Angiografia Fluoresceínica Flashcards

(41 cards)

1
Q

Qual é o comprimento de absorção e excitação da fluoresceína

A
  • Excitação 490 nm (azul)
  • Emissão 530 nm (verde)
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Q

Angiografia Fluresceínica - Qual é o princípio base do exame?

A

Fluorescência
- Ocorre em materiais que tem 2 níveis energéticos de excitação próximos
- Leva a que após a absorção de um fotão o electrão passe para 2º nível de excitação, passando primeiro para o 1º nível de excitação (sem emitir energia), e só depois passe para o nível original (com emissão de 1 fotão)
- Isto faz com que o fotão emitido tenha um nível de energia inferior ao fotão absorvido (com frequência mais baixa / comprimento de onda maior)

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3
Q

Angiografia Fluresceínica - como funciona o exame?

A
  • Aparelhos tem 1 filtro de excitação (azul) e 1 filtro de barreira
  • Filtro de excitação converte a luz que vai incidir na retina em luz com o comprimento de onda ideal para excitar a fluoresceína (465-490 nm)
  • Filtro de Barreira permite a captura da luz no comprimento de onda específico que corresponde à fluorescência emitida pela retina (520-530 nm)
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4
Q

Angiografia Fluresceínica - de que forma ocorre o processo de autofluorescência durante este exame?

A
  • Deve-se ao facto de também existirem compostos autofluorescentes a nível ocular que absorvem a luz azul e emitem luz no amarelo-verde
  • Estes são estimulados e captados pelos filtros do aparelho, mesmo antes de ser injectada a fluoresceína
  • São MUITO MAIS facilmente detectados pelos aparelhos que fazem o cSLO (LASER confocal)
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5
Q

Quais são os principais componentes (normais e patológicos) com autofluorescência endógena? (4)

A
  • Segmentos Externos dos fotorreceptores
  • Lipofuscina
  • Drusas do Nervo Optico !!
  • Hamartoma Astrocítico :O (Esclerose Tuberosa)
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6
Q

Angiografia Fluresceínica - o que é a Pseudofluorescência? O quie é que a pode provocar?

A
  • Luz REFLECTIDA que NÃO provem de fluorescência
    Tipicamente associada a:
  • Fibras de Mielina
  • Cicatrizes Coriorretinianas
    Poderá estar associada a DESGASTE dos FILTROS (e sobreposição dos comprimentos de onda)
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7
Q

Angiografia Fluresceínica - Qual é o papel da Barreira Hematorretiniana Interna?

A

BHR Interna (tight-junctions dos capilares retinianos) impede passagem da fluoresceína para a retina

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8
Q

Angiografia Fluresceínica - Qual é o papel da Barreira Hematorretiniana Externa?

A

BRH Externa (tight-junctions do EPR + Células Muller) impedem que a fluoresceína atravesse o EPR

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9
Q

Angiografia Fluresceínica - Características moleculares da Fluorescina?

A
  • Molécula cor de laranja
  • Hidrossolúvel
  • Baixo peso molecular
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10
Q

Angiografia Fluresceínica - Como circula?

A
  • Permanece maioritamente INTRAvascular - 80% ligada à albumina
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11
Q

Angiografia Fluresceínica - Como é metabolizada? Passado quanto tempo é excretada?

A
  • Metabolismo HEPÁTICO e RENAL
    24-36h, pela urina
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12
Q

Angiografia Fluresceínica - Como funciona a dinâmica da permeabilidade da fluoresceína na coroide?

A
  • Os vasos maiores da coroide (da camada de Haller e de Sattler) são IMPERMEAVEIS à fluoresceina.
  • No entanto, os capilares da CORIOCAPILAR são FENESTRADOS e a fluoresceína livre (os 20% que não estão ligados à albumina) EXTRAVASA e cruza a membrana de Bruch
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13
Q

Angiografia Fluresceínica - Porque é que os vasos da coriocapilar são permeáveis à fluoresceína?

A
  • Os CORIOCAPILAR são FENESTRADOS e a fluoresceína livre (os 20% que não estão ligados à albumina) EXTRAVASA e cruza a membrana de Bruch
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14
Q

Angiografia Fluresceínica - Contraindicações absolutas

A
  • Alergia a fluoresceína
    (alguns autores dizem que pode ser feito CCE profilático)
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15
Q

Angiografia Fluresceínica - Contraindicações relativas (4)

A
  • Insuficiencia Renal (dose menor)
  • Gravidez (apesar de Teratogenicidade NÃO estar comprovada)
  • Asma
  • Insuficiencia Cardiaca grave
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16
Q

Fluoresceína - Efeitos Adversos e probabilidade de morte

A
  • Pele e conjuntiva coradas de amarelo (6-12h)
  • Extravasamento local com dor
  • Náuseas e vómitos - 5%
  • Prurido, rash, pieira
  • Episódio vasovagal (+ por ansiedade)
  • Reação anafilática 1 em 2000
  • EAM :O
  • Morte 1 em 220.000
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17
Q

Angiografia Fluresceínica - Indicações Principais

A

Patologia VASCULAR da retina (RD e Oclusões)
Neovascularização da retina
Patologia exsudativa
Tumores
Distrofias

18
Q

Angiografia Fluresceínica - Concentração e volume usados?

A
  • 5 mL a 10%
    Ou
  • 2-3 mL a 25%
19
Q

Angiografia Fluresceínica - Formas de injecção e local de injeção?

A

Injeção rapida 2-3 s
ou
Injeção lenta 4-6 s
- Geralmente faz-se pela Veia Antecubital
(Se não conseguirmos obter acesso venoso, pode-ser fazer administração ORAL 30 mg/kg :O )

20
Q

Angiografia Fluresceínica - Qual é o trajecto vascular para a retina e coróide?

A

Entra na circulação ocular através da A. Oftalmica
- Passa para a circulação COROIDEIA através das A. Ciliares Posteirores Curtas
e
- Passa para a circulação RETINIANA através da A. Central da RetinaAngiografia Fluresceínica - O que é a tecnologia cSLO? Quais são as vantagens? (4)

21
Q

Angiografia Fluresceínica - O que é a tecnologia cSLO? Quais são as vantagens? (4)

A

LASER Confocal (ao contrário de aparelho de fotografia tradicional)
- Melhora qualidade de visão e de imagem
- Permite melhor conforto por flash menor
- Permite MENOR dose de fluoresceína
- Permite a SUPRESSÃO da dispersão de luz

22
Q

Classificações Widefield - Limites de Polo posterior, Widefield e Ultra-widefield (Consenso AAO 2019)

A

Polo posterior
- 50º
- Até arcadas temporais
Média Periferia / Widefield
- 50 a 100º
- Arcadas vasculares até bordo posterior das ampolas das veias vorticosas
Extrema periferia / Ultrawidefield
- 200-330º
- Bordo anterior das ampolas das veias vorticosas até pars plana

23
Q

Classificações Widefield - Alcance dos principais aparelhos?

A

Spectralis (cSLO) - 102º - Widefield
Clarus (Zeiss) - 133 ou 200º com composição
Optos - 200º - Ultrawidefield (alguma distorção superior e inferior

24
Q

Angiografia Fluoresceínica - Quais são as fases e os timings das fases?

A

Fase pré-arterial (coroideia)
Geralmente 9-15 segundos após a injeção
Fase Arterial
- Imediatamente após a fase pré-arterial (1 segundo depois?)
Fase Arteriovenosa (ou capilar)
Geralmente 15-25 segundos após a injeção
Fase Venosa
Geralmente 30 segundos apósa injeção
Fase Tardia (Recirculação)
Geralmente dos 30 segundos aos 10 minutos

25
Angiografia Fluoresceínica - Fase Pré-arterial - a que corresponde e o que se vê?
9-15 s depois do inicio - Preenchimento lobular da coróide (não uniforme) - graças à difusao pela Coriocapilar fenestrada - Tingimento da membrana de Bruch - Se houver uma A. Ciliorretiniana, vai ser preenchidas nesta fase :O - A AUSENCIA de perfusão da coróide até se iniciar a fase Arteriovenosa é ANORMAL
26
Angiografia Fluoresceínica - Fase Arterial - a que corresponde e o que se vê?
Logo após a Pré-arterial - Preenchimento das artérias e arteriolas RETINIANAS - Continuação do preenchimento coroideu
27
Angiografia Fluoresceínica - Fase Arterio-Venosa a que corresponde e o que se vê?
15-25 s após o início - Preenchimento COMPLETO das artérias e capilares - Preenchimento PRECOCE das VEIAS com fluxo LAMINAR
28
Angiografia Fluoresceínica - Fase Arterio-Venosa - porque é que o preenchimento é inicialmente laminar?
- Concentração das células sanguineas ocupam região central e empurram o corante para as periferias dos vasos
29
Angiografia Fluoresceínica - Fase Venosa - a que corresponde e o que se vê?
30 segundos após a injeção - Preenchimento COMPLETO das VEIAS - Inicia-se a diminuição progressiva do fluorescencia arterial
30
Angiografia Fluoresceínica - Fase Tardia - a que corresponde e o que se vê?
Corresponde à recirculação do corante DILUIÇÃO e ELIMINAÇÃO da fluoresceina É nesta fase que geralmente se faz a captação dos campos periféricos
31
Angiografia Fluoresceínica - Em que fase se dá a concentração máxima de fluoresceína na retina?
Fase Arteriovenosa (É durante esta fase que é ideal avaliar zona Avascular)
32
Angiografia Fluoresceínica - Tipos de alterações Hipofluorescentes
Efeito de bloqueio / máscara - Estruturas ANTERIORES bloqueiam fluorescência da circulação Defeito de preenchimento vascular - Atraso ou AUSENCIA na perfusão vascular
33
Angiografia Fluoresceínica - Efeito de bloqueio/máscara - quais os 2 padrões possíveis e as diferenças
Bloqueio da fluorescência RETINIANA - Lesões pré-retinianas (hemorragias, exdudados duros, pigmento) - Opacidades vítreas Bloqueio da fluorescência COROIDEIA - Lesões INTRArretinianas - Lesões SUBretinianas ou Sub-EPR - Aumento da densidade do EPR - Lesões da Coroide Permitem distinguir a localização da lesão !
34
Angiografia Fluoresceínica - Defeitos de preenchimento vascular - quais são as causas mais frequentes?
- Oclusão vascular (++) - Perda do leito vascular (Deg. Miopica, Coroiderémia)
35
Angiografia Fluoresceínica - Tipos de alterações Hiperfluorescentes
- (Autofluorescencia) - (Pseudofluorescencia) - Defeito de janela - Leakage / Difusão - Pooling - Stainning / Impregnação
36
Angiografia Fluoresceínica - Difusão - Em que consiste, quais são os 2 processos principais e as causas principais? (3+3)
Extravasamento das moléculas de Fluoresceína dos vasos Ocorre por quebra da barreira hematorretiniana - Retinopatia Diabetica - Oclusao venosa - Edema macular cistóide Ausência da barreira hematorretiniana - NV da retina - Tumores - Patologias vasculares (D. Coats)
37
Angiografia Fluoresceínica - Pooling - Em que consiste, quais são os 2 padrões principais e as causas principais?
Preenchimendo de um espaço anatómico preenchido por fluido, pela fluoresceina Resulta da quebra da barreira-hematorretiniana Espaço Sub-retiniano - dá hiperfluorescencia precoce com aumento de intensidade e área ao longo do exame e extensão máxima bem definida - Por exemplo CRCS Espaço sub-EPR - Dá hiperfluorescencia precoce, mas não aumenta a área (restringe-se ao espaço do DEP) - Por exemplo num DEP
38
Angiografia Fluoresceínica - Pooling - Quais as diferenças principais entre um pooling no espaço sub-retiniano e um pooling no espaço sub-EPR?
Espaço Sub-retiniano - dá hiperfluorescencia precoce com aumento de intensidade e área ao longo do exame e extensão máxima bem definida Espaço sub-EPR - Dá hiperfluorescencia precoce, mas não aumenta a área (restringe-se ao espaço do DEP)
39
Angiografia Fluoresceínica - Stainning - em que consiste? Caracteristicas principais do padrão Que estuturas normais podem levar ao stainning? Exemplos de patologias que causam
Retenção da fluoresceína em tecidos sólidos - Aumento de intensidade ao longo do exame, que faz com que seja observado melhor em fase tardia - Bordos BEM definidos Tecidos normais - Nervo Optico, Esclera Patologias - Drusas - Tecido fibrotico / cicatricial
40
Angiografia Fluoresceínica - Porque é que a fóvea é escura?
- Foveal avascular zona - Maio concentração de melanina no EPR - Pigmentos xantofílicos
41
Fluoresceína - que usos tem para além da Angiografia?
- BUT - Avaliação de defeitos corneanos - Avaliação do seidel - Fitting das lentes de contacto - Tonometira de aplanação