Asma e espirometria Flashcards
(43 cards)
Volume corrente (VC):
volume do ar inspirado ou
expirado em cada respiração normal → 500ml.
Volume de reserva expiratório (VRE):
volume de ar
que pode ser expirado de maneira forçada após uma
expiração normal.
Volume residual (VR):
volume de ar que permanece
nos pulmões mesmo após uma expiração forçada.
Volume de reserva inspiratório (VRI):
volume de ar
que pode ser inspirado além do volume corrente
normal.
Provas de função pulmonar
- Espirometria
- Pletismografia
- Gasometria arterial
*Pletismografia – O método pletismográfico é considerado
o padrão ouro para a determinação dos volumes pulmonares
Espirometria definicao
É a representação volumétricas dos volumes e
capacidades respiratórias. Pode ser realizado durante
a respiração ou durante manobras expiratórias
forçadas.
*Não é capaz de medir o volume residual (VR), capacidade
residual funcionar (CRF) e capacidade pulmonares totais
(CPT), pois avalia principalmente o que é expirado, não o
que sobrou no pulmão.
Auxilia a prevenção e permite o diagnóstico e quantificação dos distúrbios respiratórios
Os valores obtidos devem ser comparados a valores
previstos adequados para a população avaliada. Tais
valores variam de acordo com a idade, altura, gênero
e etnia
Espirometria estática
Utiliza-se uma manobra respiratória denominada
capacidade vital lenta (CVL). Consiste em inspirações
e expirações lentas e, em seguida, uma inspiração
máxima possível, seguida de uma expiração máxima
possível. Essa manobra expiratória deve ser realizada
com uso de clip nasal a fim de evitar o escape do ar
pelo nariz. Avalia todos os volumes/capacidades
(valores estáticos) exceto o VR.
no grafico: Parece um E, flow x volume
Espirometria dinâmica
Envolve, além de volumes e capacidades, a
velocidade com que o ar deixa os pulmões, isto é, o
fluxo aéreo ou fluxo expiratório, que significa o tempo
que uma quantidade de ar leva para passar pelas vias
aéreas e chegar à boca.
O teste de fluxos (fluxometria) é obtido por meio de
uma manobra denominada capacidade vital forçada
(CVF), que consiste em inspirar o máximo possível e,
em seguida, expirar o mais rapidamente e
profundamente possível, colocando para fora dos
pulmões todo o ar que o indivíduo puder. Essa
manobra expiratória deve ser realizada com uso de
clip nasal a fim de evitar o escape do ar pelo nariz.
no grafico: parece um D deitado, volume x tempo
Parâmetros avaliados
Capacidade vital forçada (CVF):
representa o volume
máximo de ar exalado com esforço máximo, a partir
do ponto de máxima inspiração.
Volume expiratório forçado no 1o segundo (VEF1): é
a quantidade de ar eliminada no primeiro segundo da
manobra expiratória forçada. Auxilia na classificação
da gravidade da doença.
VEF1/ CVF (índice de Tiffeneau):
A razão derivada através da relação entre a
VEF1 e a CVF é calculada. Indica se há ou não
obstrução na saída de ar.
Fluxo expiratório forçado médio (FEFx-y%):
representa o fluxo expiratório forçado médio de um
segmento obtido durante a manobra de CVF. Ex.:
FEF25-75% é o fluxo expiratório forçado médio na
faixa intermediária da CVF, isto é, entre 25 e 75% da
curva de CVF.
Pico de fluxo respiratório (PFE):
representa o fluxo
máximo de ar durante a manobra de capacidade vital
forçada.
*Como ler os resultados?
A primeira coluna representa os
valores máximos previstos para aquele paciente, a segunda
representa o limite inferior dos resultados esperados. A
terceira coluna é o resultado obtido pré-broncodilatador e
a quarta pós-broncodilatador.
Curva fluxo x volume
– O ramo inferior é sempre
inspiratório e o ramo superior é sempre expiratório.
Curva volume x tempo:
A inspiração é sempre ramo
descendente e a expiração é sempre o ramo
ascendente.
Na expiração, observamos que a
capacidade vital forçada atinge um platô (volume
máximo que a pessoa consegue exalar).
Indicações
- Diagnóstico
- Monitorização de doenças e tratamento
- Avaliação da incapacidade
- Avaliação pré-operatória
- Medicina do trabalho
Contraindicações
- Doenças transmissíveis ativas
- Hemoptise recente
- Angina recente
- Descolamento retina
- Na vigência de crise hipertensiva
- Na vigência de edema pulmonar
- Aneurisma de aorta torácica
Critérios de aceitação do teste
Caso uns dos itens abaixo seja
feito de maneira errônea, o sistema nem registrará a
espirometria:
* Duração satisfatória do teste > 6s
* Na presença de obstrução > 10s
curvas aceitaveis x nao aceitaveis
Resultados possíveis
obstrucao: a curva começa e termina antes que o normal
restritivo: curva coeca e termina depois que o normal
*O diagnóstico de distúrbio ventilatório restritivo NÃO
pode ser dado na espirometria. A confirmação diagnóstica
é feita por especialista por meio da pletismografia!
Distúrbio ventilatório obstrutivo (DVO)
- Redução do VEF1
- Relação VEF1/CVF diminuída
Ex.: DPOC e asma.
Distúrbio ventilatório restritivo (DVR)
- CVF e VEF1 reduzem na mesma proporção
- Relação VEF1/CVF normal ou aumentada
Ex.: Intrínseca: fibrose
Extrínseca: alteração da parede torácica, pleura, doença
neuromuscular, obesidade, gravidez
Classificação de gravidade
O distúrbio obstrutivo pode ser classificado em
gravidade a partir do VEF1 (%) pré-broncodilatador
em:
* 60% = leve
* 41 a 59% = moderado
* 40% = grave
Critérios de reversibilidade
Os valores para o teste ser considerado com resposta
positiva ao broncodilatador varia a depender da
diretriz seguida:
Sociedade Torácica Americana (ATS): O incremento
de 200ml e 12% no VEF1 após prova
broncodilatadora em relação aos valores de VEF1
predito.
Sociedade Brasileira de pneumologia (SBPT): O
incremento de 200ml e 7% no VEF1 após prova
broncodilatadora em relação aos valores de VEF1 pré BD.
Como calcular essa variação?
VEF1pós - VEFpré dividido por:
VEF1 previsto × 100
6 passos para interpretar
- Identificação: checar se sexo, idade, peso e altura
foram registrados corretamente - Qualidade: conferir conformação das curvas
- Avaliar a relação VEF1/CVF
* Se reduzida: classificar o grau do distúrbio
obstrutivo
* Se normal: considerar a possibilidade de distúrbio
restritivo - Avaliar CVF
- Avaliar VEF1
- Avaliar resposta ao broncodilatador