Antibioticos Flashcards

(142 cards)

1
Q

Penicilina Cristalina: onde uso? (5)

A

1) Pele e partes moles: erisipela e celulite
2) Meningite por N. meningitidis e S. pneumoniae (se comprovada sensibilidade)
3) Pneumonia comunitária em áreas de baixa resistência
4) endocardite (se for S. viridans ou se for Enterecoco e associar aminoglicosídeo)
5) neurossífilis

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2
Q

Penicilina Benzatina: onde usar? (3)

A

1) Tratamento de sífilis (exceto neurossífilis)
2) Profilaxia na febre reumática
3) Profilaxia de erisipela em pacientes com insuficiência vascular periférica e erisipela de repetição

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3
Q

Quais são as doses diárias de Penicilina Cristalina para as suas principais indicações?

A

1) 6 milhões - tétano e leptospirose
2) 12 milhões - estreptococos
3) 18 milhões - anaeróbios
4) 24 milhões - endocardite e neurossífilis
5) 30 milhões - meningites

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4
Q

Qual a diferença de via, duração no sangue e frequência de dose entre Penicilina Cristalina, Benzatina, Procaína e Penicilina V?

A

Penicilina Cristalina: EV - 4h - 4/4h
Penicilina Benzatina: IM - 21 dias - dose única semanal ou mensal
Penicilina Procaína: IM - 12h - 12/12h
Penicilina V: VO - 6h - 6/6h

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5
Q

Qual é a principal penicilina antiestafilocócica?

A

Oxacilina

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6
Q

Quais são as principais infecções causadas por S. aureus? (7)

A

1) infecções de partes moles e abcessos (impetigo, celulite)
2) osteomielites agudas
3) espondilodiscite bacteriana
4) pneumonia
5) endocardite estafilocócica
6) meningite secundária a TCE aberto
7) artrite séptica

PS: não indicada para infecções de ambiente hospitalar (predominam MRSA)

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7
Q

Quais as opções para MRSA?(3)

A

1) vancomicina
2) teicoplanina
3) linezolida
4) Tigeciclina

PS: às vezes são sensíveis à Bactrim e Daptomicina

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8
Q

Frente ao MSSA, qual ATB usar?

A

OXICILINA

A eficácia é superior à de vancomicina, teicoplanina e linezolida se a bactéria for MSSA

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9
Q

Qual a dose e frequência de oxacilina para infecções moderadas? E graves?

A

Moderadas: 1g EV 6/6h
Graves: 2g EV 4/4h

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10
Q

Qual é o principal mecanismo de resistência dos MRSA?

A

penicilinase e alteração nas PBP

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11
Q

Quais as principais indicações de aminopenicilinas como a Ampicilina? (4)

A

1) ITU
2) celulite facial e meningite em crianças (cobre Listeria monocitogenes)
3) infecções TGI (droga de escolha para Enterococcus podendo adicionar aminoglicosídeos)
4) infecções orais

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12
Q

Qual inibidor de beta lactamase associar à ampicilina?

A

Ampicilina+ Sulbactam

Pega inclusive Acinetobacter baumanii

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13
Q

Dose e frequência de ampicilina para infecções leves, graves ou associada à sulbactam?

A

Leves: 250-500mg VO 6/6h
Graves: 150-200mg/kg/dia EV de 6/6h
AmpSulbactan: 1,5-3g EV 6/6h

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14
Q

Qual o melhor ATB para enterococcus sensível e Listeria?

A

AMPICILINA

Melhor que vancomicina se o bicho for sensível

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15
Q

Quais são boas indicações para amoxicilina? (5)

A

1) Trato respiratório superior, sinusites e otites
2) Pneumonias não graves
3) Gram+ anaerobios: infecções orais
4) tratar H. pylori associada à claritromicina
5) Profilaxia de endocardite

PS: bom por ser VO

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16
Q

Qual inibidor de beta lactamase associar à amoxicilina? Quem eles pegam?

A

Clavulanato

Amplia cobertura para Gram- produtor de beta lactamase:
Haemophyllus, Moraxella
Pausteurella multocida (mordedura de animal e humana)
Morganella morgani- infecção secundária à acidente ofídico

PS: não resgata atividade contra pneumococo pois a resistência à beta lactamase vem por mudança na PBP e não por produção de beta lactamase

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17
Q

Carboxicilinas: Ticarcilina ou Piperacilina + Tazobactam: onde usar?(3)

A
Ticarcilina
Piperacilina (+ Tazobactam) 4/0,5g EV de 8/8h - é uma ureidopenicilina

Tem atividade antipseudomonas
Infecções abdominais e pélvicas (pega anaeróbio)
Neutropenia febril

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18
Q

Reações adversas de Penicilinas?

A

1) Hipersensibilidade tardia (de urticária à Sd. Stevens Johnson)
2) Diarreia e vômitos em amoxicilina com clavulanato

PS: atenção para reação cruzadas, se teve alergia à cefalosporinas e até carbapenemicos pode ter à qualquer penicilina (todos tem anéis beta lactâmicos)

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19
Q

Gerações das cefalosporinas,espectro e exemplos?

A

1a: Gram+ : cefalexina, cefazolina
2a: Gram+ e Gram- : cefuroxima, cefoxitina
3a: Gram+ e Gram - : ceftriaxona, cefotaxima, ceftazidima
4a: Gram+, Gram- e estável contra beta lactamase : cefepime

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20
Q

Quais Gram- são pegos por cefalosporinas?

A

1a G: E coli
2a G: respiratórios como H influenzae e M catharrhalis

3a G: Enterobacterias (E coli, citribacter, serratia e proteus), Klebsiella pneumoniae, Enteropatogenos (Salmonella e Shigella), Neisseria meningitidis e gonorrhoea (tem como 1a opção a ceftriaxona) e Ceftazidima pega Pseudomonas aeruginosa

4a: todos da 3a, incluindo pseudomonas e aqueles com resistência (betalactamase AMPC)

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21
Q

Cefalosporinas agem sobre quais anaerobios?

A

1a e 2a G: Gram+ de BOCA como pepestreptococcus
Cefoxitina: Gram- de BARRIGA como bacteroidis fragilis. Droga de escolha para profilaxia de cirurgia abdominal potencialmente contaminada

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22
Q

Para que as cefalosporinas não servem?

A

Atípicos
Desprovidos de parede celular
Legionella, chlamydia, mycoplasma e enterococcus

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23
Q

Mecanismos de resistência à cefalosporinas? (4)

A

1) Hidrólise por betalactamase (principal e mais produzido por Gram-)
2) alteração estrutural de PBPs
3) diminuição da permeabilidade por alteração das poeiras
4) aumento do efluxo da droga por bomba

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24
Q

Quais são os 3 tipos de betalactamase? Quem apresenta? Importância de cada uma

A

1) AmpC - resistência do Gram- a todas as cefalosporinas até 3a geração. Apenas cefalo de 4a funciona. Resistência do grupo CESP
2) ESBL (betalactamase de espectro estendido) - inibem todas as cefalo, inclusive 3a e 4a. Droga de escolha: carbapenêmicos. Resistência das enterobacterias (E coli e Klebsiella)
3) Metalo betalactamase: hidrolisam carbapenemicos

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25
Qual o principal uso da cefazolina? E a cefuroxima? E a cefoxitina?
Esta cefalo de 1a G é muito usada em profilaxias cirúrgicas onde o único contaminante possível é Gram+ como pele e cirurgias limpas. Cefuroxima tem cobertura mais ampla que a cefazolina e serve para profilaxia cirúrgica com Gram- Cefoxitina: bom para profilaxia de cirurgias abdominais e ginecológicas (ruim para tto)
26
Principais Indicações de ceftriaxone e cefotaxima? (2) E cefepima? (2) E ceftarolina? (2)
1) pneumococos resistentes a penicilina 2) droga de escolha para tratamento de meningites do adulto Cefepima: infecções hospitalares e droga inicial para neutropenia febril Ceftarolina: única cefalo que trata MRSA. Boa para PAC com risco
27
Reação adversa da cefepima? E da ceftriaxona?
Cefepima principalmente: Colite pseudomembranosa por C. difficile. Convulsões Ceftriaxona: espessamento biliar (contraindicado em RN). Atenção em hepatopatas, doença de árvore biliar e transplante hepático. Alternativa: cefotaxima PS: todas as cefalos tem risco de toxicidade renal
28
Principais escolhas para carbapenemicos? (3)
1) infecções graves 2) infecções nosocomiais 3) bactérias multirresistentes
29
Qual o único carbapenemico que não trata Pseudomonas aeruginosa?
Ertapenem
30
Peculiaridades dos 3 carbapenemicos?
Geral: mais potente dos betalactamicos. Indicado na cobertura de Gram- hospitalares em tto empírico Meropenem: melhor para SNC ou em pct com convulsões Imipenem: semelhante ao meropenem mas com risco de convulsão Ertapenem: nunca usar empírico (não trata pseudomonas). Boa opção para tratos a longo prazo por enterobacterias multi R
31
Principal mecanismo de resistência aos carbapenemicos?
Metalobetalactamases e carbapenemases (KPC)
32
Qual betalactamico trata bem MRSA?
NENHUM!
33
Principais glicopeptídeos?(2) | Mecanismo de ação?
1- Vancomicina 2- Teicoplanina Mecanismo: inibição de síntese de parede por ligação ao aminoácido terminal do oligopeptideo (impede pontes cruzadas)
34
Bichos cobertos por glicopeptideos? Qual a via disponível?
1- serve para Gram+ (estrepto, stafilo, corynebacterium, clostridium, enterococcus), principalmente estafilococos resistentes a beta lactâmicos, enterococos resistentes à ampicilina Via endovenosa
35
Indicações clínicas para glicopeptideos? (3)
Infecções graves por MRSA ou stafilo coagulase - (Hospitalares ou de comunidade) Infecções associadas a dispositivo invasivo (cateter, próteses) - associar rifampicina neste caso e retirar dispositivo se possível Tratamento empírico de sepse hospitalar em doentes críticos
36
Dose de vancomicina?
Todo glicopeptideo precisa de dose de ataque Ataque: 30mg/kg em 24hs divididos em 2 ou 3 tomadas Manutenção: dose habitual 1g de 12/12h Infecções de SNC podem requerer doses maiores Controlar a vancocinemia (10-20mg/L ou 15-20 se grave) por conta de nefrotoxicidade
37
Teicoplanina: espectro, indicação, dose?
Espectro parecido com banco Não penetra barreira hemato encefálica. Boa para tratamento ambulatorial de osteomielite Dose: 400mg 12/12h por 3 dias (ataque). Depois 400mg 1x por dia
38
Reações adversas dos glicopeptídeos? (5)
``` 1- nefrotoxicidade 2- febre 3- hipersensibilidade 4- síndrome do homem do pescoço vermelho (não é hipersensibilidade). Causada por infusão muito rápida (deve ser feita em 2hs) com vanco 5- ototoxicidade ```
39
Resistência à vanco? (2) | Opções neste caso?
1-Enterococcus resistente à vancomicina 2-VISA ou VRSA Opções: linezolida, aminoglicosídeos, daptomicina
40
Daptomicina: classe, mecanismo, bichos?
Lipopetideo (sem resistência cruzada com glicopeptideos) Mecanismo: ligação à membrana plasmática (despolariza) Bichos: cocos Gram positivos (MRSA, Enterococcus resistentes a vanco, Steptococcus resistentes à betalactamicos)
41
Daptomicina: uso clínico? (3)
1- infecções de pele e partes moles 2- endocardite 3- infecção de corrente sanguínea por MRSA PS: não usar em pneumonia (inativada por surfactante)
42
Daptomicina: dose, efeito colateral?
Dose única diária 6-12mg/kg/dia | Efeito colateral: miopatia, monitorizar CPK
43
Principal indicação de cada quinolona? (4)
1- norfloxaxina: cistite 2- ciprofloxaxina: melhor ação contra Pseudomonas 3- Levo e Ofloxacina: boa penetração pulmonar 4- Moxi e Gemifloxacina: parecida com levofloxacina mas com maior biodisponibilidade
44
Quinolonas: via, mecanismo de ação, de resistência
Via oral com boa disponibilidade (dose única diária de Levo e Moxifloxacina) Inibe topoisomerases (tipo 2 nos Gram - e tipo 4 nos Gram+) Resistência: alteração do sítio catalítico da topoisomerase (redução da afinidade), diminuição da permeabilidade por porinas, bombas de efluxo
45
Principais bichos cobertos por Quinolonas?
Principalmente Gram- aeróbios inclusive Pseudomonas aeruginosa (Ciprofloxaxina) Trata Gram+ (mas estafilo faz resistência rápida). Trata bem pneumonia (Levofloxacina e Moxifloxacina) pois cobre Gram+, atípicos e Gram-. Trata atípicos (Legionella, Chlamydia e Micoplasma)
46
Quinolonas: uso clínico
``` ITU Infecções de pele e partes moles TGI (mas não trata anaeróbios) Infecção respiratória alta e pneumonia (levo ou moxi) Infecção de corrente sanguínea por Gram- Prostatites e DSTs (exceto sífilis) ```
47
Ciprofloxacina: principais usos em DSTs. Usos de Ofloxacina?
Gonorreia: alta taxa de resistência recentemente Cancro mole: elimina Haemophyllus ducreyi com dose única Boa para profilaxia de meningite (mas não tratamento) Ofloxacina: usada para tuberculose em pacientes com hepatotoxicidade
48
Moxifloxacina: indicação, risco Gemifloxacina: peculiaridade
Moxifloxacina: Quinolona respiratória (parecida com Levofloxacina) Risco: prolongamento de QT Gemifloxacina: muito potente contra Gram+, boa para pneumonias
49
Quinolonas: reações adversas (5)
``` Intolerância gastrointestinal: anorexia, náuseas, vômitos, desconforto e diarreia Colite pseudomembranosa (cipro) Neurotoxicidade: cefaleia, tontura, convulsão. Idoso pode ter delirium Artralgia e tendinite Contraindicado para GESTANTES e crianças ```
50
Sulfas: mecanismo de ação, de resistência
Função: impede formação de ácidos nucleico (inibe metabolismo do ácido fólico) Resistência: aumento da quantidade de metabolizador de ácido fólico, diminuição da afinidade por sulfa. Resistência à uma sulfa=resistência a todas sulfas
51
(Sulfametoxazol+Trimetoprim) Bactrim: ação, via, metabolização, cobertura
Bactericida (diferente das demais sulfas) Via oral ou EV Metabolização hepática (como todas sulfas), excretado também na urina Cobertura: Haemophilus e Moraxella (Estranhos)Nocardia, Burkholderia, Stenotrophomonas Gram- (Entropatogenicas) Yersinia, Salmonella e Shigella Listeria Fungos (Paracoco e pneumocystis jiroveci) Protozoário: Isospora belli (infecção TGI imunodeprimido)
52
Sulfadiazina: principal uso, dose, via
Uso: contra toxoplasmose, em associação com pirimetamina Dose: tto - 4-6g por dia. Profilaxia 2g/dia Via oral PS: dar ácido folínico para evitar anemia
53
Dapsona: usos e vantagens
Pneumocistose, hanseníase, toxoplasmose (junto com pirimetamina) Vantagem: menos efeitos colaterais, sulfa sintética
54
Efeitos adversos de sulfas (5)
``` Hipersensibilidade (lesão de pele, rash) Mielotoxicidade Anemia por deficiência de folato Toxicidade hepática Insuficiência renal (cristalização com IRA, nefrite) ```
55
Tetraciclina: exemplo, farmacocinética, dose, mecanismo de ação
Doxiciclina 100mg 12/12h apenas VO Meia vida longa, boa penetração tecidual e amplo espectro (concentração muito boa em bile, pulmão, genitais) Eliminação por rins e fezes Mecanismo: inibe síntese proteica, liga-se a subunidade 30S do ribossomo (bacteriostático)
56
Tetraciclinas: onde usar (7)
DSTs: donovanose (klebsiella granulomatis), linfogranuloma venéreo (chlamydia trachomatis). Uretrites, vaginitis, cervicites, epididimites, proctites (chlamydia, ureaplasma) DIPA: ceftriaxone+doxiciclina+metronidazol Sífilis em pacientes alérgicos a Penicilina Pneumonia atípica (chlamydia e mycoplasma) e psitacose Acne (propionobacterium acnes) Brucelose (em associação com estreptomicina) Cólera (vibrio cholerae), Vibrio vulnificus (espinhas e bárbaras de peixes) Mordedura-Pasteurella multocida Malaria (contra falciparum), Febre maculosa (rickettsia), Leptospirose (profilaxia e tto)
57
Tetraciclinas: efeitos adversos (3)
Intolerância gastrointestinal Reações cutâneas Pigmentação irreversível em dentes (contraindicada em gestantes, lactantes e crianças)
58
Glicilclina: exemplo, dose, bichos indicados
Tigeciclina (é um tipo de tetraciclina) Ataque: 100mg IV 1x e depois 50mg IV de 12/12h Amplo espectro: Mesmo das tetraciclinas+MRSA+Enterococo resistente a vanco+Estrepto resistente a penicilina Não pega Pseudomonas (limita uso empírico em infecções graves como monoterapia)
59
Tigeciclina: indicações clínicas (2)
1) infecções complicadas de pele e partes moles 2) infecções intra abdominais adquiridas na comunidade ou nosocomiais (não graves) PS: Para tratar KPC ou carbapenemases associar com outras drogas
60
Fungos: peculiaridades (2), morfologias (3)
1) membrana plasmática rica em ergosterol 2) prede celular rica em quitina Tipos: Leveduras - unicelulares que crescem em colônias Filamentosos: pluricelulares crescem em filamentos Dimórficos: levedura em ambiente e filamentoso como parasita PS: tto diferente para cada morfologia
61
Principais leveduras (3)
Candida (fungo que mais causa infecção em humanos) Cryptococcus Malassezia PS leveduras são os fungos mais comuns em humanos
62
Principais filamentosos (3)
Aspergillus (principalmente em imunodeprimidos, neutropenico febril, LMA) Cladosporium, fusarium, mucor (imunodeprimidos graves) Sporothrix
63
Principais dimórficos (2)
Paracoccidioides | Histoplasma
64
Anfotericina B: espectro, uso clínico, mecanismo de ação, de resistência
Espectro: o mais amplo, pega leveduras e filamentosos e dimorficos Droga de escolha para micoses sistêmicas (tto empírico) Liga-se ao ergosterol da membrana celular e forma poros. Resistência: muda ergosterol por outros tipos de ergosteróis
65
Anfotericina B: via, penetração, formulações (2), dose
Via: EV, boa penetração tecidual exceto liquor, eliminação renal Formulações: 1) Anfo B deoxicolato (1mg/kg/dia) 2) formulações lipídica: anfo lipossomal (3-5 mg/kg/dia), dispersão coloidal Vantagens da formulação lipídica: menos nefrotoxicidade, penetração tecidual mais rápida, usada na neutropenia febril. Desv: alto custo
66
Reações a Anfotericina (4)
Reação imediata a infusão: febre, calafrios, dor torácica Tromboflebite Nefrotoxicidade Hipocalemia
67
Azólicos: mecanismo de ação, interação
Fungistático inibe enzima da via de síntese do ergosterol da membrana celular Inibe o citocromo P450 - faz interação medicamentosa- risco de hepatite
68
Exemplos de azólicos e características
Cetoconazol: mais hepatotóxico, uso tópico. Age em leveduras e dimórficos Fluconazol: VO e EV, menos colaterais, pouca hepatotoxicidade, penetra SNC. Atividade contra leveduras (ótimo pra Candidas exceto a C. glabrata). Não inibe muito o citocromo p450. Itraconazol: apenas VO, hepatotóxico. Pega levedura, filamentosos e dimorficos Voriconazol: levedura, filamentoso e dimorfo. Age bem contra Aspergillus (filamentoso comum na neutropenia febril). Vai mal contra zigomicetos. EV, VO. Alto custo
69
Equinocandinas: exemplos (3), mecanismo de ação, espectro, penetração
Anidulafungina, caspofungina,micafungina Mecanismo: inibem a síntese de glicínias já parede celular Espectro: Candida, Aspergillus. Ótimo em candidemias (neutropenia febril) Candidemia: tratar por 14 dias após primeira hemocultura negativa pra Candida Não concentra em liquor, urina e olho! Cuidado com insuficiência hepática
70
Pirimidina Fluorada: exemplo, mecanismo, uso
Fluocitosina Inibe síntese do DNA Uso: junto com anfo B trata criptococose disseminada e SNC
71
Pontos em comum de macrolídeos, oxazolidinonas, lincosamidas e cloranfenicol? (2)
Ótimas opções de substituição ou coadjuvantes | Todos bacteriostáticos
72
Macrolideos: exemplos (4), mecanismo de ação, quem tem resistência?
Eritromicina, claritromicina, azitromicina, espiramicina Mecanismo: inibem síntese proteica ligando ao RNAr (reversível). Bacteriostático Resistência: 1) Intrínseca por conta de membrana externa: enterobacterias, pseudomonas, acinetobacter 2) adquirida: estafilo e e estrepto (bomba de efluxo). Alteração no sítio ribossômico (gram+ e Gram-)
73
Eritromicina: ação, via, metabolização, penetração, espectro, indicação
Em altas doses pode ser bactericida. VO (mas com baixa absorção!) Metabolização hepática (evitar em hepatopata) Não penetra bem em SNC. Chega bem em pulmão e bile Espectro: Strepto, MSSA, Chlamydias, DSTs, atípicos, sífilis MUITA INTOLERÂNCIA GÁSTRICA
74
Espiramicina: principal uso
Toxoplasma gondii- trata toxoplasmose durante gravidez e trata o RN após nascer. Não passa barreira placentária (não é teratogênica) Se feto infectado: fazer sulfadiazina, pirimetamina e ácido folinico (tem boa penetração em SNC e olho). Intercalando com espiramicina
75
Azitromicina: espectro, principais usos (6), via, farmacocinetica
Espectro: comparável ao da eritromicina contra estrepto e estafilo. Atividade superior contra atípicos e hemófilos Boa contra infecções respiratórias altas. PAC não graves (5-7dias). PAC graves associada com cefalosporina de 3a (7-10 dias). Uretrite. Erradicação de H. pylori. Profilaxia MAC em HIV com CD4<50 VO e EV, meia vida longa, 1x/dia, boa penetração tecidual, tomar em jejum (alimento reduz absorção), 500mg 1x/dia
76
Claritromicina: espectro, posologia
Muito semelhante a azitro + mycobacterium (leprae e avium) e toxoplasma gondii. Trata MAC 12/12h (maior epigastralgia)
77
Efeitos adversos de macrolideos (4)
Intolerância gastrointestinal Hipersensibilidade Alteração de QT Flebite em infusão EV
78
Oxazolidinona: linezolida - mecanismo de ação, via, penetração e excreção
Bacteriostático, ligação do RNAr e RNAt VO e EV Boa distribuição orgânica (penetração pulmonar e pele muito boa) Excreção renal (não piora função renal)
79
Linezolida: em quem usar (6)
Côcos Gram+, inclusive resistentes a betalactamicos e glicopeptideos: estafilo, estrepto e enterococos ``` Infecção de partes moles hospitalares inf de sítio cirúrgico relacionada a CVC Pneumonia nosocomial (associada com cobertura pra Gram-) Enterococo resistente a vanco, VISA ```
80
Linezolida: efeitos adversos (4)
``` Gastrointestinal Cefaleia MIELOTOXICIDADE após 14 dias de uso - causa plaquetopenia Neuropatia periférica PS: alto custo ```
81
Lincosamidas: exemplos (2), mecanismo, espectro e farmacocinetica
Lincomicina, Clindamicina Mecanismo, espectro e farmacocinetica semelhante aos macrolideos. Agem na subunidade 50s inibindo síntese proteica (bacteriostático). Resistência por alteração no receptor do ribossomo e das subunidades Resistência à macrolideos faz resistência cruzada à clindamicina!
82
Clindamicina: via, tolerância, absorção, metabolização, doses
VO, EV, IM Tolerância e absorção adequadas. Boa distribuição (boa para pulmão, osso, exsudatos inflamatórios, bile). Concentração baixa em SNC Metabolização hepática (cuidado em insuficiência hepática) VO: 150-600mg 6/6 ou 8/8h EV: 150 a 900mg 8/8 ou 12/12h
83
Clindamicina: cobertura (2), onde usar (5)
Aeróbios Gram+ (S. aureus, S. epidermidis, S. pyogenes, S. pneumoniae) Anaerobios Gram+ (Fusobacterium, peptostreptococcus, Corynebacterium, Clostridium perfringebs, Actinomyces) Pele: Piodermite, erisipela, celulite, furunculose, linfangite, abscesso, osteomielite Infecções graves de pele: fasceíte e miosite necrosante (associar ceftriaxona) Cavidade oral Pneumonia aspirativa Gangrena e úlceras crônicas Abcessos (pulmonares, hepáticos) Malária
84
Clindamicina: efeitos adversos (3)
Hipersensibilidade Intolerância gastrointestinal Colite pseudomembranosa por Clostridium difficile
85
Clindamicina
Boa para abcessos em geral Boa cobertura para Gram+ aeróbios e anaerobios Não usar para Gram- Cuidado com colite pseudomembranosa
86
Cloranfenicol: mecanismo, farmacocinética, distribuição. Onde usar, colateral
Bacteriostático, Alta concentração EV e 4h após no VO Metabolização hepática Alta concentração em SNC, saliva e olho. Meningite em crianças (ampicilina+cloranfenicol). Atividade contra pneumococo, meningococo e hemofilos (resistência crescente) Em desuso por toxicidade - APLASIA DE MEDULA Síndrome do bebê cinzento (não dar durante gestação, amamentação, RN)
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Quais principais usos de aminoglicosídeos e polimixinas?
Gram- | Principalmente multi R
88
Aminoglicosídeos: exemplos (5), mecanismo de ação, de resistência
``` Estreptomicina Gentamicina Amicacina Neomicina Tobramicina ``` Ação: bactericida (inibe síntese proteica definitivamente, ligação diferente dos bacteriostaticos). Agem no RNAr, induzem erro no pareamento do RNAt e proteínas refectivas causam lise celular Resistência: alteração estrutural do sítio de ação ribossômico, síntese de enzimas inativadoras, bomba de efluxo
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Quais bichos são vulneráveis aminoglicosideos?
Principalmente Gram-, multi R AERÓBIOS (Pega alguns Gram+ também)
90
Farmacologia do aminoglicosideo
Não tem apresentação oral em geral Faixa terapêutica estreita Concentra bem em tecido pulmonar, líquido pleural, pericárdico, ascético, sinovial. Baixa penetração liquórica Dose única diária (concentração dependente) Excreção renal (contraindicados na insuficiência renal). Causa NECROSE TUBULAR por toxicidade direta
91
Aminoglicosideos: em que bichos usar? (3)
Gram-: Enterobacterias (Klebsiella, E. coli, Citrobacter, Enterobacter) e pseudomonas Sinergia com betalactamicos Bom para infecções graves e hospitalares Gram+: S. viridans, Stafilococus, Enterococcus Associação com Peni G, Oxacilina ou ampicilina: sinergismo. Ex: endocardites
92
Aminoglicosideos: onde usar na clínica? (2)
Infecções polimicrobianas (abdominais e partes moles com úlceras crônicas). Associado com drogas de melhor atividade contra Gram+ e anaerobios (betalactamicos+metronidazol ou clindamicina) Micobacterias
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Aminoglicosideos: onde NÃO usar? (7)
``` Estreptococos (pyogenes e pneumoniae) Neisserias Treponema Clamidías Micoplasmas Riquétsias Anaerobios em geral ```
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Estreptomicina: indicações clínicas (4)
Tuberculose (TB com multi R ou para hepatopatas) Endocardite por Streptococcus viridans ou enterococcus (em associação com Peni G ou ampicilina respectivamente) Peste bubônica sem acometimento de SNC (Yersinia pestis) Brucelose (em associação com doxiciclina)
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Neomicina: riscos, via
Muito nefrotóxico e ototóxico via parenteral. Baixa absorção oral Preferencialmente tópica para infecções cutâneas leves, superficiais, queimaduras Solução oral: ação “tópica” sobre flora intestinal
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Gentamicina: principal vantagem, uso típico
Melhor efeito sinérgico com betalactamicos ou glicopeptideos no tto de infecção por estrepto e enterococo (endocardites, uso em próteses)
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Amicacina: indicações (6)
Semelhante a gentamicina ``` Associação em infecções graves por Gram- Sepse Pneumonia Pielonefrite Osteomielite Infecções intra abdominais Tuberculose MDR (RMP e IZH R) ```
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Tobramicina: principais usos?
Formulações tópicas - colírios e pomadas oftálmicas: conjuntivite e ceratite
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Aminoglicosideos: Efeito adverso principal
contraindicados na insuficiência renal)l. Causa NECROSE TUBULAR por toxicidade direta Ototoxicidade: zumbido, hipoacusia, ataxia
100
O que lembrar de aminoglicosídeos? (4)
1) concentração dependentes (mas não em infecções graves) 2) ótimo para Gram-, inclusive MultiR 3) em associação com sinergismo 4) ototoxicidade e nefrotoxicidade
101
Polimixinas: exemplos, ação, resistência
Polimixina B, Polimixina E (Colistina) Bactericida - integra nas membranas, forma poros, lise celular Resistência: modificação da LPS, produção de cápsula de polissacarídeo na membrana, Bomba de efluxo
102
Polimixinas: espectro
Gram- com LPS na membrana externa (exceto proteus, providencia, serratia e burkholderia) Pseudomonas Klebsiella pneumoniae Acinetobacter baumanii multiR (inclusive a carbapenemicos) PS: usar se não houver outro ATB menos tóxico
103
Polimixinas: onde usar clinicamente? (5)
Infecção de corrente sanguínea Pneumonia associada a ventilação mecânica (colistina) ITÚ Infecções de partes moles Infecção de SNC associada a DVP/DVE (fazer intratecal) Formulações tópicas: infecção de pele, otite, conjuntivite
104
Polimixinas: como usar? (4)
Dose de ataque! Nefrotóxico mas não precisa corrigir para polimixina B Usar em enterobacterias produtoras de carbapenemases Nunca usar sozinha!
105
Polimixinas: efeitos adversos (3)
Nefrotoxicidade Neuropatia periférica Bloqueio de placa neuromuscular com paresia global
106
Polimixinas: o que lembrar? (5)
Opção para Gram- multi R Não trata todos Gram- Polimixina B: fazer dose de ataque mas não fazer correção renal para IRÃ Nefrotoxicidade e bloqueio neuromuscular Resistência: é grave e sem solução atualmente
107
Benzomidazolicos: exemplos (3), ação
Albendazol Mebendazol Tiabendazol
108
Albendazol: bichos que atinge, mecanismo de ação, efeito
Contra helmintos e protozoários Ação: ligação à BTUBULINA, interfere na divisão celular interagindo com citoesqueleto. Diminui captação de glicose Efeito ovicida
109
Albendazol: uso clínico, metabolização e penetração
``` Parasitoses intestinais (pouca absorção na corrente sanguínea) Metabolização hepática. Metabólito atinge tecidos e liquor (acaba pegando parasitose vísceral e neurocisticercose) ``` Não usar em menores de 2 anos
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Albendazol: administração, efeitos adversos
VO, dose única, melhor absorção com alimento gorduroso PS: pode ser teratogenico Efeitos: ausentes. Exceto em tto prolongado: hepato e mielotoxicidade. Fazer pausas Cuidado com outras drogas metabolizadas por CYP3A4
111
Albendazol: indicações e uso (9)
``` Neurocisticercose Hidatidose Microsporidiase Tricuriase Toxocaríase Giardíase Enterobíase Ascaridíase Estrongiloidíase ```
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Mebendazol: ação, efeitos adversos (4)
Ação=albendazol Baixa biodisponibilidade da molécula original Nao é necessário jejum, 2x/dia Evitar usar em abaixo de 1 ano Efeitos: meteorismo, dor abdominal, diarreia, hepatite
113
Mebendazol: pra que usar?
``` Enterobiase Ancilostomíase Ascaridíase Tricuriase Hidatidose ```
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Tiabendazol: peculiaridades
Amplo espectro contra nematódeos Dose máxima diária: 3g Fórmula tópica para larva migrans Efeitos adversos: intolerância gastrointestinal, leucopenia, hepatotoxicidade. Stevens Johnson
115
Tiabendazol: onde usar? (3)
Larva migrans (cutânea e visceral) Estrongiloidiase Triquinose
116
O que lembrar de antiparasitários?
Amplo uso, principalmente albendazol Boa ação contra lombrigas (enterobiase, ascaridíase, estrongiloidiase, capilariase) Ação contra protozoários pelo albendazol: microsporidiase e giardíase Ação contra cestodios: tenia Tiabendazol tópico: bicho geográfico (larva migrans)
117
Nitazoxanida - Annita: espectro, ação
Espectro: protozoários (criptosporidio pega +-, giardia, entamoeba), helmintos, nematodeos, trematodeos e cestodeos Ação: protozoários - bloqueia via produtora de energia Helminto: inibe polimerização de tubulina
118
Annita: absorção, metabolização, excreção, contraindicação. Colaterais (2)
Boa absorção oral Metabolizado no fígado (não é hepatotoxico) Eliminação renal Contraindicada em menores de 1 ano Intolerância gastrointestinal e urina fosforescente
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Principal uso de Nitazoxanida-Annita?
GIÁRDIA, ENTAMOEBA, CRIPTOSPORIDIOS | Mas também pega helmintos então é usado por vezes como vermífugo geral
120
Ivermectina: ação
Ação: ativa canais de cloro da membrana neuromuscular de invertebrado, causa paralisia em helmintos e ectoparasitas
121
Ivermectina: droga de escolha para? (5)
Oncocercose Estrongiloidiase (prevenção em imunodeprimidos - fazer antes de pulsar corticoide ou fazer quimioterapia) Larva migrans cutanea Escabiose Pediculose (se associado com solução tópica)
122
Ivermectina: farmacologia
Biodisponibilidade oral: boa e melhor com alimentos. Metabolizada no fígado pelo citocromo p450 CYP3A4 Uso em dose única Sem restrições na insuficiência hepática e renal
123
Praziquantel: pra que usar? (2) | Efeitos (5)
Contra cestodos e trematodos Bom para tratar tenia Única droga para Schistossoma mansoni Efeitos: mal estar, Gosto amargo, cefaleia, vertigem, Cansaço
124
Nitroimidazolicos: exemplos (3)
Metronidazol, tinidazol, secnidazol
125
Tinidazol: trata o que? (3) colaterais?
Protozoários: amebíase, giardíase, tricomoníase Mais potente e com menos colaterais que metronidazol para parasitas Contraindicado em 1o tri de gestação Colaterais: intolerância gastrointestinal, gosto metálico na boca, candidíase
126
Metronidazol: o que trata?
1a linha para os anaerobios Gram-: Bacterioides fragilis, Clostridium difficile, fusobacterium necrophorum, Prevotella melaninogenica Além de cobrir os do tinidazol. Age também contra entamoeba e giárdia
127
Metronidazol: outros usos clínicos (8)
``` Doença de chron Vaginose bacteriana MIPA Tto do H. pylori Acne rosácea Giárdia Amebíase Clostridium difficile ```
128
Metronidazol: colaterais (5)
``` Gosto metálico na boca Língua aveludada Nauseas Neuropatia periferica Reação dissulfiram like (antabuse) ```
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O que lembrar dos imidazolicos?
Metronidazol: mais usado, principalmente por cobrir anaeróbios de barriga (bacterioides fragilis). Único com apresentação EV. Bom para tratar abcessos pelo corpo (amebiano inclusive) Secnidazol: muito usado para vaginose bacteriana Tinidazol para amebíase e giardíase
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Antivirais: mecanismo
Antivirais: Impedem a replicação viral em nível celular | Imunonoduladores (imunoglobulina, interferon): modificam ou ampliam a resposta imune do hospedeiro
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Herpesviridae: subtipos (8), em quais os antivirais agem
``` HHV1 - herpes ORAL ou genital HHV2 - herpes GENITAL ou oral HHV3 (VZV) - varicela e herpes zoster HHV4 (EBV) - Mononucleose infecciosa, linfoma de Burkitt, linfoma SNC em HIV, etc HHV5 - Retinite, mono like HHV6 - exantema súbito HHV7- exantema súbito like HHV8 - sarcoma de Kaposi, linfoma de efusão primária, sd. de Castleman ``` Antivirais agem mais nos primeiros 4
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Antivirais contra Herpesviridae (3). Agem contra quem? Mecanismo, biodisponibilidade, excreção
Aciclovir, valaciclovir, fanciclovir Age bem contra HHV1 e 2. Menos contra VZV. Pouco contra CMV. Nada contra EBV Mecanismo: inibição competitiva da DNA Polimerase Viral (afinidade diferente em cada subtipo de HHV) Aciclovir pouca biodisponibilidade oral (usar EV para SNC). Demais tem boa biodisponibilidade (mas não são bons pra tratar SNC grave) Excreção renal. Ajustar dose por clearance. Faz nefrotoxicidade por deposição de cristais (hidratar)
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Antivirais contra CMV (2), | Excreção. Em quem usar? Riscos?
Ganciclovir (EV), valganciclovir (VO) Excreção renal Não deve tratar todo CMV agudo. Apenas imunodeprimidos ou CMV congênito no RN Riscos: nefrotoxicidade, mielotoxicidade! (Pancitopenia) PS: CMV faz infecções graves em imunodeprimidos, causa perda de órgão transplantado
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Antivirais contra influenza (2), ação, farmacodinâmica, em quem usar
Oseltamivir, zanamivir Ação: inibe neuraminidase, impede clivagem do complexo viral, impede partícula viral nascente Boa biodisponibilidade oral. Pouca passagem líquorica e placentaria. Excreção renal, ajustar dose Usar em pct com fator de risco para evolução desfavorável, em SRAG, grávidas, idosos e menores de 5 anos, pneumopatas, TB, nefro, hemato e hepatopatas, imunossuprimidos, outros PS: não protegem contra outros vírus que causam IVAS
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Principais medicamentos contra TB? (4)
Rifampicina Isoniazida Pirazinamida Etambutol
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Mycobacterium tuberculososis: crescimento, coloração
Crescimento lento | Não colore bem com Gram. Bacilo álcool ácido resistente, coloração de Ziehl Neelsen
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Rifampicina: mecanismo de ação, farmacologia
Inibe ação de RNA polimerase, inibe síntese proteica. Bactericida Penetra focos necróticos Absorção oral boa, melhor em jejum. Metabolização hepática, estimulação do citocromo p450. Urina laranja/marrom
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Rifampicina: efeitos colaterais (3), interações
Hepatotoxicidade (hepatocelular ou colestática) Sd Flu like Fenômenos imunomediados: rubor, prurido sem rash, urticária, vasculares cutânea, eosinofilia, plaquetopenia. Interações - medicações que diminuem ação: anticoagulante (varfarina), anticoncepcional, hipoglicemiante, cetoconazol, corticoide, etc Maior toxicidade com: cetoconazol, isoniazida, sulfa, inibidor de protease (HIV)
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Isoniazida: mecanismo de ação, farmacologia
Bactericida contra bacilos em replicação ativa e bacteriostático contra bacilos latentes. Inibe síntese de ácido micolico (parede celular) Absorção oral boa, bom nível liquórico. Aumenta risco de hepatotoxicidade, neuropatia periférica (suplementar B6 - piridoxina). Psicose. Tomar esquema RIPE em jejum
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Pirazinamida: ação, farmacologia, colaterais (4)
Bactericida, age bem na fase inicial (bacilos semi latentes) Boa penetração tecidual e liquorica. Metabolização hepática e eliminacao renal. Requer ajuste de dose Hepatotoxicidade, Hipersensibilidade Poliartralgia Eleva ácido úrico
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Etambutol: ação, farmacologia, colateral
Bacteriostático (inibe síntese de parede), age melhor na fase inicial Penetração boa. Metabolização hepática e eliminação renal. Requer ajuste de dose na IR Neurite óptica - embaçamento e diminuição da acuidade visual. Geralmente reversível com a suspensão
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Quando pensar em esquema alternativo para tratar TB?
Falha terapêutica Hepatopatia prévia com transaminases altas já antes de tratar Elevação importante de TGO e TGP durante tratamento