Atendimento inicial ao politraumatizado Flashcards

(47 cards)

1
Q

Definição de politraumatizado:

A

Lesão em dois ou mais sistema de órgãos, sendo que uma dessas lesões ou a combinação dessas, colocam em risco a vida do paciente.

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2
Q

Distribuição trimodal das mortes por trauma:

A

50% ocorre em segundos ou minutos após o trauma: as causas da morte são laceração da aorta, lesão cardíaca, lesão à medula ou tronco cerebral…
30% ocorre horas após o acidente - causas: TCE e hemorragias;
20% após 24h - causas: embolia pulmonar, sepse, falência orgânica múltipla.

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3
Q

Sequência de avaliação e atendimentos iniciais:

A
I: preparação;
II: triagem;
III e IV: exame primário e reanimação;
V: medidas auxiliares ao exame primário
VI: exame secundário (da cabeça aos pés) e história;
VII medidas auxiliares ao exame secundário;
VIII: reavaliação;
XIX: tratamento definitivo.
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4
Q

No que consiste a preparação?

A

Comunicação entre a equipe pré-hospitalar e a sala de trauma que receberá a vítima para montar uma sala adequada.

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5
Q

Como é feita a triagem em casos de trauma?

A

Classificação da vítima de acordo com as lesões e recursos disponíveis no hospital;
Hospital não possui capacidade para todas as vítimas: Priorizar vítimas graves, mas com menor risco de vida;
Hospital com capacidade de atender todas as vítimas: atender as mais graves.

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6
Q

No que consiste o ABCDE do trauma?

A

A: avaliação de via aérea e estabilização da coluna cervical;
B: Ventilação e respiração;
C: Circulação e controle da hemorragia;
D: incapacidade/estado neurológico;
E: Exposição e controle ambiente (geralmente feito no ambiente hospitalar).

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7
Q

Definição de acesso definitivo à via aérea:

A

Via aérea que possui em seu interior uma cânula conectada a uma fonte de oxigênio.

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8
Q

Indicações via aérea definitiva:

A

Apneia;
Proteção da via aérea: trauma de face, convulsões;
Comprometimento da via aérea;
TCE grave (glasgow <=8).

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9
Q

Tipos de acesso definitivo à VA:

A

Intubação endotraqueal: oro ou nasotraqueal;

Acessos cirúrgicos: cricotireoidostomia e traqueostomia.

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10
Q

Intubação endotraqueal recomendada:

A

Orotraqueal.

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11
Q

Acesso cirúrgico recomendado para VA:

A

Cricotireoidostomia cirúrgica.

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12
Q

Indicações de acesso cirúrgico à VA como primeira escolha:

A

Trauma maxilo-facial;
Distorção anatômica do pescoço;
VA não visualizada.

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13
Q

Contraindicações da crico-cirúrgica:

A

Criança < 12 anos - pode causar estenose subglótica (não é absoluta);
Fraturas de cartilagem e laringe.

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14
Q

Características da crico por punção:

A

Não é via aérea definitiva;
Usar quando o paciente tem indicação de acesso cirúrgico, mas entra em apneia;
Não ventilar dessa forma por mais de 30 minutos (paciente retém muito CO2 pelo tempo expiratório curto);
É uma medida salvadora.

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15
Q

Dispositivos que podem auxiliar no acesso à via aérea difícil:

A

Combitubo e máscara laríngea (não é via áerea definitiva).

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16
Q

Estabilização da coluna cervical:

A

Usar colar cervical + coxim

Transportar o paciente em prancha longa.

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17
Q

“Ciladas” da fase B (ventilação/respiração):

A

Pneumotórax hipertensivo: pode se desenvolver a qualquer momento;
Pneumotórax aberto;
Tórax instável.

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18
Q

Fisiopatologia do pneumotórax hipertensivo:

A

Entrada de ar na cavidade pleural unidirecional e contínua > afastamento da pleura parietal da visceral > pulmão ipsilateral colaba > o ar da cavidade empurra o pulmão que comprime o mediastino (desvio da traqueia, compressão na cava superior - turgência jugular) > o mediastino comprime o pulmão saudável > taquipneia.

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19
Q

Exame físico no pneumotórax hipertensivo:

A

Inspeção: turgência jugular patológica;
Palpação: desvio da traqueia, enfisemas subcutâneos; frêmito toracovocal abolido;
Percussão: hipertimpanismo;
Ausculta: Murmúrio vesicular abolido.

20
Q

Medida salvadora no pneumotórax hipertensivo:

A

Toracocentese: punção na linha hemiclavicular no 2o espaço intercostal

21
Q

Tratamento definitivo de pneumotórax hipertensivo:

A

Drenagem intercostal em selo d’água: toracostomia entre a linha axilar anterior e a linha axilar média ao nível do 4/5 espaço intercostal.

22
Q

Como é o diagnóstico de pneumotórax hipertensivo?

23
Q

Pneumotórax aberto:

A

Ferida torácica com diâmetro > 2/3 do diâmetro da traqueia - o ar vai entrar por esse “buraco” ao invés da traqueia, não oxigenado o paciente.

24
Q

Medida salvadora no pneumotórax aberto:

A

Curativo com fixação em 3 lados.

25
Definição de tórax instável:
Fratura de 3 arcos costais consecutivos com 2 segmentos ou mais do arco fraturados - o ATLS considera somente 2 arcos.
26
Consequência do tórax instável:
Seguimento fratura perde continuidade com a caixa torácica, quando o paciente expira o seguimento sem continuidade abaula - respiração paradoxal
27
O que mais compromete a ventilação no tórax instável é a respiração paradoxal. V ou F?
Falso. | A dor é mais importante no comprometimento da ventilação que a respiração paradoxal.
28
Causa mais comum de IR em tórax instável?
Contusão pulmonar.
29
Principal causa de choque no politraumatizado?
Hemorragia (choque hipovolêmico hemorrágico)
30
Principais fontes de hemorragia no politraumatizado?
Abdome: fontes mais comuns; Fraturas pélvicas instáveis; Hemotórax maciço.
31
Ordem de preferência para acesso em adultos e crianças vítimas de trauma?
Adulto Veia periférica > veia central > dissecar safena > infusão intraóssea (abaixo da tuberosidade tibial) Criança: Veia periférica > intraóssea.
32
Solução usada para reanimação em vítimas de trauma?
Ringer lactato 39°C
33
Quando usar calça pneumática antichoque:
Na suspeita de uma fratura pélvica instável: discrepância no tamanho dos MMII e rotação lateral do membro inferior; Usada no ambiente pré-hospitalar.
34
O que é ressuscitação balanceada?
Infusão da menor quantidade de volume possível para manter a perfusão dos tecidos e não agravar a hemorragia.
35
D: avaliação neurológica:
Escala de coma de glasgow; Reação pupilar; Movimentos de extremidades.
36
Escala de coma de Glasgow:
Abertura ocular: espontânea: 4 pontos; estímulo verbal: 3 pontos; estímulo doloroso: 2; ausente: 1; Melhor resposta verba: orientada - 5; confusa: 4; palavras inapropriadas: 3; palavras incompreesíveis: 2; ausente:1; Melhor resposta motora: Obedece comando; 6; localiza estímulo doloroso: 5; retira membro da dor: 4; Flexão anormal (decorticação): 3; extensão anormal (descerebração): 2; ausente: 1
37
E: exposição:
Exposição e controle do ambiente: saber se houve lesão que não foi identificada; vítimas possuem propensão a hipotermia.
38
Quais são as medidas auxiliares ao exame primário (feitas na sala de trauma)? (6)
Monitorização (ECG): mandatória nas primeiras 24h; Cateter urinário: parâmetro para observar a reposição volêmica; Cateter gástrico: aumento de catelocaminas - gastroparesia - vômitos e broncoaspiração; Radiogragias: AP de tórax, AP de pelve e lateral da coluna cervical; Lavado peritoneal diagnóstico; US abdominal
39
Indicações de uretrocistografia antes de passar o cater urinário?
Hematoma de períneo; Hematoma em bolsa escrotal; Próstata em posição alta ao toque retal. Feita a uretrocistografia e confirmado a lesão de uretra - fazer punção suprapúbica
40
Contraindicação ao cateter nasogástrico:
Suspeita de fratura de base de crânio - nesses casos, passar o orogástrico.
41
Uma radiografia da coluna cervical afasta a lesão. V ou F?
Falso
42
Exame secundário:
Feito somente com a vítima estabilizada clínica e hemodinamicamente. História clínica - AMPLA: alergia, medicamentos, passado médico/prenhez; líquidos e alimentos; ambiente e eventos relacionados ao trauma. Exame físico minucioso da cabeça aos pés.
43
Medidas auxiliares ao exame secundário:
TC; Exames endoscópicos; Rx de extremidades.
44
Classificação das perdas sanguíneas: Classe I:
Até 750ml, perda de até 15%, pulso será <100bpm, PAsist. normal, pressão de pulso (PAsist. - PAdiast.) normal ou aumentada; FR entre 14-20, diurese > 30, estado mental levemente ansioso. Reposição com cristaloide.
45
Perda sanguínea grau II:
Perda de 750-1500 ml, 15-30% do volume sanguíneo; Pulso estará entre 100-120; PAsis. normal; pressão de pulso diminuída; FR: 20-30; Diurese entre 20-30ml/h; Estado mental moderadamente ansioso; Reposição com cristaloide.
46
Perda sanguínea grau III:
Perda de 1500 a 2000ml, 30 a 40%; Pulso entre 120-140 bpm; PAsist. diminuída e pressão de pulso também diminuída; FR entre 30 e 40; Diurese 5-15ml/h; Estado mental ansioso e confuso; Reposição feita com cristaloide e sangue.
47
Perda sanguínea grau IV:
``` Perda >2000ml, 40%; Pulso > 140; PAsist. diminuída; Pressão de pulso diminuída; FR > 35; Diurese desprezível; Estado mental confuso, letárgico; Reposição com cristaloide e sangue. ```