Antipsicóticos Flashcards
(40 cards)
Como são divididos os sintomas da esquizofrenia?
Em positivos e negativos (relacionado com o fármaco que foi usado pela primeira vez e ainda hoje são usados – os antipsicóticos típicos).
Quais os sintomas positivos?
Alucinações Distorção da linguagem Agitação psicomotora Delírios Comportamento e discurso desorganizado
Quais os sintomas negativos?
Embotamento afetivo: dificuldade em expressar sentimentos e emoções
Alogia: diminuição da fluência da fala
Avoliação: diminuição de comportamento orientado por metas
Por quê diferencia-se os sintomas da esquizofrenia em positivos e negativos?
São divididos assim por causa da resposta ao tratamento farmacológico; em que os positivos ocorre quando há um alívio de certos sinais por meio do tratamento, já os negativos são os que não respondem ao tratamento podendo até agravar sua situação a depender do fármaco.
Como os antipsicóticos são divididos?
Os antipsicóticos podem ser divididos em típicos (ou clássicos) e em atípicos.
Caracterize os fármacos típicos?
Os típicos bloqueiam os receptores D2 (antagonista D2), reduzindo os sintomas positivos e agravando os sintomas negativos, podendo causar efeito adverso. Mas eles podem bloquear outros tipos de receptores, como D1, receptor muscarínico e receptor 5 HT2 serotonérgico.
Caracterize os fármacos atípicos.
Os atípicos bloqueiam 5HT2a, mas também atuam bloqueando D2, H1 e outros receptores. Como efeito colateral de ser antagonista H1 a pessoa pode apresentar sonolência e aumento de peso.
Quais as hipóteses neuroquímicas para a esquizofrenia?
Existe três hipóteses para o desenvolvimento da esquizofrenia, são elas: dopaminérgica, serotonérgica e glutamatérgica.
Explique a hipótese dopaminérgica.
A hiperatividade dopaminérgica pode ser considerada a causa da esquizofrenia, já que alguns estudos demostraram que substâncias que aumentavam os níveis de dopamina, como a anfetamina e a cocaína (inibe o transportador de monoaminas), ou as que ativam seus receptores, a apomorfina, promovem um estado esquizofreniforme - alucinações, delírio, etc.
Ou, ainda, quando se utiliza fármacos antagonistas de dopamina (bloqueadores), especificamente os de D2, há um alívio dos vários sintomas da doença em muitos pacientes. Todavia, esta hipótese têm uma falha, pois ao se ter uma hipoatividade dopaminérgica na via mesocortical haverá a sintomatologia negativa.
Descreva o processo de produção até a liberação de dopamina nas fendas sinápticas.
A dopamina é produzida a partir da tirosina através da enzima tirosina hidroxilase que a converte em L-DOPA, posteriormente convertida em dopamina pela enzima DOPA descarboxilase. Ao ser produzida ela é transportada para o interior das vesículas pelo trasnportador monoamina vesicular (VMAT), quando um potencial de ação chega ao neurônio pré-sináptico, as vesículas aderem-se nas membranas e liberam seu conteúdo. Após ação será recaptada pelo transportador de DA (DAT), tal sistema envolve um co-transportador de Na+. Entretanto, a dopamina pode ser degrada pela ação das enzimas catecol-O-metiltransferase (COMT) ou a monoamina oxidase (MAO), ao ácido homovanílico (HVA), sendo excretado na urina.
Qual o problema causado pela associação de inibidores da MAO-A com simpaticomiméticos das catecolaminas?
A MAO-A é responsável pela degradação em geral das catecolaminas centrais e periféricas, quando inibidas juntamente com agentes simpaticomiméticos que liberarão maior quantidade de catecolaminas, como a ação indireta da tiramina - encontrada em queijos e vinhos - levará a uma toxicidade fatal de catecolaminas no organismo.
Quais as vias dopaminérgicas existentes no sistema nervoso central?
Via nigro-estriatal Via tuberoinfundibular Via mesocortical Via mesolímbica Área postrema
Quais os tipos de receptores dopaminérgicos?
Existem dois tipos de receptores os excitatórios - ativam adenilato ciclase - e inibitórios - inibem adenilato ciclase, proteína Gi - respectivamente, D1 e D5, e D2, D3 e D4.
Qual a consequência da inibição de D2 pelo fármacos antipsicóticos na via túberoinfundibular?
A via túberoinfundibular é importante no controle da Prolactina, uma vez que a dopamina liberada por neurônios na circulação porta - que conecta a eminência mediana com a adenohipófise e liga aos receptores D2 - inibe tonicamente a liberação da prolactina aos lactotrófos da hipófise, provocando a intumescência das mamas, a ginecomastia.
Qual a importância da via mesolímbica e sua relação com a esquizofrenia?
A via mesolímbica é a principal via que desencadeia os sintomas esquizofrênicos positivos e parte dos negativos, quando há hiperatividade dopaminérgica. Além das psicoses, ela é importante na dependência, já que a liberação de DA nessas áreas há a sensação de prazer e bem-estar, pois relaciona-se com o sistema límbico.
Qual a consequência do bloqueio de D2 na via mesocortical?
A via mesocortical quando em hipoatividade dopaminérgica causa os sintomas negativos e déficits cognitivos associados à esquizofrenia, já que o córtex pré-frontal é responsável pela atenção, planejamento e comportamento motivado.
Qual a relação dos sintomas presentes na esquizofrenia com as vias do sistema nervoso central?
Sintomas positivos - deve-se a hiperatividade dopaminérgica na via mesolímbica, inversamente nas vias mesocortical e nigro-estriatal devido a hipoatividade dopaminérgica gera-se, respectivamente, sintoma negativo e de Parkinson.
Explique a hipótese serotonérgica para a esquizofrenia.
O ácido lisérgico e a mescalina funcionam como agonistas serotonérgicos (intensificadores), gerando efeitos alucinógenos, efeitos positivos da esquizofrenia, quando atuam em receptores 5-HT2A. Com isso, esta hipótese considera que a hiperatividade serotonérgica é desencadeadora dos sintomas da esquizofrenia.
Como agem os fármacos atípicos?
Os fármacos atípicos agem de forma antagonista nos receptores 5-HT2A mais intesificamente do que bloqueando os de D2, fazendo com que haja a modulação da liberação de neurotransmissores, inclusive DA. Reduzindo, assim, os sintomas positivos e negativos - este ainda não totalmente elucidado.
Explique a hipótese glutamatérgica.
A hipotése glutamatérgica deve-se a observação de que antagonistas do receptor de glutamato do tipo NMDA produziam sintomas psicóticos, como alucinações e distúrbio do pensamento. Isto devia-se a existência de um neurônio gabaérgico entre os neurônios glutamatérgicos e dopaminérgicos, o qual controla a liberação de dopamina, sendo que o gabaérgico é modulado pelo glutamatérgico. Portanto, a hipoatividade glutamatérgica diminuirá a ação inibitória do gabaérgico nos neurônios dopaminérgicos na via mesolímbica - provocando os sintomas positivos da esquizofrenia.
Já na via mesocortical, há a estimulação direta do neurônio glutamatérgico no dopaminérgico, então uma hipoatividade glutamatérgica provocará os sintomas negativos da esquizofrenia.
Diferencie a ação dopaminérgica a partir das duas classes de receptores.
Os receptores dopaminérgicos diferenciam-se em duas classe de receptores: os estimulatórios (classe D1) e inibitórios (classe D2). A classe D1 possui os receptores D1 e D5, que através da proteína Ge ativam a adenilato ciclase e aumentam a hidrólise de PIP2, mobilizando Ca+2 por IP3 e ativando PKC por DAG. Já a classe D2 possui os receptores D2, D3 e D4, que através da porteína Gi inibe a adenilato ciclase, provocando o aumento de K+ e diminuindo a Ca2+ regulados por voltagem.
Quais as duas classe de fármacos antipsicóticos típicos?
Existem duas classes desses fármacos, as fenotiazinas (baixa potência) e as butirofenonas (alta potência).
Quais os fármacos de primeira geração (típicos) de baixa portência?
Clorpromazina e tioridazina.
Quais os fármacos de primeira geração (típicos) de alta potência?
Flufenazina, haloperidol, loxapina, perfenazina, pimozida, proclorperazina, tiotixeno e Trifluoperazina.