ATLS Flashcards
1
Q
No que os socorristas devem prover no atendimento pré hospitalar? dica 5
A
- Permeabilidade de VAS
- Controle de sangramento externo
- Controle de choque
- Imobilização do doente
- Transporte para hospital apropriado
2
Q
Quais são os 4 passos no esquema da decisão da triagem na cena?
A
Passo 1
1. Realizar medidas dos sinais vitais e nível de consciência:
Passo 2 (se caso não haver alteração no passo 1) 2. Avaliação da anatomia da lesão
Passo 3 (se caso não haver alteração no passo 2) 3. Avaliação do mecanismo de trauma e ou evidência de alta energia
Passo 4 (se caso não haver alteração no passo 3) 4. Avaliação das considerações especiais do paciente
3
Q
Qual o princípio do Passo 1
A
Realizar medidas dos sinais vitais e nível de consciência:
- FR < 10 ou > 29/min (<20 nas crianças < 1 ano) ou necessidade de suporte ventilatório
- PAS < 90 mmHg
- Glasgow < 13
4
Q
Qual o princípio do Passo 2
A
Avaliação da anatomia da lesão: (7)
- Há lesão penetrante? Excluir ou confirmar na cabeça, pescoço, tronco e nas extremidades proximais de membros..)
- Há tórax instável? Instabilidade/deformidade da parede torácica
- Há 2 ou mais fraturas proximais de osso longo?
- Há esmagamento ou amputação ou ausência de pulso em extremidades?
- Há fraturas pélvicas?
- Há fratura exposta ou afundamento de crânio?
- Há déficit motor ?
5
Q
O que acontece se há alteração em passo 1?
E se não houver?
A
Alterado -> transporte ao centro de trauma
S/a -> avaliar passo 2
6
Q
Qual o princípio do Passo 3
A
Avaliação do mecanismo de trauma e ou evidência de alta energia: (4)
- Queda
- Adultos > 20 pés ou 6 metros (2 andares)
- Crianças > 10 pés ou 3 metros (2-3 vezes altura da criança) - Acidente de veículo automotor de alto risco
- Intrusão, incluindo teto: > 12 polegadas (30 cm do lado do ocupante)
- Ejeção parcial ou completa da vítima do veículo
- Morte no mesmo compartimento do passageiro
- Informações da telemetria do veículo consiste com alto risco da lesão - Auto versus pedestre/bicicleta ou atropelamento com impacto (>32 km/h) ou ejeção da vítima
- Acidente de moto > 32 km/h
7
Q
O que acontece se há alteração em passo 2?
E se não houver?
A
Alterado -> transporte ao centro de trauma
S/a -> avaliar passo 3
8
Q
Qual o princípio do Passo 4
A
Avaliação das considerações especiais do paciente:
- Adultos mais velhos
- Crianças
- Uso de anticoagulantes e discrasia sanguínea
- Queimados
- Gravidez > 20 semanas
9
Q
O que acontece se há alteração em passo 3?
E se não houver?
A
Alterado -> transporte ao centro de trauma
S/a -> avaliar passo 4
10
Q
O que acontece se há alteração em passo 4?
E se não houver?
A
Alterado -> transporte ao centro de trauma
S/a -> transportar de acordo com outros protocolos
11
Q
As situações de triagem, são classificadas entre múltiplas vítimas e vítimas em massa, como é a realizada o processo da distinção?
A
O fator chave para a diferenciação é a capacidade de atendimento da instituição do hospital.
Quando há capacidade no atendimento em incidentes com múltiplas vítimas, temos um cenário de múltiplas vítimas, e nesta situação os doentes com risco de morte iminente e os traumatismos multissistêmicos são atendidos primeiro.
Já quando há limitação na capacidade, temos o cenário de vítimas em massa, e neste caso os doentes com maior possibilidade de sobrevida são atendidos primeiro.
12
Q
Qual deve ser o tripé do atendimento de um paciente grave?
A
- Avaliação primária rápida
- Avaliação secundária pormenorizada
- Tratamento definitivo
13
Q
No que consiste a avaliação primária rápida?
A
ABCDE
A airway - avaliar permeabilidade de via aérea e coluna cervical
B breath - avaliar ventilação e respiração
C circulation - avaliar circulação, controle de hemorragia
D disfunction - avaliar estado neurológico
E exposition - despir paciente (com intuito de localizar lesões) e prevenir hipotermia
14
Q
Quais os fundamentos da manutenção da via aérea?
A
Avaliar sinais de obstrução da VA
Aspirar sangue/secreção
Aplicar manobra inicial de via aérea, (jew thrust, chin lift) conforme condição do trauma
Acreditar em trauma cervical e aplicar colar cervical além da prancha de suporte
Acrescenta-se que a aplicação da cânula orofaríngea pode ser útil temporariamente se paciente inconsciente e sem reflexo de deglutição
15
Q
Quais os fundamentos da manutenção da respiração?
A
Realizar exame físico
Manter oximetria de pulso
Oferecer suporte de o2 SN
Afastar causas de agudas de descomprometimento como pneumotórax hipertensivo, hemotórax massivo ..
16
Q
Quais os fundamentos da avaliação da circulação?
A
- Perfusão de pele
- Coloração da pele: pele acizentada e extremidades pálidas + TEC prolongado, são preditores de doente crítico - Avaliação de pulsos
- Pulso rápido e fino pode caracterizar sinal de hipovolemia
- Pulsos centrais ausentes há de realizar reanimação imediata - Nível de consciência
- Rebaixamento pode ser um sinal de hemorragia, ou seja que o sangue não chega até o SNC
17
Q
Por quê é importante identificar e controlar a hemorragia?
A
Pois a hemorragia é a principal causa de mortes evitáveis após o trauma. E por isso há um lema que se excluindo uma causa de pneumotórax anti hipertensivo, deverá ser considerada a hemorragia como possível causa do choque, até que se prove o contrário
18
Q
A avaliação primária pode conter a hemorragia de qualquer natureza?
A
A avaliação 1 suporta a contenção da hemorragia externa. Inicialmente a conduta se deve através da pressão manual direta sobre o ferimento.
Caso esse procedimento inicial não for o bastante, deve-se optar pelo torniquete nesses últimos casos.
19
Q
Quais as principais áreas de hemorragia interna?
A
Tórax, abdômen, retroperitônio, pelve e ossos longos
20
Q
Como avaliar e conduzir um foco de hemorragia interna?
A
Tentar localizar por meio de exame físico e exames de imagem. O tratamento imediato pode ser a descompressão do tórax e aplicação de um dispositivo estabilizador pélvico ou talas. Sendo que o tratamento definitivo consiste em cirurgias.
21
Q
A reposição volêmica do sangramento também é importante?
A
Sim
1. Reposição volêmica: 1 L de SF ou RL (não mais que 1 L)
2. Reposição HC/PLASMA/PLAQUETAS : 1-1-1
+
3. Ácido tranexâmico administrado nas primeiras 3 horas, de preferencialmente na cena (1 g em 10 min), e a próxima subsequente (1 g em 8 horas no hospital).
22
Q
Deve dar preferência com volume aquecido? Existe alguma contraindicação?
A
Sim. Porém na ausência de aquecedores de fluidos e apenas micro-ondas, este último apenas para cristaloides e nunca para produtos sanguíneos.
23
Q
Cite exemplos de causas de disfunção neurológica?
E como avaliar?
A
TCE, hipoglicemia, álcool e narcose.
Glasgow + exames de imagem rotineiramente
Avaliação da neurocirurgia (assegurar que a instituição é adequada)
24
Q
Qual objetivo da exposição e controle ambiental? (4)
A
- Retira-se e deixa o paciente totalmente despido para buscar locais de ferimento.
- Imediatamente cobrir paciente com mantas térmicas
- Aquecer fluidos a 39 graus
- Manter sala de trauma aquecida
25
Cite algumas medidas auxiliares que devem estar presentes na avaliação primária? (5)
1. Monitorização eletrocardiográfica contínua
2. Oximetria de pulso
3. Monitorar CO2
4. Avaliar FR
5. Avaliar gasometria arterial
26
Cite algumas medidas auxiliares que podem estar presentes na avaliação primária? (5)
1. Sonda vesical (quantificar débito urinário)
2. Sonda gástrica (descompressão gástrica, avaliação de sangue em TGI superior e evitar aspiração)
3. Lactato (metabolização anaeróbica)
4. Radiografias (tórax, quadril ex)
5. FAST (efast)
27
Quais parâmetros podem indicar a adequação da reanimação? (6)
1. PA
2. FC
3. FR
4. GASOMETRIA ARTERIAL
5. TEMPERATURA CORPORAL
6. DÉBITO URINÁRIO
28
```
Com relação a monitorização eletrocardiográfica:
O que pode associar com:
1. Trauma cardíaco contuso:
2. AESP:
3. Bradicardia/aberrante/extra-sístoles:
```
1. Trauma cardíaco contuso: taquicardias inexplicáveis, FA, extra-sístoles ventriculares e alterações em ST.
2. AESP: tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo, hipovolemia profunda.
3. Bradicardia/aberrante/extra-sístoles: hipóxia, hipotermia extrema
29
Antes da inserção da SVD o que deve ser feito?
Avaliar períneo para certificar que não há lesão uretral
30
Como desconfiar de lesão uretral?
Presença de sangue em meato uretral e ou equimose perineal
31
Em qual condição a sonda gástrica deve ser colocado pela boca?
Quando há suspeita forte de lesão de placa crivosa
32
O que acontece na inserção habitual pelo nariz da sonda gástrica em paciente com suspeita forte de lesão de placa crivosa?
Risco de trauma em base de crânio
33
Em que momento pode-se iniciar a avaliação 2?
Quando a avaliação 1 é realizada de forma completa, e quando há resposta de melhora dos sinais vitais por meio da reanimação inicial.
34
No que consiste a avaliação 2?
Consiste em abordar uma história clínica e um exame físico completo da cabeça aos pés.
35
Na avaliação médica, o que seria a codificação AMPLA?
```
Alergia
Medicação de uso contínuo
Passado médico
Líquidos e alimentos ingeridos recentes
Ambiente do trauma
```
36
Quais os tipos de mecanismos de trauma?
Trauma contuso, trauma penetrante e lesão térmica
37
Quanto é débito urinário ideal para um adulto e criança acima de 1 ano?
Adulto: 0.5 ml/kg/h
| Criança: 1 ml/kg/h
38
Na chegada do doente ao hospital o que consiste o acrônimo MIST?
Mecanismo e tempo de trauma
Incidentes de lesões suspeitas e encontradas
Sinais e sintomas
Tratamento iniciado
39
V ou F:
| O2 suplementar deve ser administrada a todos os doentes gravemente traumatizados?
V
40
Por quê o O2 suplementar deve ser administrada a todos os doentes gravemente traumatizados?
Pois a hipoxemia é a causa mais rápida de morte em paciente traumatizados.
41
Por quê a medida inicial mais importante no reconhecimento da via aérea é conversar com o paciente?
Pois um "doente que fala" mostra pelo menos inicialmente, que possui a via aérea patente
42
Qual a definição de via aérea definitiva?
É definida como um tubo locado na traqueia, com o balonete insuflado abaixo das cordas vocais e conectado a uma fonte de ventilação assistida enriquecida com O2.
43
Cite alguns casos de obrigação de IOT antecipada?
```
Glasgow < 9
Queimaduras faciais
PCR
Proteção de VAS
Hipoxemia refratária
```
44
Como prevenir paciente com trauma, no qual a última história de ingestão alimentar/líquida é desconhecida?
Ter em mente que sim o paciente pode aspirar vômitos, e no caso qualquer sinal de presença de conteúdo em orofaríngea deve ser aspirado. E para tanto certificar da presença da boa funcionalidade do equipo de aspiração e lateralizar o doente em bloco.
45
Em qual situação de trauma é comum a ocorrência do trauma maxilo facial?
Em acidente auto mobilístico no qual o passageiro vítima, normalmente sem cinto, é arremessado contra o para-brisa.
46
Quais os maus preditores do trauma maxilofacial?
Edema,
Hemorragia,
Secreção salivar,
Avulsões dentárias.
47
Qual causa explica o deslocamento e consequente obstrução de VAS em um ferimento penetrante do pescoço?
O hematoma que é significativo que cursa com lesão vascular local é o responsável pelo deslocamento e consequente obstrução de VAS.
E isso explica inclusive o preditor de dificuldade na IOT que pode resultar na necessidade do acesso cirúrgico.
48
Qual tríade é relacionada ao trauma da laringe?
1. Rouquidão
2. Enfisema subcutâneo
3. Fratura palpável
49
```
Relacione
Hipoxemia
Hipercabia
Obnubilação
Agitação
```
Hipoxemia - Agitação
| Hipercabia - Obnubilação
50
Quais três situações refletem no comprometimento da ventilação?
Obstrução de vias aéreas
Alteração em mecânica ventilatória
Depressão do SN
51
Assimetria no tórax durante respiração pode sugerir quais 3 situações?
Fratura de arcos costais
Pneumotórax
Tórax instável
52
O que se preserva e o que se altera na respiração em lesão em nível abaixo da C3?
Manutenção da função diafragmáticas, as custas da perda da contribuição dos mm intercostais, ocasionando a respiração abdominal.
53
Qual primeiro passo a ser realizado diante de uma ventilação comprometida?
Realizar manobras de desobstrução de VA.
| Em conjunto obviamente com a oferta de o2 suplementar
54
O que acontece se a manobra não foi resolutiva?
```
Obstrução de vias aéreas
Alteração em mecânica ventilatória
Depressão do SN
.
Conseguimos descartar que a causa da ventilação comprometida não se deve ao fato da obstrução das vias áreas
```
55
Quais são as 2 manobras de desobstrução de vias aéreas?
Chin lift e jew thrust
56
Quais 4 parâmetros de avaliação da qualidade de via áerea?
Saturação
C02 expirado (capnografia)
Gasometria arterial
Frequência respiratória e clínica da respiração (kussmaul, regular e etc)
57
Qual a dica para IOT em paciente com colar cervical
Somente tirar o colar cervical quando for laringoscopar.
58
No que consiste chin lift?
Manobra de elevação de mento.
| Manobra deve ser substituída por jew thrust em presença ou forte suspeita de lesão cervical.
59
No que consiste manobra de jew thrust?
Consiste em tracionar os 2 ângulos da mandíbula, uma em cada mão, e ao mesmo tempo tracionar para frente. Sempre evitando de realizar a extensão do pescoço
60
No que consiste a técnica Lemon?
É um preditor de dificuldade de intubação
61
L de Lemon, defina:
Olhar externamente:
- Procurar por características visíveis de dificuldade =
1. Prognatismo
2. Obesidade
3. Micrognatismo (mandíbulas pequenas)
4. Trauma maxilofacial ou mandibular
5. Pescoço curto
62
E de Lemon, defina:
Evaluate (avaliar) regra 3-3-2:
- Ou seja, descartar abertura limitada da boca =
1. A distância entre os dentes incisivos deve ser de pelo menos 3 dedos
2. A distância entre o osso hioide e o mento deve ser de pelo menos 3 dedos
3. A distância entre proeminência tireoide e o assoalho da boca deve ser de pelo menos 2 dedos
63
M de Lemon, defina:
Mallampati:
- Ou seja avaliação da hipofaringe, sendo os graus 3 e 4 preditores de dificuldade =
1. Palato mole, úvula, fauces e pilares inteiramente visíveis.
2. Palato mole, úvula e fauces parcialmente visíveis
3. Base da úvula visível
4. Apenas palato duro visível
64
O de Lemon, defina:
Obstrução:
| - Qualquer obstrução como secreções, dentes soltos etc..
65
N de Lemon, defina?
Neck Mobility:
- Ou seja é avaliar a mobilidade cervical
Lembre-se que pacientes com movimentos de restrição de cervical são mais difíceis de serem intubados.
66
Quais equipamentos devem estar presentes para IOT? 12
```
1 - aspirador
2 - cânulas orofaríngeas (guedel)
3 - cânulas nasofaríngeas
4 - AMBU
5 - Laringoscópio
6 - Bougie
7 - Dispositivos extra glóticos
8 - Tubos endotraqueais de vários tamanhos
9 - Oxímetro de pulso
10 - Capnografo
11 - Kits para cricotireoidostomia
12 - Medicamentos
```
67
Passos do manejo aéreo:
1. Pré oxigenar (e ambuzar se haver perda de drive)
2. Restringir movimentos da coluna cervical (jew thrust ou chin lift)
3. Evitar obstrução da via aérea com a língua por meio da colocação de cânula de guedel)
4. Medicação pré intubação
5. Posicionamento
6. Passagem do tubo, enquanto um outro colega tenta manter restrição da coluna cervical
7. Se falha, ambuzar até colocação de dispositivo extra glótico ou técnicas cirúrgicas de vias aéreas
68
Como proteger a obstrução da língua no caso do paciente com RBNC e queda da língua?
Realizando chin lift, jew thrust ou colocação de cânula oro ou nasofaríngea
69
Como colocar a cânula nasofaríngea? 2 passos
1. Lubrificar cânula com lidocaína
| 2. Inserir por uma narina e tracionar suavemente até melhor visualização da orofaríngea
70
O que realizar se haver resistência da cânula na narina?
Parar de imediato e tentar na seguinte. Se na segunda também não der. Interromper e proceder com colocação orofaríngea.
71
Qual contraindicação da cânula nasofaríngea?
Suspeita de fratura cribiforme
72
Descreva técnica da colocação da cânula orofaríngea?
Falar em voz alta
73
Por quê a colocação da cânula orofaríngea não deve ser realizada em crianças?
Pois a rotação da cânula pode provocar lesão na orofaríngea. Por isso na criança se usa um abaixador de língua para inserir a cânula direto sem rotacionar previamente.
74
Por quê doentes que toleram a cânula orofaríngea são altamente propensos a necessitar de intubação?
Porque são fortemente paciente com progressão de rebaixamento de nível de consciência (inconsciente), pois os pacientes conscientes não toleram o procedimento vomitam e aspiram.
75
Quando se usa um dispositivo extraglótico?
Se usa o dispositivo supraglótico quando a intubação é falha ou difícil.
76
Quais os 5 tipos de dispositivos supraglóticos?
1. Máscara laríngea
2. Máscara laríngea para intubação
3. Tubo laríngeo
4. Tubo laríngeo para intubação
5. Tubo esofágico multilúmen
77
Os dispositivos supraglóticos consistem de vias áereas avançadas?
Não
78
Quais os 3 tipos de vias áereas avançadas?
Tubo orotraqueal
Tubo nasotraqueal
Via aérea cirúrgica (cricotireoidostomia) e (traqueostomia)
79
Por quê a intubação via orotraqueal é preferível ao invés da nasotraqueal?
Pois implica em menos complicações, como sinusite e necrose por pressão
80
Quais contraindicações de intubação nasotraqueal?
Fraturas de:
- face
- placa cribiforme
- seio frontal
- base de crânio
81
Cite alguns sinais de fratura de base de crânio?
- Equimose periorbitária bilateral (olhos de guaxinim)
- Equimose retroauricular (sinal de battle)
- Fístulas liquóricas (rinorreia ou otorreia)
82
No que consiste a manobra de burp?
Aplicar pressão em direção posterior na tireoide à direita e para cima.
83
Qual o objetivo da manobra de burp?
Reduzir o risco de aspiração.
| Porém pode provocar maior dificuldade de visualizar as cordas vocais (laringe)
84
Quando interromper a manobra de burp?
Quando a manobra dificultar realmente a visualização da laringe.
85
A manobra de sellick é sinônimo da manobra de burp?
Não. Na manobra de sellick o objetivo é justamente facilitar visualização das cordas vocais e a pressão é aplicada sobre a cartilagem cricoide.
86
Qual é sinônimo para o bougie?
Introdutor de tubo traqueal
87
Para que serve o bougie?
Serve para uso após primeira tentativa de IOT falha
88
Quais as maneiras de confirmar a IOT?
Ausculta de hipogástrio, bases e ápices pulmonares
Capnografia
Ar exalado no tubo
89
Qual melhor maneira de confirmar correta posição?
Radiografia de tórax
90
A ausculta de borborigmo em epigástrio, ou ausência de som em base/ápice de pulmão o que sugere?
Entubação esofágica
91
Se na hora de fixar o tubo, você percebe que o doente foi movimentado, o que você deve fazer?
Reausculta de hipogástrio, bases e ápices pulmonares
| E verificar nova curva de capnografia
92
Qual é a classe do etomidato?
Sua dosagem ?
Qual órgão fica prejudicado?
Indutora
0.3 mg/kg
Suprarrenal
93
Qual é a classe da succinilcolina?
Sua dosagem ?
Qual seu efeito colateral?
E em quais pacientes deve ser evitado?
BNM despolarizante
1 a 2 mg/kg
Hipercalemia grave - e para tanto deve - se evitar:
doentes com esmagamento grave, grandes queimaduras, IRC e lesões elétricas
94
Se após uso das drogas o médico não conseguiu entubar o paciente o que deve ser feito?
Ambuzar imediatamente, até retorno do drive
95
Quando a via área cirúrgica é indicada?
Na falha de IOT difícil, edema de glote, fratura de laringe e hemorragia orofaringea grave
96
Sobre a cricotireoidostomia por punção, defina:
- Técnica:
- Cateter no adulto:
- Cateter nas crianças:
- Quantidade de O2:
- Tempo de uso da técnica:
- Técnica: punção de cateter na membrana cricotireoidea
- Cateter no adulto: 12 a 14
- Cateter nas crianças: 16 a 18
- Quantidade de O2: 15 L;min
- Tempo de uso da técnica: 30 a 45 min
97
Sobre a cricotireoidostomia cirúrgica, defina:
| - Técnica:
- Técnica:
1. Palpar proeminência tireoidea
2. Realizar incisão transversal na membrana cricotireoidea
3. Dilatar abertura com pinça hemostática curva
4. Insira um tubo de IOT ou um tubo de traqueostomia preferencialmente
98
Sobre a cricotireoidostomia cirúrgica, defina:
| Há alguma contraindicação:
Sim, não deve ser realizar nos menores de 12 anos
99
```
Sobre a oximetria defina o nível de PA02 pela saturação da hemoglobina no oxímetro:
100%
90%
60%
50%
```
100% - 90 mmHg
90% - 60 mmHg
60% - 30 mmHg
50% - 27 mmHg
100
Cite 2 exemplos de condições que alteram a confiabilidade da saturação pelo oxímetro:
Anemia profunda (<5g/dL) e hipotermia (<30 graus)
101
A técnica do AMBU deve ser realizada preferencialmente com 2 pessoas?
Sim
102
Paciente sem dente terá mesma eficácia na vedação da máscara como outros pacientes?
Não, por isso ao reconhecer esta condição se deve cubrir o espaço entre bochechas e gengivas com gaze para melhorar o ajuste e facilitar a boa vedação
103
Qual é a definição de choque?
Inadequação da perfusão orgânica e da oxigenação tecidual.
104
Qual o primeiro passo na abordagem do choque?
Consiste em reconhecer de fato a sua presença
105
Qual o segundo passo na abordagem do choque?
Identificar provável causa e tratar.
106
Qual princial causa choque no trauma?
Hemorragia (choque hipovolêmico).
107
O que influencia o volume sistólico?
Pré carga, contratilidade cardíaca e pós carga.
108
Quais as repercurssões compensatórias iniciais diante da perda sanguínea?
- Vasoconstrição periférica (objetivo preservar fluxo para órgãos vitais: rins, coração e cerebro).
- Taquicardia (tentativa de manutenção do DC).
- Metabolismo anaeróbio, formação consequente de lactato e acidose metabólica (compensar ausência de oxigênio a nível celular)
109
Quais sinais mais precoces de perda sanguínea?
Taquicardia
| Vasoconstrição cutânea (TEC prolongado, pulso radial fino e extremidades distais frias)
110
Paciente vítima de trauma com os sinais de taquicardia e vasoconstrição cutânea devemos pensar em quê?
Choque hipovolêmico até que se prove o contrário
111
Por quê não devemos confiar muito para considerar a PAS e sua queda como quadro de choque?
Pois é um sinal tardio, identificar outros sinais prévios para reconhecer mais rapidamente e consequentemente tratar antes
112
Com relação a cada faixa etária, qual marcador para cada faixa quanto a taquicardia no:
- lactente
- criança pré-escolar
- criança até puberdade
- adultos
- lactente > 160 bpm
- criança pré-escolar > 140 bpm
- criança até puberdade > 120 bpm
- adultos > 100 bpm
113
Por quê a avaliação da taquicardia no idoso é mais dífícil de ser considerada?
Pela fisiologia cardiovascular do mesmo, uso de beta bloqueadores e marcapasso, que não induz a este sinal
114
Nível bem baixo de hematócrito no trauma o que sugere?
Sugere realmente uma extrema de sangue, pois uma perda grande de sangue ao início provoca apenas um pequeno decréscimo no HT.
115
Quais as 4 classificações de choque ?
Choque hipovolêmico
Choque cardiogênico
Choque obstrutivo
Choque distributivo
116
Em qual tipo de trauma o tamponamento cardíaco
| é mais encontrado?
Ferimento penetrante
117
Quais possíveis causas de choque obstrutivo?
TEP, tamponamento cardíaco e pneumotórax hipertensivo
118
O que causa o pneumotórax hipertensivo?
Alteração do mecanismo no qual há entrada de ar no espaço pleural, porém na ausência da saída do mesmo
119
Como suspeitar clinicamente de pneumotórax hipertensivo?
```
Insuficiência respiratória aguda,
Enfisema subcutâneo,
Ausência de murmúrio vesicular,
Timpanismo à percussão,
Desvio de traqueia.
```
120
Como deve ser o manejo na presença do pneumotórax hipertensivo?
Tratamento imediato com descompressão por agulha ou toracocentese, e posteriormente o tratamento definitivo de drenagem de tórax.
121
Quanto é o volume de sangue do adulto e da criança?
Adulto 7% de seu peso real
e
Criança 8 a 9% de seu peso real
122
Com relação a classe I da hemorragia, discorra sobre:
- Perda de sangue aproximada:
- FC:
- PA:
- FR:
- Débito urinário:
- Sensório:
- Necessidade de hemocomponentes:
Com relação a classe I da hemorragia, discorra sobre:
- Perda de sangue aproximada: até <15%
- FC: < 100
- PA: normal
- FR: 14 a 20 irpm
- Débito urinário: > 30 ml/h
- Sensório: normal ou leve ansiedade.
- Necessidade de hemocomponentes: monitorar
123
Com relação a classe II da hemorragia, discorra sobre:
- Perda de sangue aproximada:
- FC:
- PA:
- FR:
- Débito urinário:
- Sensório:
- Necessidade de hemocomponentes:
Com relação a classe II da hemorragia, discorra sobre:
- Perda de sangue aproximada: 15 a 30%
- FC: aumentada
- PA: normal
- FR: levemente aumentada
- Débito urinário: 20 a 30 ml/h
- Sensório: leve ansiedade
- Necessidade de hemocomponentes: possível
124
Com relação a classe III da hemorragia, discorra sobre:
- Perda de sangue aproximada:
- FC:
- PA:
- FR:
- Débito urinário:
- Sensório:
- Necessidade de hemocomponentes:
Com relação a classe III da hemorragia, discorra sobre:
- Perda de sangue aproximada: 31 a 40%
- FC: aumentada
- PA: reduzida
- FR: aumentada
- Débito urinário: 5 a 20 ml/h
- Sensório: confuso
- Necessidade de hemocomponentes: sim + necessidade de intervenção cirúrgica
125
Com relação a classe IV da hemorragia, discorra sobre:
- Perda de sangue aproximada:
- FC:
- PA:
- FR:
- Débito urinário:
- Sensório:
- Necessidade de hemocomponentes:
Com relação a classe IV da hemorragia, discorra sobre:
- Perda de sangue aproximada: > 40%
- FC: muito aumentada
- PA: bem reduzida
- FR: bem aumentada
- Débito urinário: desprezível (<5 ml/h)
- Sensório: deprimido
- Necessidade de hemocomponentes: sim com protocolo de transfusão maciça + necessidade de intervenção cirúrgica imediata
126
O que fazer se inicialmente não se conseguir pegar um acesso venoso?
Conseguir um acesso intraósseo ou um AVC.
Lembrando que chegando em um centro de saúde trocar o AVC, e fazê-lo novamente pela forma correta (ou seja, em ambiente estéril)
127
Qual é a dose recomendada de infusão de cristaloide?
1 L no adulto e 20 ml/kg nas crianças
128
Qual é o melhor dos indicadores para avaliação da melhora da perfusão?
Débito urinário
Adulto manter em 0.5 mL/kg/hr
Crianças manter em 1 mL/kg/hr
129
Como é a interpretação inicial e final de um estágio do choque na gasometria?
Inicialmente produz uma alcalose respiratória por conta da taquipneia.
Porém após evolui com acidose metabólica diante do metabolismo anaeróbio.
130
O bicarbonato de sódio deve ser utilizado para o tratamento da acidose metabólica no caso do choque hipovolêmico?
NÃO. Essa correção deve ser feita com reposição de fluidos e hemostasia do vaso sangrante de forma cirúrgica.
131
Na transfusão sanguínea de doentes com resposta mínima ao fluido como deve ser a reposição?
Rápida, não há tempo para esperar resposta do lab sobre o tipo sanguíneo, iniciar com sangue O e plasma AB
132
Qual é a definição da transfusão maciça?
Transfusão de mais de 10 UI de hemoconcentrado de hemácias nas primeiras 24 horas ou transfusão de mais de 4 UI de hemoconcentrado na primeira hora!
133
A maioria das vítimas de trauma precisam de reposição de cálcio?
Não. Somente quando haver queda no CA ionizado.
134
Qual é a complicação mais comum do choque hemorrágico?
A reposição volêmica inadequada.
135
Lembre que além da dose de ataque você também pode estabelecer a dose de ...
manutenção
136
Quais as 3 consequências do trauma torácico?
Hipoxia, hipercabia e acidose (metabólica por conta hipóxia ou respiratória por conta da hipercabia)
137
O que pode sugerir uma lesão traqueobrônquica?
Expansão incompleta do pulmão pós drenagem de tórax. Pode ser melhorado com a colocação de mais um tubo torácico. O diagnóstico é feito via bronquioscópio.
138
Quais as principais lesões torácicas que devem ser resolvidas?
Pneumotórax hipertensivo
Pneumotórax aberto
Hemotórax maciço
139
Qual a causa mais comum de pneumotórax hipertensivo?
Ventilação mecânica com pressão positiva
140
Defina sobre o pneumotórax aberto?
Também conhecido como ferimento torácico aspirativo ocasiona-se na presença de grandes ferimentos na parede torácica que permanecem abertos e permitindo assim a entrada do ar.
141
Como deve ser feito o tratamento inicial num pneumotórax aberto?
Cobrindo imediatamente a ferida com curativo estéril oclusivo largo, fixando firmemente apenas em 3 dos lados, deixando uma parte do quadrado aberto para permitir o efeito válvula.
E após aplicar o tubo torácico em local distante da lesão, ou seja em pele intacta.
142
O que acontece se fechasse a ferida torácica nos 4 lados?
Poderia induzir a formação do pneumotórax hipertensivo
143
Qual a definição em ml de um hemotórax maciço?
A presença de um rápido acúmulo de mais de 1.500 mL de sangue em um dos hemitórax.
144
Qual é o tratamento do hemotórax maciço?
Correção do choque com fluidos + drenagem de tórax + avaliação da cirurgia
145
Quais indicações de toracotomia no trauma?
- Rápido volume de 1.500 ml drenado em tubo, sob drenagem de tórax.
- Necessidade persistente de transfusões sanguíneas
- Volume de sangue de 200 mL/h por 2 a 4 horas
- Tamponamento cardíaco
- PCR não responsivo a ciclos de RCP
146
O que é um tamponamento cardíaco?
Se deve à uma compressão ocasionada pelo acúmulo de líquido no saco pericárdico.
147
Qual é a tríade que sugere tamponamento cardíaco? porém nem sempre presente
Tríade de beck: hipofonese de bulhas, turgência jugular e hipotensão
148
O que é a pericardiocentese?
É a aspiração do sangue pericárdico por meio de um jelco grande ou por meio da técnica seldinger, não é o tratamento definitivo do tamponamento cardíaco, mas realizado principalmente na ausência de cirurgião competente para realizar a toracotomia
149
A presença de fraturas de costela múltiplas, particularmente do 1 e 2 arco costal, sugere que tipo de trauma?
Um trauma de alta energia.
150
Quais as 8 lesões potencialmente letais que devem ser prontamente identificadas ou descartadas durante a avaliação 2?
1. pneumotórax simples
2. hemotórax
3. tórax instável
4. contusão pulmonar
5. trauma cardíaco contuso
6. ruptura traumática da aorta
7. Lesão traumática do diafragma
8. Ruptura esofágica no trauma contuso
151
Qual a causa mais comum de pneumotórax em um tauma contuso?
Laceração pulmonar
152
Em qual posição deve ser colocada o dreno em uma drenagem de tórax devido ao quadro de pneumotórax?
No 4 ou 5 EIC anterior a linha axilar média
153
Por quê após o procedimento de drenagem de tórax devido ao quadro de pneumotórax deve ser solicitado um RX?
Para a avaliação e confirmação da reexpansão pulmonar
154
Quais as 4 causas de hemotórax? E quais delas o sangramento é autolimitado e que não precisa de abordagem cirúrgica?
1. Laceração pulmonar
2. Ruptura de vaso intercostal
3. Ruptura de artéria mamária interna
4. Fraturas de coluna torácica (esta é a que não precisa de abordagem)
155
Defina um tórax instável?
1. Presença de duas ou mais costelas adjacentes fraturadas, com duas ou mais fraturas na mesma costela
2. Pode ser tb ocasionada em uma única costela quando a fratura é capaz de separar a região costocondral.
156
O que o tórax instável ocasiona?
Ocasiona contusão pulmonar e respiração paradoxal que associada a dor repercute com insuficiência respiratória
157
Qual é o tripé do tratamento do tórax instável?
1. Oxigenação adequada
2. Administração cuidadosa de fluidos
3. Analgesia adequada
158
Quais as duas modalidades de analgesia disponíveis para o paciente com tórax instável?
Sedativos intravenosos ou anestesia local (bloqueio intercostal, percutânea intrapleural, extrapleural)
159
Com relação as causas de trauma cardíaco contuso quais as principais causas em sequência?
1. Acidentes por carro
2. Atropelamentos
3. Acidentes de moto
4. Queda de altura superior a 6 metros.
160
Com relação as causas de trauma cardíaco contuso quais as principais consequências em sequência?
1. Contusão do músculo cardíaco
2. Ruptura de câmaras cardíacas (tamponamento cardíaco)
3. Dissecção e ou trombose das artérias coronarianas
4. Laceração valvular
161
Qual ferramenta é muito útil na avaliação do trauma cardíaco contuso?
FAST
162
Quando podemos descartar a monitorização eletrocardiográfico em paciente com contusão cardíaca contusa?
Quando no 1 ECG não é avaliado alteração de condução (pois a presença é um preditor que nas próximas 24 horas pode-se haver uma arritmia súbita)
163
Em qual tipo de cinética de trauma devemos considerar a possibilidade de ruptura traumática de aorta?
Em traumas com desaceleração abrupta após fortes colisões de automóveis ou queda de grande altura.
164
Apesar de ser uma condição extremamente fatal, em qual localidade da lesão, há possibilidade de se sair com vida se tratada rapidamente a ruptura da aorta?
Quando ocorre perto do ligamento arterioso da aorta
165
Apesar de ser uma condição extremamente fatal, por quê se a lesão acontecer perto do ligamento arterioso da aorta, há maior possibilidade de se sair com vida se tratada rapidamente a ruptura da aorta?
Pois quando ocorre perto do ligamento arterioso da aorta, na forma incompleta da ruptura há grande possibilidade de formação de hematoma contido.
166
Em frente a possibilidade de ruptura da aorta no qual há hipotensão persistente, o que poderia ser a causa?
A hemorragia poderia ser consequente da presença de dois pontos de lesão na aorta.
167
Quais achados podem ser presenciados que podem sugerir lesão de dissecção de aorta pela radiografia?
1. Alargamento do mediastino
2. Obliteração do botão aórtico
3. Desvio da traqueia pra direita
4. Fratura de primeiro e segundo arco costal
5. Derrame extra pleural apical
168
Qual é o melhor método e mais preciso no diagnóstico de triagem de ruptura traumática por aneurisma?
Tomografia helicoidal do tórax.
169
Qual é a conduta se a tomografia helicoidal do tórax:
1. Identificar a presença de ruptura de aorta e hematoma do mediastino?
2. Não identificar a presença de ruptura de aorta e hematoma do mediastino?
1. Avaliar extensão de lesão
| 2. Não há necessidade de continuar investigação
170
Quais 2 métodos podem ser usados em caso de avaliação da lesão de ruptura da aorta pela TC?
1. Aortografia
| 2. ECO trans-esofágico
171
Como deve ser o tripé do tratamento da ruptura aórtica traumática?
1. Controle da FC
2. Controle da PAM
3. Cirurgia em centro cardiológico avançado
172
Com relação ao controle da FC, quais medicamentos devem ser usados?
1. Analgésicos (controle da dor, diminuição da FC - exemplo morfina)
2. Beta-bloqueadores (manter FC < 80 bpm, esmolol, nicardipina)
173
Qual a meta da presão arterial média para tratamento da ruptura aórtica traumática??
Manter o controle da pressão entre 60 a 70 mmHg
174
Qual é a melhor cirurgia para tratamento da ruptura aórtica traumática?
Reparo endovascular
175
Qual a diferença da evolução causada pela ruptura diafragmática contusa da de origem penetrante?
O trauma contuso produz grandes lesões que permitem herniações abdominais ao tórax, já no trauma penetrante há formação de pequenas perfurações que demoram até anos para desenvolver hérnias diafragmáticas.
176
Por quê a ruptura diafragmática é mais causada no lado ___ ao invés do lado contralateral?
A ruptura diafragmática é mais causada no lado esquerdo pois o fígado no lado direito consegue de certa forma obliterar a condição
177
Na suspeita de ruptura diafragmática, qual exame de triagem inicial?
Colocação de sonda nasogástrica e avaliar localização na radiografia de tórax
178
Em qual forma de lesão é mais encontrada ruptura esofágica?
Em trauma penetrante
179
Mesmo que rara a condição de ruptura esofágica por trauma contuso, qual é a principal explicação? E qual é uma possível consequência?
Uma expulsão forçada ascendente do conteúdo gástrico após um golpe forte no abdômen superior. Ocasionando laceração linear, permitindo evasão do conteúdo alimentar no mediastino e ocasionando mediastinite.
180
Como identificar ruptura esofágica clinicamente? É idêntica a aquela causada por condição pós emética?
Sim, é sim. Pode ser sugestivas na presença de pneumotórax ou hemotórax, na ausência de fratura de costela, ou em paciente com vítima de golpe forte no abdômen superior ou esterno inferior.
Além da presença de ar no mediastino.
181
Qual sinal na ausculta cardíaca é associada a uma ruptura esofagiana?
É o som de Hamman: semelhante ao som de mastigação, estridente, sincronizado aos batimentos cardíacos, ouvido sobre o precórdio no enfisema mediastinal espontâneo produzido pelo batimento cardíaco contra os tecidos preenchidos de ar.
182
Qual deve ser o tratamento frente a uma ruptura esofagiana?
Ampla drenagem do espaço pleural e do mediastino + sutura primária da lesão
183
Imobilização ou ataduras são indicadas em fraturas de costelas?
Nunca
184
Quais fatores que dificultam a investigação de um trauma abdominal?
- Dificuldade no reconhecimento pelo exame físico (lesões de órgãos retroperitoniais são de difícil reconhecimento e diagnóstico, pois são bem profundas e não apresentam muita clínica no início),
- Limitação de uso de exames complementares (na ausência no local),
- Fast operador dependente,
- Estado do paciente (etilizado, uso de drogas).
185
Cite exemplos de lesões em abdômen por trauma contuso?
- Impacto direto (contato abdômen x volante/guidão/intrusão da porta)
- Cisalhamento (lesão por desaceleração)
186
Cite quais órgãos são os mais acometidos frente a um trauma fechado, enumere:
1. Baço
2. Fígado
3. Intestino delgado
187
O acionamento do airbag previne lesão abdominal?
Não!
188
Com relação ao trauma penetrante, como rege sua classificação?
- Trauma penetrante:
1. Arma branca
2. PAF
189
Com relação ao mecanismo de lesão diante de um trauma por arma branca ou a um projétil de baixa velocidade, que causa que provoca a lesão?
Esses tipos de agentes causam ferimento aos tecidos por corte e laceração
190
Cite quais órgãos são os mais acometidos frente a um trauma penetrante por arma branca, enumere:
1. Fígado
2. Intestino delgado
3. Diafragma
4. Cólon
191
Cite quais órgãos são os mais acometidos frente a um trauma penetrante por PAF, enumere:
1. Intestino delgado
2. Cólon
3. Fígado
4. Estruturas vasculares abdominais
192
Com relação ao mecanismo de lesão diante de um trauma por um projétil, quais são as situações que agregam a lesão?
1. Tipo de trajetória da bala
2. Efeito de cavitação
3. Fragmentação interna do projetil
193
Qual tipo de manobra pode ser utilizada frente a um paciente obeso, no qual se deve avaliar mais precisamente locais escondidos por suas dobras?
Manobra de rolamento
194
Qual é a medida salvadora frente a uma lesão pélvica?
Colocação de dispositivos que fechem o anel pélvico
195
Quais sinais que podem sugerir lesão pélvica?
- Sangue na uretra
- Discrepância entre comprimento dos membros
- Deformidade rotacional da perna sem fratura óbvia
196
A manobra de distração é recomendada no tratamento da fratura pélvica?
Girar a pelve internamente e após externamente não deve ser recomendada pois piora o sangramento pélvico
197
Qual a relação entre o FAST e o cateterismo vesical?
O FAST deve ser realizado com a bexiga cheia, por melhor visualização, portanto atrase o cateterismo vesical após efetivação do FAST
198
Qual a conduta frente a um paciente com presença de sinais de fratura pélvica/genito urinária e que não consegue realizar a diurese espontaneamente?
Realizar ureterografia retrógrada
| Objetivo: avaliar a integridade da uretra antes da inserção da sonda vesical
199
Em qual situação se deve realizar o FAST ou o LPD?
Na presença de alterações hemodinâmicas, em que se suspeita lesão intra-abdominal, em paciente que não têm indicação inicial de laparotomia, desde que não atrase o a transferência do paciente para o melhor local de atendimento
200
Quais as localidades de visualização do e-fast?
Avalia 4 localidades:
1. Saco pericárdico
2. Espaço de Morrisson (espaço hepatorrenal)
3. Espaço esplenorrenal
4. Pelve, fundo de saco de Douglas
201
Qual a relação do LPD frente a um cateterismo vesical e descompressão gástrica?
Deve somente realizar o LPD após cateterismo vesical e a descompressão gástrica, para prevenção de lesões.
202
Cite três desvantagens do LPD?
- Não pode ser repetido
- Interfere com interpretações da TC ou FAST subsequente
- Invasivo com risco lesão diante do procedimento
203
Cite três desvantagens do FAST?
- Não muito aplicado em pacientes obesos
- Não consegue acessar retroperitôneo
- É operador dependente
204
Quando realizar a TC em frente a uma vítima de trauma abdominal?
Indicado em pacientes hemodinamicamente estável e em situação em que não há atraso para transferência para o melhor local de atendimento
205
Quando há indicação da realização de laparoscopia?
É útil para diagnosticar lesões diafragmáticas e penetração peritoneal, em paciente estável.
206
Qual é o melhor método para diagnosticar rotura interna ou extraperitoneal?
Cistografia
207
Quais as indicações de laparotomia? 4
1. Instabilidade hemodinâmica e ou peritonite
2. Ferimento por arma de fogo com trajetória transfixante
3. Sinais de irritação peritoneal
4. Evisceração
208
Qual o risco de manter uma faixa de compressão do sacro por muito tempo frente a uma fratura pélvica?
Ocasionar lesões na pele ou ulceração sobre as proeminências ósseas
209
Qual principal objetivo do tratamento dos doentes com suspeita de TCE grave?
Prevenir lesão cerebral secundária
210
Qual é o melhor mecanismo para conseguir manter o objetivo de prevenção de lesão cerebral 2?
Garantindo oxigenação adequada e monitorando a PA para garantia de uma boa perfusão cerebral.
211
Quando deve ser realizado a TC de crânio?
Quando o paciente se encontra na melhor referência de tratamento crânio-encefálico
212
Lesão por laceração de couro cabeludo são incapazes de gerar morte por serem muito superficiais?
Falso. Pois mesmo lacerações em couro cabeludo podem provocar perdas significativas de sangue pois é uma área bem vascularizada e consequentemente morte
213
Quais parâmetros devem ser repassados ao neurocirurgião frente a um caso de TCE?
- Idade do paciente,
- Mecanismo e hora do trauma,
- Informação dos sinais vitais de admissão e atual
- Glasgow admissão e atual
- Histórico prévio (incluindo uso ou não anticoagulantes)
- Sinais clínicos (déficit neurológico)
214
Qual é a explicação da dilatação da pupila frente a uma TCE?
Devido compressão no 3 nervo craniano (oculomotor) por herniação do lobo temporal.
215
Como é a síndrome clássica da herniação do úncus?
Dilatação pupilar ipsilateral à lesão, sem resposta de contração e hemiplegia contralateral
216
Qual é a consequência do TCE na auto-regulação pressórica da PAM?
Há prejuízo nesta função de auto-regulação e nesse quesito tem-se que com a PAM muito baixa há isquemia tecidual ou se muita alta há edema tecidual.
217
Como deve ser os esforços em se manter a perfusão cerebral nos casos de TCE?
Deve-se tentar reduzir a PIC com evacuação precoce de hematomas e outras lesões expansivas.
218
Classifique o grau da gravidade do TCE diante do escore de glasgow?
1. Leve: 13 a 15
2. Moderado: 9 a 12
3. Grave: 3 a 8
219
Em caso de assimetria como avaliar o GCS?
Se baseando na melhor resposta motora
220
Classifique o grau da gravidade do TCE diante da morfologia?
Fraturas de crânio x lesões intracranianas
221
Com relação as fraturas de crânio quais as duas subdivisões?
- Lesão de calota (avaliar presença ou não de afundamento)
| - Lesão basilar (avaliar presença de fístula liquórica ou presença de paralisia de nervo)
222
Com relação as lesões intracranianas quais as duas subdivisões?
- Lesões focais e lesões difusas
223
Quais os tipos de lesões focais intracranianas?
1. Epidural
2. Subdural
3. Intracerebral
224
Quais os tipos de lesões difusas intracranianas?
1. Concussão
2. Contusões múltiplas
3. Lesão hipóxica/isquêmica
4. Lesão axonal
225
No que consiste a doutrina de monro-kellie?
Rediz sobre a compensação intracraniana na presença de massas, no qual há mecanismo inicial de compensação com liberação de volume venoso e de LCR e após estado descompensado onde a PIC se torna de fato elevada.
226
Quais os sinais clínicos de fratura de base?
- Equimose periorbital (olhos de guaxinim)
- Equimose retroauricular (sinal de Battle)
- Fístula liquórica pelo nariz (rinorreia)
- Fístula liquórica pelo ouvido (otorreia)
- Paralisia facial e perda de audição (devido disfunção do 7 e 8 par)
227
Quando se deve considerar a realização de arteriografia
Em presença de fraturas de base de crânio, com suspeita de acometimento das artérias carótidas
228
O que é concussão cerebral?
Tipo de lesão intracraniana difusa por trauma em que há distúrbio neurológico, no que frequentemente há perda de consciência.
229
Qual o sinônimo de lesão por cisalhamento? E qual sua definição?
Ou também conhecida como lesão axonal difusa (LAD) é uma condição de lesão intracraniana grave com agressão hipóxica, isquêmica após traumas de desaceleração e que acometem tanto substância cinzenta como substância branca.
230
Quais os tipos de lesões focais intracranianas?
1. Hematoma epidural
2. Hematoma subdural
3. Contusões
4. Hematoma intracerebrais
231
Com relação ao hematoma epidural discorra:
- frequência:
- tipo de lesão na imagem:
- local maiormente acometido:
- tipo de vaso maiormente acometido:
- clínica:
Com relação ao hematoma epidural discorra:
- frequência: rara
- tipo de lesão na imagem: biconvexa (lenticular)
- local maiormente acometido: região temporoparietal
- tipo de vaso maiormente acometido: a. meníngea média
- clínica: intervalo lúcido em momento da lesão porém com deterioração clínica após
232
O hematoma subdural é mais raro que o epidural?
Falso
233
O hematoma subdural é mais grave que o epidural?
Verdadeiro.
| Costuma ser mais grave por envolver parênquima concomitantemente.
234
Os vasos lesados no hematoma subdural são superficiais?
Verdadeiro
235
O tipo de lesão na imagem do hematoma subdural recorda um limão
Falso.
| Uma banana
236
Por qual motivo doentes com contusão cerebral devem ser submetidos a TCs repetidas?
Pois esse tipo de lesão pode evoluir para um hematoma intracerebral e provocar efeito de massa com desvio de linha média, a ponto de necessidade de cirurgia
237
Qual a diferença de amnésia retrógrada da anterógrada?
Retrógrada é a que ocorre antes do evento do trauma enquanto que a anterógrada ocorre após o trauma
238
Quais as indicações absolutas de realização de TC em pacientes com escore de trauma leve pelo glasgow? - 5
1. Suspeita clínica de fratura exposta de crânio
2. Sinal de fratura de base de crânio
3. 2 ou mais episódios de vômitos
4. Idade superior a 65 anos
5. História de uso de anti-coagulantes
239
Cite outras 2 indicações relativas de realização de TC em pacientes com escore de trauma leve pelo glasgow? - 5
1. Perda de consciência de mais de 5 min
| 2. Amnésia retrógrada por mais de 30 min
240
Quais algumas das indicações para internar o paciente?
1. Ausência de TC disponível (para um paciente em que é indicado realizar) ou TC anormal
2. Fratura de crânio ou fístulas liquóricas
3. Déficit neurológico focal
4. GCS que não retorna em 15 em menos de 2 horas
241
Qual melhor cenário para alta de um paciente com trauma leve pelos critérios de glasgow?
1. Assintomático
2. Acordado e alerta
3. Neurologicamente normal
4. Reavaliado após 6 horas, mantendo mesmas condições
5. Alta com observação ambulatorial por 24 h
6. Documento de alta
242
Com relação ao paciente com TCE moderado, pelo glasgow, como normalmente é a condição de entrada do paciente?
Podem obedecer ordens simples, porém estão confusos/sonolentos e pode apresentar déficit focal como hemiparesia
243
Quais condutas na admissão em paciente com TCE moderado, após ABCDE inicial?
1. TC de crânio em todos os casos
2. Internar o paciente ou transferir a outro estabelecimento para a neurocirurgia
3. Reavaliações neurológicas seriadas nas primeiras 24 horas
4. TC de controle a cada 24 horas (se primeira TC alterada ou deterioração neurológica)
244
Quais condutas na admissão em paciente com TCE moderado, após ABCDE inicial?
1. Manter as mesmas medidas do TCE moderado
2. Tentar PaC02 entre 35 a 45 mmHg
3. Se hiperventilar, manter PaC02 em 25 mmHg, em caso de sinais de herniação cerebral
4. Tratamento cirúrgico
245
Sabendo que a hiperventilação (tratativa de PaCO2 < 25 mmHg) não é recomendada principalmente nas primeiras 24 horas após o trauma pelo risco de redução da perfusão cerebral, como podemos mensurar de forma mais acurada esse valor se há uma grande necessidade como na presença de herniação cerebral?
Fazer uso da Sj02 (saturação jugular de O2 venoso)
ou
PbTO2 (Pa02 no tecido cerebral)
246
No TCE grave qual é a meta da PAS?
Manter PAS maior ou igual a 100
247
Em um estado de TCE em que a PAS é menor que 100 mmHg, qual deve ser a melhor conduta?
Pausar conduta de neuro, voltar ao ABCDE e estabelecer circulação, descobrir causas de hipotensão - investigar abdômen por FAST..
248
Na necessidade de manutenção de volemia no TCE, qual é o melhor tipo de líquido? E qual deve ser evitado?
Devemos preferir o Ringer Lactato e evitar uso de fluidos hipotônicos
249
A frase abaixo é condizente no tratamento do TCE grave: "a hiperventilação reduz a PIC em doentes que estão deteriorando com hematoma intracraniano em expansão até que a craniotomia de emergência seja realizada?
Ótima conduta
250
Qual o objetivo do uso do manitol e quando ele ver usado?
É usado para redução da PIC elevada, em paciente sem hipotensão associada, podendo ser realizada na dose de 0.25 a 1/kg
251
Qual outra opção simular ao manitol?
Uso de solução salina hipertônica
252
Há indicação de uso de fenitoína no TCE?
Podem ter uso na fase aguda, em até 7 dias, pois a convulsão pode ser uma complicação esperada
253
Qual é a dose de ataque da fenitoína e qual a dose de manutenção?
Dose de ataque é 1 g enquanto que manutenção é 100 mg/8 horas.
254
Em pacientes suspeitas de trauma vertebromedular o uso da prancha deve ser permanente?
Não. Uso de uma superfície firme e medidas de proteção costuma ser suficientes.
Ou seja devem ser usadas somente durante o transporte do paciente
255
Em qual situação de fratura da coluna torácica poderá haver também lesão medular?
Em fratura do tipo de fratura-luxação
256
Qual é a principal preocupação diante de uma lesão da coluna torácica?
Possibilidade em evoluir com insuficiência respiratória
257
Qual é a principal repercussão negativa frente a uma lesão medular?
Mascarar outros sintomas. Exemplo não reconhecer sinal de blumberg
258
Qual é a característica da síndrome central da medula?
O que marca esta síndrome é a perda desproporcional de força motora no membro superior do que nos membros inferiores.
Paciente normalmente é idoso com um quadro de estenose de canal cervical pré-existente
259
Qual é a característica da síndrome anterior da medula?
Paraplegia e perda bilateral das sensações de dor e temperatura (parte anterior da medula)
260
Quais sensações são preservadas na síndrome anterior da medula?
As sensações de coluna dorsal, tal como posição, vibração e sensação de pressão profunda
261
Qual é a característica da síndrome de Brown Séquard?
Perda motora e sensação de posição ipsilateral da medula e perda contralateral de dor e temperatura
262
Com relação a luxação atlanto-occipital na faixa pediátrica quais as suas características e relações?
É uma condição rara porém mortal.
A morte ocorre por apneia devido destruição do tronco cefálico.
Sobrevive aqueles que são tratadas no local rapidamente e ficam sequelados, atrelados ao uso do respirador e tetraplégicos.
Bem relacionada a síndrome do bebê sacudido
263
Qual é a definição da fratura de Jefferson?
Fratura de C1 por explosão de vertebra
264
Qual é a definição de fratura do enforcado?
Fratura típica posterior de C2 ocasionado por lesão de hiperextensão
265
Em adultos qual é o nível mais comum de fratura cervical?
C5
266
Qual é a definição da fratura de Chance?
Fratura de corpo vertebral transversal, mais ocasionalmente da coluna torácica.
267
No que as fraturas de chance podem estar associadas?
Podem estar associadas à lesões viscerais retroperitoneal e abdominal
268
Por quê as fraturas lombares possuem menos chance de gerar um déficit neurológico completo?
Pois na maior parte acometem apenas a parte final medular, da cauda equina
269
Qual o risco de lesões acima da C6?
Resultar em perda parcial ou total da respiração
270
Como a lesão grave por esmagamento pode provocar falência renal?
Devido a liberação de grande quantidade de mioglobina pelo músculo afetado
271
Quais outras duas complicações que podem acontecer no trauma musculoesquelético?
Síndrome compartimental e embolia gordurosa
272
Por quê a redução da fratura é fundamental?
Porque reduz a perda sanguínea, previne comprometimento posterior comprometimento neurovascular e de partes moles
273
Qual é a melhor conduta na presença de fratura associada a ferimento aberto com hemorragia?
Realinhar e imobilizar a fratura enquanto outra pessoa aplica pressão direta sobre a ferida
274
Se não for possível uma redução da luxação qual medida tomar?
Solicitar uma intervenção ortopédica com urgência
275
Quando um paciente tem critério para reimplante de membro?
Quando lesão isolada de extremidade
276
Como transferir o membro à ser reimplantado?
Lavar parte amputada com solução isotônica e envolver com gaze e guardar em sacola plástica em recipiente com gelo picado, porém com cuidado para não haver congelamento do membro
277
O que é a síndrome de crush?
Rabdomiólise traumática por lesão muscular por esmagamento, geralmente de coxa ou panturrilha
278
Quais as consequências da rabdomiólise na síndrome crush?
Produção de acidose metabólica, hipocalcemia e coagulação vascular disseminada e se não tratada morte
279
Como deve ser prevenido o rim diante da rabdomiólise na síndrome crush?
Em meio a infusão precoce e agressiva de fluidos intravenosos + bicarbonato e diurese osmótica
280
Quando há contra indicação de alinhamento de fratura?
Na presença de lesões com fratura exposta.
281
Por qual motivo a presença de fratura exposta é uma contra indicação de alinhamento?
Pois este tipo de paciente requer primeiramente desbridamento cirúrgico
282
Além do desbridamento cirúrgico em paciente com fratura exposta quais outras condutas iniciais importantes: 4
- Limpeza da contaminação grosseira +
- Retirada das partículas de sujeira do ferimento +
- Administração de doses de antibiótico o mais precocemente possível (antes das primeiras 3 horas) +
- Profilaxia tétano
283
Como podemos suspeitar clinicamente de fratura? 5
Por meio de alguns aspectos clínicos tais como:
1. Dor
2. Sensibilidade aumentada
3. Edema
4. Deformidade
5. Movimento anormal
284
O que a presença de movimento anormal do segmento articular sugere:
Sugere ruptura ligamentar ou tendínea
285
O que um índice tornozelo braquial menor que 0.9 pode nos indicar?
Presença de fluxo arterial anormal secundário à lesão ou doença vascular periférica
286
A presença clínica de fratura indica a realização inicial de radiografia. Quando há indicação da realização da redução antes do alinhamento?
Em situações de comprometimento vascular ou de ruptura iminente da pele ou de atraso ou incondição local de realização de radiografia. Condição comumente vista nas fraturas de luxação do tornozelo.
287
No caso acima qual é o propósito da redução da lesão?
Prevenir a necrose por pressão das partes moles da região lateral do tornozelo
288
A necrose muscular inicia quando existe interrupção do fluxo arterial por mais de 6 horas?
Isso
289
Qual a fisiopatologia da síndrome compartimental?
Acontece quando o músculo é acometido pela pressão gerada após qualquer ato de trauma local gerando isquemia e necrose subsquente
290
Quais as localidades com maior frequência de acometimento?
Pernas, antebraço, pés, mãos, bunda e coxa
291
Quais fatores de risco para síndrome compartimental:
- Fraturas de tíbia e antebraço
- Lesões imobilizadas com curativos apertados ou gesso
- Lesão por esmagamento grave
- Queimaduras
292
Qual é o tratamento da síndrome compartimental?
Fasciotomia
293
Manobra de Velpeu é realizada para qual tipo de imobilização?
Ombro
294
Se após a mobilização do membro fraturado haver retorno da dor, qual deve ser a melhor conduta?
Deve ser retirada a imobilização e o membro deve ser reavaliado
295
Qual o tripé no tratamento do grande queimado?
1. Interromper fonte de queimação
2. Garantir VA e ventilação
3. Estabelecer acesso EV
296
Como é realizado a interrupção do processo de queimadura?
1. Remover completamente toda roupa NÃO aderida do doente
2. Escovar o pó químico seco da ferida
3. Enxaguar região de lesão com solução salina abundante
4. Cubrir paciente após
297
Quais as indicações de intubação precoce num paciente vitima de trauma por queimadura?
1. Sinais de obstrução de via aérea (como estridor, rouquidão, uso de musculatura acessória)
2. Extensão de queimadura (ASC acometida de mais de 40%)
3. Queimaduras faciais, boca, fuligem
298
Quando desconfiar de intoxicação por monóxido de carbono?
Paciente vítima de queimadura de fogo em ambiente fechado e com índice de HbCO>20%
299
Por quê no paciente vítima de intoxicação por monóxido de carbono o paciente deve receber imediatamente suporte de O2 em alto fluxo?
Pois consegue reduzir o tempo de meia vida do CO no ar ambiente de 4 horas para 40 minutos com o aporte de O2
300
Por quê na IOT é importante escolher um tubo de pelo menos 7.5 no adulto e de 4.5 na criança?
Pois adequa melhor para além da realização da ventilação, da realização da limpeza de secreções e broncoscopia
301
Como deve ser a reanimação volêmica no grande queimado adulto (não por queimadura elétrica)?
Deve ser seguido de acordo com a regra de Parkland:
- 2 mL de RL x peso do corpo do doente x % da ASCQ
Obs: sendo que metade desse volume calculado deve ser ministrados nas primeiras 8 horas, e a outra metade nas 16 horas seguintes.
Devendo se ajustada para manter o débito urinário de 0.5 mL;kg;h no adulto e de 1 mL;kg;h na criança.
302
Como deve ser a reanimação volêmica no grande queimado infantil (< 14 anos) (não por queimadura elétrica)?
- 3 mL de RL x peso do corpo do doente x % da ASCQ
303
E se o infantil queimado tiver menos de 30 kg, modifica algo?
Sim, além dos - 3 mL de RL x peso do corpo do doente x % da ASCQ, devemos manter solução glicosilada contínua.
304
Em paciente vítima de queimadura elétrica, existe alguma diferença no cálculo pela idade?
Não, em todas idades:
| - 4 mL de RL x peso do corpo do doente x % da ASCQ até diurese clara
305
Como é a regra dos 9 no adulto?
Cabeça total: 9 + períneo total 1 (10 )
MMSS total: 18%
Tronco total: 36%
MMSS inferior total: 36%
306
Como é a regra dos 9 na criança?
```
Cabeça total: 18%
MMSS total: 18%
Dorso de 13 % + nádega D 2.5% + nádega E 2.5% (18%)
Tronco frente 18%
MMII total: 28%
```
307
Como suspeitar por clínica da síndrome compartimental?
- Pressão compartimental > 30 mmHg
- Dor desproporcional a palpação
- Dor ao estiramento passivo muscular
- Edema tenso do compartimento afetado
- Parestesias no local
308
Qual é relação da sondagem gástrica em um grande queimado?
Se envolvimento maior que 20% a SG deve ser colocada e mantida aberta
309
Queimaduras circunferenciais podem necessitar de escaratomias, geralmente após as 6 primeiras horas?
V
310
Quais cuidados com a ferida de espessura parcial (2 grau)?
1. Cobrir local com pano limpo (pois impede o contato do ar com a ferida - o ar se passa gera a dor)
2. Não romper bolhas
3. Não usar água fria em acometimento superficial de > 10%
4. Usar luvas na higienização da ferida (que nada mais consiste que uma área "limpa")
311
Os antibióticos são usados na fase após a queimadura como profilaxia?
Não.
| Devem ser reservados para o tratamento de infecções.
312
Qual é a preocupação na inspeção de uma queimadura elétrica?
Esse tipo de queimadura é mais grave que se aparenta na inspeção externa. E quase sempre precisam de fasciotomia
313
Como suspeitar de uma queimadura elétrica?
Presença de contratura distal de membro com pequeno de orifício de entrada
314
Qual é o fator complicador na queimadura por piche quente?
Adesão à pele.
| Uma maneira de frear consiste em refrigeração rápida do ambiente e colocação de óleo mineral
315
Cite 6 motivos para internação no paciente queimado?
1. Comprometimento > 10 %
2. Queimadura de face, membros distais ou períneo
3. Queimadura de 3 grau ou mais
4. Queimadura elétrica
5. Queimadura química
6. Lesão por inalação
316
Qual é a causa mais comum de mortes e sequelas na infância?
Traumatismo
317
Qual é a principal forma de trauma causadora de mortes na infância?
Acidentes automobilísticos
318
Elenque as principais causas de morte por trauma na infância por ordem?
1. Acidentes automobilísticos
2. Afogamento
3. Incêndios
4. Homicídios
5. Quedas
319
O que explica a possibilidade de lesões de órgãos sem associação com fraturas de ossos contíguos no trauma infantil?
Devido a calcificação incompleta e a flexibilidade do arcabouço ósseo infantil
320
No cálculo da medicação e expansão volêmica em uma criança, como podemos fazer para dimensionar o peso, uma vez que não disponível a informação do peso ou a balança?
Usar uma fita de peso baseado em comprimento, como a de Broselow
321
Qual é a principal causa de parada no paciente pediátrico?
Falta de oxinegação
322
Como posicionar o paciente pediátrico para melhor manutenção da via aérea?
Posicionar um coxim de 2.5 cm que compreenda todo tronco do recém nascido ou lactente
323
Por quê posicionar um coxim de 2.5 cm que compreenda todo tronco do recém nascido ou lactente é importante para manutenção da via aérea?
Pois essa manobra impede a flexão passiva da coluna cervical devido a proeminência occipital. Logo a posição do cheirador nessa faixa etária não é indicada e sim o que se é indicado e manter o plano da face paralelo com a coluna
324
Para evitar a entubação acidental em paciente pediátrico devido a traqueia ser curta nessa idade, existe uma estimativa interessante em que é realizada, qual é a estimativa com relação ao tubo e a marcação na gengiva?
A ponta do tubo deve progredir em CM, 3 vezes o tamanho adequado do tubo.
Ex: tubo 4 - 12 cm na gengiva
325
O balonete dos tubos pode ser usado na entubação pediátrica?
Apesar da função do anel cricoide em ser uma boa barreira e similar a função do balonete insuflado, insuflar o balonete gerando uma pressão menor que 30 mmHg também é uma pedida pois melhora a ventilação
326
Quais as fases de entubação assistida por drogas no paciente pediátrico?
1. Pré-oxigenar
2. Sedar
3. Paralisar
4. Entubar
5. Verificar posição do tubo
327
Existe algum detalhe a mais na fase de pré oxigenar no paciente pediátrico?
Sim, se paciente menor que 1 ano. Além da pré-oxigenação, deve ser realizado sulfato de atropina profilático,
328
Por que a atropina deve ser realizada no menor que 1 ano durante a pré oxigenação?
Pois o lactente possui um reflexo vagal mais acentuado
329
Qual é a dose da profilaxia da atropina na IOT pediátrica?
0.1 a 0.5 mg
330
Sobre o mnemônico DOPE que relembra as causas comuns de piora clínica em pacientes entubados, discorra sobre o que se refere cada letra?
Deslocamento,
Obstrução,
Pneumotórax,
Equipamento.
331
Qual é a pressão sistólica normal média em crianças?
90 mmHg + 2x(idade)
332
Qual é o limite inferior de normalidade da pressão sistólica em crianças?
70 mmHg + 2x(idade)
333
Na ausência da fita para estimar o peso do paciente pediátrico, qual é a formula que entrega esta estimativa?
2 x idade + 10
334
Qual é o cálculo do rápido processo de expansão volêmica, nestas respectivas faixas:
1. Até 1 ano:
2. Entre 1 e 3 ano:
3. Acima de 3 ano:
1. Até 1 ano: 80 ml/kg
2. Entre 1 e 3 ano: 75 ml/kg
3. Acima de 3 ano: 70 ml/kg
335
No processo de obtenção de acesso venoso, como deve ser o algoritmo das tentativas?
1. Tentar até 2 vezes punção periférica.
2. Punção intra-óssea.
3. Punção femoral
4. Punção jugular externa ou subclávia
5. Dissecção venosa da veia safena ao nível do tornozelo
336
Qual é o melhor acesso ósseo na punção intra-óssea?
Tíbia proximal.
| Seguido da tíbia contralateral e por fim fêmur distal
337
Quais as possíveis complicações da punção intra-óssea? 4
Celulite, osteomielite, síndrome compartimental e fratura iatrogênica.
338
Como deve ser a reanimação volêmica e de hemocomponentes na fase infantil?
20 ml/kg de cristaloides + 10 a 20 ml/kg de CH + 10 a 20 ml/kg de plasma fresco congelado
339
Como deve ser o objetivo da diurese, de acordo com:
- lactentes até 1 ano:
- crianças maiores de 1 ano até antes da adolescência:
- adolescentes:
- lactentes até 1 ano: 2 ml/kg/h
- crianças maiores de 1 ano até antes da adolescência: 1 ml/kg/h
- adolescentes: 0,5 ml/kg/h
340
O que o abaulamento da fontanela ou a diástase das suturas em em lactente aparentemente com função neurológica preservada representa?
Pode representar um TCE grave no lactente, que pode estar na fase inicial de não repercutir com coma devido a expansão do volume ser permissível apenas nessa fase inicial
341
Cite 4 evidências de lesões que sugerem maus tratos em uma criança?
- Equimoses múltiplas
- Evidência de lesões traumáticas prévias, como cicatrizes antigas ou fraturas consolidadas ao raio x
- Lesões periorais
- Lesões perianais
342
Qual é o mecanismo mais comum de trauma fatal na população idosa?
Queda
343
A queda é o maior mecanismo de causa de TCE no idoso?
Sim
344
Cite alguns fatores de risco para queda no idoso?
- Demência
- Marcha instável
- Tapetes soltos
- Superfície escorregadia
345
O que explica maior propensão de hematoma peridural no idoso?
- O envelhecimento faz com que a dura máter esteja mais aderente ao crânio, aumentando assim o risco de hematoma peridural.
- Uso de medicamentos anti-coagulantes.
346
Por quê os idosos possuem maior risco de fratura de costelas? 2 motivos
1 - alteração anatômica da parede torácica
| 2 - perda da densidade óssea
347
Quais as 2 principais causas que levam a fratura de costela nos idosos?
1 - Queda
| 2 - Acidente de automóvel
348
Qual é a principal complicação em fratura de costela no idoso?
Pneumonia
349
Quais as 6 categorias de abuso no idoso?
1. Abusos físicos
2. Abuso sexual
3. Negligência
4. Abuso psicológico
5. Exploração financeira e material
6. Violação dos direitos
350
Por quê na gestante o intestino é mais protegido do trauma abdominal contuso, enquanto que o útero e o feto é mais vulnerável?
Pois o intesino é cada vez mais empurrado para o abdômen superior
351
Fraturas pélvicas na gestação avançada podem resultar em quê?
Fraturas do crânio do feto ou lesões intracranianas
352
Quais alterações eletrocardiográficas que podem aparecer na grávida?
- Desvio em 15 graus do eixo a esquerda
- Achatamento ou inversão da onda T em D3, AVF
- Extrassístoles
353
Qual diagnóstico diferencial importante ao se suspeitar de uma grávida com TCE, quando na verdade sua TC é normal?
Pré eclâmpsia
354
Quais as duas principais causas de morte fetal?
1. Choque materno/morte da mãe
| 2. Descolamento da placenta
355
Qual é o fluxograma para tratamento antes da transferência do paciente de trauma?
1. Inseria via aérea ou tubo IOT SN
2. Realizar aspiração
3. Inserir SNG
4. Determinar sinais vitais
5. Realizar drenagem de tórax SN
6. Controlar sangramento externo
7. 2 acessos venosos
8. Reanimação volêmica
9. Inserir cateter vesical
10. Gestante em decúbito lateral E
11. Administrar manitol ou solução salina SN
12. Restringir coluna
13. Solicitar exames complementares
14. Limpar e cobrir ferimentos após controle da hemorragia externa + profilaxia de tétano + ATB
15. Aplicar talas e tração apropriada
356
Quais os 3 sinais vitais do olho ?
1. Visão
2. Pupilas
3. Pressão intraocular
357
Cite quais os 5 sinais de hemorragia retrobulbar com sindrome compartimental associada?
1. Redução da acuidade visual
2. Pressão ocular elevada
3. Proptose assimétrica
4. Resistência a retropulsão
5. Pálpebras tensas contra o globo
358
Qual é o tratamento da hemorragia retrobulbar?
| E por que deve ser realizado muito rapidamente?
O tratamento consiste na cantotomia e na cantolise. E deve ser realizada o quanto antes, pois há evidências que mencionam que a lesão hemorrágica se persiste por 1h e 30 min, já é capaz de provocar cegueira
359
As queimaduras químicas oculares são urgências oftalmológicas ?
Não.
| São EMERGÊNCIAS !
360
Como é o tratamento inicial da queimadura química ocular, até a avaliação do oftalmologista?
Requer irrigação abundante com SF ou RL:
- Conectar equipo com lente de Morgan ou similar
- Apos 1 L de lavagem ou a cada 30 min, esperar 10 minutos para avaliar Ph.
- Interromper processo se PH neutro (7)
361
Apos tratamento inicial com lavagem ocular, qual pode ser o seguimento usado pelo oftalmo?
O seu tratamento provavelmente poderá incluir pomada antibiótica, analgésico oral e colírios
362
Cite alguns sinais de ruptura de globo ocular?
1 - Pupila pontiaguda
2 - Câmara anterior rasa
3 - Laceração da córnea
4 - Tecido de pigmento anormal que empurra através da esclera
5 - Teste de Seidel positivo (fugindo da cor normal laranja) e indo para verde
363
Quais as 6 condutas iniciais em caso de ruptura de globo ocular ?
1. Cobrir olho afetado com protetor rígido
2. Administrar fluoroquinolona
3. Minimizar movimentos oculares pelo paciente
4. Tratar dor
5. Não fazer Valsava. Se o paciente estiver em IOT, reduzir a pressão positiva excessiva
6. Solicitar uma TC ocular
