estridor e dificuldade de deglutir N = Mobilidade cervical: Imobilidade – intubação difícil ou impossível
26
VIA AÉREA DIFÍCIL EM PROCEDIMENTO DE URGÊNCIA
LEMON L = Inspeção externa: Mandíbula pequena, língua grande, dentes grandes, garganta curta E = Regra dos 3-3-2 dedos: 3 dedos para abertura da boca, 3 dedos abaixo da mandíbula, 2 dedos entre laringe e base da língua M = Mallampati: 3 e 4 - difícil O = Obstrução 3 sinais: “voz em batata quente", estridor e dificuldade de deglutir N = Mobilidade cervical: Imobilidade – intubação difícil ou impossível
27
GRAUS DE LARIGOSCOPIA – CORMACK E LEHANE
੦ grau I: Visualização das cordas vocais ੦ grau II: Visualização somente da porção inferior da glote ੦ grau III: Visualização somente da epiglote ੦ grau IV: Visualização somente da ponta da epiglote
28
MANOBRA BURP
੦ BURP – backward, upward, rightward pressure on thethyroid cartilage ੦ visualização das cordas vocais ੦ posteriormente até a coluna, cefalicamente até resistência e a direita
29
INDICAÇÕES DE IOT
- Oxigenação ou ventilação inadequada - Perda dos mecanismos protetores da laringe - Trauma sobre via aérea - Métodos diagnósticos (TC, RNM, Endoscopia etc) - Procedimentos cirúrgicos sob anestesia geral - Posição diferente da supina - Procedimentos cirúrgicos prolongados - Neurocirurgia, cirurgia oftálmica ou cabeça e pescoço
30
VANTAGENS DA IOT
- Controle da via aérea pelo tempo necessário - Diminuição do espaço morto anatômico - Facilidade à aspiração de secreções brônquicas - Impedimento da passagem de ar para o estômago - Facilidade à ventilação sobre pressão positiva - Anestesia por via inalatória
31
PROCEDIMENTOS PARA IOT
੦ ventilar – máscara e ambu ੦ checar material ੦ laringoscópio com lâmpada funcionando ੦ testar o cuff do tubo ੦ verificar aspirador ੦ regra SALT
32
REGRA SALT
S = Aspirar – Conteúdo Oral A = Acesso a via aérea – remover próteses, corpos estranhos, coágulos, visualizar a orofaringe – necessidade de anestesia local (Lidocaína spray) ou sedação L = Laringoscopia – Inserir laringoscópio com a mão esquerda, se necessário aspirador com a direita. Visualizar cordas vocais T = Tubo endotraqueal – avançar o tubo com a mão direita, retirar o fio guia, insuflar o cuff e testar
33
MANOBRA DE SELLICK
COMPRESSÃO LARINGEA EXTERNA
34
VANTAGENSA DA INTUBAÇÃO NASOTRAQUEAL
- Mais bem tolerada em intubações prolongadas - Cuidados de enfermagem mais facilitados - Sem risco do paciente morder o tubo - Menor necessidade de manipulação cervical
35
INDICAÇÕES DE INTUBAÇÃO NASOTRAQUEAL
- Cirurgia endo oral ou oromandibular - Incapacidade de abrir a boca - Intubação prolongada
36
CONTRAINDICAÇÕES DA INTUBAÇÃO NASOTRAQUEAL
- Fratura de base de crânio / nariz - Coagulopatia / epistaxe - Desvio de septo nasal / polipose nasal
37
QUANDO REALIZAR INTUBAÇÃO COM PCT ACORDDADO
੦ intubação difícil já prevista/avaliada ੦ dificuldade de ventilação sob máscara facial ੦ necessidade de manutenção da consciência para avaliação neurológica ੦ risco de aspiração de conteúdo gástrico ੦ risco de regurgitação – Anestesia tópica, evitando anestesia da laringe ou traqueia ੦ sucesso – anestesia tópica com anestésicos locais, sedação leve e colaboração do paciente
38
DISPOSITIVOS SUPRAGLÓTICOS
MÁSCARA LARÍNGEA
39
INDICAÇÕES DA MÁSCARA LARÍNGEA
- Permeabilização em casos: ventilável, mas não intubável - Situação de emergência: não intuba, não ventila - Via aérea definitiva para prosseguimento de um caso não emergencial: paciente anestesiado, que não pode ser intubado, mas facilmente ventilável com máscara facial
40
CONTRAINDICAÇÕES DA MÁSCARA LARÍNGEA
- Paciente sem jejum / Hérnia Hiatal - Obesidade extrema / Gravidez - Politrauma (estômago cheio) - Baixa complacência pulmonar - Patologias faríngeas (tumores, abscessos) - Limitação para extensão ou abertura bucal - Neuropatias com dificuldade de esvaziamento gástrico
41
OBJETIVOS DA ANESTESIA GERAL
੦ inconsciência ੦ analgesia ੦ bloqueio de reflexos ੦ relaxamento muscular
42
FASES DA ANESTESIA GERAL
੦ indução ੦ manutenção ੦ recuperação anestésica
43
INDUÇÃO ANESTÉSICA
੦ induz ao estado de inconsciência ੦ hipnose / analgesia / relaxamento muscular ੦ manutenção de via aérea / ventilação * intubação traqueal
44
MANUTENÇÃO ANESTÉSICA
Continuar adm os medicamentos, pois tem tempo de vida menor que o procedimento realizado ** via inalatória ou endovenosa
45
Índice bispectral (BIS)
੦ parâmetro multifatorial ੦ monitorização da hipnose (índice da 0 a 100) ੦ ideal: entre 40 e 60 ੦ previne consciência e despertar intraoperatório ੦ permite titular anestésicos necessários
46
PONTOS IMPORTANTES NA RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA
੦ retirada dos anestésicos no fim dos procedimentos ੦ antídoto dos relaxantes musculares ੦ eliminação dos anestésicos ੦ retorno da consciência ੦ retorno da respiração espontânea ੦ extubação ੦ sala de recuperação pós-anestésica
47
DROGAS ANESTÉSICAS - HIPNÓTICOS. AÇÃO E EXEMPLOS
Promovem a inconsciência e a manutenção do sono // Promove broncodilatação em asmáticos ੦ propofol ੦ midazolam ੦ diazepam ੦ etomidato ੦ tiopental
48
PROPOFOL - AÇÕES
- Ação rápida – para efeitos mínimos - Ação antitérmica potencial, sem ação analgésica - Hipotensão mais intensa em idosos - Entre os hipnóticos, mais potente depressor do miocárdio - Uso cuidadoso em hipovolêmicos - Dor à injeção - Muito usado pra manutenção de anestesia em UTI
49
ETOMIDATO - AÇÃO
- Hipnótico não barbitúrico - Início de ação rápida - Efeitos mínimos sobre a pressão arterial - De escolha em doença coronariana
50
DROGA CONTRAINDICADA EM INSUFICIÊNCIA ADRENAL (SD DE ADDISON)
ETOMIDATO
51
DROGAS ANALGÉSICAS
OPIOIDES
52
EXEMPLIS DE OPIOIDES
੦ meperidina ੦ morfina ੦ fentanila ੦ sufentanila ੦ alfentanila ੦ remifentanila ੦ cetamina
53
MORFINA
- Adjuvante em bloqueios do neuro eixo - Pode provocar prurido - Pode provocar vômitos, retenção urinária e constipação
54
FENTANILA
- Alta solubilidade. Grandes doses – recuperação lenta - Efeitos – Bradicardia, rigidez muscular, depressão respiratória, náuseas e vômitos
55
SUFENTANILA
- Lipossolúvel e muito potente ( 5 a 10 vezes a Fentanila) - Maior efeito sedativo, diminuição de estímulos neuro humorais - Ação sedativa desejável
56
DROGAS RELAXANTES MUSCULARES - OBJETIVO E EXEMPLOS
Conferem imobilidade e paralisam a musculatura, facilitando a intubação traqueal, a ventilação mecânica e o ato cirúrgico ੦ adespolarizantes * atracúrio * cisatracúrio * pancurônio * rocurônio ੦ despolarizante * succinilcolina
57
EXEMPLOS DE AGENTES ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
੦ óxido nitroso, clorofórmio e éter – primeiros ੦ atuais: óxido nitroso * halotano * metoxiflurano * enflurano * isoflurano * desflurano * sevoflurano
58
COMO OCORRE E OS CUIDADOS A RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA
੦ sala de Recuperação Pós-Anestésica (RPA) ੦ monitorização ੦ oferta de oxigênio ੦ cuidados frente a: * rebaixamento da consciência * instabilidade hemodinâmica * insuficiência respiratória * náuseas e vômitos * efeitos residuais de anestésicos
59
ESCALA DE ALDRETE E KROULIK (9 OU 10 PONTOS OK)
60
COMPLICAÇÕES DA ANESTESIA
੦ hipotermia ੦ cardiovasculares: hipotensão, hipertensão, arritmias, isquemia ੦ renais: oligúria, poliúria ੦ alterações neurológicas ੦ endócrinas: hipo e hiperglicemia ੦ disfunção hepática ੦ alterações hidroeletrolíticas e ácido básicas ੦ náuseas e vômitos ੦ hipertermia maligna
61
DEFINIÇÃO DE HIPERTERMIA MALIGNA
Doença muscular hereditária, potencialmente grave, de herança autossômica dominante, caracterizada por resposta hipermetabólica após exposição a anestésico inalatório, tais quais halotano, enflurano, isoflurano ou exposição aagente relaxante muscular succinilcolina
62
FISIOPATO DA HIPERTERMIA MALIGNA
Gem RyR1 –> Liberação maciça de cálcio do músculo esquelético –> Contratura muscular exacerbada –> Hipertermia – Hipermetabolismo
63
QUADRO CLÍNICO DA HIPERTERMIA MALIGNA
੦ momento da anestesia ੦ raro – pó-anestesia ੦ aumento de CO² ੦ acidose lática ੦ taquipneia ੦ taquicardia ੦ hipertermia ੦ hipertensão ੦ contratura muscular ੦ rabdomiólise ੦ mioglobinúria
64
DX DA HIPERTERMIA MALIGNA
੦ clínico – dosagem de CPK ੦ definitivo – biópsia muscular
65
TTO DA HIPERTERMIA MALIGNA
੦ suspensão dos agentes anestésicos ੦ hiperventilação com O² ੦ dantroleno sódico IV 2,5 mg/kg ੦ controle de arritmias ੦ controle de hipercalemia e acidose ੦ resfriamento ativo ੦ manutenção de diurese > 2 ml/Kg/h ੦ controle de mioglobinúria (manitol) ੦ controle de CPK – início – 24h