Aula 04: Sintaxe Flashcards

1
Q

O que são estruturas oracionais?

A

São as funções sintáticas quando aparecem em forma de oração:
- Adjunto adnominal na forma de uma oração adjetiva:
Ex: O menino estudioso passa (adjetivo) / O menino que estuda passa (oração adjetiva)
- Adjunto adverbial na forma de uma oração adverbial.
Ex: Estudo no meu tempo livre (adjunto adverbial) / Estudo quando tenho tempo livre (adjunto adverbial oracional / oração adverbial)
- Complemento na forma de oração:
Ex: Anunciei a chegada do circo (objeto direto) / Anunciei que o circo chegaria (objeto direto oracional)

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2
Q

Sujeito Determinado

A

Aquele que está visível na oração:
Ex: Exportar mais é preciso (2 verbos, 2 orações)
Ex: Admite-se que o Estado não pode ajudar. (sujeito passivo)

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3
Q

Quando um pronome oblíquo pode ser sujeito?

A
  • DeFaMa-VOS
  • Com os verbos Deixar, Fazer, Mandar, Ver, Ouvir, Sentir, o pronome oblíquo pode ser sujeito, como nas sentenças abaixo:
    Ex: Deixe-me estudar / Não se deixe aborrecer / Ela o fez desistir / Mandei-a ir embora.
  • Ex: Eu mandei o menino sair: Nessa oração, o complemento é uma oração simples e, dentro dessa sentença “o menino” é o sujeito. Então, ao trocarmos “o menino” por um pronome oblíquo átono:
    Ex: Mandei-o sair (o pronome é sujeito de sair)
    Obs.: Nesse casos, em que o pronome é sujeito, as formas deixe aborrecer, fez desistir, mandei ir etc. NÃO SÃO LOCUÇÕES VERBAIS, MAS DUAS ORAÇÕES EM UM PERÍODO COMPOSTO.
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4
Q

Sujeito Oculto / Elíptico / Desinencial

A

O sujeito oculto é determinado, pois podemos identificá-lo facilmente pelo contexto ou pela terminação do verbo (desinência).
Ex: Encontramos mamãe. (sujeito oculto - nós)
Ex: É preciso ter cuidado com as plantas. Sem dedicação, não crescem (sujeito elíptico - plantas).
Ex: Consultei meus advogados. Disseram que sou culpado (sujeitos desinenciais - Eu e advogados)

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5
Q

Sujeito Indeterminado

A
  • Não sabemos identificar quem é o sujeito e não conseguimos inferir do contexto.
  • A indeterminação do sujeito pode ocorrer pelo uso de um verbo na 3ª pessoa do plural, com omissão do agente que pratica a ação verbal
    Ex: Hoje me contaram que você joga futebol muito mal. (quem contou?)
    Ex: Dizem que ela teve um caso com o chefe. (quem diz?)
    Ex: Roubaram nosso carro! (quem roubou?)
    Obs.: Veja a diferença para o sujeito desinencial:
    Ex: Aquele banco faliu. Roubaram mais de 20 milhões. (Quem roubou?)
    Ex: Os ladrões foram presos ontem. Roubaram mais de 20 milhões. (Os ladrões roubaram)
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6
Q

Indeterminação do sujeito pelo uso da PIS:

A
  • sujeito também pode ser indeterminado pelo uso da estrutura: VTI / VI / VL+ SE (Verbo transitivo indireto, Intrasitivo ou de ligação + partícula de indeterminação do sujeito)
    Ex: Desconfia-se de que ela seja violenta. (VTI + SE - Quem desconfia?)
    Ex: Precisa-se de médicos. (VTI + SE - Quem precisa?)
  • Usado para expressar um sujeito universal
    Ex: Respira-se melhor no campo. (Vi + SE - em geral, todos respiram melhor)
    Ex: Vive-se bem em Campinas. (VI + SE - Quem Vive?)
    Ex: Sempre se fica nervoso durante um assalto. (VL + SE - em geral, todos ficam nervosos).
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7
Q

“Tratar-se de”. Essa expressão, quando tem sentido de assunto/referência ou quando funciona como uma espécie de substituto do verbo “ser”, é sempre invariável, indica sujeito indeterminado. (C ou E)

A

Por ser uma estrutura: VTI + SE. Sim!
Ex: Ela recebeu uma herança estranha: trata-se de duas moedas de cobre.
Ex: Não foi por amor que ela veio. Trata-se de interesse.
Ex: Não se trata de quem é mais inteligente. Trata-se de quem persiste mais.
Obs.: A preposição de é pedida pelo verbo tratar, por isso, o que vier após, não poderá ser sujeito.

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8
Q

Vendem-se casas.
Qual a função do SE nessa oração?

A

Partícula Apassivadora. Pois temos a estrutura VTD + SE, que indica voz passiva pronominal. Por isso, o verbo está concordando com o sujeito:
Casas são vendidas.

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9
Q

Indeterminação do sujeito pelo uso do infinitivo impessoal:

A

Por não haver concordância com nenhuma pessoa, a ação verbal é descrita de maneira vaga, sem revelar o agente que pratica a ação.
Ex: Praticar esportes regularmente é muito importante. (Sujeito de praticar é indeterminado, enquanto o de é oracional)
Ex: Instruções: lavar as mãos com álcool… (quem lava? Agente genérico)
Obs.: Se o verbo no infinitivo estiver flexionado, então estará fazendo concordância com um sujeito visível na sentença:
Ex: É necessário passarmos por aquele caminho. (Sujeito nós)

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10
Q

Sujeito x Referente

A
  • Sujeito é uma função sintática, tem a ver com o papel funcional e estrutural que um termo desempenha na oração.
  • Referente é um termo semântico, está relacionado à ideia e ao contexto da frase e não necessariamente coincide com a função sintática do termo a quem se refere.
    Obs.: é possível o verbo ter um “sujeito” diferente do seu “referente”.
    Ex: Os meninos jogam futebol. Jogam futebol todos os dias.
    1) Na primeira oração, “os meninos” é o sujeito de “jogar” e também o referente de jogar, pois são os meninos que jogam.
    2) Na segunda oração, “os meninos” é apenas o “referente” de “jogar”; sintaticamente, o sujeito está oculto, omitido, elíptico, mas o referente, no mundo das ideias, é ainda “os meninos”.
    [Os meninos] jogam futebol. (Eles = Os meninos) Jogam futebol todos os dias.
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11
Q

1) “Vi os meninos que jogam futebol.”
2) “Uma dezena de médicos avaliou o candidato.”
Quem são os sujeitos e os referentes dos verbos destacados?

A

1) Os meninos é o o referente, pois, semanticamente, são os meninos que jogam. Porém, o sujeito sintático é o pronome que. Nesse caso, referente e sujeito não coincidem.
2) Dezena é o seu “sujeito”, por seu o núcleo, já o referente é médicos , pois são os médicos que de fato avaliam.

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12
Q

Casos que a oração não tem sujeito

A
  • Fenômenos da natureza:
    Ex: Choveu ontem.
    Ex: Anoiteceu.
  • Verbos ser, estar, fazer, haver, parecer impessoais com sentido de fenômenos naturais, tempo ou estado.
    Ex: Faz 2 anos que não vou à praia.
    Ex: Deve fazer 3 anos que não fumo.
    Ex: Faz frio em Corumbá.
    Ex: Há tempos são os jovens que adoecem.
    Ex: Está quente aqui.
    Ex: Parecia cedo demais.
    Ex: São 7 horas da manhã, acorde!
    Ex: Deve ir para 2 meses que não fumo.
  • Haver impessoal (com sentido de “existir”, “ocorrer” ou “tempo decorrido”)
    Ex: “Há pessoas ruins no mundo”.
    Ex: Deve haver mil pessoas aqui
    Ex: “Houve acidentes graves na avenida”.
    Ex: “Há dois anos não fumo”.
    OBS: Orações como “basta/chega de brigas!”, “era uma vez uma linda princesa” e “dói muito nas minhas costas, Doutor” também são classificadas como orações sem sujeito.
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13
Q

pessoas ruins no mundo.
Qual a função sintática do elemento destacado?

A

Objeto direto do verbo Haver (impessoal), por isso não há flexão.
Por outro lado, na oração “existem pessoas ruins no mundo”, o termo “pessoas ruins no mundo” é sujeito do verbo “existir” (verbo pessoal, com sujeito), por isso há flexão.
Ex: Existem mil pessoas aqui.
Ex: Devem existir mil pessoas aqui.

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14
Q

Objeto Direto e Indireto Pleonástico:

A

O Objeto pleonástico é representado por um pronome que retoma um objeto já existente na oração, com finalidade de ênfase.
- Objeto direto:
Ex: Esta moto, comprei-a na promoção.
Ex: Aqueles problemas, já os resolvi.
Ex: Que você era capaz, eu já o sabia.
- Objeto Indireto:
Ex: “Às violetas, não lhes poupei água”.
Ex: “Aos meus amigos, dou-lhes tudo que posso.”

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15
Q

Objeto Direto Interno, Intrínseco, Cognato:

A

São objetos diretos que compartilham o mesmo “campo semântico” do verbo. O núcleo do objeto vem acompanhado de um determinante.
Ex: Eu sempre vivi uma vida de grandes desafios.
Ex: Vamos lutar a boa luta e sangrar o sangue guerreiro.
Ex: Depois da prova, dormi um sono tranquilo.
Ex: Choveu aquela chuvinha leve, uma delícia para estudar.
Em outros contextos, “dormir”, “viver”, “sangrar” e “chover” são verbos intransitivos, não pedem nenhum objeto.

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16
Q

“Nem ele entende a nós, nem nós a ele”;
O que há de diferente na frase?

A

O objeto direto preposicionado pelo fato de ser um pronome oblíco tônico: mim, ti, ele, ela, si, nós, vós, eles, elas, si.

17
Q

“Encontrou o funcionário a quem tinha demitido.”
O que há de diferente na frase?

A

O objeto direto preposicionado por ser o pronome “quem”. Ocorre também com “todo” e “ninguém”

18
Q

“Meu irmão tentou me ensinar a surfar, mas nem aprendi a nadar.”
O que há de diferente na frase?

A

O objeto direto preposicionado por ser: OD verbo no infinitivo, com os verbos “ensinar” e “aprender”

19
Q

“A onça ao caçador surpreendeu. / À onça o caçador surpreendeu.”
O que há de diferente na frase?

A

O uso do objeto direto direto preposicionado para desfazer uma ambiguidade.
Ex: Considero Ricardo como a um pai. (como “considero um pai”); em vez de:
Considero Ricardo como um pai (como um pai “considera” — “pai” é sujeito).

20
Q

“O menino e a menina ofenderam-se uns aos outros.”
O que há de diferente na frase?

A

O uso do objeto direto preposicionado para indicar reciprocidade

21
Q

Ex: “Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias a outros?”
O que há de diferente na frase?

A

O uso do objeto direto preposicionado com pronomes indefinidos, sobretudo referentes a pessoas. Outros exemplos:
Ex: “A quantos a vida ilude!”
Ex: “A estupefação imobilizou a todos.”
Ex: “A tudo e a todos eu culpo.”
Ex: “Como fosse acanhado, não interrogou a ninguém.”

22
Q

“Busquei a José no aeroporto.”
“Contratei a ambos para minha empresa.”
O que há de diferente nas frases?

A

O uso do objeto direto preposicionado, quando este for nome próprio, primeiro caso, ou quando for a palavra “ambos”, segundo caso.

23
Q

“Ele ama a Deus e não teme a Maomé.”
O que há de diferente na frase?

A

O uso do objeto direto preposicionado, quando este indicar reforço ou exaltação de um sentimento (normalmente com nomes próprios ou por eufonia)
Ex: Ele ama a Deus e não teme a Maomé.
Ex: Judas traiu a Cristo.
Ex: Fizeram sorrir, sem dificuldade, a Tamires.

24
Q

“A você é que não enganam!”
“Mas engana-se contando com os falsos que nos cercam. Conheço-os, e aos leais.”
O que há de diferente na frase?

A

O uso do objeto direto preposicionado em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto direto para dar-lhe realce; e em construções paralelas com pronomes oblíquos do tipo do segundo exemplo.

25
O que é um Complemento Nominal?
É complemento de um nome que possua transitividade (substantivo, adjetivo ou advérbio), com preposição. Ex: Não tenha dependência de ninguém para estudar. (Dependência é um substantivo com transitividade. Quem tem dependência, tem dependência de algo/alguém). Ex: João era dependente de café. (Dependente é um adjetivo e pede um complemento, preposicionado. Dependente de quê? DE café). Ex: O juiz decidiu favoravelmente ao autor. (Favoravelmente é um advérbio. O Juiz decide favoravelmente a quem/quê? AO autor). - Exemplos oracionais Ex: O cão sentia falta de que brincassem com ele. Ex: O cão sentia falta de brincar. (Aqui, a oração está reduzida de infinitivo) Ex: João tinha consciência de que precisava passar. Ex: João tinha consciência de precisar passar. (Aqui, a oração está reduzida de infinitivo)
26
O que é o Adjunto Adnominal?
Termo que acompanha substantivos concretos e abstratos para atribuir-lhes características, qualidade ou estado. (Função adjetiva) Ex: **Os três** carros **populares do meu pai** foram carregados pela chuva.
27
Diferença de Adjunto adnominal x Complemento Nominal
1) Adjunto adnominal: - Adjuntos não são exigidos; - Só se liga a substantivos; - Pode ser preposicionado ou não; - Se liga a nomes concretos e abstratos 2) Complemento Nominal: - Complementos são obrigatórios; - Se liga a substantivos abstratos, adjetivos e advérbios; - Necessáriamente preposionado; - Se liga a substantivos abstratos (sentimento; ação; qualidade; estado e conceito) - Se for substantivo abstrato e a preposição for qualquer uma que não seja “de”. 3) Então... : - Se o termo preposicionado se ligar a um adjetivo ou advérbio, não há dúvida, é complemento nominal. - Se não tiver preposição, não há como ser CN e vai ter que ser Adjunto. - Se o nome for um substantivo concreto, vai ter que ser adjunto e será impossível ser CN. - Se for substantivo abstrato e a preposição for “de”, teremos que analisar os outros aspectos.
28
Como distinguir CN e AA no caso do termo, preposicionado por *de*, está ligado a um substantivo abstrato?
- Adjunto adnominal: 1) Se o termo preposicionado tiver sentido agente ou posse; 2) Se for substituível por uma palavra única, um adjetivo equivalente - Complemento Nominal: 1) Se tiver sentido Paciente 2) Pode ser visto como um complemento verbal, caso o nome seja transformado em ação
29
**As duas** meninas **de branco** sorriram com medo **de mim**. Qual a função sintática dos termos destacados?
**As, duas** e **de branco** por estarem se ligando a um substantivo concreto, são AA. **de mim** está ligado a um substantivo abstrato e preposicionado por *de*, com uma relação paciente, por isso é CN
30
"O abuso **de remédios** é prejudicial **à saúde da mulher**." Qual a função sintática dos termos destacados?
**De remédios** se liga a um substantivo abstrato e tem sentido passivo, por isso é CN. **à saúde** está ligada a um adjetivo, com isso, não há dúvida de que é CN. **da mulher** se liga a um substantivo abstrato, tem sentido de posse e poderia ser substituída por "feminina", por isso é AA.
31
"As pessoas **da família** nem sempre são favoráveis **ao trabalho dos filhos**." Qual a função sintática dos termos destacados?
**Da família** se liga a um substantivo concreto e tem sentido de posse, por isso AA. **Ao trabalho** se liga a um adjetivo e se transformássemos o ajetivo em verbo teremos um commplemento verbal **dos filhos** ligado a um substantivo abstrato, é preposicionado por *de* e tem sentido agente e de posse.
32
O que é o Predicativo do Sujeito?
É a qualificação, estado, caracterização que se atribui ao sujeito, normalmente por via de um verbo de ligação: ser; estar; permanecer; ficar; continuar; tornar-se; andar; virar; continuar. Ex: Ela *continuava* **pomposa**, mesmo na miséria. (Predicativo na forma de adjetivo) Ex: Mesmo celebridades *ficam* **nervosas** diante da mídia. (Predicativo na forma de adjetivo) Ex: O violão *é* **de madeira rara**. (Predicativo com preposição, locução adjetiva) Ex: Todos *estão* **sem paciência**. (Predicativo com preposição, locução adjetiva) Ex: Você *é* **dos meus**. (Predicativo com preposição, locução adjetiva) Ex: O mundo *é* **um moinho**. (Predicativo na forma de substantivo) Ex: O governo *virou* **o maior inimigo do povo**. (Predicativo na forma de substantivo) Ex: Lá em casa, *somos* **quatro**. (Predicativo na forma de numeral) Ex: *É* **necessário** que estudemos mais. (Predicativo de um sujeito oracional) Ex: O problema *foi* considerado **como insolúvel**. (Predicativo com preposição acidental) Ex: João não é **mau**, mas Maria **o** *é*. (Predicativo na forma de pronome demonstrativo)
33
"O homem **permaneceu** no bar todo o tempo." Em que classificação verbal o verbo destacado se enquadraria?
Nesse caso, é um verbo intrasitivo, e não de ligação, uma vez que aparece com uma circunstância adverbial e não um predicativo.
34
"A professora **saiu** atrasada." Em que classificação verbal o verbo destacado se enquadraria?
*Sair* é um verbo intrasitivo, o fato de está antecedendo um predicativo do sujeito não o torna verbo de ligação.