Apneia Obstrutiva Do Sono Flashcards
(95 cards)
Quais são os distúrbios respiratórios obstrutivos do sono (DROS)?
ronco primário, a apneia obstrutiva do sono (AOS) e a síndrome da resistência das vias aéreas superiores (SRVAS)
O que é ronco primário?
O ronco primário é definido como o ruído emitido durante o sono pelo turbilhonamento do ar como consequência da vibração dos tecidos moles faríngeos sem prejuízo na saturação da oxi-hemoglobina ou na arquitetura do sono.
O que é apneia obstrutiva do sono?
Aos é definida por episódios recorrentes de obstrução parcial ou total da via aérea superior (VAS) durante o sono, que ocasionam dessaturação da oxi-hemoglobina e fragmentação do sono
O que é síndrome da resistência das vias aéreas superiores
Por fim, a SRVAS é caracterizada pela presença de múltiplos episódios de despertares decorrentes do aumento do esforço respiratório durante o sono, sem a presença de apneia, hipopneia ou dessaturação da oxi-hemoglobina.
Como o envelhecimento contribui para a AOS?
Reduz o tônus do arcabouço faríngeo, tornando a faringe mais colapsável.
Qual o formato da faringe em pacientes com AOS e por que isso importa?
Elíptico, diferente do circular em controles. Esse formato facilita o colapso faríngeo.
O que pode aumentar a PE e contribuir para o colapso faríngeo?
Deposição de gordura parafaríngea, alterações craniofaciais e aumento dos tecidos moles.
O que causa apneias e hipopneias na AOS?
Um desbalanço entre PE e PI, favorecido pela hipotonia muscular durante o sono, que leva ao colapso faríngeo.
O que mantém a faringe pérvia durante a respiração normal?
O equilíbrio entre a pressão extraluminal (PE) exercida pelos músculos dilatadores da faringe e a pressão intraluminal (PI) negativa do lúmen faríngeo, gerando a pressão transmural (PT).
Quais são os sintomas mais comuns da AOS?
Ronco, pausas respiratórias testemunhadas, sonolência diurna excessiva (SDE), alterações cognitivas e de humor.
O que significa SDE e qual sua importância na AOS?
Sonolência Diurna Excessiva; é um dos principais sintomas e pode impactar atividades diárias e segurança (ex: direção de veículos).
Qual exame é o padrão-ouro para diagnóstico dos distúrbios respiratórios do sono?
Polissonografia (PSG) noturna completa.
Quais parâmetros são avaliados na polissonografia?
EEG, EOG, EMG do mento e membros, fluxo aéreo, movimento toracoabdominal, ECG, oximetria, posição corporal e intensidade do ronco.
Quais critérios clínicos compõem o item A do diagnóstico da AOS segundo a ICDS-3?
Sono não reparador, SDE, fadiga ou insônia
Despertares com engasgos ou asfixia
Relato de ronco alto ou pausas respiratórias durante o sono
Presença de comorbidades como HAS, depressão, déficit cognitivo, DAC, AVC, ICC, FA ou DM2
Qual o critério B da ICDS-3 para diagnóstico de AOS?
PSG ou estudo portátil mostrando ≥ 5 eventos respiratórios obstrutivos/hora de sono, associados aos sintomas do item A.
Qual o critério C da ICDS-3 para diagnóstico de AOS?
PSG ou estudo portátil mostrando ≥ 15 eventos respiratórios obstrutivos/hora de sono, mesmo sem sintomas clínicos.
Como é classificada a gravidade da AOS?
Em leve, moderada ou grave, com base no IAH ( índice de apneia e hipopneia), na SDE (sonolência noturna excessiva )e na repercussão na vida social/profissional.
Qual o IAH na AOS leve?
Entre 5 e 15 eventos/hora.
Qual o IAH na AOS moderada?
Entre 15 e 30 eventos/hora.
Qual o IAH na AOS grave?
Acima de 30 eventos/hora.
Como se caracteriza a SDE na AOS leve?
Sonolência durante atividades com pouca atenção, como ver TV ou ser passageiro.
Como se caracteriza a SDE na AOS moderada?
Sonolência em atividades que exigem atenção moderada, como reuniões.
Como se caracteriza a SDE na AOS grave?
Sonolência durante atividades que exigem atenção elevada, como dirigir ou conversar.
Quais os principais fatores de risco para AOS?
Idade avançada, sexo masculino, IMC e circunferência cervical aumentados, alterações de VAS e craniofaciais.