cardiovascular Flashcards
(50 cards)
Quais são as classes de fármacos usados nas dislipidémias?
Inibidores competitivos de HMG‐COA reductase (Estatinas)
Fibratos
Niacina
Resinas sequestradoras de sais biliares
Inibidores da absorção intestinal de esteróis
Qual o mecanismo de ação das estatinas?
Inibição HMG‐CoA –> Diminuição síntese colesterol
Aumento da expressão recetor LDL –> Diminuição LDL plasmáticas
Exemplos de fármacos da classe das estatinas
Simvastatina (pro‐fármaco)
Lovastatina (pro‐fármaco)
Pravastatina
Fluvastatina
Rosuvastatina
Qual o uso terapêutico das estatinas?
Monoterapia ou em combinação com resinas, niacina ou fibratos
Não usar durante gravidez ou quando tenta engravidar e aleitamento
Uso em crianças está restrito a situações de hipercolesterolémia familiar
‐-> A síntese de colesterol ocorre maioritariamente durante a noite:
–> Toma única diária ao deitar (excepto atorvastatina e rosuvastatina)
–> Absorção é facilitada pela ingestão de alimentos (excepto pravastatina)
Qual o mecanismo de ação dos fibratos?
Ligandos do PPARalpha --> Aumento lipoproteína lípase, APO AI, AII e diminuição APO CIII: Vai resultar na: --> B oxidação no fígado e musculo ‐-> Diminuição das VLDL ‐-> Ligeira diminuição das LDL ‐-> Ligeiro aumento HDL
Exemplos de fármacos da classe dos fibratos
Fenofibrate
Gemfibrozil
Benzafibrate
Qual o uso terapêutico dos fibratos?
Uteis no tratamento de hipertrigliceridémias com predominância de VLDL
‐ Gemfibrozil 600mg 1 a 2 id po
‐ Fenofibrate até 145mg id po
Qual o mecanismo de ação da niacina?
Diminui a secreção hepática de VLDL e por conseguinte a formação de LDL
Diminui a síntese de triglicerídeos
Aumenta a síntese de HDL
Exemplos de fármacos das niacinas
Niacina (convertida no organismo a NAD)
Ácido nicotínico
Vitamina B3
Qual o uso terapêutico da niacina?
Usada em combinação com resinas sequestradoras ou com estatinas para tratamento de hipercolesterolémia e hipertrigliceridémia
Até 2 g/dia dados em múltiplas doses po juntamente com
alimentos
Qual o mecanismo de ação das resinas sequestradoras?
Fortemente carregados (+) formam complexos com os sais biliares (‐) a nível do lúmen intestinal impedindo a sua reabsorção --> Depleção sais biliares --> Aumento da sua síntese a nível hepático --> Aumento captura pelo fígado de LDL --> Depleção de LDL plasmáticas
Exemplos de fármacos das resinas sequestradoras
Colestiramina
Colestipol
Colesevelam
Qual o uso terapêutico da resinas sequestradoras?
Particularmente uteis na hipercolesterolémia
A sua ação pode ser potenciada pela associação com estatinas
Qual o mecanismo de ação dos inibidores da absorção intestinal de esteroides
Inibe o transportador NPC1L1 nos enterócitos do jejuno –> Diminuição da absorção do colesterol da dieta (até 50%) –> Diminuição do transporte de colesterol pelos quilomicron para o fígado
Aumento da expressão de recetores LDL –> Depleção de LDL plasmáticas
Exemplos de fármacos dos inibidores da absorção intestinal de esteroides
Ezetimibe
Qual o uso terapêutico dos inibidores da absorção intesstinal de esteroides
Usado em monoterapia em doentes com hipercolesterolémia resistente às estatinas (redução de LDL 15%)
Comprimido 10mg po 1 id
Em combinação com estatinas promove redução de até 30% de LDL
Dá exemplos de fámacos anticoagulantes
Heparina e Warfarina
Qual o mecanismo de ação da Heparina?
Heparina e seus derivados não têm actividade anticoagulante intrínseca –> ligam‐se à antitrombina e aumentam a sua actividade (1000x) sobre várias protéases da cascata de coagulação (factor IIa e ou Xa)
- A heparina liga‐se à antitrombina através da sua sequência pentassacarídica. Isso induz uma mudança conformacional acelera a sua interação com o fator Xa e com a trombina. Para potencializar a inibição da trombina, a heparina deve ligar simultaneamente antitrombina e trombina.
- A HBPM possui maior capacidade de potencializar a inibição do fator Xa pela antitrombina. As cadeias (peso molecular médio de 4.500‐5.000 Da) são muito curtas para ligar a antitrombina à trombina.
- O pentassacárido (fundaparinux) acelera somente inibição do fator Xa pela antitrombina; o pentassacarídeo é muito curto para ligar a antitrombina à trombina
Qual o uso terapêutico da heparina?
Trombose venosa; embolismo pulmonar; angina instável; enfarte agudo do miocárdio,
durante angioplastia com ou sem colocação de stent.
!!Não atravessa a barreia placentária, sendo os anticoagulantes de eleição para usar durante a gravidez!!
Qual o mecanismo de ação da Warfarina?
Inibe a vitamina K epóxi reductase –> Impede a conversão de vitamina K epóxido (oxidada) na sua forma reduzida - vitamina K hidroquinona –> Inibição da γ-glutamilcarboxilase que catalisa o processo de γ-carboxilação dos fatores II, VII, IX e X –> Bloqueio da conversão destes factores na sua forma activa
Qual o uso terapêutico da Warfarina?
Embolismo pulmonar, tromboembolismo venoso
Necessidade de monitorização dos TP para eventual ajuste de dose
Dá expemplos de fámacos fibrinolíticos. No geral como é que eles atuam?
Streptoquinase, Uroquinase, Anisteplase ( plasminogénio ‐ humano + streptoquinase), Alteplase (activador tecidular do plasminigénio recombinante)
Os agentes fibrinolíticos lisam com rapidez os trombos ao catalisar a formação da plasmina, a partir de plasminogénio.
Estes fármacos criam um estado lítico generalizado quando administrados por via intravenosa. Por conseguinte, ocorre degradação dos trombos hemostáticos protetores, bem como dos tromboêmbolos-alvo.
Porque razão não se pode usar a plasmina diretamente como fármaco fibrinolíticos?
A plasmina não pode ser usada, visto que os inibidores de ocorrência natural no plasma (antiplasminas) impedem seus efeitos.
Todavia, a ausência de inibidores da urocinase e do complexo estreptocinase-proativador possibilita o seu uso clínico.
⤷ A plasmina formada no interior de um trombo por esses ativadores é protegida das antiplasminas presentes no plasma, permitindo a lise do trombo a partir de seu interior.
Qual o mecanismo de ação da estreptocinase, da urocinase e do plasminogénio?
A estreptocinase é uma proteína (mas não propriamente uma enzima) sintetizada por estreptococos, que se combina com o proativador plasminogénio. Este complexo enzimático catalisa a conversão do plasminogénio inativo em plasmina ativa.
A urocinase é uma enzima humana sintetizada pelos rins, que converte diretamente o plasminogénio em plasmina ativa.
O plasminogénio também pode ser ativado endogenamente por ativadores do plasminogénio teciduais (t-PA). Estes ativadores ativam sobretudo o plasminogénio ligado à fibrina, o que (teoricamente) limita a fibrinólise aos trombos formados e evita uma ativação sistêmica.