Capítulo 02 - Semiologia Vestibular Flashcards

1
Q

Para o paciente, quais os sinônimos de “tontura”?

A

Sensação de rodar ou balançar

Desequilíbrio

Pré-sincope

Sensações inespecíficas como “sensação de cabeça vazia” ou
de “mal-estar”

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2
Q

Epidemiologia das “tonturas”?

A

40% síndrome vestibular periférica

10% lesão vestibular central

15% transtorno psiquiátrico

25% doenças não neurológicas com pré-sincope ou tem desequilíbrio

Até 10% indefinido.

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3
Q

Qual o aspecto mais importante para o diagnóstico de vertigem?

A

A história clínica!

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4
Q

Diagnósticos diferenciais das vertigens periféricas?

A

VPPB

Vertigem postural fóbica

Síndrome vestibular central

Vertigem associada à enxaqueca

Neurite vestibular

Doença de Menière

Vestibulopatia bilateral

Paroxismia vestibular

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5
Q

Qual o primeiro passo na anamnese da vertigem?

A

Diferenciar se é oscilação ou rotação.

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6
Q

Como diferenciar entre rotação e oscilação?

A

A sensação é de estar no meio de um redemoinho, de um furacão, de um carrossel, ou se parece mais com a sensação de estar em um barco, ou pisando em falso?

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7
Q

Vertigem rotatória - pensar em que?

A

Lesões vestibulares unilaterais.

(Centrais ou periféricas)

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8
Q

Sintomas associados ao desbalanço vestibular unilateral?

A

Vertigem

Nistagmo

Tendência a quedas

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9
Q

Adianta tentar definir o lado da vertigem?

A

Não!

O paciente pode estar se referindo à vertigem propriamente dita, à alteração visual (tem oscilopsia e vê o ambiente rodar) ou ao lado para o qual preferencialmente desequilibra.

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10
Q

Principais diagnósticos diferenciais das vertigens rotatórias?

A
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11
Q

Principais diagnósticos diferenciais das vertigens oscilatórias?

A
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12
Q

Oscilação no sentido ântero-posterior, pensar em…?

A

Lesões vestibulares bilaterais ou lesões centrais.

(Não há desbalanço direita-esquerda e o paciente não se queixa de vertigem rotatória).

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13
Q

Escurecimento visual, sensação de pré-sincope e síncope, pensar em qual doença vestibular?

A

Nenhuma!

Procurar o clínico!

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14
Q

Como diferenciar os ataques de acordo com a duração e a recorrência?

A

Segundos a minutos x Minutos a horas

Recorrentes x Episódios únicos

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15
Q

Episódios recorrentes que duram de segundos a minutos (3)?

A

VPPB

Paroxismia Vestibular

Fístula perilinfática

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16
Q

Episódios recorrentes que duram de minutos a horas (4)?

A

Doença de Menière

Vertigem associada a enxaqueca

Vertigem fóbica

AIT

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17
Q

Episódio único com dias de duração?

A

Neurite vestibular

Lesões de tronco e cerebelo

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18
Q

Episódio único que dura de semanas a meses?

A

Lesões de tronco e cerebelo

Psicogênica

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19
Q

Qual o terceiro passo na história para o diagnóstico das causas de vertigem?

A

Fatores desencadeantes!

(1° → rotacional x oscilação

2° → Tempo e recorrência)

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20
Q

Principais diagnósticos diferenciais de acordo com os fatores desencadeantes?

A
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21
Q

Vertigem que piora com movimentos rápidos da cabeça, pensar em (de posicionamento)…?

A

VPPB

Paroxismia vestibular

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22
Q

Vertigem que piora com posições específicas (posicionais)?

A

Vertigem posicional central

Compressão/pinçamento do VIII par

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23
Q

Vertigem que piora com situações específicas (multidões, pontes, locais abertos, supermercados…)?

A

Vertigem fóbica

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24
Q

Vertigem que piora com manobra de Valsalva?

A

Fístula perilinfática

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25
Q

Vertigem + hipoacusia + zumbido indicam…?

A

Lesão periférica!

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26
Q

Vertigem + hipoacusia + zumbido + “sensação de pressão no ouvido”…?

A

Doença de Menière

(Comprometimento do labirinto)

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27
Q

Sintomas de TE = central?

A

É possível e é provável, mas não é obrigatório!

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28
Q

Cefaleia e vertigem = causa central?

A

Não!

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29
Q

Náuseas e vômitos auxiliam no diagnóstico diferencial?

A

Não!

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30
Q

O que examinar nos pacientes com vertigem?

A

Equilíbrios estático e dinâmico

Coordenação

Motricidade ocular

Pesquisa de nistagmo

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31
Q

Formas de sensibilizar o Romberg?

A

Em um só pé com as mãos pra frente

ou

Cabeça para trás

ou

O examinador pode distraí-lo escrevendo números em seus braços

32
Q

Achado ao Romberg em pacientes com lesões vestibulares unilaterais?

A

Tendência de queda para o lado acometido segundos após fechar os olhos

33
Q

O que observar na marcha do paciente?

A

Desvio para o lado afetado quando dos olhos fechados

Presença do sinal da estrela de Babinski-Weil

(Sugestivo, mas não patognomônico de lesão vestibular unilateral).

34
Q

Como observar a estrela de Babisnki-Weil?

A

Dar de 08-10 passos para frente e para trás, por cinco vezes.

Ao andar para frente → desvio para o lado da lesão

Ao andar para trás → desvio para o lado oposto ao da lesão

35
Q

O que se pode avaliar no exame das nove posições do olhar?

A

Alinhamento ocular

Capacidade de fixação

Presença de nistagmo

Amplitude do movimento

36
Q

Características do nistagmo de posição extrema?

A

O paciente mantém a fixação apenas com o olho abduzido

Surge um nistagmo fisiológico

Baixa amplitude

Baixa frequência

Esgotável

37
Q

Características do nistagmo evocado pelo olhar?

A

Surge no olhar lateral e no olhar para cima

Raramente surge no olhar para baixo

Decorre de comprometimento do sistema de fixação visual

38
Q

Como ocorre o nistagmo evocado pelo olhar?

A

Para manter os olhos numa posição excêntrica (para o lado ou para cima) é necessária uma contração da MOE vigorosa

Se há comprometimento do sistema de fixação, há uma “frouxidão”, o olho volta (fase lenta)

Tenta-se compensar, retornando à posição desejada

(Fase rápida)

39
Q

Estruturas importantes para manterem os olhos na posição lateral?

A

Núcleo prepósito do hipoglosso

Núcleo vestibular medial

40
Q

Núcleo importante para manter o olhar vertical?

A

Núcleo intersticial de Cajal

41
Q

Nistagmo horizonto-rotatório?

A
42
Q

Nistagmo vertical para cima?

A
43
Q

Nistagmo vertical para baixo?

A
44
Q

Square-wave-jerk?

A
45
Q

Opsoclonus e flutter ocular?

A
46
Q

Como pesquisar o nistagmo espontâneo?

A

Pode ser suprimido pela fixação visual

Logo, ou usar os óculos de Frenzel (+ 16 dioptrias)

ou

Pelo oftalmoscópio

47
Q

Quando avaliado pelo oftalmoscópio, como percebemos o nistagmo?

A

Uma vez que a retina está atrás do centro de rotação do olho, o movimento observado à fundoscopia é o oposto ao nistagmo

(Ou seja, nistagmo para a E é percebida com a retina para a D)

48
Q

O que sugere a presença de um nistagmo espontâneo?

A

Desbalanço do tônus vestibular

(Pode ser central ou periférico)

49
Q

Como pesquisar a presença de nistagmo de provocação?

A

Pede-se para que o paciente balance a cabeça 10-20 vezes de um lado para o outro e depois avalia-se novamente com o óculos de Frenzel.

(Desbalanço dinâmico dos tônus vestibulares - periféricos ou centrais; avaliar apenas após pesquisado o espontâneo)

50
Q

Sinal de Halmagyi?

A

VOR

(No paciente alerta).

Pede-se para olhar fixo para o examinar e faz-se.

Os olhos se movimentam na mesma velocidade, porém em sentido oposto ao da cabeça.

51
Q

O que se observa ao Halmagyi numa lesão periférica?

A

Ao se movimentar a cabeça para o lado lesado, o movimento ocular desencadeado pelo VOR é lento e de pequena amplitude.

Segue-se, então, uma sacada corretiva.

(São, pois, dois movimentos)

52
Q

Quais manobras utilizar na pesquisa do VPPB?

A

Manobra de posicionamento lateral

e

Dix-Hallpike

53
Q

Como realizar a manobra de posicionamento lateral?

A

Na manobra de posicionamento lateral o paciente sentado tem a cabeça rodada 45° para o lado oposto àquele que e deseja examinar. Em seguida é deitado para o lado examinado. Ao final da manobra o paciente está em decúbito lateral com a cabeça rodada, olhando na direção do examinado.

54
Q

Como realizar a manobra de Dix-Hallpike?

A

O paciente sentado tem a cabeça rodada 45° para o lado que se deseja examinar e em seguida é deitado para trás. Ao
final da manobra a cabeça fica levemente pendurada e rodada para o lado examinado.

55
Q

Comparativo entre a manobra de posicionamento lateral e o Dix-Hallpike?

A
56
Q

Detalhes sobre as manobras de pesquisa do VPPB?

A

Devem ser realizadas rapidamente

(Movimentos lentos não desencadeam a VPPB)

Se possível, utilizar o óculos de Frenzel.

57
Q

Qual o objetivo das manobras de VPPB?

A

Realizar um movimento da cabeça em direção ao CSC posterior.

58
Q

O que se observa nas manobras de VPPB, se positivas?

A

Nistagmo com componente vertical batendo para cima e componente rotatório lateral.

(No CSCP direito, sentido anti-horário. NO CSCP esquerdo, sentido horário).

59
Q

Características do nistagmo desencadeado pelas manobras da VPPB?

A

(1) a latência de pouco segundos até seu aparecimento;
(2) duração curta, de até 40 segundos;
(3) inversão da direção quando o paciente é colocado novamente sentado;
(4) diminuição na intensidade e eventual desaparecimento com manobras repetidas, isto é, fatigabilidade.

60
Q

Como avaliar pacientes sonolentos e pouco colaborativos?

A

Nistagmo optocinético

61
Q

Assimetria direita-esquerda no nistagmo optocinético?

A

Lesões de hemisférios cerebelares.

62
Q

Nistagmo optocinético pouco evidente na vertical?

A

PSP

63
Q

Dissociação entre os dois olhos no nistagmo optocinético?

A

OIN

64
Q

Nistagmo optocinético invertido?

A

Nistagmo congênito.

65
Q

Prova importante para avaliação de “cegueira funcional”?

A

Nistagmo optocinético.

66
Q

Assimetria nos movimentos de seguimento ocular, com presença de intrusões sacádicas?

A

Lesão central unilateral.

67
Q

Como se comporta o seguimento ocular?

A

Horizontal melhor que vertical

Para cima melhor que para baixo

68
Q

Sacadas lentificadas no sentido horizontal indicam…?

A

Lesões da FRPP.

69
Q

Sacadas lentificadas no sentido vertical são indicativas de…?

A

Lesões do núcleo rostral intersticial do FLM.

70
Q

Sacadas hipométricas e lentificadas em todas as direções?

A

Não são causadas por doenças estruturais

Intoxicações, distúrbios metabólicos, sonolência e neurodegeneração

71
Q

Sacadas hipermétricas com movimentos sacádicos menores, corretivos = ?

A

Lesões do núcleo fastigial e vestibulocerebelo

72
Q

Lesões do pendúnculo cerebelar inferior levam a sacadas hipermétricas para o lado…?

A

Ipsilateral à lesão!

73
Q

Lesões do pendúnculo cerebelar superior levam a sacadas hipermétricas para o lado…?

A

Contralateral à lesão!

74
Q

Aumento da latência para as sacadas, sem aumento da métrica ou amplitude?

A

Lesões corticais.

75
Q

Diferença na sacada dos dois olhos é observada na…?

A

OIN

76
Q

Exame de fixação-supressão de VOR?

A

Paciente parado, braços pra frente, mãos juntas, olhando fixo para o polegar.

Movimento em bloco de tronco/cabeça/olhos.

Catch-up saccades (sacadas de correção) são indicativas de lesões de flóculo e paraflóculo.

As mesmas vias estão envolvidas no sistema de seguimento e na fixação-supressão do VOR.

(Geralmente estão alteradas em conjunto)